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Cirurgia I
Linhas do tórax:
- PAREDE ANTERIOR:
• Linha médio esternal (mediana anterior): passa
verticalmente/ sagitalmente sobre o ponto médio do esterno.
- PAREDE LATERAL:
• Linha axilar:
- PAREDE POSTERIOR:
• Linha mediana posterior (medioespinal): passa verticalmente
sobre os processos espinhosos das vértebras.
• Linha paravertebral: passa no ponto médio entre as linhas
mediana posterior e escapular.
• Linha escapular: tangencia verticalmente a margem medial
da escápula.
- CLAVÍCULA:
• Extremidade
esternal.
• Extremidade
acromial.
- ESTERNO: longa
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Cirurgia I PRÁTICA
e estreita placa óssea mediana na parede anterior do tórax que articula-se, por meio das cartilagens
costais, permitindo a flexibilidade necessária para a respiração.
• Partes:
- Manúbrio (superior).
- Corpo (meio).
• São 12 pares:
- Pontos de referência:
• Ângulo da escápula.
- ESCÁPULA:
Músculos do tórax:
• Forma um leque.
• É o limite da axila.
Músculos subcostais
- Diafragma:
• Cúpula
diafragmática.
• Pleura
diafragmática
(brillante).
MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS:
- O indivíduo acordado, trabalha mais a caixa torácica e também pode controlar a respiração
diafragmática quando quer. O sistema nervos autônomo é controlado pela vontade do paciente.
VÍSCERAS:
- PULMÕES:
• Pulmão esquerdo:
- 1 incisura (oblíqua).
- Faces e impressões:
• Pulmão direito:
- Faces e impressões:
• Impressão do esôfago.
- CORAÇÃO:
- TRAQUEIA.
- VASOS DA BASE:
• Arco aórtico: vaso espesso com PA de 120,80 mmHg que saí do ventrículo esquerdo.
• Veia cava superior: têm pressão negativa (para “aspirar” o sangue para o átrio direito). Se forma pela
tributação de 2 ramos principais, dos troncos braquiocefálicos direito e esquerdo.
- TIMO.
- Recessos pleurais;
• Costomediastinal.
• Retroesofágico.
No raio X:
• Frênico-mediastínico.
- Líquido: branco.
• Infrapericárdico.
- Ar: preto
- PERICÁRDIO: produz líquido seroso que
permite que o coroa funcione sem atrito.
Acesso ao tórax:
Classificação:
- Quanto à indicação:
- Para abranger o esôfago: fazemos uma toracotomia póstero-lateral direita (porque o esôfago fica
mais desse lado).
- Quanto ao acesso:
• Aberta ou convencional.
• Video-assitida.
Tipos de incisões cirúrgicas:
Indicações:
• Esternotomia mediana.
• Câncer de pulmão e esôfago.
• Toracotomia ântero-lateral.
• Cirurgia cardíaca/ aórtica.
• Toracotomia posterolateral.
• Trauma torácico.
• Toracotomia axilar.
• Pneumotórax persistente.
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Pericardiocentese:
Toracocentese:
- Punção com a finalidade diagnóstica ou terapêutica do derrame pleural pela remoção do acúmulo de
líquido anormal ali presente.
- Entra com a agulha no ângulo inferior da espinha da escápula, na borda superior da costela
inferior (evitar o feixe vasculho-nervoso costal).
- TÉCNICA:
• O paciente deve estar sentado com os braços apoiados em anteparo. Após preparar o material e
realizar a assepsia o médico deve posicionar-se por atrás do paciente e proceder da seguinte
maneira:
• Anestesia: aspirar o anestésico com uma seringa acoplada à agulha 40 x 12 mm, em seguida com a
agulha 30 x 7 mm puncionar na borda superior da
costela inferior, na região lateral à musculatura
paravertebral e medial à ponta da escápula
ipsilateral ao lado do derrame.
- Resultado da toracocentese:
• Quando a infecção é bem proteica, mucosa, com polimorfonucleares, mandamos o paciente para
drenagem.
Drenagem torácica:
- Exame físico:
• Inspeção.
• Percussão:
- Timpânico: pneumotórax.
• Algum trauma que fez com que vazasse ar para o espaço pleural.
• Fazemos uma punção torácica de alivio primeiramente (no 2º EIC anteriormente) para transformar
esse pneumotórax hipertensivo em um pneumotórax simples e depois fazemos a drenagem
propriamente dita.
- Todo paciente clinicamente instável deve ser submetido à punção do 2º espaço intercostal para
alívio imediato do sintomas, seguido de drenagem torácica.
Esternotomva mediana:
- INDICAÇÕES:
- TÉCNICA:
• Corta a pele, subcutâneo e periósteo (com bisturi frio para não dar osteomielite, pois o bisturi quente,
queima o periósteo que para de ser nutrido).
• Faz uma incisão no pescoço para passar o dedo e abrir o esterno, e outra incisão para tirar o
apêndice xifóide e também passar dedo.
• Com o dedo, faz a dissecção no espaço retroesternal, soltando o saco pericárdico e tentando
chegar ao máximo um dedo próximo do outro nas incisões.
• Com uma serra específica, vamos martelando e serrando o osso esterno, sem comprometer o saco
pericárdico.
• Para suturar o esterno, é com fio de aço que envolve o esterno, bem ao lado de suas margens,
tomando muito cuidado com as artérias mamárias.
Toracotomia ântero-lateral:
- Paciente em DDH.
- Precisa-se fazer ligadura das artérias mamárias, que está passando elo - Artérias mamárias em
5º EIC.
visão posterior da
parede torácica
anterior.
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- Ângulo de Luis (entre o manúbrio e corpo do esterno): refere-se à 2ª costela e embaixo, o 2º EIC.
- Qualquer incisão torácica deve ser acima do processo xifóide (que refere-se à cúpula
diafragmática).
Toracotomia póstero-lateral:
- O braço do paciente fica em cima de um suporte e usamos como referência o ângulo da escápula
para frente, no 5ª EIC.
- Evitar seccionar músculos serráreis, grande dorsal e peitoral maior, afastando-os ou difusionado-os.
‣ A Unidade de Centro Cirúrgico (CC) é composta pelo Centro Cirúrgico (CC) propriamente dito, pela
Sala de recuperação pós anestésica (RPA) e pelo Centro de Materiais e Esterilização (CME).
‣ Pode ser definida como um conjunto de elementos destinados à atividade cirúrgica, à recuperação
anestésica e ao pós-operatório imediato (ANVISA).
- Centro cirúrgico (CC): conjunto de áreas e instalações que permite efetuar procedimentos
anestésicos-cirúrgicos nas melhores condições de segurança para o paciente e conforto para equipe
que o assiste.
• Consiste em: salas operatórias (SO), lavabos, vestuários, sala para acondicionamento de órgãos e
sangue, sala de depósito, secretaria, sala de estar, copa, expurgo, repouso, sala de equipamentos e
materiais.
• Pode ser centralizada, quando presta serviço a todo o hospital, ou descentralizada, quando
vinculada apenas ao CC.
VI. Realizar relatório médico e de enfermagem e registro das cirurgias e endoscopias realizadas.
• Áreas não restritas: local de acesso dos profissionais que trabalham no CC.
- Profissionais podem circular sem roupa privativa, não é exigido cuidados especiais.
• Áreas semi restritas: o tráfego é limitado à pessoas do próprio setor ou vestidas de forma
adequada.
• Áreas restritas: são as que possuem limites bem definidos para circulação de pessoal e
equipamentos.
A equipe cirúrgica:
- Auxiliar médico:
• Primeiro auxiliar:
✓ Tempo nobre.
• Segundo auxiliar:
✓ Eventual.
- Instrumentador:
• Sistematização.
• Vigilância.
- Anestesista:
- Circulante de sala:
• Conhecimento e eficiência.
• Sigilo profissional.
• Enfermeiro.
• Auxiliar administrativo.
• Auxiliar de limpeza.
- Sala de utilidades.
distribuição dos artigos estéreis, para uso na
- sala cirúrgica.
- Revelação de Rx.
- Sala dos cirurgiões e anestesistas:
- Sala guarda equipamentos e materiais: área destinadas aos relatórios médicos.
materais.
- Sala de espera com sanitários para
- Sala para armazenamento dos materiais acompanhantes.
estéreis: destinado ao armazenamento e
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.
- Tamanho:
- Piso: o piso deve ser resistente, não poroso e de fácil limpeza, permitindo rápida visualização da
sujeira, não conter ralos nem frestas, ser pouco sonoro e bom condutor de eletricidade estática, ter
uma malha de fios de cobre ligada a um fio terra, ser autonivelante, não conter emendas e ser
antiderrapante.
• A junção entre o rodapé e o piso precisa ser feita de forma a permitir completa limpeza do canto
formado.
- Paredes: devem ser revestidas de material liso, resistente, lavável, antiacústico e não refletor de luz.
Pintadas de cores que evitam a fadiga visual, as tintas não devem possuir cheiro.
- Teto: se o teto possuir forro, deve ser contínuo nas salas de cirurgia. O uso de teto falso pode
ocasionar queda de poeira ou outro material na ferida cirúrgica. Material resistente, lavável e não deve
conter ranhaduras.
- Janelas: devem ser lacradas, com persianas Norma Br 7254/82: característica de ar em cada
recobertas por vidros, possibilitando a limpeza e espaço.
o escurecimento da SO.
- Instalações fluído-mecânicas:
• O vácuo.
• Oxigênio.
• Ar comprimido.
• Óxido nitroso.
- Flora da pele:
• Flora transitória:
• Flora permanete:
Paramentação cirúrgica:
- No paciente temos que fazer a degermação com solução degermante ou solução tópica para
determinar o campo.
- TÉCNICA: sempre contar 10 vezes e fazer dos dois lados (direito e esquerdo).
‣ Dorso da mão.
‣ Face ventral do
antebraço.
‣ Dobra interior do
cotovelo.
‣ Dobra exterior do
cotovelo (com ele
flexionado e movimentos
em círculos).
Lembretes:
2. Vestimento do OPA:
- Para que os profissionais possam tocar o material, equipamentos e o campo estéril, é preciso vestir
roupas esterilizadas (OPA) e luvas cirúrgicas estéreis para garantir que os microrganismos das
mãos e roupas não sejam transferidos para o sítio cirúrgico do paciente. Assim, a opa é uma peça
que faz parte da indumentária de paramentação
cirúrgica, sendo utilizada pelos cirurgiões e
instrumentadores responsáveis pelo ato cirúrgico.
7. Puxar a OPA sobre os ombros da pessoa escovada, tocando apenas na costura interna do
ombro e laterais (não tocar na área escovada).
8. Amarrar os cadarços (ou fitilhos) da gola e amarrar os cadarços internos da cintura da OPA,
tocando apenas na face interna da vestimenta.
- As luvas cirúrgicas esterilizadas são utilizadas como barreira entre o paciente e o profissional da
saúde, diminuindo a probabilidade de expor o paciente a microrganismos patógenos e a infecção
do sítio cirúrgico, ou o profissional de saúde contra a exposição ao sangue ou outro material
potencialmente contaminado.
- É a área destinada à permanência do paciente logo após o término do ato anestésico cirúrgico até
a recuperação da consciência, eliminação de anestésicos e estabilização dos sinais vitais.
- Admissão na SRPA:
Classificações cirúrgicas:
• Paliativa: atenuar ou buscar uma alternativa para melhora da condição, aliviar a dor ou correção do
problema (ex: gastrostomia).
- Quanto à prioridade:
• Emergência: o paciente necessita de atenção imediata, o distúrbio pode ser ameaçador à vida.
• Potencialmente contaminada: tecidos colonizados por microbiota pouco numerosa, tecido de difícil
descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório, e com falhas técnicas discretas
no transoperatório (ex: colecistectomia com colangiografia).
• Infectada: tecido ou órgão em presença de processo infeccioso (supuração local), tecido necrótico,
corpos estranhos e feridas de origem suja 9ex: cirurgias de reto e ânus com secreção purulenta).
Terminologia cirúrgica:
- Conjunto de termos que representa uma forma de expressão técnica própria utilizada no
hospital, para indicar um ato cirúrgico proposto e/ ou realizado. Os termos são formados por:
Posições cirúrgicas:
- A posição adequada do paciente é essencial para que os procedimentos sejam bem sucedidos e
realizados com segurança.
- Colocar o paciente na posição correta para uma intervenção cirúrgica é um fator chave no desempenho
de um procedimento seguro e eficiente.
- Decúbito lateral:
- Posição de Trendelenburg:
Tempos operatórios:
➡ Diérese: é o momento de rompimento dos tecidos, por meio de instrumentos cortantes. Ex: bisturi
(frio ou elétrico) e tesouras.
➡ Exérese (cirurgia propriamente dita): é o tempo cirúrgico principal, voltado para o objetivo do
procedimento.
‣ De preensão (transitória).
‣ Instrumentos especiais.
Instrumentos de diérese:
• Tesoura de Metzembaum: pode ser reta ou curva: tecidos mais delicados, profundos. Pode ser
utilizada para dissecção, divulsão e descolamento (tecidos moles).
• Tesoura de Mayo: pode ser reta ou curva ,é mais forte, para tecidos mais grosseiros (ex:
cartilagem, apêndice xifoide, drenos). Mais traumática que Metzembaum.
- Outras pinças:
Instrumentos de hemostasia:
• Pinça de Kelly: mais utilizada, tem ranhuras até a metade do local de abertura. Utilizada para
vasos (hemostasia definitiva), fios grossos e pinçamento e divulsão de tecidos também.
• Pinça Halsted: kelly pequena = mosquito, menor tamanho e maior delicadeza, o curvo é mais
usado.
• Pinça Mixter: curvatura de 90 graus no local de abertura, utilizada para estruturas profundas e
principalmente pedículos vasculares.
• Pinça Satinsky: pinça vascular controle do vaso sangrante (sempre bloquear o sangramento com
preensão proximal e distal à lesão ).
BULLDOG
SATINSKY
Instrumentos de exérese:
- Pinça de Collin.
• Pode ser usado para “isolar” uma área que vai ser trabalhada, para que não tenha conteúdo
entérico e fezes nessa área
• Traumáticas:
- Pinça de coração.
Croprostase
- Afatstadores:
• Farabeuf (dinâmico): utilizado para afastar pele, subcutâneo e plano superficial, tamanho pequeno.
Valva doyen
Instrumentos de síntese:
• Pinças:
- Pinça dente de rato: tem uma protuberância na ponta, utilizada em estruturas menos
delicadas.
- Pinça de addison: utilizada para cirurgias menores, plástica, de rosto, infantil. Tem com dente
ou sem.
• Porta Agulhas:
- Trígono anterior:
• Limites:
✓ Manubrio esternal.
✓ Base da mandíbula.
• Conteúdo:
- Trígono muscular: margem medial do músculo ECM, músculo omo-hioideo, corpo do osso
hioideo e manúbrio esternal.
• Limites:
✓ Clavícula.
✓ Osso occipital.
• Conteúdo:
- Nervo acessório.
Bainha carotídea:
- Músculo omo-hióideo.
• Nervo vago.
Infecções cervicais:
• O espaço entre as fáscias viscerais e a fáscia pré vertebral (profunda) tem comunicação com o
mediastino.
- Glândula parótida faz um “sanduíche” sobre o nervo facial (cuidado em cirurgias da parótida para
não lesar o nervo e causar paralisia facial).
- Estrutura mais importante dessa zona é a artéria carótida interna (vai para o SNC), de difícil
acesso.
Níveis linfonodais:
- Nível 1:
• 1a: submentoniano.
• 1b: submandibular.
• 2a: anterior.
• 2b: posterior.
Músculos pré-tireoideanos:
Conteúdo do pescoço:
- Cartilagem tireoide.
Vias de acesso:
Cricotireoidostomia:
- Definição:
• Via de acesso à VAI em situações de urgência (deve ser retirado em no máximo 24 horas e depois
fazer a traqueostomia se necessário).
- Isso porque a cânula da cricotireoideostomia está sob as cordas vocais, além de que se
ultrapassar 24 horas, favorece a fibrose e estenose glótica (fecha a glote).
- Contraindicações:
- Cricotireoidostomia X Traqueostomia:
• Mais rápida e fácil que a traqueostomia por ser mais superficial (tem pele, subcutâneo e fáscia
cervical superficial).
• Menores complicações.
• Temporária.
- Materiais:
• Cânula de traqueostomia.
• Por punção com jelco: não é uma via área definitiva e serve apenas como uma ponte terapêutica,
com menor ventilação. Punciona-se a membrana com um jelco. É uma boa escolha para pacientes
com dificuldade de intubação.
• Percutânea: por punção com cateter (similar a cateter de acesso venoso central) ou Técnica de
Seldinger, onde faz a punção da membrana e é passado um fio guia até a carina e a cânula é
inserida. Boa para profissionais sem treinamento cirúrgico.
• Técnica cirúrgica propriamente dita: é feita uma ampla incisão transversa entre as cartilagens
cricoide e tireoide e divulsão da abertura, para dar passagem à cânula. Após inserção da cânulas,
deve-se insuflar o cuff e conectar o dispositivo a um sistema de ventilação.
- Como encontrar o ponto certo? Na linha mediana do pescoço, sente o osso hioide que é uma
saliência e vai descendo, onde vamos encontrar uma fenda que é a membrana tireohioidea (não serve),
sente-se outra saliência, que é a cartilagem tireoide e desce novamente onde terá um afundamento que
é a membrana cricotireoidea, faz uma incisão transversa, abre as estruturas com o auxílio de um Kelly e
passa a cânula e insufla o ar para prender ela.
Traqueostomia:
- Definição:
- Materiais:
• Bisturi número 3.
• Materiais de síntese.
• Afastador de Farabeuf.
• Anestésico local.
• Cânula traqueal.
- Técnica:
7. Camada muscular: é feita a dissecação dos músculos pré tireoideanos, seguindo pela linha
média que é avascular.
8. Istmotomia (ou istmectomia): em pessoas que tem o istmo muito grande que impossibilita a
visualização da traqueia. Em pessoas com o istmo da glândula tireoide normal, pode somente
rebatê-lo e empurrar-lo para cima com uma pinça. Com isso é possível acessar a traqueia.
9. Abertura da traqueia: nesse momento deve-se revisar a hemostasia, checar os materiais e fazer a
abertura da parede traqueia entre o 2º e o 4º anel (melhor local abaixo da glote).
• Inserir a cânula apontada para cima e rodar (e se ela for de plástico, insuflar o ar).
11. Fixação: fixa-se o dispositivo com pontos simples na volta do tubo para que ele fique firme.
- Complicações:
Nós da aula:
- Nó de cirurgião.
- Nó de sapateiro (“revolver”).
- Nó duplo.
- Nó de profundidade.
- Nó de porta agulha.
- Se for um fio monofilamentar (nylon, prolene…), eles soltam facilmente, então temos que dar vários nós.
- Técnica:
• Vaso sangrante: com o Kelly, pegamos o vaso e clamamos (para de sangrar), assistente apresenta a
porção e o cirurgião passa o fio por baixo do Kelly.
• 1º nó: é o de cirurgião com a mão direita (lembrar de antes de dar o nós, descruzar por baixo - só
precisa 1x).
• Conforme aperta o 1º nós, pede para o assistente soltar o Kelly e continua apertando.
• 2º nó: é o de sapateiro com a mão esquerda (para não deixar afrouxar o 1º e manter a tração).
- Faz esse com a mão esquerda porque a disposição dos nós fica melhor (mas pode fazer com a
direita se quiser, João que faz isso para intercalar os ´´lados`` dos nós e fica numa disposição
melhor).
Aula 05 - Suturas:
Conceitos:
Suturas descontínuas:
- Sutura em X.
- Sutura Gelly.
- Sutura Swift.
Ponto simples
Ponto Donatti
Suturas contínuas:
Chuleio simples
Intradérmica
Chuleio ancorado
Cavidade peritoneal:
Abdome:
- O abdome tem uma cavidade peritoneal (ou cavidade abdominal) e outra porção que se chama
retroperitônio (que faz parte do abdome e está posterior ao peritônio parietal na sua reflexão
posterior).
- O abdome tem uma parte móvel (parede ântero-lateral e diafragma) e uma fixa (pelve, coluna,
tórax).
• O tórax não tem tanta expansibilidade porque tem as costelas e a musculatura intercostal (por isso
toracotomia é mais difícil que laparotomia).
✓ Proteção.
✓ Elasticidade.
- Tanto na parede como gordura visceral – relacionado com o aumento ântero-posterior do abdome,
num doente normal (aumenta risco de IAM, AVC e resistência a insulina).
✓ Evitar que as alças ou o conteúdo dentro do abdome prolapse (hérnias inguinais, incisionais e
adquiridas – prolapso de algumas vísceras ou algo de dentro do abdome).
- Abdome tem pressão positiva (diferente do tórax, que geralmente é negativa). Tem uma zona de alta
pressão no abdome por conta da grande quantidade de órgãos, do ar, dos movimentos peristálticos,
tem muito liquido, muito sangue circulando (a. mesentéricas, aorta, cava inferior, rins, fígado).
• Atos que aumentam a pressão do abdome: vias urinárias, vomitar, evacuar, etc... por isso que
pacientes que tem musculatura débil no abdome tem obstipação intestinal, doente que vomita no
pós-operatório pode ter deiscência dos pontos (evisceração: vísceras sai – atravessa todas as
camadas. x eventração: sai para fora do ventre – tem a pele e peritônio íntegros).
- Músculos do abdome:
• Parede ântero-lateral:
- Camadas para atingir o peritônio parietal: pele ! subcutâneo, que se em 2 fáscias, uma mais
gordurosa e uma mais fibrosa (camper – mais gordurosa e scarpa – mais fibrosa) ! linha alba (linha
média) ! peritônio parietal ! cai dentro da cavidade abdominal.
• Fáscia = tecido que recobre o músculo/ aponeurose (obeso tem > Camper).
- Conceito: ato pelo qual o cirurgião realiza a abertura da parede abdominal, em qualquer de suas
partes, a fim de penetrar na cavidade abdominal.
- Finalidades:
- Requisitos:
✓ Técnica cuidadosa.
✓ Exposição.
✓ Conhecimento anatômico.
✓ Eventual ampliação.
✓ Síntese adequada.
✓ Boa cicatrização.
Laparotomia:
- Direção:
Laparotomias longitudinais:
- Mediana (cirurgia de emergência): menos demorada, pois vai na linha Alba direto. Contorna o umbigo
pela esquerda ou pelo meio.
• Vantagens:
- Fácil extensão.
• Desvantagens:
- Mais dolorosa.
- Menos cosmética.
- Mais eventração.
- Paramediana: são mais demoradas, porque tem que abrir plano por plano.
• Vantagens:
• Técnica:
- Acabou a cirurgia, sutura o peritônio e coloca o musculo no lugar, a incisão do peritônio está no
meio, e o retoabdominal protege, então como só separou ele da aponeurose mediana, a inervação
está chegando. Então protege a incisão do peritônio, que está em um plano, e a incisão do
retoabdominal está em outro plano
Laparotomias transversais:
- Transversais:
• Supra umbilical.
• Infra umbilical.
- Total ou parcial.
- Incisão de Pfnnenstiel: incisão arqueada na pele e aponeurose,
porém apenas se divulsiona a musculatura (cesarianas, cirurgias
ginecológicas e urológicas.
• Abertura do peritônio.
• Melhor cosmética.
• Menos dor.
• Menos eventração.
- Incisão transversa ! geralmente para colostomia !
abre, pode fazer em cruz, e faz a transretal ! abre
- Desvantagens:
- Lembrar: nas incisões transversas que cruzam a linha mediana, não se esqueçam de ligar os
vasos epigástricos, posteriormente aos músculos reto abdominal (hematoma importante!).
Laparotomias oblíquas:
- Subcostal.
- Diagonal epigástrica.
- Estrelada supraumbilical.
- Estrelada infraumbilical.
- Lombo abdominais.
- Então as longitudinais não sangram muito, porque não corta muito a artéria. Se corta transversa ou
obliqua sangra mais, porque secciona a artéria.
• Artéria Mamária: se cortar não necrosa a parede abdominal, porque tem ramos da epigástrica
inferior, das lombares.
Complicações:
- Hemorragia.
- Hematoma/ serosa.
- Infecção.
- Necrose.
- Eventração/ evisceração.
- Quelóide.
- Granuloma de fio.
- Dor incisional.
Pontos importantes:
- Aberta a cavidade:
• Cavidade peritoneal.
• Diafragma.
• Fígado.
• Cólon transverso.
- Supramesocólico, onde tem mais vísceras sólidas ! Fígado, baço, pâncreas, estômago e
duodeno.
- Inframesocólico ! intestino delgado, intestino grosso, órgãos pélvicos, rins e tem toda a
vascularização e parte dos vasos importantes.
• Grande omento.
• Sentinela abdominal ! parte do grande epiplon tem um movimento que vai para o local que tem uma
inflamação ou neoplasia.
- USG FAST ! janela pericárdica, hipocôndrio direto, hipocôndrio esquerdo, fossa ilíaca direita, fossa
ilíaca esquerda e em cima da bexiga (mulher – fundo de saco de Douglas = espaço retouterino / homem
– espaço retovesical no homem) ! o liquido acumula nesses espaços, na goteira parietocólica direito e
na goteira parietocólica esquerda.
- Grande problema de drenos ! vir uma alça intestinal, fazer uma erosão e perfurar e faz uma fístula. Ou
vem o fígado, fica em movimento e sangra, faz uma escara e sangra ! então coloca um dreno mais
durinho por dentro e um mais molinho por fora ! dreno misto de Montenegro (?).
- Supõe que tem uma lesão no pâncreas ! aborda pela grande curvatura do estomago, que está
grudado no cólon, tem o pequeno omento (ligamento gastro hepático) e o pâncreas está atrás ! tem
as artérias gastroepiploica D e E ! entra com uma pinça, vai dissecando por fora da artéria e da veia,
vai ligando os vasos, rebate o estômago e cai em cima do pâncreas.
- Supõe que quer entrar na 2 e 3ª porção do duodeno ! duodeno passa em baixo da borda do pâncreas
! descola toda a goteira parietocólica, descola tudo, levanta tudo, até chegar no duodeno (2-3ª
porção). A 4ª porção passa no ângulo de Treitz.
- Acesso da aorta do lado esquerdo ! abre, rebate tudo (manobra de Mattox), solta todo o colo até onde
está o baço, solta tudo, rebate e cai na aorta.
- Sangrando a aorta e não tem tempo, paciente chocado ! abre a membrana frenoesofágica (na frente)
e cai direto na aorta, e glampeia a aorta, para a circulação por um tempo, consegue observar onde está
o sangramento e atuar ! clampeamento de aorta no hiato esofágico.
- A veia renal é curta a direita e longa a esquerda, porque a aorta está à esquerda. Se perder a veia renal
esquerda é difícil de costurar, porque ela retrai e sangra muito, não tem muito espaço para passar a
sutura.
- Ureter passa por cima da veia e da artéria ! como diferenciar? Ureter quando ´´cutuca``, ele contrai.
Veia e artéria não fazem isso.
• Escola europeia ! linha hemiclavicular D e E, espinha ilíaca ântero-superior uma linha, bordo da 10ª
costela outra linha, divide a parede abdominal em 9 regiões ! hipocôndrio D, epigátrio, hipocôndrio
E, flanco E, mesogástrio, flanco D, fossa ilíaca D, hipogástrio, fossa ilíaca E.
• Prega inguinal E / D.
• Veia femoral, artéria femoral, nervo femoral (nervo ! artéria ! veia). Veia é mais interna.
Aula 06 - Estomas.
Introdução:
• Estoma = boca.
Estomia respiratória:
- Traqueostomia: procedimento cirúrgico que permite a comunicação direta da traqueia com o meio
externo.
• Colocação cirúrgica de uma cânula na região da traqueia que pode ser definitiva ou temporária.
Estomia de alimentação:
- A gastrostomia é um procedimento cirúrgico que permite acesso à câmara gástrica pela parede
abdominal com a criação de uma abertura artificial do estômago.
• Indicação: pacientes que não podem comer pela boca por qualquer
razão e que podem ir pra casa, pacientes com tumor irressecável de
cabeça e pescoço ou naqueles que tem disfagia neurológica com
broncoaspiração de repetição.
• Complicações:
- Mortalidade relacionada ao
procedimento (0 a 2%).
- Complicações agudas:
• Aspiração.
• Hemorragia.
• Perfuração.
- Complicações tardias:
• Irritação periestomia.
• No jejuno proximal.
Estomas derivativos:
- Pode ser:
- Quando exterioriza a alça, corta ela, e deixa para fora as duas bocas que
se formaram, separadas entre elas.
• Conteúdo diarreico.
• Indicação: obstrução grave que precisa esvaziar proximal e distal por alguma situação.
- Transversostomia.
- Cecostomia.