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Parasitologia Clínica
Protozoários do Sangue e Tricomoníase
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Protozoários do Sangue e Tricomoníase
• Hematozoários;
• Infecção Sexualmente Transmissível (IST) – Tricomoníase;
• Diagnóstico de Hematozoários;
• Técnicas Imunológicas e/ou Sorológicos
Aplicadas no Diagnóstico de Parasitoses Humanas;
• Procedimentos para Detecção de Parasitos do Sistema Gênito-Urinário.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Diferenciar as formas evolutivas encontradas nos hematozoários;
• Conhecer e diferenciar os métodos imunológicos utilizados no diagnóstico de hematozoários;
• Caracterizar a tricomoníase, identificando a forma evolutiva e técnicas de pesquisa ou isola-
mento do agente etiológico.
UNIDADE Protozoários do Sangue e Tricomoníase
Hematozoários
No sangue periférico e em tecidos, podemos encontrar diferentes estágios (formas
evolutivas) de variadas espécies de parasitas.
Importante!
Resultados negativos não devem ser definitivos, quando se analisa apenas uma única
amostra!
Doença de Chagas
A Doença de Chagas é causada pelo parasita Trypanossoma cruzi. Seu ciclo é
heteroxeno, portanto, necessita de um hospedeiro intermediário que, nesse caso, são os
Triatomídeos (Triatoma infectans), mais conhecidos como barbeiros.
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Figura 1 – Formas Tripomastigotas de Trypanossoma cruzi
encontradas entre as hemácias na corrente sanguínea
Fonte: chagas.fiocruz.br
Para saber mais detalhes sobre a Doença de Chagas, suas causas, sintomas, tratamento e
prevenção, acesse o link: https://bit.ly/3i4pFVS
Leishmanioses
A Leishmaniose é considerada uma zoonose e é transmitida por espécies do gênero
Leishmania. De acordo com a natureza clínica da doença, a Leishmaniose pode ser
dividida em dois grandes grupos: Leishmaniose cutânea e/ou mucosa (tegumentar ou
cutânea) e a Leishmaniose visceral ou calazar.
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UNIDADE Protozoários do Sangue e Tricomoníase
Para saber mais detalhes sobre a Leishmaniose, ciclo biológico, distribuição geográfica e
apresentação clínica da Leishmaniose acesse o link: https://bit.ly/38wOCX0
A Leishmaniose visceral (ou calazar) caracteriza-se pela afinidade que o parasita tem
por tecidos como baço, fígado, medula óssea e tecidos linfoides (Figura 4).
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O diagnóstico é realizado, geralmente, por meio de amostras de medula óssea (pun-
ção do esterno, tíbia ou crista ilíaca), já que a realização de biópsias de baço e fígado são
consideradas de alto risco.
Após a coleta pode ser realizado um esfregaço com coloração de Giemsa, entre ou-
tros métodos.
Toxoplasmose
A toxoplasmose é uma parasitose que tem como agente etiológico o parasita
Toxoplasma gondii. Ao entrar em contato com os oocistos do parasita, o indivíduo é
infectado. Os parasitas formam cistos que podem atingir variados tecidos, como, por
exemplo, músculo esquelético, miocárdio, cérebro (Figura 5) e olhos.
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UNIDADE Protozoários do Sangue e Tricomoníase
Para saber mais sobre a Toxoplasmose e sua epidemiologia, fatores de risco, ciclo biológico,
doença, diagnóstico, sintomas e tratamento, acesse o link: https://bit.ly/2LJc3TL
Para mulheres gestantes (suspeitas) pode ser realizada a detecção por meio do método
de DNA do líquido amniótico pelo método da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR).
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Malária
O gênero responsável por desenvolver a malária é o Plasmodium sp. Em humanos,
podemos encontrar 4 espécies responsáveis pelo seu desenvolvimento: Plasmodium
vivax, Plasmodium falciparum, Plasmodium ovale, Plasmodium malariae.
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UNIDADE Protozoários do Sangue e Tricomoníase
Infecção Sexualmente
Transmissível (IST) – Tricomoníase
Trichomonas vaginalis é um parasita flagelado que habita o trato genital de homens
e mulheres e sua Infecção é Sexualmente Transmissível (IST), pois a fonte de contami-
nação principal é por via sexual. Vale lembrar que esta parasitose também pode ser
transmitida por fômites, que são objetos contaminados, como toalhas, roupas íntimas
compartilhadas e espéculos vaginais não estéreis, entre outros.
Trichomonas vaginalis apresenta apenas uma única forma evolutiva: trofozoíto (Fi-
gura 7) e seu diagnóstico é realizado por meio do exame direto de secreção vaginal ou
uretral, como veremos a seguir, nesta Unidade.
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1. Quais formas evolutivas podemos encontrar no diagnóstico de Doença de Chagas,
Leishmaniose, Toxoplasmose e Malária?
2. Explique como ocorre a transmissão das hemoparasitoses;
3. Como podemos dividir a Leishmaniose? Quais sinais clínicos cada uma pode apresen-
tar? E qual amostra utilizamos para o diagnóstico?
4. Quais técnicas podem ser utilizadas no diagnóstico de Toxoplasmose?
5. Na Tricomoníase, comente como pode ser contraída? Qual a forma evolutiva encontra-
da no diagnóstico?
6. Por que a terminologia IST é mais apropriada do que DST? Qual sua opinião sobre isso?
Diagnóstico de Hematozoários
Veremos a seguir que o Laboratório de Parasitologia compreende, dentre outras téc-
nicas, o diagnóstico direto e as técnicas imunológicas/sorológicas para detecção de algu-
mas espécies de parasitas.
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UNIDADE Protozoários do Sangue e Tricomoníase
Para a realização do método direto a fresco podem ser utilizados dois tipos de amos-
tra sanguínea.
Podemos usar o sangue por meio da perfuração da ponta do dedo (coleta de sangue
capilar) (Figura 8) ou sangue venoso obtido por meio da coleta em Tubo com Anticoa-
gulante EDTA (Figura 9).
Figura 9 – Sangue venoso colhido em tubo de coleta com anticoagulante EDTA (sangue total)
Fonte: Getty Images
Após a coleta da amostra de sangue, podem ser feitos dois métodos: o esfregaço em
camada delgada e a gota espessa.
O esfregaço em camada delgada (Figura 10) é uma técnica utilizada para a visualiza-
ção de parasitas no sangue e é indicada para determinar as espécies dos parasitas, pois
a visualização é mais nítida, por exemplo, nos casos de Malária.
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Esse método é realizado da seguinte forma:
1. Após a coleta do sangue, é colocada uma gota sobre uma lâmina de microscopia;
2. Segurando uma segunda lâmina em ângulo de aproximadamente 40° sobre
a primeira, realiza-se a distensão do sangue. O sangue deve se espalhar pela
lâmina formando uma fina camada;
3. Seque ao ar e core com corante (usualmente, é utilizado corante hematoló-
gico Giemsa);
4. A lâmina corada é analisada em microscopia óptica nos aumentos de 40X
e 100X.
Já o método de gota espessa (Figura 11) pode ser utilizado como triagem, especial-
mente em casos de Malária. Também em casos em que se suspeita de baixa carga pa-
rasitária ou quando não se encontram formas evolutivas no método de camada delgada.
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UNIDADE Protozoários do Sangue e Tricomoníase
Quer saber o passo a passo da coloração de Giemsa? Então, veja o Quadro a seguir:
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Quadro 1
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UNIDADE Protozoários do Sangue e Tricomoníase
No tópico a seguir, você encontra detalhes sobre a técnica de coloração por Leishman e o
passo a passo do procedimento:
Tópico Coloração de Leishman, p. 309-530 do seguinte livro disponível em sua Biblioteca
Virtual: DE CARLI, G. A. Parasitologia clínica: seleção de métodos e técnicas de laboratório
para o diagnóstico das parasitoses humanas. 2.ed. São Paulo: Atheneu, 2010.
Na técnica de Imprint, o analista deve ser treinado e experiente, pois, nos tecidos,
a identificação das formas evolutivas é dificultada, especialmente, nos casos de
Leishmaniose, por conter baixa carga parasitaria.
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Técnicas Imunológicas e/ou
Sorológicos Aplicadas no
Diagnóstico de Parasitoses Humanas
Intradermorreação de Montenegro
A Intradermorreação de Montenegro é utilizada no diagnóstico de Leishmaniose
cutânea e tem por finalidade avaliar a hipersensibilidade tardia. É similar ao Teste de
Tuberculina (utilizado no diagnóstico de Tuberculose) e consiste em avaliar e mensurar a
inflamação, eritema ou erupção cutânea após a inoculação de antígenos de Leishmania
na região anterior do antebraço.
Essa resposta imunológica é mantida por toda a vida do paciente, não sendo possível
detectar se a infecção foi recente ou aconteceu há muitos anos.
Temos de ressaltar que esse método, apesar de ser sensível e específico, apresenta
algumas limitações.
Os exames cujos resultados sejam negativos devem ser repetidos após alguns dias
em caso de suspeita de Leishmaniose, pois se o paciente foi infectado recentemente, a
resposta imunológica pode não acontecer de forma rápida.
Por isso, esse método deve ser utilizado apenas para diagnóstico de indivíduos com
Leishmaniose cutânea.
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UNIDADE Protozoários do Sangue e Tricomoníase
Importante!
Nas infecções por Leishmania (L.) amazonenses, uma das espécies responsáveis pela
Leishmaniose cutânea, o teste de Intradermorreação de Montenegro é negativo.
Xenodiagnóstico
Você já ouviu falar deste método?
Estes Triatomídeos são colocados em contato com o paciente com suspeita de Do-
ença de Chagas, para a realização da hematofagia (alimentação do sangue do paciente).
Após a ingestão de sangue, as fezes do inseto são analisadas após 30 a 40 dias para veri-
ficar se são encontradas as formas tripomastigotas, que são as formas evolutivas infectantes.
Para saber mais detalhes sobre a técnica de xenodiagnóstico, leia a p. 49 do livro do livro
REY, L. Bases da Parasitologia médica. 3.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010, dis-
ponível em sua Biblioteca Virtual, em: https://bit.ly/38q0Ksx
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Reação de Imunofluorescência Direta e Indireta
Inicialmente, vamos diferenciar o que acontece nas reações de Imunofluorescência Di-
reta e Indireta. Esses métodos consistem na reação (ligação) entre antígenos e anticorpos
e podem ser utilizadas para diagnóstico de variadas doenças, inclusive as parasitárias.
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UNIDADE Protozoários do Sangue e Tricomoníase
Reações de Aglutinação
Reações de Aglutinação podem ser utilizadas no diagnóstico de diferentes parasitoses
em casos de infecção aguda por agentes infecciosos. Nesse método, ocorre uma rea-
ção de precipitação quando o antígeno entra em contato com o anticorpo presente na
amostra de sangue do paciente. Essa reação é visualizada a olho nu, pois há formação
de agregados (Figura 20).
Quando o paciente não possui anticorpos contra determinado antígeno, não ocorre
a precipitação e o resultado é negativo.
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Figura 18
Fonte: TORTORA, 2017
Esse teste pode ser aplicado quando se quer pesquisar se o paciente teve (ou tem)
uma infecção por determinado patógeno. Também é utilizado para verificar se a memó-
ria imunológica contra determinado antígeno foi ativada após protocolos de vacinação.
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Reação de Hemaglutinação
A Reação de Hemaglutinação envolve antígenos presentes na superfície de hemácias
(ou eritrócitos).
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método é muito importante, pois detecta anticorpos que estão presentes na fase
crônica da Doença de Chagas, quando já não existem parasitas circulando na cor-
rente sanguínea.
Neste caso, foi realizada para detectar os grupos sanguíneos. Observe que há
gotas com aglutinações (precipitações), típicas de reações positivas. Essas aglu-
tinações ocorrem de forma semelhante no diagnóstico de hemoparasitoses.
Para saber mais detalhes sobre a técnica de aglutinação e hemaglutinação e saber algumas
doenças podem ser diagnosticadas por esse método, leia:
• Tópicos Reação de Aglutinação e Reação de Hemaglutinação, p. 528-30 do seguinte
livro, disponível em sua Biblioteca Virtual: DE CARLI, G. A. Parasitologia clínica: sele-
ção de métodos e técnicas de laboratório para o diagnóstico das parasitoses humanas.
2.ed. São Paulo: Atheneu, 2010;
• Tópico “Reações de Aglutinação”, p. 504-5 do seguinte livro, disponível em sua Biblio-
teca Virtual: TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. Microbiologia. 12 ed. Porto Alegre:
Grupo A, 2017.
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UNIDADE Protozoários do Sangue e Tricomoníase
A intensidade da cor varia de acordo com a ligação ao antígeno, quanto mais intensa
a coloração, mais antígenos estão presentes na amostra. A coloração resultante dessa
reação é lida por absorbância e, com isso, pode-se fazer tanto a análise qualitativa quanto
a quantitativa.
Observe que existem poços com colorações mais intensas e menos intensas,
mostrando a diferença de concentração de antígenos presentes na amos-
tra analisada.
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conjugado com uma enzima. Após a lavagem para remover as moléculas que não
foram ligadas, é adicionado um substrato. Ao entrar em contato com o substrato,
a enzima acoplada ao anticorpo secundário vai promover uma reação e clivar o
substrato liberando luz. Nesse momento é que ocorre o aparecimento da cor que
será quantificada espectrofotometricamente (leitura da absorbância):
» Caso o paciente não possua anticorpos contra determinado antígeno, não acon-
tecerá a ligação entre o antígeno e o anticorpo primário (ausente) e, consequen-
temente, o anticorpo secundário acoplado à enzima não irá se ligar. Nesse caso,
não haverá emissão de luz e o resultado será negativo;
» Caso o paciente possua anticorpos, poderá ser realizada uma diluição seriada
para conhecer a titulação desse anticorpo na amostra do paciente. Cada poço
terá uma intensidade de cor diferente, de acordo com a diluição;
• No ELISA direto, anticorpos monoclonais específicos estão impregnados nos poços
da microplaca (e não os antígenos, como no tipo anterior). A amostra contendo o
antígeno é adicionada à placa e é realizada uma lavagem para remover os antígenos
não ligados. Em seguida, é adicionado o anticorpo conjugado com uma enzima que
vai reconhecer outros epítopos do antígeno. Após a lavagem para remover as molé-
culas que não foram ligadas, é adicionado um substrato. Ao entrar em contato com
o substrato, a enzima acoplada ao segundo anticorpo vai promover uma reação e
clivar o substrato liberando luz. Nesse momento é que ocorre o aparecimento da
cor que será quantificada espectrofotometricamente (leitura da absorbância):
» Caso a amostra do paciente não possua antígenos que sejam reconhecidos pelo
anticorpo acoplado à placa, não acontecerá a ligação entre o antígeno (ausente)
e o anticorpo. Consequentemente, o segundo anticorpo acoplado à enzima não
irá se ligar. Nesse caso, não haverá emissão de luz e o resultado será negativo;
» Caso o paciente possua antígenos, poderá ser realizada uma diluição seriada para
conhecer a concentração desse antígeno na amostra do paciente. Cada poço terá
uma intensidade de cor diferente de acordo com a diluição. Esse método é ampla-
mente realizado em testes antidoping.
Figura 22 – Diferenças das reações que ocorrem nos diferentes tipos de ELISA
Fonte: TORTORA, 2017
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Para saber mais detalhes sobre a técnica de método de ELISA, princípio e tipos, leia:
Tópico “Ensaio imunoadsorvente ligado à enzima (ELISA)”, p. 509-10 do seguinte livro dispo-
nível em sua Biblioteca Virtual: TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. Microbiologia. 12.ed.
Porto Alegre: Grupo A, 2017.
Essa técnica amplifica as unidades de DNA ou RNA por meio de ciclos repetidos
várias vezes, com oscilações de temperatura, resultando na multiplicação em milhares
de vezes da sequência de nucleotídeos alvo (DNA ou RNA).
Para a execução dessa técnica, são necessários alguns reagentes básicos que podem
variar de acordo com o alvo e a técnica utilizada.
Então, quais são estes reagentes que não podem faltar em uma reação de PCR?
• Primers: são Oligonucleotídeos iniciadores (sequências pequenas de DNA que são
sintetizadas para serem complementares as sequencias do DNA-alvo);
• dATP, dCTP, dGTP e dTTP (desoxirribonucleotídios trifosfatados);
• Taq DNA polimerase (enzima termoestável), sintetiza as cópias do DNA;
• Solução tampão com magnésio (participa como cofator da enzima Taq afetando as
temperaturas de desnaturação das fitas de DNA e a ligação dos primers).
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Durante os ciclos de oscilação da temperatura, ocorrem as seguintes etapas: desna-
turação (abertura da fita), anelamento (ligação dos primers na fita molde) e extensão ou
polimerização (a enzima TAq polimerase sintetiza uma nova fita de DNA complementar
a cadeia matriz, adicionando os nucleotídeos no sentido 5’ a 3’).
Para saber mais detalhes sobre a técnica de PCR, seus pontos principais, as etapas de execu-
ção e suas aplicações, não perca tempo. Acesse o link: https://bit.ly/2LMs2QY
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Esse método consiste em diluir a amostra em solução salina isotônica (0,15M) e ler
em microscopia óptica.
No Mercado, existem variados meios de cultura que podem ser utilizados para cultivo
e manutenção axênica de Trichomonas vaginalis.
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Você Sabia?
Você sabe o que significa uma cultura axênica?
No material clínico utilizado para diagnóstico de Tricomoníase, pode-se encontrar bac-
térias e fungos que interferem no crescimento do parasita.
Para isso, é necessária uma cultura axênica, que é uma cultura livre desses microrga-
nismos. Para isso, adicionam-se antibióticos ao meio, por exemplo, penicilina e sulfato
de estreptomicina.
Caso as bactérias sejam resistentes a esses antibióticos, eles são substituídos por outros
que sejam eficazes. Para evitar o crescimento de fungos, pode ser adicionada canamicina,
tirosina, histamina, anfotericina B ou nitrato de histamina. A escolha dos antibióticos e
fungicidas fica a critério do analista e do protocolo que está sendo adotado.
Cabe ressaltar que existem inúmeros protocolos, que podem variar de Laboratório
para Laboratório.
• Quais parasitoses podem ser diagnosticadas por meio do método direto a fresco e esfregaço
em camada delgada? Qual método é mais adequado para identificar as espécies?
• Quais são as colorações hematológicas utilizadas no diagnóstico de hemoparasitas? Quais
as principais diferenças entre elas?
• Porque na técnica de Imprint é necessário um analista treinado?
• Qual a diferença entre tipos de ELISA? Explique;
• Qual molécula é amplificada na técnica de PCR. Como é realizada essa amplificação?
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Vídeos
The Enzyme-linked Immunosorbent Assay – ELISA
Ative a legenda e assista ao vídeo que mostra o que acontece no método de ELISA.
https://youtu.be/1iNwFNinhQo
Reação em cadeia da polimerase (PCR)
https://bit.ly/3byHOKf
Trichomonas Vaginalis
Assita o vídeo e veja como é realizada a vizualização dos trofozoítos no exame a
fresco de Trichomonas vaginalis.
https://youtu.be/SYd4lLed3CI
Leitura
Tripanossomíase americana
https://bit.ly/3si9Zmu
Parasitas – Leishmaniose
https://bit.ly/39t3nJM
Toxoplasmose
https://bit.ly/3bs4wnd
Malária
https://bit.ly/3q9VP59
Tricomoníase
https://bit.ly/3bt01sL
Tricomoníase
https://bit.ly/2LnE9nV
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Referências
DE CARLI, G. A. Parasitologia clínica: seleção de métodos e técnicas de laboratório
para o diagnóstico das parasitoses humanas. 2.ed. São Paulo: Atheneu, 2010.
REY, L. Bases da Parasitologia Médica. 3.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
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