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ETEC MACHADO DE ASSIS

ALIMENTOS TRANSGÊNICOS

CAÇAPAVA
2023
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ANA CAROLINA GOMES GENEROSO
CAMILA ISABELE APARECIDA DA CRUZ
CLEISLA APARECIDA DOS SANTOS FERREIRA
MARIA EDUARDA DE OLIVEIRA VICENTE
KALYSSON CLAVIJO MOTA

ALIMENTOS TRANSGÊNICOS

Trabalho apresentado a Professora de Sociologia


e Biologia Elizabeth Villela de Andrade, na unidade
ETEC Machado de Assis.

CAÇAPAVA
2023
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RESUMO

Com embase na pesquisa realizada, foi possível entender e explanar de maneira


simplificada e coesa à respeito dos alimentos transgênicos.Através de estudos de fontes e
organizações confiáveis e responsáveis, as quais exploram profundamente os temas
abordados pela pesquisa.Dentre o estudo feito decidimos ressaltar os danos originados da
alimentação transgênica e as consequências da criação deste tipo de alimento.Com isto
percebemos a real situação destes alimentos em um cenário global e nacional.

Palavras-chave: saúde; doenças; vida moderna; alimentação; modificação genética;


sociedade.

SUMÁRIO

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1 INTRODUÇÃO 5
2 PESQUISA 5
2.1 ORIGEM 5
2.1.1 O QUE SÃO?...................................................................................................................6
2.1.2 PRINCIPAIS ALIMENTOS 6
2.1.3 DISCUSSÃO 6
2.1.4 VANTAGENS 7
2.1.5 DESVANTAGENS...........................................................................................................8
2.1.6 RISCOS...........................................................................................................................8
2.1.7 LEGISLAÇÃO..................................................................................................................9
2.1.8 VISÃO GLOBAL............................................................................................................10
2.1.9 VISÃO NACIONAL........................................................................................................10
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 11
4 REFERÊNCIAS 11

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1 INTRODUÇÃO

Os alimentos transgênicos são produzidos por meio de organismos geneticamente


modificados (OGM), como sementes, com técnicas da engenharia genética. Essas técnicas
foram introduzidas na agropecuária a partir da segunda metade do século XX com a
Revolução Verde, tornando-se importantes para o desenvolvimento de lavouras mais
produtivas e resistentes a doenças, pragas e adversidades climáticas. O aumento do
consumo dos transgênicos, no entanto, gera discussões acerca do seu impacto negativo na
saúde humana e no meio ambiente, além de questionamentos sobre a intervenção do ser
humano na natureza

2 PESQUISA

2.1. ORIGEM

Em 1983, três grupos de cientistas conseguiram adicionar genes de uma bactéria em duas
plantas, desenvolvendo, assim, os primeiros vegetais transgênicos.
Três anos depois, foram realizados os primeiros testes de campo com plantas transgênicas.
Em 1994, o primeiro alimento geneticamente modificado – o tomate Flavr Savr, que foi
criado na Califórnia (EUA) e apresentava maior durabilidade – chegou aos consumidores
norte-americanos. Um ano depois, a primeira soja geneticamente modificada foi lançada no
mercado.
No Brasil, a história dos transgênicos começou tumultuada. No início dos anos 90,
produtores do sul do País iniciaram o cultivo de soja modificada vinda da Argentina, mas o
assunto ainda não era regulamentado no País. A comercialização dessa soja só foi
autorizada por medida provisória em 1995.
Mas, a alegria dos produtores durou pouco. Em 1998 a venda dos transgênicos foi proibida,
devido a uma ação judicial do Idec, Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor. O
embargo durou até 2003, com a edição de nova MP para autorizar a comercialização.
A Lei de Biossegurança, aprovada pelo Congresso em 2005, representou o fim da polêmica
em torno do assunto. Além de criar regras gerais sobre as pesquisas em biotecnologia no
País, a lei criou a CTNBio, comissão que passou a ser responsável por toda regulação do
setor de biotecnologia.
Desde então, o órgão já aprovou a utilização comercial de cerca de 50 organismos
geneticamente modificados, dos quais aproximadamente 35 são plantas. As regras de
liberação desses organismos no País, conforme o presidente da CTNBio, Flávio Finardi,
estão entre as mais rigorosas do mundo.

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2.1.1 O QUE SÃO?

É chamado de transgênico o alimento alterado de maneira artificial, em laboratório, para a


introdução de genes responsáveis por conferir novas características àquele determinado
organismo. Tais características não seriam desenvolvidas de maneira natural e são
selecionadas de acordo com a necessidade identificada pelo produtor rural ou mesmo pelas
empresas do agronegócio. Os alimentos transgênicos são chamados também de
organismos geneticamente modificados (ou OGM).
As modificações nos alimentos são feitas com o auxílio das técnicas da engenharia genética
que foram introduzidas na agropecuária a partir da segunda metade do século XX com o
advento da Revolução Verde. Entre as propriedades que são introduzidas nos organismos
por meio desse conjunto de técnicas estão a resistência a pragas e doenças, aumento da
produtividade, incremento do valor nutricional e maior tolerância a adversidades climáticas.

2.1.2 PRINCIPAIS ALIMENTOS

As principais culturas transgênicas são de milho, algodão, soja e cana-de-açúcar. Os três


primeiros estão presentes como insumos em vários produtos encontrados no mercado,
como leite de soja, óleo de cozinha, massas, margarina, cereais e biscoitos. Alimentos que
tenham amidos de milho, soja ou xarope de soja, bem provavelmente terão transgênicos em
sua composição.
Há a liberação para o cultivo de feijão e eucalipto transgênicos no Brasil, porém, ainda não
estão sendo plantados com objetivos comerciais. Aqui, os transgênicos são regidos pela
chamada Lei de Biossegurança 11.105/05. Essa lei foi criada a partir de discussões e
protocolos internacionais, objetivando garantir a segurança de transgênicos no país.
Essa legislação tem como objetivo definir as normas de segurança e quais serão os
mecanismos de fiscalização dos organismos geneticamente modificados (OGM). Também
há o Decreto 4.680/03, responsável pode determinar como deverá ser a rotulagem dos
alimentos que tenham mais de 1% de transgênicos em sua matéria-prima.

2.1.3 DISCUSSÃO

Os organismos geneticamente modificados têm, desde o seu surgimento, suscitado uma


série de debates na sociedade a respeito dos princípios éticos da ciência e de questões
econômicas e sociais. Ao mesmo tempo que muitas análises consideram os transgênicos
um avanço importante no campo científico e socioeconômico, outras veem a produção
desses organismos como uma prática nociva ao meio ambiente e abordam o risco à saúde
humana representado por esse tipo de alimento.
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Os limites da ciência e, principalmente, da ação humana sobre os organismos naturais são
algumas das discussões propostas no campo ético. A técnica de desenvolvimento dos
alimentos transgênicos envolve a alteração no material genético desses organismos (DNA)
e é aplicada em espécies de plantas e também animais, como no gado bovino. Com isso,
questiona-se a intervenção humana na natureza e os impactos dessas ações na
manutenção da biodiversidade e do equilíbrio do meio ambiente.
Economicamente, a comercialização dos transgênicos está restrita a um conjunto de
grandes empresas do agronegócio. Na maioria das vezes, a venda das sementes e
embriões está associada ao que se chama de pacote tecnológico, que inclui produtos como
fertilizantes e pesticidas próprios que devem ser utilizados com as novas variedades de
organismo.
As discussões nesse caso envolvem a concentração dos lucros e o monopólio exercido por
essas empresas no mercado, o que recai também na questão do tipo de concorrência que
se cria entre grandes produtores que utilizam esses pacotes tecnológicos e pequenos
agricultores. Além disso, debate-se sobre os prejuízos à saúde que os transgênicos
representam e o papel dessas grandes empresas na introdução de tais variedades de
alimento no mercado.
Os alimentos transgênicos podem ser vistos ainda como uma solução a longo prazo para a
insegurança alimentar, situação em que se encontram 2,3 bilhões de pessoas em todo o
mundo. No entanto, apesar de os custos desses alimentos serem inferiores, a sua utilização
esbarra nas discussões sobre os potenciais riscos oferecidos pelos transgênicos à saúde
humana.

2.1.4 VANTAGENS

O uso de variedades transgênicas de cultivos e demais produtos podem oferecer vantagens


tanto ao produtor rural quanto ao consumidor final, como:

 Melhorias que apresentam maior resistência a fungos, doenças e pragas;

 Incremento do total de nutrientes presentes em determinado alimento;

 Maior produtividade dos cultivos;

 Aumento na produção de alimentos;

 Resistência a climas adversos ou eventos climáticos extremos;

 Possibilidade de adaptação para o plantio em solos considerados impróprios (como


solos ácidos);

 Menor custo dos produtos para o consumidor final, isto é, a população em geral.

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2.1.5 DESVANTAGENS

Os alimentos transgênicos apresentam desvantagens para o meio ambiente e para a saúde


humana. Dentre elas, podemos mencionar:

 Impactos no controle de pragas, proporcionando o desenvolvimento de espécies


mais resistentes à ação dos pesticidas e que podem afetar negativamente os cultivos
orgânicos.
 Poluição das águas e dos solos pelo aumento do uso de defensivos agrícolas.
 Perda de biodiversidade por prejuízos que podem causar aos animais, como insetos,
e pela contaminação de espécies orgânicas em decorrência de processos naturais, a
exemplo da polinização. Isso ocorre, ainda, pelo aumento das áreas plantadas com
monocultivos.
 Danos à saúde humana, como o aumento de alergias.

2.1.6 RISCOS

São vários e graves os riscos potenciais, tendo os cientistas apontado como os principais
deles:

1. Aumento das alergias

Quando se insere um gene de um ser em outro, novos compostos podem ser formados
nesse organismo, como proteínas e aminoácidos. Se este organismo modificado
geneticamente for um alimento, seu consumo pode provocar alergias em parcelas
significativas da população, por causa dessas novas substâncias. Por exemplo, no Instituto
de Nutrição de York, Inglaterra, em 1999, uma pesquisa constatou o aumento de 50% na
alergia a produtos à base de soja, afirmando que o resultado poderia ser atribuído ao
consumo de soja geneticamente modificada.

Outra preocupação é que se o gene de uma espécie que provoca alergia em algumas
pessoas for usado para criar um produto transgênico, esse novo produto também pode
causar alergias, porque há uma transferência das características daquela espécie.

Foi o que aconteceu nos Estados Unidos: reações em pessoas alérgicas impediram a
comercialização de uma soja que possuía gene de castanha-do-pará (que é um famoso
alergênico).

2. Aumento de resistência aos antibióticos

Para se certificar de que a modificação genética “deu certo”, os cientistas inserem genes
(chamados marcadores) de bactérias resistentes a antibióticos. Isso pode provocar o

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aumento da resistência a antibióticos nos seres humanos que ingerem esses alimentos. Em
outras palavras, pode reduzir ou anular a eficácia dos remédios à base de antibióticos, o que
é uma séria ameaça à saúde pública.

3. Aumento das substâncias tóxicas

Existem plantas e micróbios que possuem substâncias tóxicas para se defender de seus
inimigos naturais, os insetos, por exemplo. Na maioria das vezes, não fazem mal ao ser
humano. No entanto, se o gene de uma dessas plantas ou de um desses micróbios for
inserido em um alimento, é possível que o nível dessas toxinas aumente muito, causando
mal às pessoas, aos insetos benéficos e aos outros animais. Isso já foi constatado com o
milho transgênico Bt, que pode matar lagartas de uma espécie de borboleta, a borboleta
monarca, que é um agente polinizador. Sequer a toxicidade das substâncias inseridas
intencionalmente nas plantas foi avaliada adequadamente. Estas substâncias estão
entrando nos alimentos com muito menos avaliação de segurança que qualquer aditivo,
corante, pesticida ou medicamento.

4. Maior quantidade de resíduos de agrotóxicos

Com a inserção de genes de resistência a agrotóxicos em certos produtos transgênicos, as


pragas e as ervas-daninhas poderão desenvolver a mesma resistência, tornando-se “super-
pragas” e “super-ervas". Por exemplo, a soja Roundup Ready tem como característica
resistir à aplicação do herbicida Roundup (glifosato). Consequentemente, haverá
necessidade de aplicação de maiores quantidades de veneno nas plantações, o que
representa maior quantidade de resíduos tóxicos nos alimentos que nós consumimos. No
Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou em 2004 o aumento em
cinquenta vezes do limite de glifosato permitido em alimentos a base de soja. Os prejuízos
para o meio ambiente também serão graves: maior poluição dos rios e solos e desequilíbrios
incalculáveis nos ecossistemas.

2.1.7 LEGISLAÇÃO

A regulamentação das atividades que envolvem os organismos transgênicos no Brasil, o


que inclui aqueles destinados à alimentação, é feita por meio da Lei nº 11.105, de 24 de
março de 2005. A Lei de Biossegurança, como é conhecida, estabelece os parâmetros da
pesquisa, manipulação e comercialização desses organismos com o objetivo de assegurar a
proteção aos seres humanos e a todas as demais formas de vida, animal ou vegetal, e do
meio ambiente.

Dessa maneira, todos os alimentos transgênicos que chegam ao mercado brasileiro foram
avaliados conforme os critérios estabelecidos pela Lei da Biossegurança, devendo ser
aprovados pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) antes de serem
enviados ao consumidor final.
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Os alimentos transgênicos ou produtos que contenham componentes transgênicos (acima
de 1%) devem ser identificados em suas embalagens, uma vez que a escolha final deve ser
do consumidor. Essa identificação aparece na forma de um triângulo amarelo no interior do
qual fica um T maiúsculo em preto.

2.1.8 VISÃO GLOBAL

Os alimentos transgênicos são produzidos por mais de 60 nações em todo o mundo. A


maioria dos países produtores de OGMs são aqueles que possuem economias emergentes
(ou em desenvolvimento), e as suas lavouras representam pouco mais da metade do total
de áreas plantadas com cultivos transgênicos.

Os Estados Unidos e o Brasil são os dois maiores produtores mundiais de alimentos


transgênicos. A área plantada com OGMs nesses países chega a 70 e 30 milhões de
hectares, respectivamente. Entre os principais cultivos desenvolvidos estão aqueles que
classificamos como commodities agrícolas: soja, milho e algodão. Outros grandes
produtores são Argentina, Índia, Canadá, China, Paraguai, Paquistão e África do Sul.

2.1.9 VISÃO NACIONAL

O Brasil é o segundo maior produtor mundial de alimentos transgênicos, conforme vimos


anteriormente. A área plantada com espécies geneticamente modificadas chega a 30
milhões de hectares e tem como carro-chefe a soja. Esse grão figura entre os principais
produtos de exportação brasileiros, e foi através dele que teve início o plantio de alimentos
transgênicos desenvolvidos inteiramente no país.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) foi a responsável pela primeira


variação de soja transgênica brasileira. Vinte anos de pesquisas resultaram em uma
semente desenvolvida para ter maior tolerância a um determinado tipo de herbicida que foi
colocada no mercado no ano de 2015. A Embrapa trabalha atualmente em novas variantes
da soja e também de alimentos e matérias-primas como o café, a cana-de-açúcar e o
algodão.

O milho é outro alimento plantado e comercializado no Brasil e que apresenta muitas


lavouras desenvolvidas com sementes geneticamente modificadas.

A história da produção de transgênicos no Brasil começou durante a década de 1990, com a


importação de sementes de soja modificadas vindas da Argentina. O produto não foi
aprovado de imediato, e a sua comercialização tinha sido autorizada mediante uma medida
provisória de 1995, mas que foi suspensa três anos mais tarde. A legislação brasileira para

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a regulação e fiscalização desses organismos no território nacional foi aprovada em 2005, e
o país conta atualmente com cerca de 50 OGMs no mercado.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os alimentos transgênicos tanto podem ser bons como maus para nossa saúde, eles
favorecem a quem produz certos alimentos com uma resistência muito boa contra pragas de
lavouras, insetos, fungos, vírus, bactérias, porém também pode nos fazer um pouco mal por
nos causar alergias, intoxicações, ou até a morte, mas ainda não se comprovou
corretamente que esses alimentos nos fazem mal, poucas pessoas se sentiam mal por isso
não é comprovado, para se chegar a uma conclusão deve se fazer uma pesquisa com
milhões de pessoas.

5 REFERÊNCIAS

1 sem autor. COMO FORAM DESENVOLVIDOS OS ALIMENTOS TRANSGÊNICOS?.


CROPLIFE, 2023. Disponível em: https://croplifebrasil.org/perguntas-frequentes/quando-
foram-desenvolvidos-os-primeiros-transgenicos/. Acesso em: 6 de junho de 2023.
2 Acácio Moraes. A ORIGEM DOS TRANSGÊNICOS E OS REIAS IMPACTOS DELES
PARA NOSSA SAÚDE. TECMUNDO, 2023. Disponível em:
https://www.tecmundo.com.br/ciencia/235315-origem-transgenicos-reais-impactos-deles-
nossa-saude.htm . Acesso em: 6 de junho de 2023.
3 Lana Magalhães. ALIMENTOS TRANSGÊNICOS. TODA MATÉRIA, 2023. Disponível em:
https://www.todamateria.com.br/alimentos-transgenicos/ . Acesso em: 6 de junho de 2023.
4 Paloma Guitarrara. ALIMENTOS TRANSGÊNICOS. BRASIL ESCOLA, 2023. Disponível
em: https://brasilescola.uol.com.br/saude/alimentos-transgenicos.htm . Acesso em: 6 de
junho de 2023.

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