Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Karla Andrea Cândido da Silva, Gabriela Agnes Barbosa Maia, Géssica Rayane da Conceição
Assunção, Izaura Passos de Oliveira Silva, Francisco Leandro Torres
RESUMO
O presente estudo aborda as práticas pedagógicas destaque aos alunos do 1º ano de Informática,
dos professores para com a educação inclusiva, a focalizando o fazer pedagógico direcionado ao
partir de uma investigação do processo de primeiro ano da turma do curso integrado em
inclusão e adaptação dos alunos com Informática, uma vez que percebe-se a
necessidades educacionais específicas no importância de práticas inclusivas nesta e em
Instituto Federal de Educação do Rio Grande do outras etapas do ensino. Nesse horizonte,
Norte – Campus Macau. A pesquisa envolve apresenta-se algumas práticas inclusivas
estudo de caso, bibliográfico e etnográfico, é de desenvolvidas por professores das disciplinas de
natureza qualitativa, com escopo principal de Língua Portuguesa e Matemática. A discussão
observar a prática pedagógica dos professores em empreendida no artigo ancorou-se na
seus espaços de trabalho. A pesquisa realizou-se fundamentação teórico-metodológica dos
no universo de 49 alunos que apresentam seguintes autores: Junkes (2006), Edler (2004),
necessidades educacionais específicas, com Perrenoud (2002) e Aranha (1993).
ABSTRACT
1 INTRODUÇÃO
Ora, se a educação está intimamente vinculada à filosofia de cada época, que lhe
define o caráter, rasgando sempre novas perspectivas ao pensamento pedagógico, a
Educação Nova não pode deixar de ser uma reação categórica, intencional e
sistemática contra a velha estrutura do serviço educacional, artificial e verbalista,
montada para uma concepção vencida.
Diante dessas proposições é preciso analisar como se processam os métodos utilizados pelos
professores no processo de inclusão dos alunos com necessidades educacionais específicas, pois,
1
Psicopedagoga do Instituto Federal de Educação do Rio Grande do Norte – IFRN.
2
Ledora e transcritora de Língua Portuguesa do Instituto Federal de Educação do Rio Grande do Norte – IFRN.
3
Psicopedagoga do Instituto Federal de Educação do Rio Grande do Norte – IFRN.
4
Coordenação do Núcleo de apoio as pessoas com necessidades educacionais específicas – NAPNE do IFRN Macau.
5
Professor de Língua Portuguesa e Literatura do Instituto Federal de Educação do Rio Grande do Norte – IFRN.
6
Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional.
298
VII EXPOTEC
[...] vemos que a formação de professores é, sem dúvida, uma das que menos levam
em conta as observações empíricas metódicas sobre a prática, sobre o trabalho real
dos professores no dia a dia, em sua diversidade e ambiente atuais.
Percebemos que é preciso ter uma visão ampla da formação e da necessidade de capacitação
dos professores, para que estes trabalharem com os alunos com necessidades educacionais
específicas; se propondo a assumirem uma proposta interativa e interdisciplinar para que possam
garantir o acesso ao conhecimento.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
A educação inclusiva no Brasil traça uma trajetória de exclusão das pessoas com necessidades
educacionais específicas, antes quando uma criança nascia com algum tipo de deficiência, seja
deformidade física, cegas, surdas ou com alguma doença mental, eram menosprezadas pela sua
necessidade, muitas vezes não tinham a oportunidade de estudarem, de trabalharem e nem de
conviverem com as outras pessoas. Como destaca Fernandes (2006, p.22):
Em parte, esses preconceitos devem-se ao fato das pessoas considerarem as pessoas com
necessidades educacionais específicas, como loucas, doentes ou até como endemoniadas. Por isso,
preferiam excluí-las, abandoná-las ou até afastá-las do meio social.
A partir do século XVII, com os avanços dos empreendimentos dos homens e com a ascensão
da igreja católica, inicia-se uma preocupação quanto ao tratamento que era relegado a esse público
da educação inclusiva, daí surgem às primeiras instituições filantrópicas destinadas a atender pessoas
cegas e surdas. Mas, pouco era realizado por essas pessoas, viviam na maioria das vezes de esmolas
que as pessoas cristãs davam como forma de caridade.
299
VII EXPOTEC
No contexto do Brasil, as primeiras instituições criadas na época do Império por D. Pedro II,
com o intuito de atender a pessoas cegas e surdas foram o Instituto Benjamin Constant (1854) e o
Instituto de Educação de Surdos – INES (1857), e estes existem até os dias de atuais.
Vale destacar que o primeiro médico a realizar pesquisas com uma criança com necessidade
especial foi o francês Jean Itard, em 1800. O objetivo dele era tentar resgatar o potencial cognitivo de
uma criança selvagem, que apresentava uma deficiência mental profunda.
Como afirma (Junkes, 2006, p. 28):
Esse conjunto de ideias e práticas que vem, nas últimas décadas, revolucionando a
forma de compreender e praticar a educação das pessoas com necessidades
educacionais especiais precisa ser debatido e analisado criticamente pelos
educadores, pois, em última análise, é na escola que esses fundamentos serão
colocados em prática ou não.
A escola não pode ser um lugar fechado ao aprendizado extraescolar, pois quando os alunos
com necessidades educacionais específicas chegam nela, já dominam diversos conhecimentos, que
ao longo de sua trajetória escolar poderão ser aprofundados.
Nessa perspectiva, sabemos que a escola é a mediadora desse processo, que faz com que
conhecimentos inerentes ao ser humano sejam abordados e trabalhados com uma nova abordagem,
trazendo outras fontes de conhecimentos tais como: a pedagogia, a sociologia, a psicologia e a
filosofia para humanizar mais esses processos de aprendizagem. Para Klein & Hattge (2010, p.13):
A inclusão não pode ser vista apenas sob o aspecto de um imperativo legal que recentemente tem se instituído,
e, muito menos, centrada numa única dimensão, referente à educação do sujeito com deficiência no espaço da
escola comum.
300
VII EXPOTEC
Essa nova abordagem do processo permitirá que nossa cultura possa ser produto de pessoas
que pensaram essa sociedade, que realmente se preocupam com todos os problemas que essa
sociedade passa e com a busca de soluções que atinjam uma grande maioria da sociedade e não
somente os alunos tidos como “normais”.
3 METODOLOGIA
O trabalho com a educação inclusiva no Instituto Federal de Educação do Rio Grande do Norte
– Campus Macau apresenta um avanço por parte do Governo Federal em investimentos direcionados
para a implantação dos Núcleos de apoio às pessoas com necessidades educacionais específicas, para
infraestrutura e capacitação que servem para dar suporte aos professores no processo de aprendizagem
dos alunos com necessidades educacionais específicas.
De acordo com Carvalho (2008, p.51):
7
Núcleo de atendimento às pessoas com necessidades educacionais específicas, é um órgão institucionalizado no IFRN
pela Portaria n.º 1533, de 21/05/2012, por intermédio do Programa TECNEP - Educação, Tecnologia e Profissionalização
para Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais.
8
São histórias em quadrinhos que usam recurso visual, linguagem verbal e não-verbal.
301
VII EXPOTEC
302
VII EXPOTEC
O professor não precisa mudar seus procedimentos quando tem um aluno deficiente
visual em sua sala de aula, mas apenas intensificar o uso de materiais concretos, para
ajudar na abstração dos conceitos. Ao criar recursos especiais para o aprendizado de
alunos com necessidades especiais, acaba beneficiando toda a classe, facilitando para
todos a compreensão do que está sendo transmitido.
Como forma de adaptar as resoluções matemáticas, a equipe do NAPNE optou por um modelo
adaptado do Multiplano, já que a instituição não dispõe de tal equipamento, utilizamos também o
soroban com bolas de isopor para auxiliar os alunos no desenvolvimento de atividades que envolvam
números. Inicialmente os professores trabalharam o conceito de operações básicas de números
positivos e negativos, ângulos, estatística, triângulo, entre outros conteúdos. Esses materiais partem
do concreto para apreensão de conceitos básicos da matemática, explorando de forma tátil e visual a
relação de materiais concretos com os conteúdos da Matemática.
Portanto, a proposta de adaptação curricular e o uso de materiais concretos na aprendizagem
da Língua Portuguesa e da Matemática permitem que os alunos com necessidades educacionais sejam
verdadeiramente inclusos nas salas do ensino regular, considerando suas limitações e potencialidades.
303
VII EXPOTEC
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
6. REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei de diretrizes e base da Educação – Lei n° 9.394/96. Brasília: Secretaria de Educação
Fundamental, 1996.
BRASIL. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais.
Brasília: UNESCO,1994.
CARVALHO, R. E. Removendo barreiras para aprendizagem: educação inclusiva. São Paulo,
2008.
FERNANDES, Sueli. Fundamentos para educação especial. Curitiba: Ibpex, 2006.
FERRONATO, R. A construção de instrumento de inclusão no ensino da matemática. 2002.
Dissertação (mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção Universidade
Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2002 Disponível em: <
https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/82939>. Acessado em fevereiro de 2022.
JUNKES, A. O. Formação de professores e condições de atuação em educação especial.
Florianópolis: Insular, 2006.
304
VII EXPOTEC
KLEIN, R.R. & Hattge, M. D. (org.). Inclusão escolar: implicações para o currículo. São Paulo:
Paulinas, 2010.
MICHELS, M. H. (org.). A formação de professores de Educação especial no Brasil: propostas
em questão. Florianópolis: UFSC, 2017.
305