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Araguaína - TO
2023
Discentes: Adrielle Santos, Lavínia Langer, Ludmilla Gomes e Maria Eduarda
Brandão.
Araguaína - TO
2023
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
A traqueia é um órgão tubular flexível composto de anéis cartilaginosos, que são incompletos
na região dorsal. Este órgão tem seu início após a laringe e termina próximo ao coração, onde
tem sua bifurcação denominada carina, sendo assim a traquéia apresenta uma porção cervical
e uma porção torácica (EVANGELHO et al., 2004).
O presente relato tem como objetivo apresentar um caso de colapso de traqueia em cão de
pequeno porte, descrevendo seus aspectos clínicos e de exames complementares,
fundamentados em literatura.
2. PATOGENIA
Colapso de traqueia grau II: O colapso traqueal é uma doença respiratória crônica,
degenerativa e incapacitante na qual os anéis cartilaginosos da traquéia diminuem sua rigidez
e colabam parcial ou totalmente durante o ciclo respiratório, podendo ser afetadas tanto a
porção cervical quanto a torácica. (ETTINGER et al, 2004).
Grau II (estenose de 26 a 50%).
Achados Radiográficos
● Traqueia: Estreitamento moderado (25-50%) do lúmen traqueal na porção torácica.
● Campos Pulmonares: visibiliza-se um aumento moderado da densidade de forma
não estruturada dos lobos pulmonares caudais, com presença de broncograma aéreos,
visibiliza-se árvore brônquica com aumento de densidade radiográfica mas com
localização habitual; Visibilização dos vasos pulmonares com calibre e distribuição
normal.
● Silhueta cardíaca: Tamanho, contornos e localização normais.
Comentários:
As imagens radiográficas torácicas estudadas podem estar relacionadas a
ocorrência de colapso de traqueia grau II e broncopneumonia.
5. TRATAMENT
O Via Oral
Durante a consulta a principal preocupação da tutora era uma tosse de caráter crônico que a
paciente apresentava durante alguns meses, segundo Evangelho et al. (2004) este é um sinal
clínico comumente observado nesta patologia, isto é devido a compressão dos anéis
cartilaginosos dificultando a passagem do ar tanto na inspiração como na expiração. Fossun
(2002) descreve que esta patologia tem predileção para algumas raças como Spitz, esta que é
a raça da paciente em questão.
Para confirmação da suspeita de colapso de traqueia foi realizado o exame de radiografia
cervical e torácica no qual foi possível observar o grau de colabamento traqueal, sendo este
classificado em grau 2.
O controle terapêutico pode deve ser feito com medicamentos que amenizam os sinais da
doença, corticoides que diminuem a inflamação na traqueia, antitussígenos, supressores de
tosse e antibióticos quando existir evidência de infecção de vias aéreas inferiores (FERIAM,
2009).
Para o presente animal foi indicado o uso de Acetilcisteína 20mg/ml xarope, que é um
medicamento utilizado em animais como um mucolítico, que ajuda a reduzir a viscosidade do
muco respiratório e facilita a expectoração. É indicado para uso em animais com problemas
respiratórios, como a bronquite crônica e a fibrose cística, que apresentem produção
excessiva de muco nas vias respiratórias. De acordo com Fossum (2002) o uso de
acetilcisteína não reverte o quadro de colabamento da traqueia, contudo ameniza os sinais
clínicos de dispneia, tosse crônica comprovando sua eficácia e consequentemente
proporcionando uma significativa melhora na qualidade de vida do paciente.
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS