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ROTEIRO DO EXAME FÍSICO

ECTOSCOPIA
1. Geral: avaliação subjetiva do conjunto de dados exibidos pelo paciente
bom estado geral
Estado geral regular ou levemente comprometido
Estado geral ruim ou muito comprometido

2. Estado de consciência:
(Consciente/inconsciente) e orientação temporal e espacial
Normal: Consciente, orientado no tempo e no espaço, colaborativo com o exame.
Acordado, ativo, reativo (para bebês).

3. Postura:
a) Postura Ativa: Boa Postura / Má postura
b) Postura passiva: Impossibilidade do paciente em mudar de posição sem auxílio de outra pessoa
c) Postura antálgica: Adotada para aliviar a dor

4. Higiene pessoal:
Observar: Hálito do paciente; odor de secreções

5. Dependência: Se veio à consulta sozinho; acompanhado; em cadeira de rodas; de muletas ou


bengalas

6. Fala e linguagem: Avaliar a voz, avaliar a lógica do discurso, se há distúrbios de articulação das
palavras, de troca de letras ou se fala o nome dos objetos corretamente.
Alterações: Disfonia ou afonia; Dislalia; Disartria; Disfasia

7. Biotipo, peso e altura:


a) Biotipo ou tipo morfológico:
Brevilíneo: membros curtos, tórax alargado, estatura baixa
Longilíneo: tórax afilado e achatado, membros longos e musculatura delgada
Normolíneo: desenvolvimento do corpo, musculatura e do panículo adiposo harmônicos

b) Peso e altura: Medido em centímetros com paciente descalço e em posição ereta -> tarar a balança
antes
8. Fácies:
a) Fácies normais ou atípicas
b) Fácies anormais ou típicas (Fácies leonina; mongolóide; hipocrática; etc.)
9. Tegumento: Pele e mucosas externas (conjuntiva, mucolabial, gengival e lingual)
a) Coloração (+/++++)
Normocoradas; hipocoradas; hiperemia de conjuntiva
Ictéricas / Anictéricas
Cianóticas / Acianóticas
Com ou sem bronzeamento
b) Hidratação
Úmidas, hidratadas, com saliva fluida/Desidratado
c) Turgor cutâneo:
Normal / Diminuído
d) Textura da pele:
Pelé Áspera; enrugada, fina e lisa, de textura normal
e) Perfusão capilar:
Preservada/Diminuída
f) Temperatura térmica:
Normal/Aumentada (quente)
g) Presença de lesões elementares
I - Modificações da cor sem relevo ou espessamento: MANCHAS OU MÁCULAS
a) Relacionadas à melanina (ex: hiper, hipo e acrômica)
b) Deposição de pigmentos (ex: bilirrubina, caroteno)
c) Alterações vasculares (desaparecem à dolorosas - ex: eritema, telangiectasias)
d) Sufusões hemorrágicas (pigmento hemático) - petéquias (puntiformes) - víbices (forma linear) -
equimoses (em placas) - hematomas (maiores que equimoses, em geral com abaulamento local e de
origem traumática)
II- Lesões sólidas
a) Pápulas (elevações sólidas de até 0,5 cm / diâmetro, situadas na derme)
b) Tubérculos (elevações sólidas > 0,5 cm / diâmetro, situados na derme)
c) Nódulo (pequenos, hipoderme);
Tumor ou Nodosidade (>3cm/diâmetro, hipoderme);
Goma (nodosidades que amolecem e ulceram, hipoderme) > são mais perceptíveis à palpação
d) Urticariforme (elevações planas, achatadas, bordas irregulares, diversos formatos, coalescentes e
pruriginosas)
e) Queratose ou Ceratose (espessamento da epiderme, dura e geral// opaca e esbranquiçada)
f) Espessamento ou Infiltração (consistência e espessura da pele, mas depressível)
g) Liquenificação (espessamento da pele, com estrias > quadriculado em rede)
h) Vegetações (elevações filiformes ou de ―couve-flor‖)
i) Esclerose (aumento da consistência e aderência aos planos profundos, não móvel)
III. Lesões de conteúdo líquido
a) Vesícula (até 0,5 cm, líquido seroso)
b) Bolha ou flictena (> 0,5 cm, líquido seroso)
c) Pústula (vesícula ou bolha com conteúdo purulento)
d) Abcesso (coleção purulenta, flutuante, dermo-hipodérmica)
4. Soluções de continuidades (descontinuidade tegumentar, perdas teciduais)
a) Escoriação (perda da epiderme)
b) Úlcera/Ulceração (perda chega a atingir a derme)
c) Fissura (perda de substância linear, superficial ou profunda)
d) Fístula (condutos cutâneos com eliminação de líquidos, lesões secretantes)
5. Lesões caducas
a) Escamas (lâmina epidérmica seca que se desprende da pele -> furfuráceas - em farelos; laminares
ou foliáceas – em tiras)
b) Crosta (ressecamento de secreções sobre uma lesão cutânea)
c) Escara (tecido cutâneo necrosado)
6. Sequelas
a) Atrofia (adelgaçamento da pele, que fica fina, lisa, transparente – ex: estrias – atrofias lineares em
regiões de tração mecânica da pele)
b) Cicatriz (reposição de perda tecidual por tecido fibroso – ex: quelóide – cicatriz saliente)
Observação: É FREQUENTE A ASSOCIAÇÃO DE LESÕES – Exemplo: lesão eritematobolhosa ou
eritematopapular ou eritematovesicular, etc…

10. Fâneros
a) Pêlos: Distribuição Quantidade Cor, brilho
b) Unhas: Forma, espessura, consistência, brilho, coloração

11. Tecido subcutâneo


Distribuição varia com idade
Quantidade
Edema (localização, consistência, intensidade)

12. Linfonodos:
Avaliar: tamanho, consistência, mobilidade, sensibilidade, calor e rubor
Grupos: Occipitais, pré-auriculares, retroauriculares, submandibulares, submentonianos, cervicais
anteriores (superficiais e profundos) e posteriores, supra claviculares, infraclaviculares, trocleares,
axilares Inguinais, poplíteos, tonsila palatina.

DADOS VITAIS
EXAME FÍSICO DOS ÓRGÃOS E SISTEMAS
1.COONG + Pescoço
COONG = Cabeça, olhos, ouvidos, nariz e garganta.
PALPAÇÃO DOS LINFONODOS CERVICAIS
Conceitos: O exame físico geral inclui a investigação sistemática dos linfonodos e, neste primeiro
momento, iremos nos deter ao exame dos Iinfonodos da cabeça e pescoço. O exame dos linfonodos se
faz por meio de inspeção e palpação, um método complementando o outro. Completa-se a
investigação examinando o trajeto dos vasos linfáticos.
Deve-se avaliar em cada Iinfonodo: o tamanho, a consistência, a mobilidade, a coalescência, e a
presença de sinais flogísticos como calor, rubor e dor.
Observar também se há alteração da pele da região Os gânglios linfáticos da cabeça e do pescoço são
classificados em grupos: Pré-auriculares ; Auriculares posteriores Occipitais Tonsilar ; Sub-
mandibulares ; Submentonianos Cervicais Anteriores Superficiais; Cervicais Anteriores Profundos
Cervicais posteriores Supraclaviculares.
Procedimento:
- Antes e após examinar um paciente lave as mãos.
- A palpação é realizada com as polpas digitais e face ventral dos dedos médio, indicador e anular. Deve-
se ir ajustando a posição da extremidade cefálica de modo a relaxar os músculos do pescoço (fletir
levemente o pescoço e inclinar ligeiramente a cabeça para o lado que se deseja examinar). Os
linfonodos cervicais são mais facilmente palpáveis quando o examinador coloca-se por trás do
paciente.
REGISTRO DO EXAME NORMAL: sem linfonodomegalias ou sem linfonodos palpáveis

INSPEÇÃO E PALPAÇÃO DA CABEÇA


Procedimento:
- Antes e após examinar um paciente lave as mãos.
- Observar anormalidades, abaulamentos, retrações e malformações cranianas.
- Observar se há desvio da posição da cabeça (ex: torcicolo) ou movimentos anormais.
- Fazer a inspeção e palpação da cabeça e couro cabeludo.
- Palpar e avaliar tamanho e consistência de fontanelas (em crianças neonatais, podese palpar
fontanela anterior e posterior abertas.
Até 2 anos de idade, palpa-se a fontanela anterior cada vez mais fibrosa e com fechamento
concêntrico). Em adultos as fontanelas não são patentes.
- Palpar e avaliar cavalgamento de suturas cranianas. - Observar linha de implantação das orelhas.
REGISTRO DO EXAME NORMAL: - COONG >> Cabeça, Olhos, Ouvido, Nariz e Garganta
Cabeça: normal, orelhas bem implantadas.

OROSCOPIA
Procedimento:
-Antes e após examinar um paciente lave as mãos.
- Inicialmente, visualizam-se os lábios, os dentes, as gengivas, a face interna das bochechas, a língua, o
assoalho da boca e os óstios das glândulas salivares.
- A seguir solicita-se a protusão da língua pelo paciente, acompanhada da fonação de ―AHHH‖. Se
necessário, faz-se a depressão da língua nos seus dois terços anteriores com a língua relaxada para
evitar o reflexo nauseoso.
- Visualizam-se então os pilares amigdalianos, o palato mole e sua motilidade, a loja da amígdala
palatina e seu conteúdo, a base da língua e a parede posterior da faringe. O examinador deve ficar
atento às características das mucosas, normalmente rosadas e de coloração uniforme, brilhantes e
úmidas.
REGISTRO DO EXAME NORMAL: - COONG >> Cabeça, Olhos, Ouvido, Nariz e Garganta
*Cavidade oral normal, sem secreções ou gotejamento posterior (ou no nasocavum ou na nasofaringe).

OLHOS E PUPILAS
Conceitos: Denomina-se midríase a pupila dilatada e miose a pupila contraída. Anisocoria significa
pupilas de tamanho desigual e discoria é a irregularidade do contorno pupilar. Cumpre salientar que
em 5% dos indivíduos normais o tamanho das pupilas não é exatamente igual.
Procedimentos:
- Antes e após examinar um paciente lave as mãos.
- Avaliar:
* Pálpebras: Verificar se há edema, retração palpebral, epicanto, xantelasma e outras alterações.
* Globos Oculares: Verificar a presença de exoftalmia, enoftalmia, desvios (estrabismos), movimentos
involuntários.
* Conjuntivas: Normalmente são róseas, vendo-se a rede vascular levemente desenhada. Poder estar
pálidas ou hipocoradas (anemia), amareladas (icterícia) e hiperemiada (conjuntivites, traumatismos).
* Esclera: Normalmente branca, pode estar amarelada (icterícia >> diferenciar da coloração amarelada
das pessoas de pele negra, quando ocorre em placas, manchas e/ou ausente em regiões sem exposição
à luz)
* Cristalino: nas cataratas que tornam o cristalino opaco, observa-se áreas brancas no interior das
pupilas (visível a olho nu).
* Córnea: Pterígio >> espessamento triangular da conjuntiva que cresce atingindo a superfície externa
da córnea.
* Pupilas:
Características:
a) forma: normalmente arredondadas ou levemente ovaladas;
b) localização: centrais;
c) tamanho: variável de acordo com a claridade do ambiente.
d) reflexos: solicitar ao paciente para olhar um ponto fixo à frente.Incidir um feixe de luz em uma
pupila de cada vez e avaliar:
- Fotomotor (contração pupilar à luz)
- Consensual (contração pupilar de um lado pela estimulação luminosa no outro olho)
- Acomodação (contração das pupilas e convergência dos lobos oculares à medida que se aproxima do
nariz um foco luminoso)
REGISTRO DO EXAME NORMAL: Pupilas isocóricas e fotorreativas.
APARELHO CARDIOVASCULAR
Conceitos:
* Ciclo cardíaco é a seqUência de fatos que acontece a cada batimento cardíaco.
* O coração ciclicamente se contrai e relaxa. Quando se contrai, ejeta o sangue em direção às artérias,
na fase chamada de sístole. Quando relaxa, recebe o sangue proveniente das veias, na fase chamada
diástole.

Exame cardiovascular:
Inclui os aspectos do exame físico geral pertinentes ao aparelho cardiovascular (alterações da coloração
da pele e mucosas, edema, perfusão periférica), exame dos pulsos arteriais e venoso jugular, tomada
da pressão arterial, inspeção palpação e ausculta do precórdio.
SINTOMAS:
A) DOR TORÁCICA: Dor origem pericárdica * Dor de origem aórtica * Dor de origem psicogênica * Dor
de isquemia miocárdica
B) PALPITAÇÕES: Percepção incômoda dos batimentos cardíacos
* Descritas como: Paradas; tremor do coração; falhas; arrancos; batimentos mais fortes
* Decorrentes de transtornos do ritmo e da frequência cardíaca
C) DISPNÉIA: Cansaço, canseira, falta de ar, fôlego curto, fadiga ou respiração difícil
* Sensação consciente e desagradável do ato de respirar
D) OUTROS: Tosse e expectoração, roncos e sibilos, hemoptise, tontura e vertigem, alterações do sono,
edema, astenia

INSPEÇÃO E PALPAÇÃO
Inspeção e palpação do precórdio: Pesquisa de abaulamentos, análise do ictus cordis, dos movimentos
visíveis e/ou palpáveis, palpação de bulhas, pesquisa de frêmitos.
Posições: em decúbitos dorsal, laterais e sentado
Observar: Abaulamento; Impulsões de borda esternal; Retrações; Malformações torácicas; Batimentos
ou Movimentos; Frêmito Cardiovascular;
Ictus Cordis: Choque de Ponta - Cruzamento da linha hemiclavicular esquerda com 5º espaço intercostal
* Avaliar: Localização; Extensão; Mobilidade; Intensidade e forma de impulsão; Ritmo e freqüência
* Comparar com pulsos carotídeos
AUSCULTA CARDÍACA:
Identificar cada um dos focos principais de ausculta. Pode ser complementada posicionando-se o
estetoscópio nas regiões axilar E, cervical D, interescapular, ou em qualquer ponto do percórdio.

SEMIOTÉCNICA:
LAVAR AS MÃOS ANTES E DEPOIS DE EXAMINAR O PACIENTE
Estetoscópio
Ambiente de ausculta
Posição do paciente e do examinador
Orientação do Paciente
Escolha do receptor adequado
Aplicação correta do receptor
Manobras especiais
Localização 5º EIE dentro da linha hemiclavicular
Extensão 2 cm (1 ½ polpa digital)
Duração Pequena - 1/3 inicial da sístole - Amplitude Pequena (não eleva o dedo que palpa nem oferece
resistência a compressão digital)
Mobilidade: Desloca-se 2 a 3 cm para E, em decúbito lateral E

FOCOS OU ÁREAS DE AUSCULTA


Foco ou área mitral = 5º Espaço intercostal esquerdo na linha hemiclavicular, corresponde ao ictus
cordis
Foco ou área pulmonar = 2º espaço intercostal esquerdo junto ao esterno
Foco ou área aórtica = 2º espaço intercostal direito junto ao esterno
Foco aórtico acessório = 3º e 4º espaço intercostal esquerdo
Foco ou área tricúspide = Base do apêndice xifóide ligeiramente a esquerda
Outras áreas do precórdio e adjacências: Borda esternal esquerda, borda esterna direita, regiões infra
e supraclaviculares, regiões laterais do pescoço e região interescapulovertebrais
Resultado de imagem para focos aortico acessório de ausculta cardíaca

BULHAS CARDÍACAS:
Primeira bulha (B1): Fechamento das valvas mitral e tricuspide, componente mitral antecede
tricúspide, coincide com ictus cordis e pulso carotídeo, timbre mais grave, representação - TUM
Segunda bulha (B2): Fechamento das valvas aórtica e pulmonar, timbre mais agudo, representação -
TA
Terceira bulha (B3): Vibrações da parede ventricular subitamente distendida pela corrente sanguínea
que penetra na cavidade durante o enchimento ventricular rápido, ruído de baixa frequência (Utilizar
campanula), representação - TU
Quarta bulha (B4): Ruído débil, ocorre no final da diástole ― brusca desaceleração do fluxo sanguíneo
mobilizado pela contração atrial de encontro à massa sanguínea existente no interior do ventrículo

LOCALIZAÇÃO DOS FENÔMENOS ESTETOACÚSTICOS:


Protossístole; Mesossístole; Telessístole; Holossístole; Protodiástole; Mesodiástole; Telediástole;
Holodiástole

RITMO CARDÍACO:
Duas bulhas = dois tempos = binário
Terceiro ruído = três tempos = ritmo tríplice
TUM-TA-TU _ TUM-TA-TU _ TUM-TA TU

SOPROS:
• Vibrações decorrentes da mudança do fluxo sanguíneo de laminar para turbulento
• Alterações dos vasos, das câmaras cardíacas, das valvas, estreitamentos,dilatações, malformações,
• Alterações do sangue (anemia); febre
• TIPOS: Sistólicos/Diastólicos

ATRITO PERICÁRDICO:
Ruído provocado pelo roçar dos folhetos que perderam sua características normais.
Prática simulada: Ausculta cardíaca
Identificar no “paciente” os principais focos de ausculta: aórtico, pulmonar, aórtico acessório,
tricúspide, mitral, BEE, BED
2.1 Ausculta normal (H1): primeira e segunda bulhas, observar intensidade, ritmo e frequência
2.2 Bulhas acessórias (H7, H8): terceira e quarta bulhas
2.3 Sons anormais:
2.3.1 Sopros: Insuficiência aórtica (H2), estenose pulmonar (H3), estenose mitral (H4), insuficiência
mitral (H5), HVE (H6), CIA (H 10), DAP (11), CIV (H12)
2.3.2 Cliques e estalidos: Prolapso de mitral (H9), estenose mitral (H4, BEE e foco mitral)

AFERIÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA


* Freqüência cardíaca ou ritmo cardíaco é o número de vezes que o coração bate (ou cicla) por minuto.
* É expressa em bpm: batimentos por minuto
* Medida em repouso:
MATERIAL – relógio, cronômetro, estestocópio
TÉCNICAS – lavar as mãos; orientar paciente quanto ao exame 1. Por ausculta cardíaca >> comparar
compulso carotídeo 2. Por palpação do íctus-cordis CONTAR POR UM MINUTO!!!
* Faixa normal: O coração humano bate entre 60 e 100 bpm. Número de batimentos abaixo de 60 bpm
>> Bradicardia. Número de batimentos acima de 100 bpm >> Taquicardia.
AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL
* Posições do paciente: Deitado / Assentado / Ortostatismo
O braço deve encontra-se sempre no mesmo plano que o do coração !!!
Conceito: Força exercida pelo sangue contra a parede das artérias e das artérias, por sua força elástica,
sobre o sangue.
Componentes:
- Pressão sistólica - PS: Pressão mais elevada observada nas artérias durante a fase sistólica do ciclo
cardíaco.
- Pressão diastólica - PD: Pressão mais baixa detectada na aorta e seus ramos durante a fase diastólica
do ciclo cardíaco.
Métodos:
- Diretos (invasivos): cateter intra-arterial (PIA).
- Indiretos (não invasivos): esfigmomanômetria.

AFERIÇÃO DA FREQUÊNCIA DE PULSO


CARACTERÍSTICAS SEMIOLÓGICAS
PULSO arterial: É a expansão e contração alternada de uma artéria após a ejeção de um volume de
sangue na aorta com a contração do ventrículo esquerdo.
Localização e palpação do pulso radial
• Pulso radial: Localizado medialmente ao processo estilóide do rádio, emprega-se a polpa dos dedos
indicador e médio
- Polegar se fixa ao dorso do punho
- Antebraço apoiado e em supinação

PROCEDIMENTO PARA VERIFICAÇÃO DA FREQUÊNCIA DE PULSO


1. Lavar as mãos
2. Orientar o paciente quanto ao procedimento
3. Colocar o paciente em posição confortável, sentado ou deitado, porém sempre com o braço apoiado.
Identificar e palpar o pulso radial
4. Observar:
- Estado da parede da artéria (lisa, endurecida, tortuosa);
- Ritmo (regular, irregular);
- Amplitude ou Magnitude (ampla, mediana, pequena);
- Tensão ou dureza (mole, duro);
- Tipos de onda (normal, paradoxal, filiforme);
5. Comparar com o lado homólogo (igualdade, desigualdade).
6. Contar o número de pulsações durante 1 minuto inteiro
7. Anotar
8. Lavar as mãos ao término

PALPAÇÃO DE PULSOS ARTERIAIS


Estado da parede arterial,frequência, ritmo, amplitude, tensão, tipo, simetria. Examinar pulsos radial,
carotídeo, temporal superficial, subclávio, axilar, braquial, cubitais, aórtico abdominal, ilíaco, femoral,
poplíteo, tibial anterior, pedioso, tibial posterior.

Procedimento para a palpação de pulsos arteriais:


1. Lavar as mãos
2. Orientar o paciente quanto ao procedimento.
3. Colocar o paciente em posição confortável, sentado ou deitado, porém sempre com o braço apoiado.
Identificar e palpar o pulso radial.
4. Fazer uma palpação sistematizada (iniciar na face e progredir caudalmente)
5. Observar: -Estado da parede da artéria (lisa, endurecida, tortuosa); -Ritmo (regular, irregular); -
Amplitude ou Magnitude (ampla, mediana, pequena); - Tensão ou dureza (mole, duro); -Tipos de onda
(normal, paradoxal, filiforme);
6. Comparar com o lado homólogo (igualdade, desigualdade).
7. Anotar em prontuário
8. Lavar as mãos ao término

Pulso carotídeo (artéria carótida comum):


- Inclinar o pescoço para o lado em que se vai palpar
- Observa-se a região do pescoço do paciente e identifique o músculo esternocleidomastóideo;
- Palpar o pomo de adão, deslizar os dedos lateralmente, afastando-se borda anterior do músculo
esternocleidomastóideo;
- Palpa-se com polpa digital do polegar ou polpa digital dedos indicador e médio, no terço médio do
ventre muscular;
- Palpar com delicadeza para não comprimir seio carotídeo (pode levar a bradicardia, parada cardíaca,
desprendimento de trombos aderidos);
- Não se deve palpar ambas artérias carótidas ao mesmo tempo;

Pulso braquial:
- Braço em leve flexão
- Palpar com dedos indicador, médio e anular e sentir pulsações da artéria braquial, medialmente ao
ventre/tendão do bíceps, acima da fossa cubital.

Pulso radial:
- Localizado medialmente ao processo estilóide do rádio
- Emprega-se a polpa dos dedos indicador e médio
- Polegar se fixa ao dorso do punho
- Antebraço apoiado e em supinação

Pulso aórtico abdominal:


- Decúbito dorsal, leve flexão da articulação coxo-femural
- Palpar com ambas as mãos no espaço compreendido entre apêndice xifóide e cicatriz umbilical,
pressionando contra coluna vertebral.

Pulso femoral:
- Paciente decúbito dorsal
- Dedos indicador, médio e anular palpar trígono femoral

Pulso pedioso:
- Palpar entre primeiro e segundo metatarso, com dedos indicador, médio e anular

Pulso tibial posterior:


- Palpar região retromaleolar medial, com dedos indicador, médio e anular e fixando o polegar na
região maleolar lateral
REGISTRO DO EXAME NORMAL: Pulsos arteriais palpáveis, simétricos, artérias sem alterações.

VEIA JUGULAR E PULSO VENOSO JUGULAR


Avaliar a turgência, pulso, pesquisar frêmito ou sopro

HEMORRAGIA

Cuidando de sangramentos
Hemorragia ou sangramento significa a mesma coisa, isto é, sangue que escapa de artérias, veias ou
vasos capilares. As hemorragias podem ser definidas como uma considerável perda do volume
sangüíneo circulante. O sangramento pode ser interno ou externo e em ambos os casos é perigoso.
Inicialmente, as hemorragias produzem palidez, sudorese, agitação, pele fria, fraqueza, pulso fraco e
rápido, baixa pressão arterial, sede, e por fim, se não controladas, estado de choque e morte. Pode-se
controlar as hemorragias tomando as seguintes medidas:

Técnica de compressão direta sobre o ferimento. Controle a hemorragia fazendo uma compressão
direta sobre a ferida que sangra com sua mão (protegida por luva descartável), ou ainda, com a ajuda
de um pano limpo ou gaze esterilizada, para prevenir a infecção.

Técnica da Elevação do ponto de sangramento. Mantenha a região que sangra em uma posição mais
elevada que o resto do corpo, pois este procedimento contribuirá para diminuir o fluxo de sangue
circulante e, conseqüentemente, o sangramento.

Técnica da compressão sobre os pontos arteriais. Caso a hemorragia for muito intensa e você não
conseguir fazer parar a saída do sangue, tente controlar o sangramento pressionando diretamente
sobre as artérias principais que nutrem de sangue o local lesionado.

Observação: Caso não cesse o sangramento com o uso de nenhuma das técnicas anteriormente
descritas, o socorrista deverá aplicar um torniquete no membro lesado. O torniquete ou garrote não é
recomendado para o uso geral, pois algumas vezes causa mais danos a extremidade ferida do que os
que existiam pela própria lesão inicial. Entretanto, um torniquete adequadamente aplicado pode salvar
a vida de uma pessoa, cuja hemorragia em uma vaso sangüíneo principal seja incontrolável por
qualquer dos outros métodos.
O torniquete deve ser aplicado apenas em casos extremos e como último recurso quando não há a
parada do sangramento. Veja como: Amarre um pano limpo ligeiramente acima do ferimento,
enrolando-o firmemente duas vezes. Amarre-o com um nó simples. Em seguida, amarre um bastão
sobre o nó do tecido. Torça o bastão até estancar o sangramento. Firme o bastão com as pontas livres
da tira de tecido. Marque o horário em que foi aplicado o torniquete. Procure socorro médico imediato.

Desaperte-o gradualmente a cada 10 ou 15 minutos, para manter a circulação do membro afetado.

Prática
Treine com pessoas que estão próximas de você e anote:
1) Pratiquem as técnicas de contenção de hemorragia.
2) Façam uma revisão com a técnica correta de todos os pontos arteriais principais que poderão ser
comprimidos para controle de um sangramento (temporal, carotídeo, subclávio, axilar, radial, ulnar,
aórtico-abdominal, femoral, poplíteo, pedioso e tibial posterior).
Aparelho Respiratório
INTRODUÇÃO AO EXAME DO APARELHO RESPIRATÓRIO
Inclui os aspectos do exame físico geral pertinentes ao aparelho respiratório, como alterações da
coloração da pele e mucosas, baqueteamento digital, formato do tórax, tipo de respiração, ritmo e
amplitude da respiração, tiragem e utilização de musculatura acessória, expansibilidade, palpação,
percussão e ausculta do tórax.

INSPEÇÃO E PALPAÇÃO
Ectoscopia: Observar a coloração das mucosas, baqueteamento, forma do tórax
Padrão respiratório: Observar o tipo, ritmo e amplitude da respiração
Sinais de esforço e utilização de musculatura acessória: batimento de aletas nasais, musculatura
cervical, tiragem intercostal, musculatura abdominal.
Posições: Em decúbitos dorsal, laterais, sentado e ortostatismo
Observar:
Abaulamentos;
Impulsões de borda esternal;
Retrações;
Malformações torácicas;
Batimentos ou Movimentos;
Frêmitos;
pontos dolorosos;
enfisema subcutâneo
AVALIAÇÃO DA EXPANSIBILIDADE TORÁCICA

Conceitos: A parede torácica inclui a pele, o tecido subcutâneo, os músculos, as cartilagens e os ossos.
Procedimento: Antes e após examinar um paciente lave as mãos. O examinador deve se colocar atrás
do paciente. Iniciar o exame pelos ápices e ir deslocando as mãos em direção às bases. Pousar as mãos
espalmadas sobre as regiões a serem examinadas, de tal modo que os polegares se toquem levemente,
em ângulo quase reto. Os demais dedos encostam levemente no tórax, levemente fletidos. Nas bases,
aderir bem os dedos e o examinador deve se postar assentado, de preferência. Solicitar ao paciente
para respirar mais fundo e ir observando a movimentação de suas mãos, particularmente o
distanciamento dos polegares da linha médio-espinhal. A expansibilidade pode ser normal ou
diminuída (unilateral ou bilateralmente).
REGISTRO DO EXAME NORMAL: Expansibilidade normal e simétrica

AVALIAÇÃO DO FRÊMITO TÓRACO-VOCAL (FTV)


Conceito: é o exame das vibrações percebidas pela mão do examinador, encostada na parede torácica,
quando o paciente emite algum som.
Procedimento: Antes e após examinar um paciente lave as mãos. O examinador deve se colocar atrás
do paciente. Iniciar o exame pelo alto e ir deslocando a mão em direção às bases, em cada uma das
faces torácicas. Pousar a mão espalmada, ora de um lado, ora do outro, com os dedos levemente
estendidos, sobre as regiões do tórax a serem examinadas ao mesmo tempo em que o paciente vai
falando em voz alta ―trinta e três‖. Compara-se um lado com o outro e observa-se o aumento, a
diminuição e o desaparecimento do FTV, (unilateral ou bilateralmente).
REGISTRO DO EXAME NORMAL: FTV normal e simétrico
PERCUSSÃO TORÁCICA
Procedimentos: Antes e após examinar um paciente lave as mãos. Para a percussão das faces anterior
e laterais, o paciente pode estar deitado ou assentado. Na percussão das faces laterais o paciente deve
colocar a mão na cabeça. Já a percussão da parede posterior deve ser feita com o paciente na posição
sentada. Utiliza-se a percussão dígito-digital, indo de cima para baixo em cada face. Ir golpeando os
espaços intercostais ora de um lado, ora do outro, e ir comparando os sons obtidos. Manter a força do
golpe constante. Identificar os 3 sons pulmonares à percussão e as áreas em que ocorrem. Comparar
o exame com pessoas magras, musculosas e obesas.
Percussão do tórax: hipersonoridade, submacicez e macicez.
REGISTRO DO EXAME NORMAL: Sons pulmonares normais e sem sinais de cardiomegalia

AUSCULTA PULMONAR
Conceitos:
A ausculta constitui o método semiótico por excelência da exploração clínica do tórax para o exame
dos pulmões.
Percorrer todo o tórax anterior e posterior, sempre comparando regiões homólogas
ERRO GROSSEIRO: auscultar o tórax POR CIMA de roupas.
Avaliar: a presença e a característica dos:
1. SONS NORMAIS.
Tipos: Som traqueal, respiração brônquica, respiração bronco-vesicular, murmúrio vesicular. Podem
estar: fisiológicos; aumentados; diminuídos; abolidos.
2. SONS ANORMAIS.
Tipos: - estertores finos (antiga crepitação) e estertores grossos - ronco, sibilo, estridor - atrito pleural
Podem ser:
a) presentes ou ausentes
b) inspiratórios ou expiratórios (proto, meso, tele, holo)
c) raros, poucos ou leves; moderados; muitos
d) móveis ou não com a tosse Podem estar: - difusos ou localizados em uma determinada região do
pulmão Podem evoluir: - aumentando, diminuindo, inalterados Podem cursar ou não com esforço
respiratório

Material: Estestocópio
Procedimentos:
Antes e após examinar um paciente lave as mãos.
Colocar o paciente em posição assentada.
Colocar corretamente as olivas do estetoscópio nas orelhas.
Solicitar ao paciente que respire lenta e profundamente, com a boca aberta.
Iniciar o exame pelos ápices e ir deslocando o estetoscópio em direção às bases.
Compara-se um lado com o outro, observando-se os sons pulmonares fisiológicos e a presença de
ruídos adventícios (extras, anormais).
Observam-se também as fases de inspiração ou de expiração e se há prolongamentos dela.
REGISTRO DO EXAME NORMAL: Murmúrio vesicular fisiológico sem ruídos adventícios

Prática simulada: Ausculta pulmonar – pratique com pessoas que estão próximas a você.
2.1 Sons pulmonares normais: traqueal, broncovesicular, murmúrio vesicular (L1, L2)
2.2 Sons contínuos: sibilos (L3, L4), roncos (L7), estridor (L8), som bronquial (L11), atrito pleural (L14)
2.3 Sons descontínuos: crepitações finas (L5), crepitações grossas (L6, L12)
2.4 Ausculta da voz: egofonia (L15), pectorilóquia (L16)
Aparelho Digestório
INSPEÇÃO
Regiões abdominais e projeção de órgãos na parede abdominal
Procedimento:
>> Antes e após examinar um paciente lave as mãos
- Solicite ao seu paciente para se deitar em decúbito dorsal e exponha cuidadosamente o abdome dele.
- Explique o procedimento ao seu paciente.
- Faça a ectoscopia do abdome e anote os dados que julgar importante.
- Identifique as regiões abdominais e a projeção dos órgãos nas paredes torácica e abdominal.
REGISTRO DO EXAME NORMAL: abdome plano, sem abaulamentos, cicatrizes ou hérnias.

AUSCULTA ABDOMINAL
Procedimento:
1. Deve ser realizada logo após a inspeção abdominal, para que as manobras de palpação e percussão
não influenciem no peristaltismo.
2. Usa-se o diafragma do estetoscópio, colocado nas diversas regiões do abdome.
3. Devem-se ouvir ruídos hidroaéreos a cada 5-10 segundos, de localização variável e inesperada. No
silêncio abdominal, deve-se auscultar pelo menos um minuto.
4. Os ruídos podem ser aumentados (ex: diarréia), peristaltismo de luta (obstrução intestinal) ou
diminuído e abolido (íleo paralítico).
REGISTRO DO EXAME NORMAL: peristaltismo (ou ruídos hidro-aéreos ou borburinho) presente e
fisiológico.

PALPAÇÃO DO ABDOME
Procedimento:
I. Palpação Superficial
1. Com uma mão espalmada, inicie a palpação superficial do abdome, observando atentamente, mas
de forma discreta, a fácies do seu paciente.
2. Inicie em um ponto do abdome e vá progredindo a palpação de forma contígua e uniforme, até
examinar toda a superfície do abdome e terminando no ponto onde iniciou a palpação.
3. Avalie a defesa abdominal para distinguir contratura abdominal voluntária da involuntária: para
cessar a contração voluntária, desvie a atenção do paciente: converse outros assuntos, solicite que
inspire e expire de forma rítmica ou peçalhe para flexionar as pernas. Empregue a manobra bi manual
para localizar defesa localizada da parede abdominal (com ambas as mãos espalmadas e colocadas
longitudinalmente, uma de cada lado e paralelas à linha alba, ir palpando em sentido craniocaudal.
Enquanto uma das mãos palpa uma região suspeita, a outra palpa a região contralateral equivalente,
em movimentos alternados e comparativamente). O abdome sem defesa é dito livre.
4. Identifique e examine os pontos dolorosos abdominais: xifoidiano, epigástrico, cístico ou biliar,
esplênico, ureterais, apendicular ou de McBurney.
5. Verifique o sinal de Murphy: ao comprimir o ponto cístico, pede-se ao paciente para inspirar
profundamente. Nesta hora, o diafragma abaixará o fígado, fazendo com que a vesícula biliar alcance
a extremidade do seu dedo. Nos casos de colecistite, esta manobra induz dor intensa obrigando ao
paciente interromper subitamente a inspiração. Este sinal não é patognomônico de doença na vesícula
biliar.
II. Palpação profunda
6. Repita o procedimento iniciando no mesmo ponto em que começou a palpação superficial, desta
vez aprofundando mais a mão e tentando identificar órgãos e massas (ou tumorações).
7. Utilize uma ou duas mãos (uma sobre a outra) para a palpação.
8. Ao encontrar órgãos e massas, observe se há dor e as suas características semiológicas.

III. Palpação do fígado


9. Garanta que o seu paciente fique relaxado o máximo possível
10. Posicione sua mão no umbigo e vá aproximando-a do rebordo costal, palpando o epigástrio e o
flanco e o hipocôndrio direitos.
11. A seguir coordenar a palpação com a respiração. Peça ao paciente para inspirar e expirar
profundamente. À expiração, ajuste a mão à parede abdominal. Na próxima inspiração, enquanto o
examinador tenciona a parede abdominal, sua mão é empurrada para cima, buscando detectar a borda
hepática com as faces ventrais e polpas digitais dos dedos mínimo, médio e anular ou com a face radial
do indicador.
12. Pode-se ainda colocar a mão esquerda no nível da loja renal direita forçandoa para cima e
aproximando o fígado da parede anterior do abdome.
13. Outra forma de palpação é colocar o paciente em decúbito semi-lateral esquerdo. O examinador
se volta para os pés do paciente, colocando a mão ou as mãos em garra sobre o hipocôndrio direito e
coordenando a palpação com a respiração como anteriormente descrito.

IV. Palpação do baço


14. Procede-se da mesma forma que descrito para o fígado, só que no quadrante superior esquerdo.

V. Manobras especiais
>> Manobra da descompressão súbita ou sinal de Blumberg.
15. Solicita-se ao paciente para observar atentamente em qual dos momentos ele sente mais dor: se
quando ―aperta‖ ou quando ―solta‖. Em crianças ou pacientes que não falam, observar os sinais de
dor na fácies do paciente. Esta observação também serve para você ―checar‖ a resposta do paciente.
16. Comprime-se lenta e progressivamente um ponto do que tenha se mostrado doloroso à palpação
geral do abdome. Ao atingir o máximo de compressão possível, aguardar alguns segundos e a seguir
retirar rapidamente a mão. Quando a dor é maior à descompressão descreve-se como sinal POSITIVO
e indica apendicite.
REGISTRO DO EXAME NORMAL: abdome livre, indolor à palpação superficial e profunda, sem massas
ou visceromegalias. Blumberg negativo.

PERCUSSÃO ABDOMINAL
Procedimento:
1. Utilizando a técnica dígito-digital, ir percutindo todas as regiões do abdome, de forma contígua.
2. Observar tanto o som (macicez, submacicez, timpanismo e hipertimpanismo – espaço de Traube)
quanto à presença/ausência de dor á palpação.
REGISTRO DO EXAME NORMAL: timpanismo fisiológico.

PERCUSSÃO DA PAREDE ABDOMINAL POSTERIOR


Punho percussão renal (Sinal de Giordano)
Procedimento:
1. Coloque o paciente assentado e com as pernas fletidas e para baixo na lateral do leito.
2. Com a mão fechada ou espalmada, com a face ulnar da mão vá golpeando, levemente, a parede
posterior do abdome, á direita e à esquerda da coluna, a partir do rebordo costal e em direção à crista
ilíaca, primeiro um lado depois o outro.
3. A reação de dor é chamada de sinal de Giordano positivo e indica inflamação renal.
REGISTRO DO EXAME NORMAL: Sinal de Giordano ausente ou negativo.

Um abdome normal pode ser descrito como: ―abdome plano, livre (ou indolor à palpação superficial
e profunda), sem massas ou visceromegalias palpáveis e com timpanismo e peristaltismo fisiológicos.
Giordano negativo.
Aparelho Locomotor
ROTEIRO DE EXAME FÍSICO - APARELHO LOCOMOTOR: MEMBROS
Exame articular, tendões e músculos: É necessário perguntar, antes do início do exame se há alguma
articulação que sente dor

1. Inspeção: Observar alterações de alinhamento, forma, volume, alteração da pele, deformidades e


atrofias musculares. Sempre comparando os dois lados.
2. Palpação: Observar se tumefação, calor,crepitações, pontos dolorosos.
3 Mobilização: Testar mobilidade e amplitude de movimentos. Passiva e ativa.

TESTES NAS ARTICULAÇÕES:


ATM: Indicadores do examinador dentro dos condutos auditivos do paciente. Pedir ao paciente para
abrir e fechar a boca. Testar abertura oral
Ombros: Abdução (180º.); flexão(90 a 180º.); extensão posterior(60º.);adução(75º.); rotação
externa(90º.). rotação interna(90º.; teste de Yergason
Cotovelos: Flexão(150º); extensão (0º); supinação e pronação (90º);Teste do cotovelo de tenista
Punhos e mãos: Flexão(80º); extensão (90º); desvio ulnar (30º); desvio radial (20º); pronação supinação
dos punhos; flexão (90º); extensão (30-40º), adução, abdução (40º); Sinal de Tinnel (nervo ulnar); Teste
de Phalen
Coxofemoral: Abdução (45º); adução(30º); flexão (120º); extensão (30º); rotação interna (45º) e
externa (35º); Teste de Patrick ou Fabere; Teste de Ortolani (no RN); Teste de Trendelenbrug (glúteo
médio)
Joelhos: Flexão(135º); extensão(0º); rotação (difícil); Sinal da gaveta
Tibiotársica: Flexão plantar(50º); flexão dorsal ou extensão (20º)
Pés: Inersão (adução e flexão); eversão (abdução e extensão); flexão; extensão das
metatarsofalangeanas

ROTEIRO DE EXAME FÍSICO- APARELHO LOCOMOTOR: COLUNA


1.Inspeção. Com o paciente em pé ereto deve-se observar o perfil da coluna em visão posterior,
anterior, lateral.
Cifose sacral; lordose cervical e lombar
2. Palpação Observar se tumefação, calor, pontos dolorosos palpando processos espinhosos, mastóide,
músculos
3. Mobilização Testar mobilidade e amplitude de movimentos.

TESTES DE MOBILIDADE
Coluna cervical:
Flexão
Extensão
Rotação esquerda e direita (60º.)
Lateralidade esquerda e direita (30º.)
Teste da distração (melhora da dor)
Manobra de Spurling: pressão sobre o topo da cabeça
Torácica
Rotação direita e esquerda (75º.)
Flexão
Extensão
Lateralidade esquerda e direita
Mobilidade costal: fita métrica ao nível da linha mamilar, medir em expiração e inspiração.Normal
aumentar 4 cm

Lombar
Flexão
Extensão
Rotação esquerda e direita (90º.)
Lateralidade esquerda e direita (35º.)
Teste de Schober: Paciente na posição ortostática é delimitado o espaço entre o processo espinhoso
de L5 e 10 cm acima; solicita-se ao paciente que faça uma flexão anterior da coluna, e mede-se
novamente.
Exame normal - aumentar pelo menos 5 cm

Aparelho Endócrino
ROTEIRO DE EXAME FÍSICO- TIREÓIDE
Inspeção geral do paciente
Observar comportamento e postura. Agitação, loquacidade, inquietude, ansiedade, sugerem
hiperfunção tireoidiana. Deve-se observar presença de tremores de extremidades, intolerância ao calor
ou frio, cansaço fácil.
Hipofunção tireoidiana pode estar relacionada a bradipsiquismo, desânimo, rouquidão. Observar
hidratação da pele, temperatura, alterações ungueais (descolamento ungueal – unhas de Plummer vs
unhas frágeis, com sulcos transversos). Avaliar reflexos.
Manifestações oculares: exoftalmo, proptose, irritação conjuntival, lacrimejamento, edema
subpalpebral, alterações de movimentação extrínseca? Lagoftalmo. Alterações cardiovasculares:
freqüência cardíaca, ritmo, pulsos. Presença de mixedema pré-tibial? Edema não compressível?

Inspeção: Observar alterações forma, volume, mobilidade à deglutição, aderências.


Palpação: Observar consistência, textura, presença de nódulos, determinar volume e dimensões,
presença de linfonodos. Abordagem anterior: examinador em frente ao paciente, palpação da
glândula com os polegares. Abordagem posterior: examinador atrás do paciente, afasta
externoicleidomastóideo para expor glândula à palpação da mão contralateral.
Flexão do pescoço pode auxiliar exposição da glândula, por relaxar músculos do pescoço.
Mobilização: Testar mobilidade e amplitude da glândula com a deglutição a seco.

Ausculta da Tireóide: Utilizar o estetoscópio para auscultar a glândula.


Aparelho Neurológico
INTRODUÇÃO AO EXAME NEUROLÓGICO
Conceitos: É de extrema importância que todo médico, independente de sua especialidade, saiba fazer
um exame neurológico suficientemente bom para o diagnóstico tanto de emergências neurológicas
quanto para de associação de lesões neurológicas decorrentes ou causais do quadro clinico em
avaliação. Na disciplina de semântica II estaremos introduzindo algumas habilidades para exame
neurológico que serão melhor entendidas e aperfeiçoadas na Semiologia Médica tanto pediátrica
quanto do adulto.

Um exame neurológico sumário pode ser feito pelas etapas como abaixo:
I) Estado de consciência mental - Escala de Glasgow
II) Equilíbrio dinâmico e estático
III) Sensibilidade / audição
IV) Motricidade - Força e tono musculares - Coordenação motora
V) Avaliação de sinais de irritação meníngea (meningismo)
VI) Reflexos e pares cranianos

AVALIAÇÃO DO ESTADO DE CONSCIÊNCIA


Conceitos: Do ponto de vista neurológico, trata-se da avaliação da:
1. Orientação no tempo e no espaço
2. Memória
3. Fala e Linguagem

Procedimento: Antes e após examinar um paciente lave as mãos


1. Orientação no tempo e no espaço
Pergunta-se ao paciente se ele sabe onde está e qual a data de hoje.

2. Memória
1. Observa-se a sequência lógica e cronológica da anamnese
2. Fala-se o nome de três objetos simples e solicita-se ao paciente para repeti-los (relógio, óculos, livro
– p.ex.)

3. Fala e Linguagem
1. Observa-se as palavras e a construção de frases utilizadas pelo paciente durante a anamnese.
2. Pede-se ao paciente para dar o nome de dois objetos apresentados a ele
3. Solicita-se ao paciente para repetir uma breve frase.

4. Prova dos três comandos: peça ao paciente para fazer três coisas em seqüência e observe, Ex:
―pegue o papel com a mão direita, dobre-o ao meio e coloque-o sobre a mesa‖.
5. Pede-se ao paciente para ler e executar uma frase escrita em um papel.
6. Pede-se ao paciente para escrever o nome ou uma frase própria qualquer em um papel.
7. Avaliar a voz, avaliar a lógica do discurso, se há distúrbios de articulação das palavras, de troca de
letras ou se fala o nome dos objetos corretamente. – Disfonia ou afonia – Dislalia – Disartria – Disfasia

4. Escala de Glasgow convencional


Este modelo pode ser utilizado a partir e 3-4 anos de idade:
- Deve -se avaliar sempre a melhor resposta e do melhor lado. Varia de 15 (normal) a 3 pontos (coma
profundo)
Abertura ocular (ptos)
Espontânea (4)
Ao comando verbal (3)
À dor (2)
Não abre (1)
Resposta verbal (pts)
Orientado - Conversa (5)
Confuso - conversa (4)
Palavras desconexas (3)
Sons incompreensíveis (2)
Nenhuma (1)

Resposta motora (pts)


Obedece a comandos (6)
Localiza a dor (5)
Retira o membro (4)
Reage c/ flexão – decorticação (3)
Reage c/ extensão – descerebração (2)
Não reage – (1)

REGISTRO DO EXAME NORMAL: CONSCIENTE, COLABORATIVO, ORIENTADO NO TEMPO E NO ESPAÇO


EQUILÍBRIO DINÂMICO E ESTÁTICO
Procedimento: Antes e após examinar um paciente lave as mãos
A) Dinâmico:
1. Observe a marcha do paciente ao adentrar o consultório.
2. Posicione-se em uma das extremidades de seu consultório e peça ao paciente para ir e voltar em
linha reta na direção oposta.
B) Estático: OBS >>Cuide de proteger o paciente de possíveis quedas.

Sinal de Romberg: Solicite que o paciente fique em ortostatismo com um pé ao lado do outro e estenda
ambos os braços para frente à altura dos ombros. Peça que a seguir ele feche os olhos. Pequenas
oscilações do corpo são notadas. Se houver desequilíbrio e forte tendência á queda, o sinal de Romberg
é positivo.
Solicite que o paciente fique em ortostatismo com o calcanhar de um encostado nos dedos do outro
pé e estenda ambos os braços para frente à altura dos ombros. Peça que a seguir ele feche os olhos. 3.
Solicite que o paciente fique em ortostatismo sobre um pé só. Peça que a seguir ele feche os olhos.

REGISTRO DO EXAME NORMAL: EQUILÍBRIO NORMAL OU PRESERVADO


AVALIAÇÃO MOTORA
Avaliação do trofismo muscular.: Inspeção e medida da circunferência dos braços, antebraços, coxas e
pernas. Atrofias ou hipotrofias musculares: primária ou miogênica, desuso, parietal. Hipertrofia e
pseudo-hipertrofia.
Conceitos:
HIPOTONIA: observam-se o achatamento das massas musculares, consistência muscular diminuída,
passividade aumentada, extensibilidade aumentada e prova de balanço com exageradas ocilações.
HIPERTONIA: consistência muscular aumentada, passividade diminuida, extensibilidade diminuida e
prova de balanço com reduzidas oscilações.
As alterações podem ser globais ou focais (um membro, um hemicorpo, mmss, mmii, etc.)

Procedimentos:

Antes e após examinar um paciente lave as mãos.

A) Força e tono musculares


Tono muscular: Consistência muscular. Examina-se o tono muscular através da:
a) palpação: observar a flacidez ou o enrijecimento anormal de cada músculo;
b) balanceio do segmento distal, através do proximal — balança-se as duas mãos, solicitando do
paciente que as relaxe o mais possível;
c) extensão passiva: estende-se o mais possível alguns grupos musculares
1.Verifique os movimentos espontâneos dos MM e palpe a consistência das massas musculares
2. Imprima movimentos de flexão e extensão dos membros observando-se e palpando-se as massas
musculares.
Avalie:
- a passividade >> se há resistência aumentada (tono aumentado) ou diminuída (tono diminuído)
- a extensibilidade >> se existe exagero (tono diminuído) ou diminuição (tono aumentado) do grau de
extensibilidade da fibra muscular.
3. Solicite ao paciente que aperte com cada uma de suas mãos os seus dedos indicador e médio e
observe a força e o grau de dificuldade de retirar os dedos.
4. Solicite ao paciente que levante um pouco ambos os MMSS e os sustente no ar por algum tempo e
observe. Faça o mesmo com os MMII. Avalie braço, antebraço, mão, coxa, perna e pé.
5. Peça ao paciente para repetir os movimentos acima, mas desta vez faça com suas mãos uma
―resistência‖ dificultando os movimentos e observe. Avalie braço, antebraço, mão, coxa, perna e pé.

Quantificação da força muscular (detecção de paresia, plegia)

Classificação

0 - sem contração
1 - detecta-se ligeira contração
2 -movimento é eliminado pela gravidade
3 -move-se contra a gravidade
4 -move-se contra pequena resistência
5 -move-se contra forte resistência

Prova de Mingazzini
MMSS: adução braço em direção ao tronco; abdução; flexão do antebraço; extensão antebraço; flexão
dos dedos das mãos; abdução dos dedos; apetar a mão do examinador; extensão do punho
MMII: elevar a coxa; extender a perna; tentar aproximar joelhos ; tentar afastar joelhos; flexão dorsal
do pé;extensão do pé;

REGISTRO DO EXAME NORMAL: TONO E FORÇA MUSCULAR PRESERVADOS, SEM DÉFCITS FOCAIS.

B) Coordenação motora
1. Peça o paciente que estique um MS na altura dos ombros e dobre o outro, mantendo o cotovelo na
mesma altura e encostando a ponta do indicador estendido na ponta do nariz. Peça que alterne os
movimentos uma hora esticando outra dobrando alternadamente os membros. Peça que continue com
os olhos fechados e com mais velocidade.
2. Solicite ao paciente que encoste o dorso de uma mão (em supinação) sobre a coxa ipsilateral e a
palma da outra mão (em pronação) sobre a coxa ipsilateral. Peça que alterne os movimentos
aumentando a velocidade progressivamente e fechando os olhos.

REGISTRO DO EXAME NORMAL: BOA COORDENAÇÂO MOTORA

SINAIS DE IRRITAÇÃO MENÍNGEA

Procedimentos: Antes e após examinar um paciente lave as mãos.


Conceitos: As meninges, quando inflamadas ou irritadas (punção, sangue), dificultam os movimentos
de sua extensão tanto pela dor quanto por defesa involuntária, chegando a deixar o paciente rígido
impedindo totalmente a flexão da coluna.
1. Observe se há rigidez de nuca: coloque o paciente em decúbito dorsal de solicite que ele deite a
cabeça sobre sua mão e relaxe. Explique que ele não deverá fazer movimentos, só você. Distraia a
atenção do paciente e promova a flexão súbita mas cuidadosa do pescoço, levando o queixo do
paciente em direção do tórax. Se houver meningismo você não conseguirá fazer o movimento. Se, além
disso, o paciente fletir os MMII, é considerado sinal de Brudzinski positivo.
2. Sinal de Kernig: melhor avaliado em crianças. Paciente em decúbito dorsal, joelhos em extensão.
Com uma das mãos, levante o tronco até verticalizá-lo, mantendo com a outra mão o joelho em
extensão. Em caso de irritação meníngea, o joelho se flete mesmo contra a pressão das mãos.
3. Sinal de Lasègue: com o paciente em decúbito dorsal, flexione um dos membros, levando a coxa e o
joelho em direção ao abdome e a perna em direção à cocha, enquanto o outro MI mantém-se
estendido. Se o paciente sentir dor ou sensação de ― choque na base da coluna ou ao longo do trajeto
do nervo ciático, tentando impedir o movimento, o sinal é considerado positivo.

ROTEIRO DE EXAME FÍSICO - Sistema genitourinário

1.Inspeção geral do paciente


• Grau de hidratação, se edemas, coloração de mucosas, avaliação da massa
muscular
• Dados vitais: PA, FR,
• Atritos pericárdico, pleural,
2. Palpação renal e pontos ureterais
• Normalmente não são palpáveis (exceto: magros e indivíduos idosos devido do
tônus muscular e elasticidade), são indolores, duros e de consistência
parenquimatosa.
• Métodos: O paciente em decúbito dorsal. Colocar uma mão contrária ao rim à ser
examinado no ângulo lombocostal, exercendo pressão de trás para frente,
enquanto a outra mão, espalmada sobre o abdome abaixo do rebordo costal,
procura sentir e pinçar o pólo inferior do rim na inspiração.Para a palpação dos
pontos ureterais deve exercer pressão leve sobre a região para vertebral bilateral
• Opção para palpação renal: decúbito lateral contrário ao rim examinado
3. Percussão renal
• Com o punho cerrado deve exercer pressão moderada sobre o ângulo costo
condral bilateral
• Opção: percutir sobre a mão do avaliador
4. Palpação da bexiga
5. Genitália feninina (externa)
• Método: Separe os lábios com uma mãos e palpe com a outra. Consistência mole.
Se houver massa ou lesão: palpe para determinar tamanho, forma e
consistência.verificar se edema e aumento da sensibilidade = palpe glândulas de
Bartholin. - Insira o dedo cuidadosamente no intróito posterior da cliente e coloque
o polegar ao longo da margem lateral do lábio edemaciado ou dolorido. Aperte
delicadamente o lábio. - Indicativo de infecção = coletar cultura de qualquer
secreção vaginal/ureteral
6. Genitália masculina
• Pênis: deslocar o prepúcio para expor a glande. Prepúcio = alterações (fimose e
parafimose) Verificar a glande, corpo do pênis = ulcerações, inflamações, edema,
nódulos ou secreções.
• Meato Uretral Estenose = abertura insuficiente do meato. Hipospádia = meato face
ventral o pênis Epispádia = meato face dorsal o pênis
• Bolsa escrotal e testículos: Se hidrocele, se varicocele. Palpe os testículos entre o
polegar e os dois primeiros dedos. Avaliar = tamanho, formato, resposta à
compressão. Normal = mesmo tamanho, mobilidade na bolsa escrotal e ter
consistência de borracha. Ausência?
• Palpe os dois cordões localizados acima de cada testículo. Palpe a base do
epidídimo até o canal inguinal.
7. Pesquisa de hérnias inguinais
• Introduzir o dedo indicador, invaginando a pele escrotal, e seguir o cordão
espermático, até encontrar o anel inguinal externo, de formato triangular. Peça ao
paciente para tossir ou fazer força e pesquise eventuais massas colidindo contra
o dedo. Hérnia inguinal direta = origina-se acima do ligamento inguinal, próximo ao
anel inguinal externo fazendo compressão lateral no dedo indicador. Hérnia
inguinal indireta = origina-se acima do ligamento inguinal, no anel inguinal interno,
fazendo compressão na ponta do dedo indicador.
8. Exame de próstata
• Método: Calçar luvas e usar sabonete líquido/lubrificante. Posição adequada:
Lateral esquerda (Sims); Posição genopeitoral ; Posição de decúbito supino
• Avaliar:Tamanho, consistência, superfície, sulco mediano, mobilidade,
nodulações, sensibilidade. Colher secreção peniana a expressão

ROTEIRO DE EXAME DO SISTEMA HEMOLINFOPOIÉTICO

ECTOSCOPIA
1. Mucosas
• Conjuntival, oral: se coradas, se icterícia, se petéquias
2. Fâneros
• Unhas-se quebradiças, se estrias longitudinais, se unhas em forma de colher
(coloníquia)
• Cabelo: se quebradiços, escassos
3. Cavidade oral
• Língua: se lisa, ulcerações, glossite
• Gengivas: se sangramentos, se hipertrofia
• Lábio: se queilite
4. Pele
• Úlceras
• Petéquias, equimoses,
EXAME DOS LINFONODOS
Cadeias:
Grupo ganglionar da cabeça e pescoço: auriculares anteriores e posteriores, occipitais,
amigdalianos, parotídeos, submandibulares, submentonianos, cervicais superiores,
cervicais posteriores, supraclaviculares, jugulodigástrcio, juguloomoióideo
Grupo ganglionar das axilas: supraclaviculares, infraclaviculares, axilares,
epitrocleares
Grupo ganglionar das virilhas: inguinal superficial, inguinal profundo, poplíteos
1. Localização: utilizando termos anatômicos próximos
2. Tamanho: se possível estimar em cm
3. Bordas: se nítidas, se irregulares
4. Consistência: endurecido, fibroelástico, mole
5. Mobilidade: verificar deslizamento, se móvel, aderido
6. Sensibilidade: se doloroso ou não.
7. Cor e lesões na pele local
EXAME DO BAÇO
1. Inspeção
2. Percussão- até abaixo do espaço de Traube
3. Palpação. Bimanual ou simples. Posição de Schuster

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