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UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ

UNOPAR SISTEMA DE ENSINO A DISTÂNCIA


PEDAGOGIA - LICENCIATURA

ROSILENE CONCEIÇÃO RIBEIRO DOS SANTOS

PROJETO DE ENSINO
EM PEDAGOGIA

Cidade
2020
Cidade
2020

João Monlevade
2021
ROSILENE CONCEIÇÃO RIBEIRO DOS SANTOS

PROJETO DE ENSINO
EM PEDAGOGIA

Projeto de Ensino apresentado à Universidade


Norte do Paraná, como requisito parcial à
conclusão do Curso de Pedagogia.

Docente supervisor: Prof. Márcia de Souza


Quadros

João Monlevade
2021
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.............................................................................................................3
1 TEMA....................................................................................................................4
2 JUSTIFICATIVA....................................................................................................5
3 PARTICIPANTES.................................................................................................6
4 OBJETIVOS......................................................................................................... 7
5 PROBLEMATIZAÇÃO..........................................................................................8
6 REFERENCIAL TEÓRICO...................................................................................9
7 METODOLOGIA.................................................................................................14
8 CRONOGRAMA.................................................................................................16
9 RECURSOS....................................................................................................... 17
10 AVALIAÇÃO....................................................................................................... 18
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................19
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 20
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INTRODUÇÃO

O presente trabalho apresenta como tema o papel e a formação do


professor para a educação inclusiva salientando, principalmente, a capacitação e o
cuidado necessário que esses profissionais da educação devem ter ao lidarem com
alunos com necessidades educacionais especiais.

Nesta concepção, elaborou-se questões que conduziram esta pesquisa:


 Qual a importância da formação adequada para um professor que
trabalha com educação inclusiva?
 Como se comportar frente a situações que exigem maior atenção e
cuidado com alunos especiais?

Sabe-se que o desafio dos professores ao enfrentar o cotidiano da sala de


aula com a educação especial não é uma tarefa muito fácil, porém não é impossível
e, para o bom desenvolvimento da classe e dos alunos de forma individual, é
necessária uma formação contínua para se pensar a prática inclusiva e propostas de
intervenção que promoverão mudanças significativas na vida escolar.
Diante desse cenário, é importante que o professor repense sua atuação de
maneira cuidadosa, que se atenha àquilo que ele pode oferecer aos seus alunos e à
escola, não se movendo apenas e exclusivamente pelo salário, mas pelo motor que
o impulsiona a trabalhar com os alunos considerados “diferentes”.
Neste contexto, o estudo tem por objetivo investigar o processo de formação
dos professores da educação especial, encarando toda e qualquer circunstância
com sabedoria e conhecimento suficiente para facilitar a prática pedagógica dentro
da sala de aula.
Para o desenvolvimento do trabalho, utilizou-se como metodologia a
pesquisa bibliográfica a partir de materiais elaborados e publicados em artigos
científicos divulgados no meio eletrônico, buscando atender aos objetivos do
presente estudo.
Os conceitos abordados foram através da leitura de obras de autores como:
Arnaud, A. et al (2015), Arruda e Silva (2014), Pletsch (2009), Rocha (2017).
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1 TEMA

Este projeto traz como tema: “A atuação e a formação de professores na


educação inclusiva”.
Pensando neste tema, proposta do presente projeto é refletir sobre a
importância da formação adequada do professor de educação inclusiva,
ressaltando a cautela que se deve ter em relação aos alunos com necessidades
educacionais especiais.
O projeto tem como objetivo identificar o papel do professor dentro da
educação especial e a capacitação necessária para lidar com esses alunos ao
se deparar com situações desconfortáveis dentro da sala de aula.
Considera-se também que o desafio da inclusão nas instituições é algo
que vai além da presença do aluno na escola de ensino regular. É necessária
em primeira instância a capacitação dos profissionais, pois é através dela que a
realidade educacional se transformará. E é dever e compromisso de as
instituições oferecer a melhor educação para cada aluno, garantindo o acesso e
contando com o apoio de todo o sistema educacional.
Não cabe as escolas fecharem os olhos para as diferenças que as
cercam. É preciso remodelar as exigências e inovar suas práticas pedagógicas e
atuar de forma transformadora. Portanto, os alunos que necessitam da
educação especial devem ser tratados da mesma forma que os estudantes do
ensino regular e os profissionais devem ser capacitados suficientemente para tal
função.
Cabe ao professor se especializar na área desejada, receber apoio da
instituição e entender que este novo modelo educacional é um processo,
cumprindo seu papel como mediador do conhecimento.
Por fim, é imprescindível a presença do professor nesse processo,
cumprindo seu papel de mediador do conhecimento e das relações
estabelecidas, sendo mais sensível à necessidade de cada indivíduo, garantir a
qualidade de vida dos educandos e oportunizar um ambiente inclusivo que,
conforme afirma Rocha (2017), “(...) não existem pessoas melhores e nem
piores devidos às suas particularidades, o que existe são diferenças que
precisam ser superadas”.
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2 JUSTIFICATIVA

Nesta concepção este projeto baseou-se em questões como, por exemplo,


“Qual a importância da formação adequada para um professor que trabalha com
educação inclusiva?” e “Como se comportar frente a situações que exigem maior
atenção e cuidado com alunos especiais?”.
O presente projeto apresenta como foco principal o papel e a formação
do professor para a educação inclusiva salientando, principalmente, a
capacitação e o cuidado necessário que esses profissionais da educação devem
ter ao lidarem com alunos com necessidades educacionais especiais.
Conforme afirmam Arruda e Silva,

Em relação à formação, fica cada vez mais difícil a situação do professor, porque
as universidades pouco os preparam para lidar com alunos com
necessidades educacionais especiais (NEE), saem despreparados, já que
na sua formação não tem um curso específico para lidar com eles. Muitos
professores ainda reclamam que falta, também, o suporte de profissionais
da área da especificidade para trabalhar com essas crianças, já que as
mesmas necessitam de uma atenção especial, um trabalho diferenciado
(ARRUDA; SILVA, 2014).

Visto que este público tão carente de preparação tem sido esquecido de
diversas maneiras, é necessário conscientizar que o processo de formação dos
professores da educação especial deve ser encarado em toda e qualquer
circunstância com sabedoria e conhecimento suficiente para facilitar a prática
pedagógica dentro da sala de aula.
É um tanto quanto desafiador abordar este tema, mas é importante que
o professor repense sua atuação de maneira cuidadosa, que se atenha àquilo
que ele pode oferecer aos seus alunos e à escola, não se movendo apenas e
exclusivamente pelo salário, mas pelo motor que o impulsiona a trabalhar com
os alunos considerados “diferentes”.
Conforme Rocha,

Atualmente, para construir uma escola que atenda adequadamente a alunos com
características, potencialidades e ritmos diferentes de aprendizagem, não
basta apenas que tenham professores e demais profissionais que uma
escola normal apresenta. Faz-se necessário que os profissionais e
principalmente os professores estejam capacitados para exercer essa
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função, atendendo a real necessidade de cada educando (ROCHA, 2017).


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3 PARTICIPANTES

O referido projeto será aplicado em escolas municipais que abrangem o


público de Ensino Fundamental – Anos Iniciais e que contam com a Sala de
Recursos AEE (Atendimento Educacional Especializado), tendo como ponto
central a conscientização da capacitação dos professores de educação especial
para exercer sua função de acordo com a necessidade de cada educando.
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4 OBJETIVOS

Objetivo Geral
Este projeto tem por objetivo identificar o papel do professor dentro da
educação especial e a capacitação necessária para lidar com estudantes com
necessidades educacionais especiais ao se deparar com situações desconfortáveis
dentro da sala de aula.

Objetivos Específicos
Identificar o processo de formação dos professores da educação especial;

Compreender a importância da qualificação do professor frente à demanda


apresentada pelos alunos considerados deficientes;

Evidenciar a cautela que se deve ter em relação aos alunos com


necessidades educacionais especiais.
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5 PROBLEMATIZAÇÃO

Os professores desempenham um papel fundamental na construção das


escolas, para cumprir sua função social de educador todos devem dominar
habilidades. Refletir sobre a prática de ensino em sala de aula e integrar-se com
seus pares, a fim de construir métodos educacionais dinâmicos e que incluem
pessoas. Por meio de diversos métodos, os alunos com necessidades educacionais
especiais têm a oportunidade de obter a mesma aprendizagem e participação na
vida escolar.
Nos espaços de Educação Fundamental, os alunos precisam de garantias
para que de fato aconteça a educação inclusiva, tais como, profissionais
especializados, estrutura física, materiais pedagógicos, cuidados com a alimentação,
tudo dentro de uma ótica de respeito como pessoa humana.
Nesse sentido, educar em Educação Inclusiva é dialogar com grupos
culturais diversificados, trabalhando atentamente para reverter as injustiças e a
violência. A educação inclusiva em detrimento da formação de professores é
dificultada quando não se transpõe o vazio existente entre o dito e o realizado,
quando se fala de algo, mas não se pratica.
A inclusão de alunos que apresentam necessidades educacionais especiais
vem mobilizando toda a comunidade escolar, remetendo uma inserção total desses
alunos e criando cada vez mais uma ruptura no modelo tradicional de ensino,
mostrando que todos os alunos, independente de portar ou não algum tipo de
deficiência, devem ser incluídos nas salas de aula do ensino regular.
Com base nessas informações, quais são as contribuições da formação
continuada para os professores? Com foco na formação profissional voltada para a
prática docente, o que muda o crescimento profissional dos professores que
acreditam na educação inclusiva?
A partir disso, essas problemáticas e desafios precisam ser enfrentados e
superados para o bom funcionamento escolar e os profissionais sérios têm buscado
espaço para incluir, sem segregação, todos os alunos e, assim, respeitar a
diversidade.
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6 REFERENCIAL TEÓRICO

Nos últimos anos ocorreram muitos avanços em relação à formação de


professores, além da questão salarial, essa profissão tem exigido mais desses
profissionais da educação. Devido às demandas diversas que são apresentadas
às escolas, o professor precisa se especializar, buscar novas capacitações e se
esforçar para atender da melhor maneira possível as exigências do público em
questão.
A formação continuada do professor é diretamente proporcional à
profissão, principalmente no que se refere à educação especial. É necessário
ampliar a visão quanto à individualidade de cada aluno, que sempre existirão
dificuldades dentro de sala de aula, que as famílias são diferentes e agem de
formas variadas com seus filhos, que se leva tempo para uma adaptação sólida
tanto do aluno deficiente quanto da escola como um todo e que o planejamento
do professor deve atender a todos, sem distinção.
A inclusão de alunos que apresentam necessidades educacionais
especiais vem mobilizando toda a comunidade escolar, remetendo uma inserção
total desses alunos e criando cada vez mais uma ruptura no modelo tradicional
de ensino, mostrando que todos os alunos, independente de portar ou não
algum tipo de deficiência, devem ser incluídos nas salas de aula do ensino
regular.
Com a proposta da educação inclusiva, entende-se que o professor
atuará com um olhar diferente para os alunos com necessidades especiais e que
isto acarretará em grandes mudanças tanto na escola como na comunidade em
geral, visto que este modelo de educação acolherá àqueles historicamente
excluídos.
Neste sentido, Arnaud, A. et al (2015) asseguram que:
O movimento da Educação Inclusiva prevê a educação como um direito humano
fundamental que objetiva uma sociedade mais justa, buscando
transformação da realidade histórica de segregação escolar e social das
pessoas com deficiência, promovendo efetivamente a educação para todos.

O grande desafio do sucesso da educação inclusiva no Brasil é


justamente a escola. Se tratando da esfera municipal e estadual, não há
recursos e subsídios suficientes para que os profissionais trabalhem com os
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alunos especiais e suas particularidades, falta incentivo, reconhecimento e, nada


mais, que a capacitação formal para que os professores possam desempenhar o
seu papel de maneira consciente, satisfatória e com qualidade.
O processo de inclusão ainda é precário e um fator que precisa ser
levado em consideração quando se fala em formação de professores é a
acessibilidade do preparo, do conhecimento necessário para auxiliar no
desenvolvimento e na aprendizagem desses alunos.
Conforme afirmam Arruda e Silva,

Em relação à formação, fica cada vez mais difícil a situação do professor, porque
as universidades pouco os preparam para lidar com alunos com
necessidades educacionais especiais (NEE), saem despreparados, já que
na sua formação não tem um curso específico para lidar com eles. Muitos
professores ainda reclamam que falta, também, o suporte de profissionais
da área da especificidade para trabalhar com essas crianças, já que as
mesmas necessitam de uma atenção especial, um trabalho diferenciado
(ARRUDA; SILVA, 2014).

Portanto, é importante pensar no professor como agente transmissor de


conhecimento, capacitado para atender cada aluno e que respeita as diferenças,
para que a inclusão aconteça de forma eficaz, satisfazendo as propostas iniciais,
repensando as práticas pedagógicas, aliando-se aos parceiros de assistência da
escola e recebendo apoio da comunidade e da instituição.
Segundo os autores Silva, Gomes e Queiroz (2016), a prática escolar irá
exigir muito mais de todos os envolvidos nesse processo e, é bem verdade, que
agitará toda uma estrutura que antes se organizava muito “certinha” e que agora
parece não se encontrar diante das novas demandas exigidas por este novo
público.
A escola passa por muitas transformações, de modo que ela precisa se
adaptar às necessidades dos alunos, ou seja, haverá mudanças, criação de
projetos e estratégias não apenas no âmbito da aprendizagem, mas também a
respeito da interação social, criação de vínculos das crianças ditas “normais”
com as “anormais”, oferecendo um ambiente de qualidade para o bom
desempenho de todos.
Silva, Gomes e Queiroz (2016), enfatizam ainda, que a dificuldade de
aceitação e interação num primeiro momento entre crianças típicas e atípicas é
pertinente. Por isso, é preciso perceber que a inclusão escolar tem uma
ampliação muito maior em suas ações que vão para além do atendimento
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educacional especializado às pessoas com deficiência.


Rótulos serão criados, o isolamento e o contraste entre grupos podem
vir a acontecer, pois há um processo de identificação para a interação entre
colegas. O diferente causa impacto e, muitas vezes, o olhar de desconfiança e
medo se apodera dos alunos “normais”.
É papel da escola saber lidar com essa situação, desmistificar a ideia de
que pessoas portadoras de alguma deficiência não são capazes de realizar
qualquer tarefa com as habilidades que possuem, quebrar estereótipos
traduzidos nos apelidos, chacotas e ridicularizações. Auxiliar os alunos no
entendimento de que existe algo em comum entre todos e isso precisa ser
respeitado independente de qualquer situação.
Desse modo, também é interessante pontuar que essa formação não
seja voltada apenas para os professores, como também para todos os
profissionais da área da educação na escola, disponibilizando profissionais
especialistas, como fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, psicopedagogo,
psicólogo, entre outros.
No dia a dia, a falta de formação adequada para lidar com os alunos
especiais pode gerar algumas situações desconfortáveis dentro da sala de aula.
Além de conhecer os tipos de deficiências de cada um dos alunos, o professor
precisa usar toda sua criatividade para planejar as aulas buscando a interação
de todos, criar estratégias que explorem as habilidades e potencialidades para
que consiga atender todas as necessidades.
Muitos professores que lecionam, especificamente em escolas públicas,
não procuram se aperfeiçoar nem estudar com mais profundidade a respeito
deste novo público. Arruda e Silva (2014) concordam entre si de que “o
professor tem que gostar e se responsabilizar de seu trabalho, para que venha a
desenvolvê-lo com qualidade”.
É de suma importância o papel do professor na educação inclusiva, pois
segundo Rocha (2017),

O professor é o mediador entre o aluno e o conhecimento e cabe a ele promover


situações pedagógicas em que os alunos com necessidades educacionais
especiais superem o senso comum e avance em seu potencial humano
afetivo, social e intelectual, quebrando as barreiras que se impõem.
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Quando alguns momentos delicados surgem envolvendo alunos com


deficiência, o professor precisa usar toda a sua competência e conhecimento
para contornar um determinado acontecimento. Por isso, o despreparo acaba
sendo o maior vilão da educação inclusiva, não permitindo vencer os obstáculos
e mostrando a todo instante a incapacidade desses profissionais da educação.
É importante especificar o conceito de integração e inclusão, processos
diferentes, mas que priorizam a inserção dos portadores de necessidades
especiais no ensino regular. Werneck (1997), assim conceitua integração e
inclusão:

A palavra inclusão remete-nos a uma definição mais ampla, indicando uma


inserção total e incondicional. Integração, por sua vez, dá a idéia de
inserção parcial e condicionada às possibilidades de cada pessoa, já que o
pressuposto básico é de que a dificuldade está na pessoa portadora de
deficiência, e que estas podem ser incorporadas no ensino regular sempre
que suas características permitirem. Dito de outra forma, a inclusão exige a
transformação da escola, pois defende a inserção no ensino regular de
alunos com quaisquer déficits e necessidades, cabendo às escolas se
adaptarem às necessidades dos alunos, ou seja, a inclusão acaba por exigir
uma ruptura com o modelo tradicional de ensino.

Esse novo modelo exige da escola, em todos os aspectos, uma melhor


organização diante das novas demandas desse público que, de forma simplista,
necessitam e dependem de mais atenção, identificação com os grupos,
socialização e oportunidade para o adequado desenvolvimento da personalidade
e da aprendizagem.
As relações próximas estabelecidas acarretam reações negativas e
positivas e ambas precisam ser expostas e observadas no intuito de tornar ainda
mais acessível às práticas inclusivas e diminuir o preconceito.
O fato é que, muitas escolas não estão preparadas para receber esses
alunos significativamente “diferentes”, de realidades e personalidades diversas.
Se não for oferecido ao professor o suporte e a formação adequada, será
inviável incluir os alunos com necessidades especiais. Sem a qualificação
apropriada, os problemas aumentarão e a solução ficará ainda mais distante e
isso é bem preocupante.

Rocha confirma dizendo que:


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A atuação pedagógica é um processo de investigação e estudo e de solução de


problemas, por isso, muitas vezes o professor se depara com inúmeros
desafios, que devem ser solucionados para superar os limites impostos,
exigindo do professor a busca por novas estratégias, procurando identificar
as possibilidades de cada aluno com o intuito de encontrar as possibilidades
para que esse aluno possa aprender junto com os demais e superar seus
próprios limites (ROCHA, 2017).

Concordando com a citação acima, as evidências são claras quanto às


dificuldades que o professor encontra em trabalhar com a pluralidade, pois não
existe um método certo para ensinar perante as capacidades e habilidades de
cada aluno, mas, sim, uma formação precisa na adoção de uma nova postura
para com esses alunos que demandam mais atenção, cuidado, paciência,
delicadeza, entre outros.
A função de acolher os alunos com deficiência não se restringe apenas
ao professor responsável pela classe, mas se estende a toda comunidade
escolar, atendendo as dificuldades de cada um em ambientes integrados. Arruda
e Silva (2014) enfatizam isso quando dizem que “a escola não deve ser vista
como o local para incluir e sim o lugar que irá apoiar essas pessoas com
deficiência, ajudando a desenvolver cada uma dentro do limite de cada
deficiência”.
Para um ensino com mais qualidade e desenvolvimento, faz-se
importante contextualizar a educação inclusiva a realidade da escola e das
famílias, para que ocorra uma troca de informações que proporcionará
aprendizado, treinamento e formação mantendo o bom funcionamento do tripé
escola-família-comunidade.
Diante dos impasses existentes tanto no ensino regular quanto no
ensino especial, é necessária a reestruturação de muitas escolas, atualização
dos profissionais, ampliação dos projetos educacionais, suporte financeiro, apoio
pedagógico, flexibilização para implantar novas propostas e acessibilidade
comunicacional.
Dessa forma, Arruda e Silva (2014) corroboram resumidamente que:

Ainda há muito para se fazer, pois realmente a formação do professor não é


coerente para se trabalhar com a inclusão, enquanto isso a pedagogia da
diversidade precisa ser vista como uma pedagogia que seja auxiliadora,
onde as práticas pedagógicas precisam ser repensadas e modificadas,
dependendo da criatividade de cada professor, o modo com o qual
desenvolverá seu projeto com a sala, de forma a incluir a todos, através de
um planejamento flexível para novas adaptações.
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7 METODOLOGIA

. O referente projeto fora programado para ser trabalhado por seis


meses, se tratando de algo novo para a escola, optou-se por realizá-lo apenas
em três meses, ou seja, fevereiro, março e abril.
Em janeiro, iniciará o planejamento de possíveis atividades a serem
implementadas durante projeto.
No mês de fevereiro, logo após o início das aulas, será marcada uma
reunião com a vice-diretora e pedagoga para explicar a ideia do projeto. Com a
aprovação das duas, a primeira atividade será uma roda de conversa com os
professores, um momento de compartilhamento de pensamentos, exposição dos
perfis de alguns alunos, sugestões para melhoria do ensino e conscientização sobre
a importância de se ter um olhar cuidadoso voltado para cada necessidade dos
estudantes.
Em março, serão feitas duas reuniões para discussão das capacitações de
cada professor ali presente, cada um poderá explanar as dificuldades em lidar com
este público, adaptações que são feitas para atender de forma eficaz cada um dos
alunos e a necessidade da disponibilização de cursos complementares para
voltados à inclusão.
No mês de abril, será realizada uma dinâmica com os professores
interessados no projeto visando o trabalho em equipe. Será um momento bem
produtivo e oportuno para explicitar a importância do bom funcionamento de um
grupo. Ainda no mês de abril, ao final dos encontros, será feita uma avaliação e
dado o feedback à todos que participaram do projeto.
Uma das ideias iniciais deste projeto é dar voz aos professores levando-
se em conta que o processo de inclusão ainda é precário e um fator que precisa
ser considerado quando se fala em formação de professores é a acessibilidade
do preparo, do conhecimento necessário para auxiliar no desenvolvimento e na
aprendizagem desses alunos.
Portanto, é importante pensar no professor como agente transmissor de
conhecimento, capacitado para atender cada aluno e que respeita as diferenças,
para que a inclusão aconteça de forma eficaz, satisfazendo as propostas iniciais,
repensando as práticas pedagógicas, aliando-se aos parceiros de assistência da
escola e recebendo apoio da comunidade e da instituição.
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Desse modo, também é interessante pontuar que essa formação não


seja voltada apenas para os professores, como também para todos os
profissionais da área da educação na escola, disponibilizando profissionais
especialistas, como fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, psicopedagogo,
psicólogo, entre outros.
Outro ponto importantíssimo a ser observado durante os encontros é
que, no dia a dia, a falta de formação adequada para lidar com os alunos
especiais pode gerar algumas situações desconfortáveis dentro da sala de aula.
Além de conhecer os tipos de deficiências de cada um dos alunos, o professor
precisa usar toda sua criatividade para planejar as aulas buscando a interação
de todos, criar estratégias que explorem as habilidades e potencialidades para
que consiga atender todas as necessidades.
Por fim, é importante mencionar que este projeto se apresenta como
uma abertura de fala para os professores, escutando o que cada um tem a dizer
sobre sua prática pedagógica, serão momentos de exposição das dificuldades
enfrentadas e como é possível mudar a situação da educação especial na
referida escola. Sabe-se que os resultados aparecerão a longo prazo, mas se
terá uma noção do quanto é necessário abordar mais o tema e permitir que
muito mais pessoas falem e entendam a pertinência do assunto.
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8 CRONOGRAMA

Tabela – Plano de Ação

Etapas do Projeto Período

1. Planejamento Janeiro

2. Execução Fevereiro, março e abril

3. Avaliação Abril
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9 RECURSOS

Recursos Humanos
O projeto é composto por uma integrante que será responsável desde a
criação do projeto até sua finalização na escola, para que isso seja possível é
necessário que a integrante se desloque de sua casa para o local onde a escola
escolhida para a implantação do projeto está situada.

Recursos Materiais
Todos os recursos materiais para os encontros de roda de conversa,
dinâmica de grupo e reuniões serão disponibilizados pela escola. Dentre eles:
folhas de papel A4 (1 pacote), lápis (1 caixa) e borrachas (1 caixa), mesas,
cadeiras, carteiras e projetor de imagens.
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10 AVALIAÇÃO

As primeiras conversas com o corpo docente a respeito deste projeto


será um momento de explicar realmente do que se trata este projeto, é bem
provável que nem todos aceitarão participar, mas os interessados abraçarão a
causa e se sentirão parte de tudo o que está sendo proposto.
Será percebido que, no contato inicial, alguns professores poderão estar
receosos quanto ao planejamento, talvez um pouco inseguros, pois, afinal de
contas, é algo muito inovador para a escola. Mas isso não afetará em nada no
decorrer da execução do projeto.
Poderá destacar alguns pontos relevantes por parte dos professores
nestes três meses como, comprometimento em aprender mais sobre a própria
profissão, envolvimento, participação ativa e colaboração no sentido de trazer
para as reuniões vivências de sala de aula.
Serão momentos totalmente estratégicos e pensados com todo cuidado
para que o conhecimento seja ampliado e mais pessoas passem a entender que
a formação continuada do professor é diretamente proporcional à profissão,
principalmente no que se refere à educação especial.
Nesse sentido, será um período de muito aprendizado e expansão da
visão quanto à individualidade de cada aluno, focando sempre que existirão
dificuldades dentro de sala de aula, que é preciso ter um olhar diferenciado para
as famílias que agem de formas variadas com seus filhos, que se leva tempo
para uma adaptação sólida tanto do aluno deficiente quanto da escola como um
todo e que o planejamento do professor deve atender a todos, sem distinção.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em virtude do que foi mencionado, conclui-se que o professor da


educação especial depende da recorrente atualização curricular para realizar
seu trabalho com êxito. Cabe ao professor buscar novas formas de ensino,
promovendo a inclusão, a independência e a autonomia dos alunos com
deficiência.
Entende-se que o processo de inclusão é gradativo e exige muita
persistência, afinal, formar uma nova modalidade de ensino um tanto quanto
diferente do já proposto faz com que o empenho seja o grande protagonista da
trajetória escolar.
A inclusão acarreta uma série de mudanças na vida de todos os
envolvidos. Isso assusta e muitos profissionais da educação se sentem
inseguros para assumir tão grande tarefa, por isso a importância de estarem
sempre cercados de outros profissionais que contribuirão para que de fato a
inclusão aconteça.
O projeto preocupou-se em explicar que uma capacitação séria refletirá
nas práticas pedagógicas a serem implementadas dentro da sala de aula e, com
certeza, o professor ficará menos preocupado quanto a sua atuação no
enfrentamento dos desafios e contratempos que surgirão durante o processo.
Portanto, cabe ao professor de educação especial compreender o novo
modo de educar. É essencial respeitar a diversidade das pessoas, não permitir
que haja discriminações, oportunizar a aprendizagem desses alunos
independentemente de suas capacidades e abrir a porta para que todos os
alunos, principalmente os que possuem necessidades especiais, possam ser
inseridos em uma sociedade menos preconceituosa e que exerçam sua
cidadania como qualquer outra pessoa.
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REFERÊNCIAS

ARNAUD, A. et al. A formação de professores para a educação inclusiva.


Disponível em: http://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2017/22981_11845.pdf.
Acesso em: 10 out. 2021.

ARRUDA, Aparecida Luvyzotto Medina Martins; SILVA, Ana Paula Mesquita da. “O
papel do professor diante da inclusão escolar”. Disponível em:
http://docs.uninove.br/arte/fac/publicacoes_pdf/educacao/v5_n1_2014/
Ana_Paula.pdf. Acesso em: 10 out. 2021.

GOMES, Ricardo Jorge Silveira; QUEIROZ, Eroflim João; SILVA, Severina


Madalena. Educação Especial e Neurociência: Um diálogo possível na prática
pedagógica em sala de aula comum. Disponível em: https://editorarealize.com.br/
revistas/ cintedi/
trabalhos/TRABALHO_EV060_MD1_SA6_ID499_04092016204909.pdf. Acesso em:
10 out. 2021.

PLETSCH, Márcia Denise. A formação de professores para a educação


inclusiva: legislação, diretrizes políticas e resultados de pesquisas. Disponível
em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
40602009000100010. Acesso em: 10 out. 2021.

ROCHA, Artur Batista de Oliveira. “O papel do professor na educação inclusiva”.


Disponível em: http://www.opet.com.br/faculdade/revista-pedagogia/pdf/n14/n14-
artigo-1-O-PAPEL-DO-PROFESSOR-NA-EDUCACAO-INCLUSIVA.pdf. Acesso em:
10 out. 2021.

WERNECK, Claudia. Ninguém Mais Vai Ser Bonzinho na Sociedade Inclusiva.


25

São Paulo: Wva, 1997.

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