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PROTOZOÁRIOS E

PROTOZOOSES

Profª Ana Luisa Miranda Vilela

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Direitos autorais reservados. Uso permitido somente para o adquirente.
PROTOZOÁRIOS

Designação coletiva para unicelulares


eucariontes heterótrofos (Reino Protista) que
obtêm seus alimentos por ingestão ou
absorção.
Sem valor taxonômico.

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CLASSIFICAÇÃO EM FILOS

Baseada na comparação entre as


seqüências de bases dos ácidos
nucléicos (DNA e RNA) e em detalhes
da ultra-estrutura celular (microscopia
eletrônica):
~16 filos;
relações filogenéticas ainda não muito
compreendidas.

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DIVISÃO EM GRUPOS

Baseada no tipo de estrutura locomotora


(e/ou de captura de alimentos) ou na sua
ausência:
 protozoários amebóides: deslocam-se ou
capturam alimentos por meio de pseudópodes
(pseudo = falso; podos = pés).
 antiga classificação em Filo Sarcodina  cerca de 5 filos
atuais.

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DIVISÃO EM GRUPOS

protozoários flagelados: deslocam-se ou


obtêm alimento por meio de flagelos.
antiga classificação em Filo Mastigophora
(mastix = flagelo; phoros = portador) ou
Flagellata  cerca de 8 filos atuais;

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DIVISÃO EM GRUPOS

protozoários ciliados: deslocam-se ou


obtêm alimento por meio de cílios.
único filo (manutenção da classificação antiga)
 Filo Ciliophora.

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DIVISÃO EM GRUPOS

protozoários esporozoários: sem


estruturas especiais para o deslocamento 
flexões do corpo ou deslizamento.
obtêm alimento principalmente por absorção ou
pinocitose.
antiga classificação em Filo Sporozoa  2 filos
atuais.

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PROTOZOÁRIOS AMEBÓIDES

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MOVIMENTO AMEBÓIDE

Emissão de pseudópodes:
 locomoção;
 captura de alimento por fagocitose.

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MODO DE VIDA
Podem ser de vida livre ou parasitas.
Vida livre  água doce, solos úmidos e mares:
 alimentam-se de pequenos protozoários, fungos e algas e
também de protoplasma morto  digestão intracelular.
 exemplos: amebas, heliozoários, radiolários, foraminíferos.
Ameba

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VACÚOLO PULSÁTIL OU
CONTRÁTIL

Presente em protozoários de água doce:


 expulsa o excesso de água que entra por osmose.

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PARASITAS

Entamoeba histolytica:
 amebíase ou disenteria amebiana;
Entamoeba gingivalis:
 gengivite.

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REPRODUÇÃO

Assexuada:
divisão binária, bipartição ou cissiparidade.

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REPRODUÇÃO

 Cistos:
Reprodução assexuada e estrutura de resistência.

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Entamoeba histolytica

Agente etiológico da amebíase ou disenteria amebiana.


Formas evolutivas:
 trofozoíto: forma vegetativa e metabolicamente ativa presente nos órgãos parasitados. Características:
polimórficos;
uninucleares;
apresentam pseudópodes;
presença de cromatina nuclear distribuída de forma regular sob a membrana nuclear (carioteca);
presença de cariossomo, geralmente central;
ectoplasma mais claro do que endoplasma.

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Entamoeba histolytica

 cisto: forma de resistência; responsável pela transmissão da doença. Características:


 formato esférico;
 um a quatro núcleos;
 presença de cromatina nuclear distribuída de forma regular sob a membrana nuclear
(carioteca);
 presença de cariossomo, geralmente central;
 parede cística;
 corpos cromatóides em forma de bastão.

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Entamoeba histolytica
Parasita: monoxeno (um só hospedeiro).
Modos de infecção: passivos:
 ingestão  água, objetos ou alimentos contaminados com fezes contendo o cisto;
 autoinfecção.
Órgãos parasitados:
íleo (intestino delgado)  colonização não-invasiva);
intestino grosso (doença intestinal),
fígado,
pulmões,
cérebro  doença extra-intestinal.

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Entamoeba histolytica
- CICLO DE VIDA -

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Entamoeba histolytica

Medidas profiláticas:
 saneamento básico  construção de instalações
sanitárias adequadas, rede de esgoto e tratamento
de água;
 higiene pessoal e educação sanitária da população;
 tratamento da água;
 higienização dos alimentos e ingestão de água
fervida e/ou filtrada e clorada;
 combate aos vetores mecânicos  moscas e
outros insetos domésticos;
 tratamento dos doentes.

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PROTOZOÁRIOS FLAGELADOS

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MODO DE VIDA
Podem ser de vida livre, mutualistas ou parasitas.
Vida livre (ambiente aquático)  móveis ou fixos ao substrato por meio de um
pedúnculo (flagelo usado na captura de alimento);
 alguns apresentam um “colarinho” ao redor da base do flagelo  coanoflagelados 
isolados ou coloniais (colônias fixas ou livres).

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COANOFLAGELADOS E POSSÍVEL
ORIGEM DOS ANIMAIS
Similaridades entre Proterospongia e esponjas  forte
evidência da relação entre coanoflagelados e animais.

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MUTUALISTAS

Trichonympha:
 vive no intestino de cupins e de baratas comedoras de
madeira;
 digere a celulose que esses animais não conseguem digerir
sozinhos.

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PARASITAS

Trypanosoma cruzi Leishmania sp.


 doença de Chagas  leishmaniose
ou tripanossomíase (tegumentar e
americana visceral)

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PARASITAS

Giardia lamblia: Trichomonas vaginalis:


 giardíase  tricomoníase

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PARASITAS

Trypanosoma brucei gambiense, T. brucei


rhodesiense e T. brucei brucei:
 doença do sono ou tripanossomíase africana

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REPRODUÇÃO

Assexuada:
 divisão binária, bipartição ou cissiparidade.

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Trypanosoma cruzi

Agente etiológico da doença de Chagas ou


tripanossomíase americana.
Formas evolutivas:
 tripomastigotas: encontradas no sangue de hospedeiros
vertebrados. Características:
 formato alongado;
 um núcleo;
 um cinetoplasto arredondado
localizado na região posterior;
 um flagelo aderido ao corpo celular
(membrana ondulante) que se torna
livre na região anterior da célula.

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Trypanosoma cruzi

 epimastigotas: encontradas no tubo digestório do


hospedeiro invertebrado (vetor). Características:
formato alongado;
um núcleo;
um flagelo livre (na região anterior);
um cinetoplasto em forma de bastão localizado entre a
região anterior e o núcleo (próximo ao núcleo).

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Trypanosoma cruzi

 amastigota: encontradas no interior de células


(macrófagos) ou tecidos de hospedeiros
vertebrados. Não apresentam flagelo livre.
Características:
formato oval ou arredondado;
um núcleo;
um cinetoplasto (C na figura) em forma de bastão.

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Trypanosoma cruzi
Parasita: heteroxeno (mais de um hospedeiro)  não
apresentam reprodução sexuada:
 convenção: hospedeiros definitivos são os vertebrados.
 hospedeiros definitivos: homem e vários mamíferos (gambá, tatu,
roedor silvestre, cão, gato).

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Trypanosoma cruzi

hospedeiros intermediários: invertebrados


 barbeiros hematófagos dos gêneros:
Rhodnius,
Panstrongylus,
Triatoma.

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Trypanosoma cruzi

Modos de infecção:
 fezes do barbeiro  barbeiros evacuam após sugar o
sangue  penetração no local da picada.

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Trypanosoma cruzi

 Outros modos de infecção:


 transfusão de sangue,
 transplante de órgãos,
 via placentária,
 via oral  o barbeiro infectado
pode transmitir a doença de
Chagas pelas fezes, quando
ingerido por animais ou quando
moído com o alimento.

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Trypanosoma cruzi
Órgãos parasitados:
 pele  chagoma de inoculação (geralmente braços, pernas ou rosto)  pode
assemelhar-se a um furúnculo ou a uma mancha avermelhada geralmente
dolorosa:
 quase sempre acompanhados de ínguas nas regiões próximas ao local de
contaminação;
 febre baixa e contínua com duração prolongada.

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Trypanosoma cruzi

 baço  esplenomegalia;  fígado  hepatomegalia;

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Trypanosoma cruzi

 coração  cardiomegalia   sistema digestório 


20-30% dos pacientes; megaesôfago e
megacólon  10% dos
pacientes.

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Trypanosoma cruzi
- CICLO DE VIDA -

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Trypanosoma cruzi

Medidas profiláticas:  capturar insetos suspeitos e


 pulverizar toda a residência enviar em caixas de fósforo
com inseticida  móveis, para os Postos de Saúde ou
quadros e dependências Prefeitura Municipal, para que
(porão, forro, galinheiro, possam ser tomadas
paiol, etc.); providências.

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Trypanosoma cruzi

 melhorar a habitação, pelo  proteção individual  recomenda-


reboco e tamponamento de se, em zonas endêmicas:
rachaduras e frestas.  uso de cortinados, telagem de
portas e janelas, etc.

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Trypanosoma cruzi

 comparecimento periódico ao  suspeitando ter sido picado por


médico ou às unidades barbeiro, fazer desinfecção do
sanitárias. local da picada com álcool, éter,
nitrato de prata ou água e sabão.
Procurar o médico imediatamente,
se possível levando o inseto vivo
para ser examinado.

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Trypanosoma cruzi

 não permitir dentro de casa  construção de galinheiros longe


(com condições de abrigar o da casa  as aves não oferecem
barbeiro) animais que possam perigo, pois nunca apresentam
ajudar a transmitir a doença, o protozoário em seu
como o cão, o gato, o macaco e
outros. organismo, mas seu sangue
serve para alimentar os
barbeiros.

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Trypanosoma cruzi

 evitar montes de lenhas, telhas  limpar sempre atrás de quadros e


ou outros entulhos no interior calendários pendurados nas
ou arredores da casa  são paredes, bem como colchões, onde
ótimos abrigos para os o barbeiro também costuma se
barbeiros. esconder.
Banquinho infestado
por barbeiros.

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Leishmania sp

Agente etiológico da leishmaniose.


Formas evolutivas:
 promastigotas: encontradas no
tubo digestório do inseto vetor.
Características:
formato alongado;
um núcleo central;
flagelo livre (região anterior);
um cinetoplasto em formato de
bastão entre a região anterior e o
núcleo (geralmente distante do
núcleo).

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Leishmania sp

 amastigota: encontradas nos hospedeiros


vertebrados, no interior dos macrófagos.
Não apresentam flagelo livre.

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Leishmania sp
Parasita: heteroxeno (mais de um hospedeiro)  não
apresentam reprodução sexuada:
 convenção: hospedeiros definitivos são os vertebrados.
 hospedeiros definitivos: homem, vários mamíferos silvestres (preguiça,
gambá, tamanduá, tatu, canídeos, primatas, alguns roedores) e
domésticos (cães e cavalos):

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Leishmania sp
 hospedeiros definitivos:
alguns têm um papel preponderante na manutenção do
parasito na natureza  reservatórios  o cão doméstico é
considerado o reservatório mais importante para a
leishmaniose visceral americana ou calazar.

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Leishmania sp

 hospedeiro intermediário: invertebrados 


barbeiros hematófagos dos gêneros:
invertebrados  mosquitos vetores fêmeas 
insetos da Ordem Díptera – gênero
Lutzomya (flebotomíneos)  mosquito-palha,
birigui, cangalhinha, asa dura ou tatuquira.

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Leishmania sp

Modos de infecção:
 picada da fêmea do mosquito-palha:
 inoculação de formas promastigotas no local
da picada.

 ao serem fagocitadas por macrófagos


teciduais, perdem o flagelo e se convertem em
amastigotas:
 reprodução por divisão binária;
 rompimento dos macrófagos;
 fagocitose por outros macrófagos  continuidade
dos ciclos de reprodução assexuada.

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Leishmania sp

 O vetor se infecta ao ingerir sangue


contendo células infectadas com
amastigotas  intestino  promastigotas 
reprodução por divisão binária  invasão
das porções anteriores do estômago e do
proventrículo  inoculação no hospedeiro
vertebrado durante hematofagia.

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Leishmania sp

Órgãos parasitados:
 pele  multiplicação do protozoário nas proximidades do
ponto de inoculação  reação inflamatória caracterizada pela
formação de um pequeno nódulo;

 dependendo da espécie de Leishmania e da resposta do hospedeiro:


 evolução benigna, com remissão dos sintomas ou...

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Leishmania sp
 ...evolução para as diferentes manifestações clínicas:
 tegumentares (ferida brava ou úlcera de Bauru)  efeitos
restringem-se à pele e às mucosas  lesões ulcerosas,
verrucosas ou papilomatosas, localizadas ou difusas.

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Leishmania sp
 visceral (Calazar)  afeta as vísceras (ou órgãos internos) 
principais órgãos afetados: fígado, baço, gânglios linfáticos e
medula óssea:
 febre, emagrecimento, anemia, aumento do fígado e do baço e
imunodeficiência;
 pode levar à morte se não tratada.

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Leishmania sp

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Leishmania sp
- CICLO DE VIDA -

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Leishmania sp

Medidas profiláticas:
 tratamento dos doentes;
 controle dos vetores flebotomíneos e dos reservatórios;
 uso de cortinados, telagem de portas e janelas etc, em áreas
endêmicas.

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Giardia lamblia

Agente etiológico da giardíase, giardose ou


lamblíase.
Formas evolutivas:
 trofozoíto: forma vegetativa e
metabolicamente ativa presente nos
órgãos parasitados. Características:
 dois núcleos vesiculosos;
 formato piriforme;
 simetria bilateral;
 quatro pares de flagelos;
 corpos medianos;
 axonemas.

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Giardia lamblia

 cisto: forma de resistência, responsável pela transmissão da doença. Características:


2 a 4 núcleos;
formato oval;
fibrilas (axonemas dos flagelos);
corpos escuros;
parede cística.

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Giardia lamblia
Parasita: monoxeno (um só hospedeiro).
Modos de infecção: passivos:
 ingestão  água, objetos ou alimentos contaminados com fezes contendo o
cisto;
 autoinfecção;
 reservatório  homem e alguns animais domésticos como cão e gato.

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Giardia lamblia
Órgãos parasitados:
 intestino delgado  colonização não-invasiva  pode haver má absorção de gordura e de vitaminas lipossolúveis:
 diarréia crônica,
 esteatorréia (gordura nas fezes)  fezes claras, volumosas e fétidas,
 cólicas abdominais,
 sensação de distensão,
 perda de peso e desidratação.
 invasão extra-intestinal é rara  às vezes os trofozoítos migram pelos condutos biliares ou pancreáticos  inflamação.
 algumas infecções são assintomáticas.

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Giardia lamblia
- CICLO DE VIDA -

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Giardia lamblia

Medidas profiláticas:
 saneamento básico  construção de
instalações sanitárias adequadas,
rede de esgoto e tratamento de
água;
 higiene pessoal e educação
sanitária da população;
 tratamento da água;
 higienização dos alimentos e
ingestão de água fervida e/ou
filtrada e clorada;
 combate aos vetores mecânicos 
moscas e outros insetos
domésticos;
 tratamento dos doentes.
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Trichomonas vaginalis

Parasita: monoxeno (um só hospedeiro).


Modos de infecção:
 acidental  vestes, higiene, etc;
 relação sexual.

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Trichomonas vaginalis
Órgãos parasitados:
 uretra (homens e mulheres)  uretrites (ou assintomáticos);
 vagina (mulheres)  vaginite  corrimento amarelado acompanhado de prurido (coceira):
 febre, prurido intenso na genitália externa, leucorréia fétida de consistência cremosa e
espumosa, escoriações e dispareunia;
 podem ocorrer balanite, vulvovaginite, uretrite, cistite, prostatite, cervicite, doença
inflamatória pélvica e infertilidade.

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Trichomonas vaginalis
- CICLO DE VIDA -

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Trichomonas vaginalis

Medidas profiláticas:
higiene pessoal;
uso de camisinha (preservativo)
durante o ato sexual;
tratamento dos portadores
assintomáticos e sintomáticos.

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Trypanosoma brucei

Agente etiológico da doença do sono ou


tripanossomíase africana.
Formas evolutivas:
 tripomastigotas: encontradas no sangue e demais fluidos
corporais de mamíferos infectados. Características:
 formato alongado com extremidades afiladas;
 um núcleo central;
 um cinetoplasto alongado localizado na região posterior;
 um flagelo aderido ao corpo célula (membrana ondulante) que
se torna livre na região anterior da célula:
 membrana ondulante é recoberta por glicoproteínas pouco
imunogênicas que são recicladas
continuamente.

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Trypanosoma brucei
 epimastigotas: encontradas no vetor. Características:
formato alongado com extremidades afiladas;
um núcleo central;
um flagelo livre (na região anterior);
um cinetoplasto em forma de bastão localizado entre a região anterior e o núcleo (próximo ao núcleo).

 Não invade as células nem assume a forma amastigota.

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Trypanosoma brucei
Parasita: heteroxeno (mais de um hospedeiro)  não apresentam
reprodução sexuada:
 convenção: hospedeiros definitivos são os vertebrados.
 hospedeiros definitivos: homem (T. brucei rhodesiense e T. brucei
gambiense), gado bovino, antílopes, cavalos, camelos (T. brucei
brucei).

T. brucei gambiense  causa a variante ocidental  menos virulento que


o T. brucei rhodesiense  causa a variante oriental.
T.brucei brucei  não causa doença em seres humanos  causa a
doença nagana em alguns animais.
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Trypanosoma brucei

 hospedeiros intermediários: invertebrado (vetor)


 mosca tse-tsé:
Glossina  palpalis  T. brucei gambiense;
Glossina morsitans  T. brucei rhodesiense;
Glossina pallidipes  T. brucei brucei.

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Trypanosoma brucei

Modo de infecção:
 picada da mosca tse-tsé:
inoculação de formas tripomastigotas no local da
picada.

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Trypanosoma brucei
Órgãos parasitados:
 Os sintomas iniciais incluem febre, mal estar
e perda de peso.
 pele  multiplicação do parasita no local da
picada (cerca de 3 dias)  reação inflamatória
caracterizada pela formação de um inchaço
edematoso  cancro tripanossômico  em
50% dos casos de infecção por T.
rhodesiense e na minoria dos casos de
infecção por T. gambiense  desaparece
após três semanas, em média.

 Gânglios linfáticos  linfoadenopatia (gânglios


linfáticos aumentados);

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Trypanosoma brucei
 Sangue  anemia e trombocitopenia:
 formas septicêmicas de evolução aguda  T.
rhodesiense  início súbito e evolução rápida 
predomínio de toxemia. Estágios evolutivos:
início brutal e evolução hiperaguda  morte por toxemia
em 2 a 3 meses  pode ocorrer antes do aparecimento
de perturbações neuropsíquicas;
começo brusco com invasão precoce do sistema
nervoso central.
 Músculos e articulações  tremores e dores;
 Vasos sangüíneos  edemas e microenfartes
no cérebro;
 Coração  danos cardíacos (T. rhodesiense).

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Trypanosoma brucei
 Nervoso Central (SNC) 
meningoencefalite,
perturbações
neuropsíquicas, convulsões
epilépticas, sonolência e
apatia progredindo para o
coma:
morte entre seis meses a seis
anos após a infecção por T.
gambiense, e quase sempre
antes de seis meses por T.
rhodesiense.

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Trypanosoma brucei
- CICLO DE VIDA -

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Trypanosoma brucei

Medidas profiláticas:
 combate às moscas;
 proteção individual  as moscas do gênero
Glossina são mais ativas durante o dia  faz-
se necessário:
usar roupas que cubram a maioria da pele;
usar sprays repelentes de insetos;
usar aparelhos elétricos que atraem e matam as
moscas.

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PROTOZOÁRIOS
CILIADOS

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MODO DE VIDA

Podem ser de vida livre ou parasitas.


Vida livre  ambientes de água doce,
marinhos e de água salobra; solos úmidos.
Ex.: Paramecium
(paramécio).

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PARAMECIUM
Batimento dos cílios  condução do
alimento até uma reentrância ciliada 
sulco oral, no interior da qual se
localiza o citóstoma  penetração do
alimento na célula  formação do
vacúolo digestivo  circulação na
célula  distribuição do alimento
digerido.
Restos não aproveitáveis  eliminados
do vacúolo por uma região específica 
citopígeo ou citoprocto.
Vacúolos contráteis ou pulsáteis 
osmorregulação  expulsam o excesso
de água que entra por osmose.

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PARAMECIUM

Macronúcleo:
 regula as atividades do metabolismo celular;
 participa da reprodução assexuada.
Micronúcleo:
 participa dos processos de reprodução
assexuada e sexuada.

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PARASITAS

Balantidium coli
balantidiose ou balantidíase.

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REPRODUÇÃO

Assexuada:
 divisão binária:
macro e micronúcleo se dividem;
formação de um sulco transversal  divisão em duas
células-filhas.

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REPRODUÇÃO

Sexuada:
 conjugação.

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Balantidium coli

Agente etiológico da balantidíase ou


balantidiose.
Formas evolutivas:
 trofozoítos: formas móveis e metabolicamente
ativas, residentes no lúmen do intestino grosso.
Características:
 forma ovóide;
 revestido por cílios;
 um citóstoma na parte anterior  contínuo com um
pequeno tubo (citofaringe);
 um citoprocto ou citopígeo na região posterior;
 dois núcleos:
 um macronúcleo;
 um micronúcleo  no centro da curvatura interna do
macronúcleo vacúolos no citoplasma

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Balantidium coli

 cistos: formas de resistência, imóveis,


metabolicamente inativas e responsáveis pela
transmissão da doença. Características:
parede cística;
forma esférica:
 mais jovens  ciliados e situados dentro da parede
intestinal;
 maduros  desprovidos de cílios, citóstoma e geralmente
de micronúcleo.

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Balantidium coli

Parasita: monoxeno (um só hospedeiro):


 único protozoário ciliado parasita do homem;
 maior protozoário parasita do homem.
 nutre-se dos tecidos da mucosa e do
conteúdo intestinal.
Modos de infecção: passivos:
 ingestão  água, objetos ou alimentos
contaminados com fezes contendo o cisto;
 autoinfecção;
 reservatório  porco  infecção assintomática 
parasita vive como comensal:
 alimenta-se do conteúdo intestinal do porco.

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Balantidium coli

Órgãos parasitados:
 intestino delgado  porção terminal do íleo 
desencistamento e reprodução por divisão binária
transversal;
 intestino grosso  invasão da mucosa e
submucosa  principalmente ceco:
alguns trofozoítos invadem a parede do cólon e se
multiplicam;
reprodução por:
 divisão binária transversal,
 conjugação (menos freqüente);
encistamento.

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Balantidium coli

 Sintomas:
 febre,
 fraqueza,
 anorexia,
 dores abdominais,
 náuseas,
 vômitos,
 diarréia com muco, pus e sangue;
 casos mais graves  desidratação, perfuração
intestinal causando hemorragia, peritonite;
 a doença pode assumir forma crônica.

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Balantidium coli
- CICLO DE VIDA -

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Balantidium coli

Medidas profiláticas:
 saneamento básico  construção de
instalações sanitárias adequadas, rede de
esgoto e tratamento de água;
 higiene pessoal e educação sanitária da
população;
 tratamento da água;
 higienização dos alimentos e ingestão de
água fervida e/ou filtrada e clorada;
 combate aos vetores mecânicos  moscas
e outros insetos domésticos;
 tratamento dos porcos e dos doentes.

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PROTOZOÁRIOS
ESPOROZOÁRIOS
MODO DE VIDA

Endoparasitas:
 parasitas intracelulares.
Exemplos:
 Plasmodium  malária.

 Toxoplasma gondii  toxoplasmose.

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REPRODUÇÃO

Ciclos de vida complexos:


 reprodução assexuada;
 reprodução sexuada com gametas e
fecundação.
Dois processos reprodutivos
básicos:
 esquizogonia;
 esporogonia.

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REPRODUÇÃO - ESQUIZOGONIA

Também chamada divisão múltipla ou


merogonia:
 várias divisões nucleares com posterior
divisão do citoplasma;
 produção de indivíduos isolados (células-
filhas) denominados merozoítos  rompem a
membrana celular-mãe e continuam a se
desenvolver.

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REPRODUÇÃO - ESPOROGONIA

Ocorre logo após a formação do zigoto:


 fecundação  zigoto  encistamento  divisão
meiótica  esporozoítos haplóides  várias
divisões mitóticas  esporozoítos  eliminação do
cisto.

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Plasmodium sp

Agente etiológico da malária, impaludismo, febre


palustre, febre intermitente, maleita ou sizão.
Formas evolutivas:
 esquizontes: encontrados no interior das hemácias
humanas. Características:
vários núcleos pequenos produzidos por divisões
mitóticas do núcleo original  no final da esquizogonia
cada núcleo origina uma célula-filha chamada
merozoíto;
pigmento malárico  hemozoína.

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Plasmodium sp

 merozoítos: ocorrem no ciclo


esquizogônico ou assexuado do
parasita no sangue humano:
 resultantes da reprodução de um
único esquizonte;
 grande número resulta em lise da
hemácia;
 ao invadirem novas hemácias são
chamados de trofozoítos jovens.

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Plasmodium sp

 trofozoítos ou criptozoítos:
encontrados no interior das hemácias
humanas. Características:
 jovens:
 formato de anel de pedra:
 citoplasma corresponde ao aro do anel;
 um núcleo  corresponde à pedra do anel;
 não apresentam pigmento malárico.
 maduros:
 citoplasma vacuolizado e irregular;
 pigmento malárico (hemozoína);
 um núcleo difuso.

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Plasmodium sp

 gametócitos: encontrados
no interior de algumas
hemácias humanas.
Características:
 formato de banana;
 um núcleo:
 macrogametócitos  femininos;
 microgametócitos  masculinos.

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Plasmodium sp

 oocinetos: zigotos móveis (forma de folha),


produzidos durante o ciclo sexuado (esporogônico) 
ocorrem no interior do corpo dos mosquitos vetores.
 oocistos: cistos formados na parede externa do
estômago dos mosquitos vetores pelo oocineto
encapsulado.

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Plasmodium sp

 esporozoítos: formas infectantes do


Plasmodium:
 decorrentes do ciclo sexuado ou esporogônico 
originados da divisão dos oocistos:
 célula falciforme (forma de lâmina de foice);
 encontrados nas glândulas salivares do mosquito vetor e
inoculados no organismo humano juntamente com a
saliva do inseto durante a picada.

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Plasmodium sp

Parasita: heteroxeno (mais de um


hospedeiro):
 hospedeiro definitivo: fêmea do mosquito
Anopheles (vetor)  mosquito-prego ou carapanã;

 hospedeiro intermediário: homem.

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Plasmodium sp

A malária existente no Brasil pode ser


causada por três espécies de Plasmodium:
 Plasmodium vivax  febre terçã benigna:
acessos febris a cada 48 horas;
 Plasmodium malariae  febre quartã:
acessos febris a cada 72 horas;
 Plasmodium falciparum  febre terçã maligna:
acessos febris irregulares entre 36 - 48 horas;
hemácias parasitadas aglutinam-se;
obstrução de vasos sangüíneos, podendo
conduzir à morte.
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Plasmodium sp

Modos de infecção:
picada da fêmea do mosquito
Anopheles;

injeção e transfusão de sangue


de pessoas infectadas;

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Modos de infecção:
 compartilhamento de seringas contaminadas:
 viciados em drogas injetáveis  transmissão induzida;

 transmissão congênita durante o parto (rara):


 em casos especiais de contato do sangue da
mãe contaminada com o sangue do bebê;
 acidentes de trabalho contaminação de
funcionários de hospitais ou laboratórios.

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Plasmodium sp

Órgãos parasitados:
 fígado: hepatomegalia:
 após cerca de 30 minutos da picada do
mosquito-prego  esporozoítos injetados
pela picada do mosquito se transformam em
trofozoítos  esquizogonia  merozoítos.

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Plasmodium sp

sangue: anemia:
 pele amarela,
 cefaléia (dor de cabeça),
 apatia,
 vertigem:
merozoítos invadem hemácias  trofozoítos jovens 
trofozoítos maduros  esquizontes  multiplicação por
esquizogonia  novos merozoítos  rompimento das
hemácias:
 alguns merozoítos se diferenciam em gametócitos.

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Plasmodium sp

Sintomas:
 febre, Liberação do pigmento
 calafrio, malárico
 calor, (hemozoína) com o
rompimento
 sudorese. das hemácias.

intervalos regulares para cada espécie:
Plasmodium falciparum  de 36 a 48 horas;
Plasmodium vivax  de 48 horas;
Plasmodium malariae  72 horas;

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Plasmodium sp

medula óssea:
 diminuição da função hematopoiética;
baço: esplenomegalia.

capilares viscerais:
 obstrução  Plasmodium falciparum;
 alguns merozoítos se diferenciam em
macro e microgametócito  sangue
circulante.

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Plasmodium sp
- CICLO DE VIDA -
Ciclo esquizogônico: assexuado (no homem):
 portadores de gametócitos  gametóforos  possibilitam a
transmissão da doença.

Ciclo esporogônico: sexuado (no inseto):


 ingestão de gametócitos:
 macrogametócito  forma o gameta feminino  macrogameta;
 microgametócito  forma vários gametas masculinos 
microgametas.
 fecundação  ovo (zigoto)  dirige-se para a parede do
estômago do mosquito  oocineto  encistamento  oocisto 
esporogonia  esporozoítos  glândulas salivares do
Anopheles.
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Plasmodium sp
- CICLO DE VIDA -

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Plasmodium sp

Medidas profiláticas:
 combate ao mosquito Anopheles:
 não deixar água acumulada em vasos, pneus,
latas ou outro recipiente  fêmea bota os ovos na
água  eclosão de larvas  metamorfose  adulto;
 não deixar caixas d’água ou reservatórios de
água sem tampa;
 usar larvaticidas e inseticidas;
 tratamento dos doentes;
 utilização de roupas compridas no entardecer;
 permanecer em locais iluminados;
 utilização de cortinados e telas em portas e
janelas;
 utilização de repelentes contra insetos.

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Toxoplasma gondii

Agente etiológico da toxoplasmose.


Formas evolutivas:
 taquizoítos: formas de proliferação
rápida, presentes em grande número
nas infecções agudas. Encontradas no
sangue, excreções e secreções  no
interior de vacúolos parasitóforos das
células do hospedeiro intermediário
infectado. Características:
 formato de meia-lua com uma
extremidade arredondada e outra afilada;
 agrupam-se formando rosáceas.

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Toxoplasma gondii

 bradizoítos: formas de reprodução lenta, presentes


nas infecções congênita e crônica. Características:
 formato de meia-lua com uma extremidade arredondada e
outra afilada;
 agrupam-se no interior de cistos teciduais localizados na
musculatura e no sistema nervoso central dos hospedeiros
intermediários.

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Toxoplasma gondii
 oocistos: formas resultantes do ciclo sexuado do parasita:
 ocorrem apenas no trato gastrointestinal dos hospedeiros
definitivos (felídeos);
 são eliminados nas fezes ainda não esporulados, tornando-
se infectantes após a esporulação no meio-ambiente  entre
três e cinco dias, sob condições favoráveis.
 após esporulação  oocistos com dois esporocistos, contendo
cada um quatro esporozoítos  pode permanecer viável no
meio ambiente por até um ano e meio.

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Toxoplasma gondii

Parasita: heteroxeno (mais de um hospedeiro):


 hospedeiros definitivos: gatos e outros felídeos
que se alimentam de hospedeiros intermediários
infectados:
na fase sexuada o T.gondii localiza-se no epitélio
intestinal, sendo eliminado pelas fezes  oocistos não
esporulados.

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Toxoplasma gondii

 hospedeiros intermediários: todos os animais


homeotérmicos, ou seja, aves e mamíferos,
domésticos e silvestres  reprodução assexuada do
parasita:
 taquizoítos durante a infecção aguda;
 bradizoítos durante a infecção crônica.

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Toxoplasma gondii

Modos de infecção:
 ingestão de carne mal-passada contendo cistos
teciduais, sobretudo de suínos, caprinos e
bovinos;
 inoculação acidental de taquizoítos ou ingestão
de oocistos infectantes na água ou alimento
contaminado com fezes de felídeos;
 ingestão de oocistos provenientes de mão, água
ou alimento contaminados por fezes de felídeos
 crianças que brincam em tanques de areias
contaminados por fezes de gatos domésticos,
por exemplo;
 inalação de oocistos esporulados;

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Toxoplasma gondii

 transfusão de sangue e transplante de órgãos 


raros;
 transmissão transplacentária  forma congênita.

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Toxoplasma gondii

Órgãos parasitados:
 o parasita pode ser encontrado em vários órgãos  principalmente
pulmões, fígado, baço, cérebro, linfonodos, coração e musculatura;
 na maioria das pessoas a infecção passa despercebida:
 nos quadros agudos pode causar:
 febre,
 dores musculares,
 cansaço,
 aumento dos gânglios linfáticos,
 linfocitose;

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Toxoplasma gondii
 grávidas:
 devem receber atenção redobrada  na transmissão
transplacentária, o feto poderá apresentar lesão cerebral,
deformidades físicas e convulsões;
 pacientes imunodeficientes:
 podem apresentar cerebrite, corioretinite, pneumonia, envolvimento
músculo-esquelético generalizado, miocardite e/ou morte 
toxoplasmose cerebral é um componente freqüente da AIDS.

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Toxoplasma gondii
- FASES DO CICLO DE VIDA -

A primeira é intestinal  só ocorre em felídeos e produz


oocistos;
A segunda é extra-intestinal  ocorre em todos os animais
infectados (inclusive gatos) e produz taquizoítos e bradizoítos
(zoitocistos) que infectam a carne.

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Toxoplasma gondii
- CICLO DE VIDA -

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Toxoplasma gondii

Medidas profiláticas:
 cozimento adequado da carne e posterior
congelamento para diminuir a infectividade;
 higienização dos alimentos e ingestão de água
fervida e/ou filtrada e clorada;
 eliminar as fezes juntamente com a areia onde os
gatos defecam;
 lavar as mãos depois da manipulação de carne crua
e após o contato com terra contaminada por fezes
de gato;
 manter as crianças distantes dos locais onde os
gatos defecam;
 combate aos vetores mecânicos  moscas e outros
insetos domésticos;

 tratamento dos doentes;


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Toxoplasma gondii

 grávidas:
 evitar o contato com gatos,
 fazer acompanhamento médico adequado (pré-natal).
 notificação de surtos:
 ocorrência de surtos (2 ou mais casos)  notificação imediata às
autoridades de vigilância epidemiológica municipal, regional ou
central  investigação das fontes comuns e controle da
transmissão através de medidas preventivas.
 orientações  Central de Vigilância Epidemiológica  disque CVE:
0800-55-5466.

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