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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

CAMPUS III
CENTRO DE HUMANIDADES
DEPARTAMENTO DE LETRAS
CURSO DE / PROGRAMA DE GRADUAÇÃO EM LETRAS – INGLÊS
DOCENTE: MARIA CLAUDIA COUTINHO HENRIQUE

DARLIANE FERNANDES SANTANA

RESENHA CRÍTICA SOBRE AS SEÇÕES 1.2, 1.3 E 1.4 DO CAPÍTULO I DO


LIVRO: METODOLOGIA CIENTÍFICA

GUARABIRA
2023
Resenha Crítica do livro Metodologia Científica

BASTOS, M. Clotilde Pires; FERREIRA, Daniela Vitor. Metodologia Científica. 1ª


Edição. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional SA, 2016. p.120-122.

A seção 1.2 do capítulo I do livro de metodologia científica, traz como tema


principal, tipos de conhecimento: senso comum, abordando a definição do mesmo e
mostrando que ele é conhecido como um conhecimento vulgar ou empírico por vir
do povo, sendo obtido ao acaso de forma sistemática.

Todo e qualquer indivíduo tem um conhecimento sobre o mundo em que vive e


tem consciência sobre si. O indivíduo não necessita de formação acadêmica para
obter esse tipo de conhecimento, podendo o adquirir por meio de experiências
cotidianas, observação e interação com outrem.

O senso comum se caracteriza por ter o seu conhecimento iniciado a partir de


experiências e informações obtidas de maneira casual, mas isso não quer dizer que
o indivíduo não seja capaz de alcançar um entendimento lógico ou racional. Outro
ponto relevante é que esse reconhecimento cria uma ideia intuitiva e pré-crítica em
suas conclusões.

Esse conhecimento permite ao indivíduo encontrar soluções para os problemas


e entender fenômenos, no entanto, o senso vulgar se contenta com explicações
simples e imediatas, não buscando constituir o verdadeiro e nem a fundamentar
suas certezas.

O Teórico Bachelard (1962), afirma que o senso comum é um dos primeiros e


principais obstáculos para o desenvolvimento científico. Contudo pode-se afirmar
que muitos princípios científicos ocorrem por ter como ponto de partida a intuição
característica do senso comum.

O Teórico Gramsci (1991), estudou o senso comum e ressaltou a sua


importância na formação de uma consciência crítica a partir do bom senso. Ele
analisou esse reconhecimento com base em práticas sociais e políticas, e destacou
que nele está o bom senso. Para o autor o senso comum não é único, por ser
produto histórico e está frequentemente sofrendo com a influência dos
conhecimentos tradicionais, modernos e científicos resultando em conceitos prático
para seu uso no dia a dia.

Sendo assim, o senso comum é um conhecimento primordial para a sociedade,


mesmo que algumas vezes esse senso possa estar errado, ele contribui para o
desenvolvimento do indivíduo, tornando – o conhecedor de si mesmo e das coisas
que ocorrem ao seu redor, este conhecimento é empírico, sendo passado de
geração para geração.

A seção 1.3 do mesmo capítulo, inicia-se abordando o conhecimento filosófico e


enfatiza que esse conhecimento educa o raciocínio, ajudando a desenvolver
pensamentos lógicos, contudo, é importante que a filosofia não fique sem objetivo,
sem responder às questões que são colocadas.

Para Aristóteles, a filosofia procura as "causas últimas" das coisas, contudo, seu
fundamento é sua razão de ser. Para se entender a base de algo, implica
compreender o que é esse algo no seu sentido primordial.

A renomada filósofa Marilena Chauí, diz que a filosofia possui duas


características, uma positiva e uma negativa: o aspecto negativo refere-se a dizer
não ao senso comum, questionando as crenças estabelecidas. O aspecto positivo
busca entender o que são as coisas que cercam a vida de cada um.

O senso comum aceita verdades estabelecidas sem questionamentos, já a


filosofia indaga entender essas verdades e a razão pela qual as pessoas aceitam
essas verdades instituídas, sendo essa abordagem filosófica também uma crítica em
relação a realidade, as coisas, os fenômenos e as verdades, a fim de responder os
dilemas e questões do dia a dia. Contudo, é importante ressaltar que o principal
papel desse conhecimento é nos ajudar com ferramentas para refletir, questionar,
buscar soluções e usar a razão.

A seção 1.4, ultima desse capítulo, fala sobre o conhecimento científico,


retratando que este é um conhecimento que tem como principal característica a
forma de buscar entender o mundo através de indícios e análises sistemáticas
Mais precisamente, a ciência é um conhecimento que busca se aproximar da
verdade compartilhada, tendo como objetivo ajudar os seres humanos a entender
fenômenos que são considerados necessários e relevantes.

Segundo Luckesi (1998), o conhecimento científico busca esclarecer as


ocorrências do universo, explicar o que acontece, entender como ocorrem conexões
lógicas e como elas formam esses fenômenos. Assim entender a realidade que se
dá por meio dos fenômenos que a compõem.

Podemos descrever a definição de ciência como um tipo de conhecimento


constituído através de provas e demonstrações, tendo como objetivo: encontrar as
respostas para problemas delimitados utilizando uma metodologia específica. O seu
resultado produzido como conhecimento, precisa ser comprovado para que chegue
a uma conclusão segura.

Contudo, esse tipo de conhecimento exige compromisso com a verdade,


mesmo que seja relativa, já que é impossível conhecer toda a verdade. Isso implica
o espírito científico. É essencial que profissionais de qualquer área efetuem uma
abordagem científica e uma mentalidade imparcial, sendo assim, será desenvolvida
uma postura racional buscando a verdade por meio das evidências. O espírito
científico também requer o cultivo de pensamentos críticos.

A ciência e a filosofia são principais tipos de conhecimento que buscam o


melhor entendimento do mundo e da realidade, proporcionando uma melhor forma
de vida para cada um dos seres humanos. Com isso, é necessário que essas duas
fontes de conhecimento estejam sempre em constante evolução, em contato com os
fatos e hipóteses, avançando a realidade de cada ser vivo, isso só será possível se
a ciência continuar unida a ética, pois como um conhecimento que não é neutro,
necessita desse auxílio para orientar suas escolhas.
REFERÊNCIAS
BASTOS, M. Clotilde Pires; FERREIRA, Daniela Vitor. Metodologia Científica. 1ª
Edição. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional SA, 2016. p.120-122.

ESPÍNOLA, Juan Pablo Segundo. Conhecimento filosófico. Enciclopédia


Humanidades, 2023. Disponível em: https://humanidades.com/br/conhecimento-
filosofico/. Acesso em: 28 de Novembro, 2023.

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