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Cadernos PDE
II
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica
Turma 2014
Título: A atuação do pedagogo junto aos professores dos alunos com Necessidades
Educacionais Especiais
Autor: Leliane Aparecida Arruda Cachuba
Disciplina/Àrea: Pedagogia
Escola de Implementação do Projeto e Colégio Estadual Cristo Rei
sua localização - EFM. Rua das Ameixeiras, 119. Bairro
São Cristóvão.
Município da escola: Guarapuava -PR
Núcleo Regional de Educação: Guarapuava
Professor Orientador: Bernadete de Fátima Bastos Valentim
Instituição de Ensino Superior: UNICENTRO
Relação Interdisciplinar: Disciplinas dos professores participantes
do grupo de estudo
Resumo: Considerando a função do pedagogo e a
urgência em atender as especificidades
da escola faz-se necessário refletir sobre
a sua ação junto aos professores que
atuam com alunos com necessidades
educacionais especiais, embasando sua
prática em teorias que buscam a
compreensão das características de
aprendizagem desses alunos. Nessa
perspectiva o trabalho apresenta
questões e fundamentação teórica sobre
o papel do pedagogo na escola no que se
refere ao acompanhamento aos
professores que trabalham com alunos
com necessidades educacionais
especiais no 6º Ano, no intuito de
subsidiá-los quanto ao conhecimento
teórico. Para tanto oferece uma proposta
de grupo de estudo com 9 encontros com
conteúdos sistematizados que abordam o
papel do pedagogo, as teorias do
desenvolvimento e da aprendizagem, a
legislação que regulamenta o trabalho
com esses alunos, as características e
particularidades educacionais de cada
deficiência, adaptação curricular e
possíveis metodologias e avaliações
diversificadas.
Palavras chaves: Pedagogo. Professores. Inclusão.
Dificuldade. Aprendizagem.
Formato do Material Didático: Caderno Pedagógico
Público: Equipe Pedagógica e Professores de 6º
Ano
APRESENTAÇÃO
Unidade I
I Encontro:
A função do pedagogo na escola pública.
Encaminhamento metodológico:
Para que haja o entendimento sobre a relação do trabalho do pedagogo
com a Educação Especial é primordial estudarmos e refletirmos sobre função
abrangente do pedagogo, para tanto recorremos a Libâneo que aborda o tema
com propriedade, assim neste primeiro encontro faremos a leitura de um artigo
e o utilizaremos como base em nossa discussão, fazendo referência também
às Leis que regulamentam esta profissão.
Ao final os participantes entregarão por escrito uma síntese das
discussões, apontando como esse conhecimento pode auxiliar em seu trabalho
e uma avaliação onde poderão expressar sua opinião sobre o encontro.
REFERÊNCIAS:
II Encontro:
Psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem para uma abordagem
pedagógica.
Encaminhamento metodológico:
REFERÊNCIAS
Encaminhamento metodológico:
Para conhecer a legislação, faremos a leitura e discussão dos
documentos:
INSTRUÇÃO N° 016/2011 – SEED/SUED;
Política Nacional da Educação Especial Na perspectiva da Educação
Inclusiva 2008;
Decreto nº 6571/2008;
Resolução CNE/CEB nº 04/2009
Vídeo “Por Dentro da Escola - Educação Especial Inclusão”.
Após a discussão os professores elaborarão um texto síntese da
discussão ressaltando os principais pontos levantados.
REFERÊNCIAS
IV Encontro:
O Público Alvo de Sala de Recursos Multifuncional I: Transtornos funcionais
específicos: dificuldade de aprendizagem na leitura e escrita
Encaminhamento metodológico:
Iniciaremos estudando e discutindo os conceitos de dificuldade de
aprendizagem registrando nesta unidade; na sequência as considerações
sobre os transtornos funcionais específicos dando ênfase a dificuldade de
aprendizagem na leitura e escrita e faremos a leitura de uma pequena parte do
livro “Manual de dificuldade de aprendizagem”, especificamente das páginas 41
a 44.
Para relacionarmos com situações do cotidiano assistiremos o filme “Como
Estrelas na Terra”.
Para encerrar o encontro cada participante deverá registrar suas
considerações sobre o conteúdo estudado, o filme e o seu papel como
professor de alunos com dificuldades de aprendizagem.
V Encontro:
O Público Alvo de Sala de Recursos Multifuncional I: Transtornos funcionais
específicos: dificuldade de aprendizagem na matemática e raciocínio
lógico
Essa mesma autora afirma que as crianças com DCM têm dificuldade
em conhecer “os conceitos básicos de matemática, como as formas, tamanho,
quantidade, emprego de materiais concretos, reconhecimento dos sinais das
operações (+, -, x e ÷) e dos sinais de comparação (=, ≠, < e >).” (2006, p. 137)
comprometendo todo o desenvolvimento da atividade, pois não é possível
compreender a matemática ou usá-la sem conhecer e entender esses
conceitos, dessa forma é impossível ensinar qualquer conteúdo de matemática
pulando essa fase da aprendizagem.
Há de se ressaltar que nem todas as crianças com discalculia ou com
dificuldade de aprendizagem em matemática apresentam todos esses
sintomas, ou seja, nem todos têm a mesma dificuldade com todos os conceitos.
Algumas crianças têm dificuldade apenas em entender enunciados de
problemas e associá-los ao tipo de operação necessária para sua resolução,
outras invertem ou trocam o posicionamento dos números, nesse sentido há
pesquisadores que buscam uma definição ou classificação dos tipos de
discalculia:
Encaminhamento metodológico:
Iniciaremos estudando e discutindo as considerações sobre os
transtornos funcionais específicos dando ênfase a dificuldade de aprendizagem
na matemática e raciocínio lógico, faremos a leitura de uma pequena parte do
livro de Garcia: “Manual de Dificuldade de Aprendizagem”, especificamente das
páginas 224 a 229. E também do manual “Dificuldade de Aprendizagem” de
Gómes nas páginas 178 a 185.
Para encerrar o encontro cada participante deverá registrar suas
considerações sobre o conteúdo estudado, escrevendo um pequeno texto.
VI Encontro:
O Público Alvo de Sala de Recursos Multifuncional I: Transtornos funcionais
específicos: atenção e concentração (TDA-H)
Em relação a atenção e concentração existem vários estudos, entre eles
o sobre Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDA-H) e Distúrbio
de Déficit de Atenção (DDA).
Os transtornos de atenção podem influenciar diretamente na
aprendizagem, pois “a atenção é uma condição básica para o funcionamento
dos processos cognitivos, já que envolve a disposição neurológica para a
recepção dos estímulos” (GÓMES, p. 134) nessa visão a atenção precede a
percepção, a intenção e a ação, dessa forma qualquer problema em relação a
ela pode comprometer a memória e a aprendizagem como um todo. Essa
mesma autora afirma que “a atenção é o processo pelo qual são usadas
distintas estratégias, de forma ordenada, para captar informações do meio”.
Segundo Gómes os transtornos de atenção podem variar de intensidade
de uma criança para outra e também pode ser acompanhada de hiperatividade.
Assim o acompanhamento ou tratamento também varia conforme a
intensidade, podendo ser apenas uma mudança e organização na rotina até
um tratamento com medicamentos em casos mais graves.
Como citado, os transtornos de atenção podem vir acompanhados de
hiperatividade, são os chamados Transtornos de Déficit de Atenção e
Hiperatividade, os TDA-H, na maioria das vezes chamados apenas de
hiperativos.
Conforme afirma Drouet (2006, p. 141) a Hiperatividade “é um dos
distúrbios mais frequentes em crianças com transtornos motores. A
hiperatividade é uma perturbação psicomotora.”
Esse transtorno dificulta muito todo e qualquer trabalho desenvolvido
com a criança, sobretudo em sala de aula quando é necessário, além da
concentração, o auto controle das ações, pois “As criança hiperativas têm
descontrole motor acentuado, o que faz com que elas tenham movimentos
bruscos e inadequados, expressão facial descontrolada, fala e respiração
entrecortadas, mudanças frequentes de humor e instabilidade afetiva.”
(DROUET,, 2006, p. 142), segundo o mesmo autor isso não é resultado de
excesso de estímulo ou de atividades. Para Gómes (p. 135) “a TDA-H é vista
como possíveis disfunções ou anomalias cerebrais”. Justificando assim o uso
de medicamentos para que o indivíduo possa se controlar. Essa falta de
controle afeta não apenas a aprendizagem, mas geralmente envolve também
as relações com familiares, colegas e professores.
A questão do uso ou não de medicamento para o controle da TDA-H é
muito discutida, há estudo comprovados dos benefícios do uso desse
medicamento, porém há também estudos que mostram seus perigos. Como
podemos verificar nos vídeos: “Transtorno do Déficit de Atenção e
Hiperatividade (1/4) - Caminhos da Reportagem”, “TDAH - Prof. Paulo Mattos -
Globo News - Entrevista completa” e “Documentário TDAH - Erros de
Diagnóstico”, esses vídeos são interessantes porque nos mostram em
situações concretas e em visões diferentes de profissionais que estudam e
trabalham as dificuldades e possibilidades de pessoas com TDA-H, nos
permitindo uma análise de pontos divergentes e importantes para o
conhecimento sobre o tema.
Encaminhamento metodológico:
Iniciaremos lendo os estudos deste encontro, logo após assistiremos os
vídeos: “TDAH - Prof. Paulo Mattos - Globo News - Entrevista completa”,
“Documentário TDAH - Erros de Diagnóstico” e “Transtorno do Déficit de
Atenção e Hiperatividade (1/4) - Caminhos da Reportagem”. Tomando como
base o texto e os vídeos cada participante será motivado a levantar questões
para discussão, relacionando com a prática de sala de aula. Ao final deverão
registrar de forma escrita as conclusões e como isso pode ajudar em seu
trabalho em sala de aula.
VII Encontro:
O Público Alvo de Sala de Recursos Multifuncional I: Deficiência intelectual
As dificuldades e os transtornos de aprendizagem muitas vezes foram
confundidos com Deficiência mental ou Deficiência Intelectual, porém é
importante destacar que nem sempre uma está ligada a outra, podendo haver
indivíduos que apresentem os dois casos, como estudado anteriormente.
Neste momento vamos nos aprofundar sobre a Deficiência Mental e
Deficiência intelectual, pois há uma diferença entre elas. A deficiência mental é
definida por Garcia (1998, p. 78) dessa forma:
Encaminhamento metodológico:
Iniciaremos lendo as teorias que fundamentaram este estudo. Logo após
faremos a leitura do texto “Pedagogia da Negação” extraído das orientações da
Secretaria de Educação Especial/Ministério da Educação: “Atendimento
Educacional Especializado para alunos com deficiência intelectual” e os vídeos
“Você sabe o que é deficiência intelectual e como diagnosticá-la?” e
“DEFICIENCIA INTELECTUAL.mpg”. após a leitura faremos uma discussão
envolvendo os estudos dos textos, vídeos e o cotidiano escolar.
REFERÊNCIAS
Filmes e Vídeos:
Para professores que trabalham com alunos com NEE alguns itens
como a falta de exercícios adequados, o desconhecimento de recursos
diversificados e a falta de domínio da turma e da matéria são questões que
podem interferir diretamente na aprendizagem.
Da mesma forma a escolha dos tipos de instrumento avaliativos podem
apresentar resultados incorretos, pois os alunos podem ter aprendido o
conteúdo, mas não conseguem demostrar através da avaliação, são aqueles
casos que o professor percebe que os alunos sabem, porém o resultado da
prova demostra o contrário.
Fazer essa análise com os professores e pedagogo é fundamental para
que o processo de aprendizagem tenha êxito em todos os seus momentos.
O primeiro passo seria a análise de como este ou aquele aluno aprende,
seja dentro dos estilos ou das modalidades de aprendizagem, depois o
professor deveria selecionar atividades com o auxílio do pedagogo, que mais
se adequam ao estilo ou modalidade, considerando isso também em relação as
atividades avaliativas. Na prática é uma ação complexa, devido a heterogenia
das salas de aula, dessa forma o mais aconselhável é proporcionar atividades
com várias percepções diferentes no ensino de cada conteúdo, o que também
não é fácil dentro das limitações das escolas e da educação como um todo. No
entanto apesar das dificuldades, o aluno precisa ser atendido com essas
adaptações para que seja incluído e atendido em suas necessidades
educacionais especiais.
Contudo o papel e principalmente o comprometimento do professor e
equipe pedagógica continua sendo fundamental para que a aprendizagem dos
alunos com NEE se efetive.
VIII Encontro:
Adaptação Curricular, Possibilidades Metodológicas e Avaliação
Encaminhamento metodológico:
Leitura do referencial teórico desta unidade e do texto de Barby, Vestena
e Garrido (2007) “Inclusão Educacional e Adaptação Curricular”, na sequencia
assistiremos o Vídeo “Inclusão de alunos com necessidades especiais no
ensino regular” e para finalizar discutiremos sobre adaptação curricular,
metodologia e avaliação diferenciada em sala de aula, mostrando algumas
possibilidades.
REFERÊNCIAS