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BACHARELADO EM BIOMEDICINA

BRENDA GABRIELA PINTO DE ALMEIDA, BRUNA DE JESUS OLIVEIRA ,


ITANA ALMEIDA LIMA.

RESUMO SOBRE O PARASITA


PLASMODIUM SP

Conceição do Coité-BA
2023
BRENDA GABRIELA PINTO DE ALMEIDA, BRUNA DE JESUS OLIVEIRA,
ITANA ALMEIDA LIMA.

RESUMO

Resumo solicitado pela professora Rita


Terezinha de Oliveira, ao curso de
Bacharelado em Biomedicina, Faculdade da
Região Sisaleira.

Conceição do Coité-BA
2023
PARASITA PLASMODIUM SP

Foram identificadas as principais medidas adotadas para identificação do parasita a


técnica da gota espessa que consiste em analisar esfregaços de sangue do paciente para
identificar se há formas parasitárias, e para detecção do parasita usa-se corantes como giemsa
e azul de metileno que permitirá a visualização através do microscópio óptico e o plasmodium
sendo o gênero possui diversas espécies e dentre elas destaca-se plasmodium falciparum,
plasmodium vivax, plasmodium ovale e plasmodium malariae e a forma que os mesmos
podem ser encontrados depende do estágio em qual se encontra podendo ser
esporozoíto ,trofozoíto, merozoíto e trofozoítos (NEVES, 2016).
Em atualizações do diagnóstico envolvendo as técnicas genômicas e sorológicas teste
de TDRs (Testes Rápidos de Diagnóstico): utiliza-se a imunocromatografia que é específica
para detectar antígenos do parasita que contém a histidina rica em esporozoítos (HRP-2) e
também a presença de outra proteína sendo a lactato desidrogenase (pLDH) na amostra de
sangue.
Outros dois importantes métodos são a aplicação do PCR em tempo real (qPCR) que
permite detectar e quantificar o DNA do parasita é uma técnica que identifica as espécies e
genótipos permitindo assim observar diferentes diagnósticos e a presença de outras infecções
e a validação de teste de diagnóstico rápido. Já no Nested da PCR é um método mais preciso e
aprofundado usado principalmente quando possui baixa carga parasitária sendo assim mais
especifico em relação as sequências de DNA do plasmodium, também reduz o ruido de fundo
através de amplificações e com primers para dar inicio ao processo resultando em uma
especificidade para detectar o DNA do parasito.
O ciclo de vida do Plasmodium é complexo e envolve duas fases distintas: a fase no
mosquito vetor (foco natural) e a fase no hospedeiro vertebrado, como os seres humanos (foco
elementar).
No foco natural, o mosquito Anopheles é infectado ao se alimentar do sangue de um
indivíduo infectado com o parasita. O parasita entra no sistema digestivo do mosquito e se
desenvolve em formas sexuais, conhecidas como gametócitos. Esses gametócitos se fundem
para formar o zigoto, que se desenvolve em esporozoítos. Os esporozoítos migram para as
glândulas salivares do mosquito, prontos para serem transmitidos a um hospedeiro vertebrado
durante a próxima picada.
No foco elementar, quando o mosquito infectado pica um ser humano, os esporozoítos
são injetados na corrente sanguínea. Os esporozoítos invadem as células hepáticas e se
multiplicam assexuadamente, formando merozoítos. Os merozoítos são liberados das células
hepáticas e invadem os glóbulos vermelhos, onde se multiplicam novamente. Esse ciclo de
invasão e multiplicação nos glóbulos vermelhos é responsável pelos sintomas característicos
da malária, como febre, calafrios, dores de cabeça e fadiga.
Além disso, em algumas espécies de Plasmodium, os parasitas podem formar formas
dormentes conhecidas como hipnozoítos, que podem permanecer no fígado por longos
períodos de tempo e causar recaídas da malária meses ou até anos depois da infecção inicial.
O controle da malária envolve medidas como o uso de mosquiteiros tratados com
inseticidas, o uso de medicamentos antimaláricos para tratar os casos confirmados e a
eliminação de criadouros de mosquitos. A pesquisa científica continua em busca de vacinas
eficazes e novas estratégias de combate ao Plasmodium e à malária.
Os grupos populacionais mais afetados pelo plasmodium sp são bebês, crianças
menores de 5 anos, gestantes, pessoas com HIV/aids, migrantes não imunes, populações
movéis, viajantes. Em relação a incidência e prevalência foram encontrados maiores registros
na população amazônica no Brasil, a maioria dos casos de Malária se concentram na região
amazônica composta pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso,
Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. A distribuição dos casos de malária por área especial
varia para cada estado. Na região amazônica, no ano de 2021, alguns estados registraram a
maior parte da transmissão da malária em áreas rurais: Acre (70,3%), Amapá (47,5%),
Amazonas (41,6%), Maranhão (90,8%) e Rondônia (56,8%). No estado de Roraima, 57,6%
dos casos tiveram transmissão em áreas indígenas. Já a transmissão em áreas de garimpo se
destacou nos estados do Pará com 40,6% e Mato Grosso com 70,2%. A incidência da Malária
em 2023 nessa região ainda é alta, lá ocorrem mais de 99% dos casos no País apenas nos três
primeiros meses deste ano, os nove estados da Amazônia Legal registraram mais de 31 mil
casos autóctones, ou seja, aqueles contraídos localmente.
REFERÊNCIAS

AMORIM, Thainá de Melo Lessa. Desenvolvimento e validação de kit diagnóstico NAT


utilizando PCR em tempo real para detecção de parasitas protozoários. 2018. 76, il.
Dissertação (Mestrado em Biologia Microbiana)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018.
Disponível em: http://www.rlbea.unb.br/jspui/handle/10482/31896. Acesso em: 29 out.2023.
BRASIL. Ministério da Saúde. Malária. Disponível em:
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/m/malaria. Acesso em: 22 out. 2023.
BRASIL. Ministério da Saúde. Testes de Diagnóstico Rápido (TDRs). Disponível em:
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/m/malaria/diagnostico-de-malaria/
testes-de-diagnostico-rapido-tdrs. Acesso em: 22 out. 2023.
LIMA, Giselle Fernandes Maciel de Castro. Plataforma para detecção de Plasmodium em
doadores de sangue de áreas endêmicas e não endêmicas brasileiras: processamento em
pool utilizando marcadores moleculares e sorológicos. 2016. Tese (Doutorado em Doenças
Infecciosas e Parasitárias) - Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo,
2016. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5134/tde-08042016-
145255/en.php. Acesso em: 29 out.2023.
NEVES, David Pereira. Parasitologia humana. 13. ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2016.
Malária. Ministério da Saúde. Disponível em:
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/m/malaria. Acesso em: 11 nov. 2023.
Panorama epidemiológico da malária em 2021: buscando o caminho para a eliminação
da malária no Brasil. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-
z/m/malaria/situacao-epidemiologica-da-malaria/boletins-epidemiologicos-de-malaria/
boletim-epidemiologico-vol-53-no17-2022-panorama-epidemiologico-da-malaria-em-2021-
buscando-o-caminho-para-a-eliminacao-da-malaria-no-brasil#:~:text=Na%20regi%C3%A3o
%20amaz%C3%B4nica%2C%20no%20ano,tiveram%20transmiss%C3%A3o%20em
%20%C3%A1reas%20ind%C3%ADgenas. Acesso em: 08
nov. 2023.


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