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VIOLÊNCIA NA ESCOLA

EMEB EMÍLIO MEYER


Brasil registra nove ataques em escolas nos últimos nove meses
O estudo exclui casos que tiveram o planejamento frustrado - e, por isso, impedidos -, aqueles realizados por
adultos e os não planejados, ocorridos no momento de uma briga. [...] nos mostra um cenário desafiador.

Os dados revelam ainda que, dos ataques registrados, 19 ocorreram em escolas públicas, e quatro em escolas
particulares.

Ao longo dos anos, os fatores que levam crianças e jovens a realizar esse tipo de movimentação era o bullying,
hoje, explica Telma (Unicamp), além de algum sofrimento vivido pelo estudante, os casos se relacionam ao
consumo de cultura extremista. E o pior, a sociedade vive um momento em que se encoraja, direta ou
indiretamente, atos agressivos e de violência.

“Muitos viveram momentos ruins na escola e acabam tendo ligação com esses grupos extremistas, que
fomentam racismo, xenofobia, enfim, o discurso de ódio. E, se antes esses grupos estavam na deep web, hoje
eles estão nas redes sociais.

A escola não é a única responsável, mas precisa trabalhar essas temáticas e abrir um canal de escuta para
apoiar crianças e adolescentes. Porém, mais do que isso, é preciso haver uma responsabilização coletiva - a
união entre escola e famílias, mas principalmente uma participação dos governos com políticas públicas.

E quando falamos de política pública, não estamos falando de policiais dentro das escolas, mas de programas
de assistência social, de saúde mental, de uma forma mais ampla, de controle de armas …
Instituto vitaalere - Cartilha Diretrizes para a mídia, como responder a
ataques violentos
Conversando com crianças sobre violência nas escolas
Vamos falar de violência na escola Emílio Meyer
Foco na escola! É importante situar nossa ação, que se somará às ações de mais instâncias (Poder
Público). Quando trazidas pelo estudante falas de violências pessoais ou em outros locais acolher e
encaminhar.

“Essa tua fala é importante, vamos buscar quem pode te ajudar…”

Foco no cotidiano! Identificar e agir sobre as ações violentas no dia a dia da escola. Vale refletir:
“pequenas violências só são menores para quem pratica, nunca para quem sofre…”

Foco na identificação! Ajudar os estudantes a identificar, nomear as ações violêntas é importante


para reconhecerem sua posição de agressor e de vítima. Assim como, referendar no senso comum
ilegalidade da ação.

“Isso é uma discriminação. Isso é uma agressão física. Isso é um assédio e assédio é crime.”

Foco no acolhimento! É parte de toda a fala especialista a importância do acolhimento, da escuta


sensível.

Foco na orientação em buscar ajuda sempre!


Práticas restaurativas do cotidiano…
Estudante xinga, agride verbalmente
um colega…
Estudante xinga, agride verbalmente
um colega… Professor 1) ajuda na identificaçao
Isso que fizeste é uma discriminação. Isso
Professor (já no seu limite), é crime, você sabe disso?
caracteriza o estudante “tu és um
mal-educado, …” 2) oportuniza a resolução
Agora você tem a oportunidade de
Estudante devolve agressão ao reparar, pedir desculpas…
professor
3) acolhe o colega
Desculpas aceitas? Está ok, para ti?
Queres encaminhar isso no SOE?
Sugestões …
● Assembleia de turma com SOE e professor conselheiro.
● Conselho participativo com professores e estudantes juntos em roda de conversa.
● Gráfico da violência: uma marca para cada ação violenta na turma, com visualização do
progresso ou retrocesso através das semanas no combate a violência na escola.

● Caixa dos sentimentos, Círculo de Paz, ….


● Reconhecer e apresentar para a turma estratégias para baixar ansiedade,
desaceleração, controle de crise, volta à calma…
● Conhecer os alunos, interessar-se por ele, estabelecer vínculo.
● Na revisão do PPP e Regimento, especificar práticas escolares restaurativas (estudante
que pratica bullying, agride fisicamente, ameaça, …)
Como a gestão escolar pode combater a violência nas escolas?
Gustavo Estanislau Médico Psiquiatra, Especialista em Psiquiatria da Infância e da Adolescência pelo Hospital de Clínicas de Porto Alegre
(UFRGS), em fev/2023.

1. Identificar precocemente

2. Incentivar o diálogo
3. Escutar e orientar

“Eu acho importante que a escola consiga expressar para os alunos quais comportamentos são
considerados brincadeiras, quais são considerados agressões e quais comportamentos que não são
adequados”
4. Observar para prevenir

5. Evitar o punitismo

Ao aplicar muitas punições, o ambiente se torna mais agressivo, mais hostil, as pessoas tendem a se sentir mais
paranóicas e mais desconfiadas... isso acaba se transformando em um ciclo negativo de violência.

6. Cooperação família e escola

7. Atenção para a saúde mental

Tem muitos alunos que deixam de ser agressivos a partir do momento em que eles começam a achar uma via
para se sentirem poderosos e eficientes, como através do esporte, através da arte…”

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