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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU

ASMA FELINA: RELATO DE CASO

Alessandra Gabriele Borges Dedoni


Daise de Sena Dias
Lethicia de Carvalho Gomes
Natália Dworachek Asencio
Rafaela Dias Dallago

Orientadora: Vanessa Aparecida Feijó

São Paulo
2023
UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU

ASMA FELINA

Alessandra Gabriele Borges Dedoni


Daise de Sena Dias
Lethicia de Carvalho Gomes
Natália Dworachek Asencio
Rafaela Dias Dallago

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Universidade São Judas Tadeu como parte das
exigências para obtenção de grau de Medicina
Veterinária.

Orientador(a): Prof. Vanessa Aparecida Feijó

São Paulo
2023
RESUMO

A asma felina é uma doença do trato respiratório posterior, que recebe esse nome
por se assemelhar à asma humana, desencadeando uma reação de
hipersensibilidade do tipo l após contato com o alérgeno, podendo ser ele poeira,
areia sanitária, pólen, perfumes, incensos, fumaças e/ou spray aerossol. O processo
alérgico desencadeado resulta em tosse, espirros, sibilos, produção de muco,
variando de alterações brandas a graves. Devido à angústia respiratória, o felino
tende a se manter em posição ortopneica, buscando conforto respiratório. O
diagnóstico é realizado através de radiografia torácica, junto ao exame físico e
hemograma, porém podem ser realizados outros exames para exclusão de
diagnósticos diferenciais, como coproparasitológico, broncoscopia, lavado
broncoalveolar, tomografia computadorizada, e teste de função pulmonar. O
tratamento se baseia na utilização de broncodilatadores, corticosteróides e, em
casos de crise, oxigenoterapia, o manejo ambiental também é necessário e
acompanhamento constante do paciente.

Palavras-chave: Asma, alergia, dispnéia, posição ortopneica.


ABSTRACT

Feline asthma is a disease of the posterior respiratory tract, it receives this name
because it resembles human asthma, triggering a type I hypersensitivity reaction
after contact with the allergen, which may be dust, sanitary sand, pollen, perfumes,
incense, fumes and/or aerosol spray. Contact with the allergen results in coughing,
sneezing, wheezing, mucus production, ranging from mild to severe changes, due to
respiratory distress the feline tends to remain in an orthopneic position, seeking
respiratory comfort. The diagnosis is made through chest radiography, along with the
physical examination and blood test, but other tests can be done to exclude
differential diagnoses, such as coproparasitological examination, bronchoscopy,
bronchoalveolar lavage, computed tomography, pulmonary function test. Treatment is
based on the use of bronchodilators, corticosteroids and, in cases of oxygen therapy
crisis, environmental management is also necessary and constant monitoring of the
patient.

Keywords: Asthma, allergy, shortness of breath, orthopneic position.


SUMÁRIO

1. Introdução……….….…………………………………………………………………...6

2. Fator desencadeante……………………………………………………………….…7

3. Sintomatologia…………………………………………………………………………9

4. Diagnóstico…………………………………………………………………………… 10

4.1. Exame físico………………………..………………………………………………….10

4.2. Achados hematológicos ……………………...………………………………………10

4.3. Coproparasitológico……………………………………...……………………………11

4.4. Radiografia……………………………………………………………………………..11

4.5. Tomografia computadorizada………………………………………………...………13

4.6. Broncoscopia…………………………………………………………………………..14

4.7. Lavado broncoalveolar………………………………………………………………..14

4.8. Identificação de alérgenos……………………………………………………………16

4.9. Teste de função pulmonar…………………………………………………………… 16

5. Diagnóstico diferencial e de exclusão………………………………………….. 17

6. Tratamento……………………………………………………………………………. 18

7. Prognóstico...……...………………………………………………………………… 21

8. Relato de caso………………………...…………………………………………….. 22

9. Conclusão…………………………………………………………………………….. 25

Referências bibliográficas………………………………….…………………………...26

Anexos………………………………………………………………………………………27
6

1. INTRODUÇÃO

Entre as doenças mais comuns do trato respiratório posterior em felinos está


a asma felina (DECIAN, 2019). Estima-se que de 1% a 5% da população felina
desenvolve a doença ao longo da vida, sendo normalmente encontrada em animais
mais jovens, de meia idade e na raça siamês (IGNÁCIO et al, 2018). Os felinos são
a única espécie a desenvolver uma doença respiratória que se assemelha à asma
humana (DECIAN, 2019). A anatomia do trato respiratório inferior desta espécie cria
um ambiente favorável para a manifestação dos sinais clínicos. Os felinos possuem
menor diâmetro brônquico comparando seu tamanho corporal com outras espécies;
maior quantidade de músculo liso na parede brônquica; maior distribuição de
cartilagem elástica; e maior quantidade de mastócitos, células globulares e
glândulas da submucosa (IGNÁCIO et al, 2018).

A asma felina é uma afecção caracterizada por causar inflamação do trato


respiratório posterior e é associada a fatores alérgicos (DECIAN, 2019), como
poeira, areia sanitária, fumaça de cigarro e lareiras, pólen, poluentes ambientais,
agentes infecciosos e fatores genéticos (IGNÁCIO et al, 2018). Estes fatores
alérgicos causam uma reação de hipersensibilidade do tipo l, que leva a uma
cascata de inflamação, resultando no estreitamento das vias respiratórias (DECIAN,
2019). Esta broncoconstrição é reversível, podendo se anular espontaneamente ou
com a administração de broncodilatadores (SCHIFFERLI, 2022).

Este trabalho tem como objetivo realizar um levantamento teórico sobre a


asma felina, cujo diagnóstico exige conhecimento sobre sua sintomatologia, sinais
clínicos e leitura correta dos exames complementares, pois não possui
características patognomônicas podendo ser erroneamente diagnosticada. O
presente trabalho traz informações sobre essa doença respiratória a fim de facilitar
o diagnóstico do médico veterinário e direcionar o paciente a um tratamento mais
adequado proporcionando qualidade de vida.
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Revisão de Literatura

2. Fator desencadeante

A asma é caracterizada por um quadro alérgico decorrente da resposta


inflamatória exacerbada frente a determinados agentes agressores. Ao inalar os
possíveis alérgenos, é desencadeada uma reação de hipersensibilidade do tipo l. As
células dendríticas fazem o reconhecimento, e, posteriormente, os linfócitos I
inativos reconhecem o antígeno, esse encontro resulta na produção de linfócitos
Th2, que secretam interleucinas específicas como IL-4, IL-5 e Il13. A IL- 5 é
responsável pelo recrutamento e ativação dos eosinófilos, sendo que a
degranulação destas células causa alterações no epitélio de revestimento das vias
aéreas através da liberação de peroxidases, proteínas básicas e catiônicas
(citotóxicas). A IL-4, por sua vez, é responsável por estimular linfócitos B a produzir
IgE alérgeno específico (Figura 1), (TIZARD , 2014).

Figura 1. Hipersensibilidade imediata, produção de IgE e eosinófilos.

Fonte: TIZARD , 2014.


8

Figura 2. Acoplamento de IgE ao mastócito e degranulação de moléculas pró-inflamatórias.

Fonte: TIZARD , 2014.

Posteriormente, quando o felino volta a ter contato com o alérgeno, o IgE


presente na superfície do mastócito se liga ao antígeno e desencadeia a
degranulação de mastócitos, levando à liberação de histamina e leucotrienos que
iniciam o processo de contração da musculatura lisa e aumento da permeabilidade
vascular (TIZARD, 2014).
Como resultado destes eventos inflamatórios, ocorre hipertrofia e hiperplasia da
musculatura lisa das vias aéreas, metaplasia e proliferação do epitélio respiratório e,
por fim, hiperplasia das glândulas caliciformes e submucosas com aumento da
viscosidade e do volume de muco secretado (figura 2) (SCHIFFERLI, 2022).

Figura 3. Imagem demonstrando as alterações em bronquíolos decorrentes da asma. É


possível visualizar a constrição da mucosa e a presença de muco.

Fonte: Cornell Feline Health Center, 2014.


9

3. Sintomatologia

As manifestações clínicas mais frequentes são tosse, sibilo, respiração


ruidosa, taquipnéia e/ou dispneia, posição ortopneica e outras alterações como
angústia respiratória. As alterações podem ser mais graves ou mais brandas entre
os pacientes, sendo um fator importante o tempo que o tutor leva para procurar
ajuda médica. Em alguns casos os tutores confundem as crises de tosse com vômito
ou regurgitação, devido à posição ortopneica adotada pelo animal na busca de
conforto respiratório somado ao esforço abdominal. Os ruídos podem se assemelhar
(DECIAN, 2019).

Frequentemente os tutores chegam à clínica com queixas como letargia,


intolerância a exercícios, vômito (que pode ser ocasionado pelo esforço abdominal
feito durante as crises de tosse paroxística) e postura atípica, sem sequer mencionar
alterações respiratórias (DECIAN, 2019). As crises asmáticas podem se assemelhar
com casos de bronquite crônica (DECIAN, 2019). Os felinos podem ter mais de um
tipo de bronquite, mas nem sempre é possível diferenciar os tipos da doença
brônquica presentes sem o uso de testes sofisticados de função pulmonar (SILVA et
al, 2011).

As manifestações clínicas são lentamente progressivas (IGNÁCIO et al,


2018). Em crise, os animais podem apresentar posição ortopneica (decúbito
esternal, patas dianteiras abertas, pescoço esticado – figura 3), respiração oral com
ruídos respiratórios, sibilos ou chiados (DECIAN, 2019), protrusão lingual, cianose
devido à falta de oxigenação dos tecidos periféricos (IGNÁCIO et al, 2018), a fase
expiratória se torna prolongada devido à broncoconstrição. Em casos crônicos pode
haver alteração na conformidade do tórax, que toma forma de barril e a
complacência pulmonar se torna reduzida (SCHIFFERLI, 2022).

Figura 4. Gato em posição ortopneica para tossir.

Fonte: Adaptado de NORSWORTHY, 2009.


10

4. Diagnóstico

O diagnóstico para a asma felina exige uma leitura adequada dos sintomas
apresentados, anamnese, exames clínicos e complementares, pois não existe fator
patognomônico que auxilie no diagnóstico da doença (BARROS, 2022). É
indispensável que o veterinário esteja atento à somatória de fatores. Exames
complementares são essenciais para concluir o diagnóstico, deve ser solicitado ao
menos radiografia torácica e hemograma e caso o tratamento não esteja surtindo
melhora ao estado clínico do paciente é necessário fazer exames para exclusão de
um possível diagnóstico diferencial como tomografia, lavado traqueal ou
broncoalveolar e broncoscopia, para que se possa esclarecer o quadro e descartar
outras afecções (DECIAN, 2019).

4.1. Exame físico

Entre os períodos de crise, os felinos podem se apresentar assintomáticos, o


que pode dificultar o exame clínico (DECIAN, 2019), já que o diagnóstico é baseado
principalmente por meio do exame físico e anamnese associados a radiografia
torácica, broncoscopia e lavado broncoalveolar.

Ao exame físico é possível observar uma respiração atípica, com fase


expiratória prolongada, posição ortopneica, na ausculta sibilos e crepitações, reflexo
de tosse positiva ao palpar a traqueia e o tórax pode estar abaulado pelo excesso de
ar que se acumula na região (BARROS, 2022).

4.2. Achados hematológicos

No leucograma, em 20% a 40% dos casos observa-se eosinofilia associada


aos casos de alergia (SCHIFFERLI, 2022), podendo haver ainda alterações
leucocitárias relacionadas ao estresse (BARROS, 2022) como (leucocitose,
neutrofilia, linfopenia, monocitose e eosinopenia) (LAURINO, 2009). Observou-se
em 37% dos casos um aumento de eritrocitose devido a hipoxemia crônica causada
pela insuficiência respiratória (SCHIFFERLI, 2022). No exame bioquímico é possível
11

observar uma hiperproteinemia causada pela inflamação crônica (SCHIFFERLI,


2022).

4.3. Coproparasitológico

É importante solicitar um exame coproparasitológico para descartar a


possibilidade de parasitas pulmonares como Aerulostrongylus abstrusus, Eucoleus
aerophilla ou Capillaria. Em regiões endêmicas para Dirofilaria immitis, é necessário
realizar o teste sorológico para excluir a possibilidade de infecção pelo parasita
(BARROS, 2022).

4.4. Radiografia

A radiografia geralmente permite a confirmação diagnóstica (BARROS, 2022),


porém cerca de 6% a 23% dos pacientes, não possuem alterações em suas
radiografias, sendo necessário o conjunto de outros exames e exame clínico para
definir o diagnóstico (SCHIFFERLI, 2022). A radiografia pode ainda ter resultados
diferentes dependendo de quem a interpreta e lauda. O que se espera encontrar na
radiografia desses pacientes é uma hiperinsuflação (mais facilmente visualizado na
projeção lateral e é identificado pelo aumento da distância entre a silhueta cardíaca
e o diafragma (SCHIFFERLI, 2022) (Figura 4) com padrão bronquial ou
broncointersticial (BARROS, 2022).

O padrão bronquial é caracterizado pela presença de linhas em corte


longitudinal, e a pneus em corte transversal (Figura 5). Esta aparência se deve à
presença de líquido e de células presentes no interior das paredes dos brônquios e
em seus tecidos adjacentes como vasos sanguíneos aumentando a radiodensidade
desta região. O padrão broncointersticial se associa a infiltração celular, mas nesse
caso é encontrado no parênquima pulmonar (SCHIFFERLI, 2022).
12

Figura 5. Radiografia torácica lateral de gato apresentando padrão bronquial e pulmão


hiperinsuflado.

Fonte: Adaptado de ROZANSKI, 2017.

Segundo Padrid (2010), cerca de 15% dos animais com doença brônquica
crônica apresentam um colapso de lobos pulmonares, mais frequentemente no lobo
médio pulmonar direito, na radiografia essa alteração é melhor observada na
projeção ventrodorsal e dorsoventral, e se caracteriza pelo aumento e densidade do
lobo pulmonar. Esta alteração ocorre devido à formação de um tampão mucoso que
obstrui a entrada do brônquio correspondente, impedindo a passagem de ar e,
consequentemente, ocasionando atelectasia pulmonar (SCHIFFERLI, 2022).

Figura 6. Projeção radiográfica laterolateral (a) e dorsoventral (b), observa-se moderado


padrão brônquico difuso.

Fonte: JOHNSON, 2020.


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4.5. Tomografia computadorizada

Um exame extremamente eficiente para diagnosticar a asma felina é a


tomografia computadorizada, pois seus cortes não possuem sobreposição. Neste
exame é possível visualizar e medir o espessamento das paredes brônquicas,
regiões atelectásicas do pulmão, tampões de muco dentro dos brônquios,
hiperinsuflação pulmonar e padrões pulmonares alterados (SCHIFFERLI, 2022). É
possível ainda visualizar a aparência do diafragma, que se parece achatado, pode
indicar aprisionamento alveolar, que é característico da asma brônquica felina
(BARROS, 2022).

Apesar da eficácia desse exame, ele possui alguns aspectos que inviabilizam
sua utilização, como a necessidade de anestesia geral, pois os cortes feitos através
da TC exigem que o paciente fique imóvel e os movimentos respiratórios podem
interferir na qualidade da imagem e ocasionar artefatos de imagem, modificando,
assim, a interpretação do exame. Ainda depende de fatores como disponibilidade de
locomoção e financeira do tutor (SCHIFFERLI, 2022).

Figura 7. Imagem comparativa de radiografia e tomografia computadorizada do tórax de 2


pacientes felinos com asma. Imagens A e B realizadas em posição laterolateral e TC em
corte transversal. Ambas demonstram felinos com padrão pulmonar broncointersticial difuso.

Fonte: TRIZIL, 2019.


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4.6. Broncoscopia

A broncoscopia é a avaliação direta das vias aéreas, em que um endoscópio


de calibre reduzido é utilizado. O animal precisa ser submetido a anestesia geral
intravenosa, pois o endoscópio obstrui as vias aéreas, podendo levar o animal a
uma queda de saturação. Para reduzir os riscos, se recomenda a administração de
terbutalina, na dose de 0,01 mg/kg por via subcutânea (SC), que é um
broncodilatador agonista Beta-adrenérgico, e uma pré-oxigenação do paciente antes
do procedimento, devido a esse ponto não é muito utilizada para concluir o
diagnóstico de asma felina, é uma opção para excluir diagnósticos diferenciais em
casos de animais que não melhoram com o tratamento agressivo a base de
corticosteróides no prazo de 6 a 10 dias (SCHIFFERLI, 2022).

Neste exame, pode-se observar a hiperemia, grau de patência, nível de


viscosidade e quantidade de muco existente, colapso, além de existência e
localização de massas ou corpos estranhos. Encontrando fatores como hiperemia e
muco, sendo sinais da asma felina (BARROS, 2022). Através deste método é
possível coletar amostras e auxiliar na realização de lavado broncoalveolar
(SCHIFERLI, 2022).

4.7. Lavado broncoalveolar

Este procedimento vem sendo utilizado com cada vez mais frequência para
coletar amostras das vias aéreas e para posterior realização de exames citológicos e
cultura e antibiograma. Com as amostras obtidas é possível fazer a diferenciação de
doenças de origem alérgica, infecciosa ou células tumorais. Esta técnica pode ser
realizada com o auxílio da broncoscopia ou às cegas (SCHIFFERLI, 2022). Também
exige que o animal esteja intubado para evitar broncoaspiração, são necessárias 2 a
4 horas antes da realização da anestesia para a coleta o uso de terbutalina (0,01
mg/kg por via subcutânea), deve ser administrado para evitar broncoespasmo que
pode ocorrer pelo procedimento (BARROS, 2022).
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A coleta utilizando o broncoscópio exige que a parte externa do endoscópio


esteja o mais esterilizada possível, evitando que encoste nas mucosas oral e
respiratória, para não promover a contaminação da amostra coletada, a ponta do
endoscópio deve ser inserida no menor brônquio possível e a solução salina estéril
deve ser injetada, cerca de 3ml a 5ml, e rapidamente aspirada. É importante aplicar
a técnica em pelo menos dois brônquios diferentes para ampliar as chances de
coletar células sugestivas do diagnóstico feito (SCHIFFERLI, 2022).

A coleta sem o broncoscópio é feita com a ajuda de uma sonda endotraqueal


estéril, acopla-se um cateter urinário estéril ou um adaptador de seringa estéril, a
sonda precisa ser inserida até o ponto onde se sinta resistência, injeta-se uma
solução salina estéril, aproximadamente 5ml, e para que não haja riscos de
afogamento, é rapidamente aspirado de volta com a amostra, esse procedimento
deve ser repetido duas vezes (BARROS, 2022).

Enquanto gatos saudáveis apresentaram maior quantidade de macrófagos


alveolares na citologia, gatos asmáticos apresentaram maior quantidade de
eosinófilos (Figura 8). Este quadro também é presente em casos parasitários, por
esse motivo é necessário fazer a diferenciação através de outros exames
complementares como coproparasitológico e cultura e antibiograma (SCHIFFERLI,
2022).

Figura 8. Células inflamatórias de uma amostra obtida de um lavado broncoalveolar


de um paciente com asma. Predominância de eosinófilos (setas brancas) e neutrófilos (setas
pretas).

Fonte: VENEMA; PATTERSON, 2010.


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4.8. Identificação de alérgenos

A identificação de alérgenos não é considerada como eficaz para o


diagnóstico de asma felina. O teste cutâneo intradérmico com sorologia específica
para IgE demonstrou que gatos com doenças respiratórias apresentam reações
positivas, porém animais com doenças cutâneas e/ou infestados por parasitas
também podem manifestar essa reação positiva, pois essa reação só indica
exposição a algum alérgeno, não especificamente a qual, tornando o exame ineficaz
para concluir o diagnóstico (SCHIFFERLI, 2022).

4.9. Teste de função pulmonar

A pletismografia barométrica de corpo inteiro é um teste que avalia a função


pulmonar que pode ser aplicada em gatos (figura 9). Utiliza-se uma caixa de acrílico
selada onde o felino é inserido e o tempo expiratório e os picos expiratórios e
inspiratórios são calculados. Aplica-se um bronco provocante, a adenosina
monofosfato (AMP), e se observa a reação do paciente, pacientes asmáticos
costumam ter reações mais sensíveis comparados a outros casos como bronquite
crônica felina e animais saudáveis. Estes resultados podem estar relacionados a
hiperresponsividade causada pela asma felina (SCHIFFERLI, 2022).

Figura 9. Felino na câmara de pletismografia, em um espaço adequado, para avaliar o


tempo de expiração e dos fluxos inspiratórios e expiratórios de pico.

Fonte: GARCÍA-GUASCH, 2009.


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5. Diagnóstico diferencial e de exclusão

Dentre os diagnósticos diferenciais estão parasitas pulmonares (por exemplo:


Aerulostrongylus abstrusus, Eucoleus aerophilla ou Capillaria), parasitas cardíacos
(Dirofilaria immitis), obstrução das vias aéreas (por exemplo, corpo estranho
brônquico, neoplasias, parasitas), bronquite crônica, pneumonia infecciosa
(bacteriana, viral, fúngica e parasitária), pneumotórax, derrame pleural,
tromboembolismo pulmonar e insuficiência cardíaca congestiva (ICC). Por este
motivo, a realização se faz necessária a fim de confirmar a hipótese diagnóstica
(BARROS, 2022).
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6. Tratamento

O tratamento da asma felina é focado em controlar a inflamação das vias


aéreas, que, devido aos alérgenos, é constante, é necessário prevenir ou reduzir ao
máximo os quadros de dificuldade respiratória. A terapia se baseia em
suplementação de O², redução da contração da musculatura lisa que causa
broncoconstrição utilizando broncodilatadores, e o controle da reação inflamatória
que é realizado à base de corticosteróides (DECIAN, 2019).

Pacientes com sintomas agudos devem ser tratados continuamente com


broncodilatadores, não como monoterapia, pois a inflamação é crônica, tendo
sintomatologia ou não o tratamento com corticosteróides é contínuo (JERICÓ, 2014).

O anti-inflamatório de escolha costuma ser prednisolona, por via oral, nas


doses de 5,0 mg/gato ou 1,0 a 2,0 mg/kg, a cada 12 horas, e deve ser realizada
durante 5 a 10 dias. Após este período, deve-se fazer a redução gradual da dose
para que o animal receba até 0,5 mg/kg a cada quarenta e oito horas. O uso de
corticosteroides injetáveis de longa duração (acetato de metilprednisolona, 10 a 20
mg/animal, por via intramuscular, a cada duas a oito semanas) deve ser reservado a
pacientes em que não é possível administrar o fármaco de outra forma.
Corticosteroides inalatórios possuem respostas satisfatórias visto que agem sobre o
foco da inflamação nas vias respiratórias reduzindo os efeitos colaterais sistêmicos
(DECIAN, 2019).

Alguns pacientes podem apresentar dificuldade na administração dos


medicamentos devido ao comportamento, sendo necessário adaptar algumas
formas de administração como a aerossolizadas, que devem ser feitas por meio de
uma máscara de inalação (Figura 10). É possível manter o paciente dentro de uma
caixa de transporte vedada com uma entrada e uma saída de ar, assim ocorre a
inalação da medicação sem que seja necessário contenção física
(ETTINGER,2004). O fármaco normalmente utilizado nesse método é a fluticasona
(de 44 a 250 mcg, a cada 12 horas, conforme a gravidade de cada caso), podendo
ser usada isoladamente ou em associação a broncodilatador salmeterol (25 mcg).
Para ter certeza de que a medicação foi inspirada, o tutor deve se atentar a contar
de sete a dez respirações do paciente. Budesonida 400 mcg por inalador,
19

administradas a cada 12 horas, também se mostrou eficaz em controlar os sinais


clínicos (JERICÓ, 2014).

Broncodilatadores são fármacos agonistas de receptores 𝛃2, assim reduzindo


a broncoconstrição, reduzindo a obstrução das vias aéreas. Algumas reações
esperadas são estimulação do sistema nervoso central, tremores, taquicardia e
hipocalemia, por esse motivo alguns casos exigem um pouco mais de atenção,
como a administração em epilépticos ou com histórico de convulsões, diabéticos,
hipertireoideos, hipertensos e cardiopatas (DECIAN, 2019).

Terbutalina faz parte dessa classe medicamentosa que é encontrada de


forma a ser usada via parenteral (subcutânea, intramuscular ou intravenosa), na
dose de 0,01 mg/kg em situações de emergência, ou por via oral, na dose de 0,1-0,2
mg/kg a cada 8 a 12 horas, recomendado para animais que apresentam difícil
controle de suas manifestações clínicas (DECIAN, 2019).

Em casos de crise respiratória onde é necessário intervir de forma rápida, é


possível utilizar o salbutamol ou albuterol que é encontrado em forma de inalador,
possuindo sua ação entre 5 a 10 minutos, podendo durar de 3h a 4h. O processo
pode ser realizado de uma a duas vezes por dia, na dose de 90 a 100 mcg por
acionamento, quando necessário, devendo ser administrado antes da fluticasona. É
considerado uma mistura racêmica que pode causar inflamação das vias aéreas,
sendo assim seu uso contínuo não é indicado, usar apenas em crises respiratórias
(DECIAN, 2019).

Outra alternativa é o salmeterol associado a fluticasona, em forma de inalador.


Sua ação é potencializada e dura até 24h no organismo, sendo o fármaco de
escolha para a manutenção do tratamento (doses de 25 mcg por acionamento)
(ETTINGER, 2004).

Entre as metilxantinas tem-se aminofilina e a teofilina, não são utilizadas na


rotina pois possuem efeitos menos potentes que os agonistas de receptores 𝛃2 e
apresentam efeitos colaterais como taquiarritmias, estimulação do sistema nervoso
central e aumento da secreção de ácido gástrico (JERICÓ, 2014).

Animais que entram em crise respiratória e apresentam respiração oral e


abdominal e sofrimento respiratório agudo exigem tratamento emergencial para
reverter a broncoconstrição. Esses animais devem ser poupados de todo e qualquer
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estresse, pois poderia resultar em uma parada respiratória. A princípio, este paciente
deve ser estabilizado através da oxigenioterapia para, posteriormente, ser
manipulado e submetido a exames (DECIAN, 2019).

Terbutalina por via parenteral, na dose de 0,01 mg/kg, tem resultados entre
10min a 30min após a administração, podendo ser feita novamente após 30 min
caso seja necessário, mesma dose. Tutores desde que sejam devidamente
instruídos podem fazer em casa durante as crises. Se ainda assim a crise não for
controlada, pode-se utilizar corticosteróide como fosfato sódico de dexametasona
(0,2 a 2,0 mg/kg) por via intravenosa (IV) ou intramuscular (IM). Caso ainda assim
não tenha resultados satisfatórios, deve-se investigar outras possíveis causas
(JERICÓ, 2014).

Em casos extremos em que o paciente permanece em crise mesmo após


todos os procedimentos anteriores, durante a crise se pode administrar epinefrina,
em dose total de 0,1 mg/gato, por via parenteral. Este fármaco possui ação em
receptores β1, podendo causar vasoconstrição, arritmias e hipertensão sistêmica,
devendo ser evitado em pacientes cardiopatas (JERICÓ, 2014).

Figura 10. Felino utilizando bombinha com espaçador.

Fonte: Disponível em:


https://www.utilidadesclinicas.com.br/espacador-para-medicamentos-em-c-es-e-gatos-p-m-a
gachamber-vet-aga26844a.html.
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7. Prognóstico

Apesar de não ter cura, quando diagnosticado precocemente e corretamente


tratado, o prognóstico tende a ser bom. O tutor deve ser informado sobre o fato de
ser uma doença crônica que exige tratamento por toda vida do paciente
(KOLIKAUSKAS, 2023), e que mesmo pacientes que fazem acompanhamento de
forma adequada e seguem o tratamento corretamente, ocasionalmente podem
apresentar sinais clínicos (DECIAN, 2019).

Pacientes com quadros mais graves, que apresentem resistência ao


tratamento, são mais suscetíveis ao óbito por morte súbita ou eutanásia devido aos
altos custos do tratamento e constante necessidade de atendimento médico
(DECIAN, 2019). O tratamento constante com corticosteróides possui efeitos
colaterais como comprometimento da resposta imunológica, diabetes mellitus,
dislipidemia e ganho de peso, devendo ser informado aos tutores para que estejam
cientes do comprometimento da saúde do paciente (DECIAN, 2019).

Além do tratamento medicamentoso, é necessário fazer o manejo ambiental


para reduzir o contato com os alérgenos. Esse feito é fundamental para o sucesso
do tratamento e prevenção de crises. O ambiente deve ser limpo frequentemente,
com aspirador de pó e produtos específicos para a higienização, de preferência sem
fragrâncias, substituir a areia sanitária por grãos, não utilizar incensos ou perfumes
para o ambiente, perfumes de uso pessoal longe dos pacientes. Tutores fumantes
devem ser instruídos a fumar fora de casa (DECIAN, 2019).
22

8. Relato de caso

Um paciente felino, de sete meses de idade, foi adotado em uma


Organização não Governamental (ONG) apresentando secreção nasal intensa. A
nova tutora levou a colega e o paciente foi diagnosticado com rinotraqueíte felina
(causado pelo Herpesvírus tipo 1 ou FHV-1). Sendo assim, fez o uso de doxiciclina
com prednisolona por 10 dias, porém os sintomas não melhoraram completamente,
e foi reiniciado o tratamento com doxiciclina e metilprednisolona, não havendo
melhora do quadro clínico completo. Após um mês, foi realizada a aplicação do
pentabiótico a cada três dias, onde notou-se pequena melhora, com o quadro de
secreção nasal persistente. Foi solicitado um hemograma (Tabela 1) onde
apresentou eosinofilia (2.604 mil/mm3), e os bioquímicos que não apresentaram
alterações (Anexos 1 e 2).
O exame radiográfico de tórax foi realizado em duas projeções, laterolateral
direito (Anexo 3) e outra ventrodorsal (Anexo 4) , sendo possível observar uma
opacificação de campos pulmonares de padrão broncointersticial, não descartando
broncopatia. Por conseguinte, iniciou-se o tratamento para asma felina, pois junto
aos exames e novos relatos da tutora que pode observar melhor no novo lar,
relatando ao colega que as crises aumentaram após as idas à caixa de areia (Figura
11).
O novo tratamento escolhido foi o uso de Seretide (medicamento de uso
humano) que é composto por xinafoato de salmeterol e propionato de fluticasona
spray de 25mcg/125mcg. Atualmente o paciente apresenta algumas crises de tosse
e espirros, e durante as crises faz uso de uma a duas vezes ao dia do medicamento
de forma inalada.
A literatura descreve alguns medicamentos para tratar asma felina, sendo
eles a fluticasona ou salbutamol (Flixotide® ou Ventoline® respectivamente). O uso
de broncodilatadores pode proporcionar conforto, evitando que a doença progrida.
Com aerossolterapia realizou-se o tratamento de forma local e evita-se o uso de
corticoides sistêmicos e efeitos negativos de uso prolongado (MARAILLON, 2013).
Segundo Ettinger et al. (2014), broncodilatadores agonista beta podem ser utilizados
em emergência, para o controle ou de forma contínua, podendo diminuir o uso de
esteroides, resultando em broncodilatação e relaxamento do músculo liso das vias
aéreas.
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Anti-inflamatório não esteroides (AINEs) não são aconselhados, pois


favorecem a produção de leucotrienos e estimulam a contração de musculatura lisa
(MARAILLON, 2013). Já a atropina, sendo um fármaco anticolinérgico, não deve ser
utilizada, embora seja eficiente em sua função, causando taquicardia e produção de
muco, tornando a secreção brônquica ainda mais espessa, levando ao
tamponamento de vias aéreas. (ETTINGER et al., 2014; JERICÓ, 2014). Em 50%
dos casos o quadro se caracteriza de forma crônica, podendo instituir o tratamento
de uso contínuo com broncodilatador (ETTINGER et al., 2014). Em caso de crises a
prednisolona 1 mg/kg uma vez dia, e em seguida redução da dose para 0,5mg/kg.
Para gatos com resistência à comprimido, pode ser realizado o uso de
metilprednisolona injetável na dose de 10 a 20mg a cada 14 dias (ETTINGER et al.,
2014). Baseado em sinais clínicos, pois paciente apresentava secreção intensa
nasal, foi instituído tratamento para rinotraqueíte felina com o uso de um
antibacteriano gram negativo e positivo, a doxiciclina. Pertencente às tetraciclinas, é
eficiente para diversas infecções, sendo as do trato respiratório como pneumonia e
broncopneumonia causadas por alguns agentes, Bordetella bronchiseptica,
Streptococcus spp., Staphylococcus spp., Mycoplasma spp. entre outros
(DOXITRAT, 2023). Após persistência de sintomas, o antimicrobiano foi trocado para
pentabiótico, antimicrobiano da classe beta-lactâmica (SHOTAPEN, 2019).
Segundo Jericó (2014), 1% dos felinos podem desenvolver a asma, não
sendo uma afecção de elevada prevalência na rotina clínica de um médico
veterinário, porém é importante o conhecimento da afecção pois, o prognóstico varia
de acordo com a precocidade do diagnóstico.
Segundo Ettinger (2014), após a crise asmática, em grande maioria dos
casos pôde-se ter sensibilidade traqueal e crepitações durante a ausculta pulmonar,
assim como no caso do felino apresentado, em que houve crepitação perceptível na
ausculta pulmonar. Em literatura se descreve o uso de corticoides, antimicrobianos e
broncodilatadores, atualmente o felino não tem acesso a rua e não tem acesso a
outros contactantes, duas vezes ao dia faz o uso de SERETIDE, como descrito em
DECIAN, 2019. Abaixo exames do felino relatado.
24

Tabela 1 - Leucograma alterado

Resultado Referência

Eosinófilos 14%/ 2.604 mil/mm3 2-12%/0 - 1.500mil/mm3

Figura 11. Felino durante a crise de tosse após a ida a caixa de areia.

Fonte: Arquivo pessoal, 2022.


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9. Conclusão

A asma felina é uma doença sem características patognomônicas, exigindo


uma leitura apurada do veterinário em relação a anamnese, exames clínicos, de
imagem e laboratoriais. O diagnóstico correto será de total importância para a
condução do tratamento que determinará a qualidade de vida do felino.
O tratamento é feito de forma contínua, e a medicação de rotina escolhida é o
salmeterol (broncodilatador) associado a fluticasona (corticosteróide) em forma de
aerossol. O uso dessas medicações de ação local evita os efeitos adversos
sistêmicos contribuindo para a conservação da saúde do paciente. Em casos de
crise respiratória se faz necessário o uso de oxigenoterapia associado a medicações
mais potentes como terbutalina (broncodilatador) por via parental podendo associar
a fosfato sódico de dexametasona (anti inflamatório) por via intravenosa (IV) ou
intramuscular (IM).

Até a estabilização do paciente para que possa dar andamento a medicação


de rotina, se faz necessário a utilização de anti inflamatórios sistêmicos. O fármaco
de escolha geralmente é prednisolona, por via oral, em pacientes que não permitem
contenção para esse tipo de via administrativa pode ser feito corticosteroides
injetáveis de longa duração como acetato de metilprednisolona, por via
intramuscular, a cada duas a oito semanas.

É importante manter o tutor ciente sobre a necessidade constante de


acompanhamento médico do felino para acompanhamento da progressão da doença
e ajustes de medicação, assim promovendo qualidade de vida para o paciente.
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Referências

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conclusão de curso – Curso de Medicina Veterinária – Centro Universitário do Planalto
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Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2019.

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Doenças do cão e do gato. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara koogan Ltda, 2004. 577-578 p.
v. 1. ISBN 9788527709019.

IGNÁCIO, Thames Camargo et al. Diagnóstico de asma em um felino – relato de caso.


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Pelotas, 2018.

JERICÓ, Marcia Marques. Tratado de medicina interna de cães e gatos. 1. ed. São paulo:
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Trabalho de conclusão de curso – Curso de Medicina Veterinária – Universidade Júlio de
Mesquita Filho, Botucatu, 2023.

LAURINO, Felipe. Alterações hematológicas em cães e gatos sob estresse. Trabalho de


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Botucatu, 2009.

MORAILLON, Robert; LEGEAY, Yves; SÉNÉCAT, Odile; BOUSSARIE, Didier. Manual


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327-328 p. ISBN 9788535273038.
27

ANEXOS

Anexo 1. Hemograma do paciente apresentando eosinofilia.

Fonte: Arquivo pessoal, 2022.

Anexo 2. Bioquímicos coletados, sem alterações.

Fonte: Arquivo pessoal, 2022.


28

Anexo 3. Radiografia do paciente apresenta opacificação de campos pulmonares.

Fonte: Arquivo pessoal, 2022.

Anexo 4. Radiografia do paciente apresenta opacificação de campos pulmonares.

Fonte: Arquivo pessoal, 2022.


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Anexo 5. Autorização para o uso do relato de caso apresentado.

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