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OU
TRIPANOSSOMÍASE
AMERICANA
Dr. Jorge Messias Leal do Nascimento
INTRODUÇÃO
DOENÇA DE CHAGAS ou TRIPANOSSOMÍASE AMERICANA
AGENTE ETIOLÓGICO: Trypanosoma cruzi - protozoário flagelado
CLASSIFICAÇÃO
Filo: Sarcomastigophora
Subfilo: Mastigophora
Ordem: Kinetoplastida (DNA mitocondrial fibrilar)
Família: Trypanosomatidae
Gênero: Trypanossoma
Espécie: Trypanosoma cruzi
(Triatomíneo)
INTRODUÇÃO
• Quarta causa de morte no Brasil entre as doenças infecto-parasitárias.
• Triatoma infestans
• Triatoma brasiliensis
• Panstrongylus megistus
• T. pseudomaculata
• T. sordida
• Rhodnius prolixus
Triatoma infestans
• Hábitos noturnos;
• Durante o dia, são encontrados
nas fendas das paredes de
casas não rebocadas, telhados
de palha;
• Vivem no domicílio e região
peridomiciliar;
• Longevidade do adulto: 9 a 20
meses.
Bolsa flagelar
Mitocôndrias Núcleo
Microtúbulos subpeliculares
Corpo basal
Cinetoplasto
Morfologia
Morfologia
Formas no vertebrado
e no invertebrado!
SANGUE
Forma Tripomastigota
Forma Tripomastigota
OTAS
ASTIG
ROM
ESF E
tripomastigotas metacíclicos
epimastigotas
C. Forma Epimastigota: forma alongada com cinetoplasto
justanuclear e anterior ao núcleo; possui pequena membrana
ondulante lateralmente disposta. A forma epimastigota é
fusiforme e possui o cinetoplasto em forma de bastão.
#Video: https://www.youtube.com/watch?v=o_J5SzVf2uU
D. Forma Tripomastigota metacíclicos: têm núcleo alongado
mediano ou mais próximo à extremidade posterior, com o
cinetoplasto próximo da extremidade posterior, com
membrana ondulante e flagelo bem desenvolvido que tem uma
porção livre pequena. Os tripomastigotas metacíclicos são
muito móveis, delgados e alongados.
• Podem ainda ser ingeridos por triatomíneos, onde cumprirão seu ciclo
extracelular.
CICLO BIOLÓGICO NO HOSPEDEIRO
VERTEBRADO
Interação parasito (tripomastigotas) e a célula hospedeiro:
• Adesão celular
• Interiorização e formação do vacúolo parasitário (VP)
• Fenômenos intracelulares
CICLO BIOLÓGICO NO HOSPEDEIRO
INVERTEBRADO
• Os triatomíneos vetores se infectam ao ingerir as formas,
tripomastígotas presentes na corrente circulatória do
hospedeiro vertebrado durante o hematofagismo.
No ser humano
MECANISMOS DE TRANSMISSÃO
Equilíbrio relação
parasito-hospedeiro
a. FORMA INDETERMINADA:
• Caracterizada pelos seguintes parâmetros:
• Positividade de exames parasitológicos ou sorológicos;
Cardiopatia chagásica crônica
• Ausência de sintomas;
• Eletrocardiograma convencional normal;
• Coração, esôfago e cólon radiologicamente normais.
• Cerca de 50% dos paciente chagásicos que passaram pela fase aguda
pertencem a esta forma.
b. FASE CRÔNICA SINTOMÁTICA:
• Cardiopatia chagásica crônica sintomática:
• Insuficiência cardíaca, devido a diminuição da massa muscular, que se
encontra muito destruída;
• Arritmias cardíacas, devido a destruição do SNA simpático e
parassimpático;
• Fenômenos tromboembôlicos, que podem provocar infartos no coração,
rins, pulmões, baço, encéfalo, etc.
c. FORMA CARDÍACA:
• Mais importante forma de limitação ao doente chagásico - causa de morte.
• Pode sem sintomatologia, mas com alterações eletrocardiográficas:
síndrome de insuficiência cardíaca progressiva, insuficiência cardíaca
fulminante, ou arritmias graves e morte súbita;
• Sinais e sintomas: palpitação, dispneia, edema, dor , noturna, tosse,
tonturas, desmaios, ETC;
• Alterações eletrocardiográficas.
d. FORMA DIGESTIVA:
• Alterações: trato digestivo - lesões dos plexos nervosos (destruição neuronal
simpática) - consequentes alterações da motilidade e morfologia
(megaesôfago e megacólon);
• Sinais e sintomas do megaesôfago: disfagia, regurgitação, dor retroesternal,
dor à deglutição, soluço, emagrecimento, ETC;
• Megacólon: constipação intestinal, meteorismo, distensão abdominal,
fecaloma.
e. FORMA CONGÊNITA: hepatomegalia e esplenomegalia, icterícia,
equimoses, convulsões decorrentes da hipoglicemia. Não há relato de
ocorrência de febre.
DIAGNÓSTICO
a. CLÍNICO:
• Origem do paciente, presença dos sinais de entrada, acompanhados de
febre irregular ou ausente, hepatoesplenomegalia, taquicardia, edema
generalizado ou dos pés.
• As alterações cardíacas (reveladas pelo eletrocardiograma), do esôfago e
do cólon (reveladas pelo raio X) fazem suspeitar da fase crônica da
doença.
b. LABORATORIAL
• São utilizados métodos diferentes para a fase aguda e a fase crônica.
• Na fase aguda, observa-se alta *parasitemia podendo ser utilizados
métodos diretos de busca do parasito.
• Na fase crônica, a parasitemia é baixíssima, fazendo-se necessário
métodos imunológicos.
*Parasitemia é a presença de parasita vivos no sangue circulante em um ser vivo, seja ele animal ou
humano.
DIAGNÓSTICO
PESQUISA DO PARASITO:
• Esfregaço sanguíneo corado pelo Giensa (morfologia);
• Métodos de concentração;
• Xenodiagnóstico (alimentação de ninfas de triatomíneos não infectadas
com o sangue de Pacientes);
• Hemocultura (cultura do sangue em meio LIT com Leitura: 30, 60, 90 e
120 dias).
MÉTODOS SOROLÓGICOS
• Ensaio imunoenzimático (Elisa);
• Testes moleculares – reação em cadeia de polimerase – PCR
(amplificação do DNA do parasita), ainda não disponível na rede
de laboratórios de saúde pública, utilizada apenas em situações
especiais.
DIAGNÓSTICO
PROFILAXIA
Combate do vetor e controle de qualidade do sangue transfundido;
Controle Químico: inseticidas nas habitações, sabidamente infestadas por
triatomíneos. Os objetivos do controle químico - variam com as espécies e
estágio de domiciliação do vetor;
Benzonidazol: