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MULHER MODERNA
A história está também permeada pela resistência e protagonismo de muitas mulheres que se
rebelaram contra os estereótipos e a imposição de papéis sociais menos importantes. Historicamente,
esses papéis estiveram relacionados com uma visão reducionista do universo feminino, intimamente
relacionada com o papel de submissão, servidão e ausência de protagonismo. Na atualidade, essa
visão não está completamente superada, entretanto, é visível a gradual desconstrução social dos
estereótipos negativos e reducionistas do papel da mulher na sociedade. A figura da mulher
unicamente no papel de submissão, que possuía a função exclusiva de ser esposa servil, mãe
cuidadora e dona de casa exemplar, foi sendo vencida. A mulher contemporânea acumula vitórias
como a sua inserção no mercado de trabalho, ampliação de sua liberdade sexual e reprodutiva, a
conquista da independência financeira e dos direitos políticos. A coletânea de avanços que a
emancipação feminina trouxe não veio sozinha. Com essa evolução, vieram também alguns novos
obstáculos da mulher na atualidade, como:
Apesar de ter antigos e novos obstáculos a serem transpostos, a mulher hoje possui uma ampliação
da sua liberdade de escolha. Ela pode optar por exercer a grande multiplicidade de papéis que lhe é
atribuída ou escolher priorizar a sua vida profissional. No mesmo viés, a mulher moderna, hoje, pode
decidir ser uma excelente dona de casa e mãe, sem que isso lhe traga prejuízo em sua valorização
como mulher. A grande conquista da mulher atual é o poder de escolha. Decidir qual o melhor
momento para ter filhos e quantos descendentes quer ter ou optar simplesmente por não ter filhos é,
na atualidade, um direito que muitas mulheres conquistaram. Esse direito é resultado de uma
consciência cada vez mais coletiva de que os papéis sociais relacionados historicamente com o
universo feminino podem ser reavaliados e, caso seja de vontade da mulher, superados.
Primeiros movimentos nos Estados Unidos e Europa: A primeira manifestação em relação às mulheres ocorreu em Nova
York, no dia 26 de fevereiro de 1909. A passeata contou com cerca de 15 mil mulheres que protestaram por melhores
condições de trabalho, que na época eram muito precárias e exploradoras. Em outubro do ano seguinte, em Copenhague,
capital da Dinamarca, aconteceu a Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, na qual a líder socialista
alemã Clara Zetkin sugeriu que houvesse uma agenda anual de ações em prol das mulheres. Até o momento, não havia
uma data estabelecida, mas já em fevereiro do ano seguinte, 1911, diferentes manifestações foram iniciadas.
Primeiro 8 de março: A partir de 1911, as manifestações começaram a acontecer anualmente em diferentes datas entre
fevereiro e março, de acordo com cada país. No dia 8 de março de 1917, um grupo de operárias saiu às ruas para
protestarem contra a fome e contra a Primeira Guerra Mundial. Elas foram fortemente repreendidas e o episódio acabou
dando início à Revolução Russa. Desde então, o movimento internacional socialista adotou a data como o Dia internacional
da Mulher e as comemorações e passaram a ser realizadas no mesmo dia em vários países.
Oficialização da data pela ONU: A ONU — Organização das Nações Unidas — declarou o ano de 1975 como o “Ano
Internacional da Mulher” e, foi a partir desse ano que o 8 de março foi oficializado como Dia Internacional da Mulher.
Anualmente, homens e mulheres de todas as idades vão às ruas nessa data para manifestarem apoio às conquistas e para
lutarem por mais direitos e respeito.
https://blog.solides.com.br/dia-internacional-da-mulher/
Conquistas importantes
Desde o começo do movimento feminista no país alguns acontecimentos foram marcantes para a vida das
mulheres. Veja algumas das conquistas mais importantes ao longo do tempo.
Em 1977 foi publicada outra lei que garantiu mais direitos às mulheres. A lei 6.515/77, Lei do Divórcio, garantiu a liberdade
de não permanecer em casamentos que não desejavam. Até a publicação da lei, esta possibilidade não existia.
Em 1985 aconteceu outra conquista importante para a proteção das mulheres vítimas de violência: a criação da DEAM, a
primeira Delegacia de Atendimento Especializado à Mulher.
Em 1996 as mulheres conseguiram outra conquista em relação à participação na política. A partir desse ano passou a existir
um sistema de cotas que obriga que as chapas eleitorais possuam entre seus nomes pelo menos 20% de mulheres.
Em 2006 foi criada a Lei Maria da Penha (lei nº 11.340/06), que protege mulheres em situação de fragilidade ou perigo em
função de casos de violência doméstica. A lei protege a mulher em todos as ocorrências de violência: física, sexual,
psicológica, moral ou patrimonial.
Em 2015 as mulheres brasileiras obtiveram mais um avanço em relação à violência, com a publicação da lei nº 13.104/15.
A lei alterou o Código Penal e classificou o feminicídio como crime. De acordo com a lei o feminicídio é um homicídio
qualificado, pois a mulher é vítima do crime justamente por ser mulher.
A Lei Maria da Penha: Essa Lei permitiu mecanismos de combate, prevenção e tipificação da violência doméstica e familiar
contra a mulher, sendo hoje um dos principais métodos de combate à violência doméstica.
Aposentadoria diferenciada: É um direito de as mulheres se aposentarem mais cedo do que os homens. Isso se justifica
porque elas possuem uma jornada dupla, já que exercem suas profissões, e a maioria delas, também executam os principais
afazeres domésticos.
Lei do Feminicídio: A Lei 13.104/2015 alterou o Código Penal e incluiu a modalidade de feminicídio dentro da categoria de
homicídio qualificado, punindo com mais rigor as pessoas que porventura cometem crimes contra as mulheres.
https://seeb-nf.blogspot.com/2019/03/as-conquistas-das-mulheres-no-brasil.html
Atividades Data:
7) Por que o movimento internacional socialista adotou o dia 8 de março como o Dia Internacional da Mulher?