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SÍNDROME DA ANGÚSTIA RESPIRATÓRIA AGUDA (SARA)

CACOAL
2024
SÍNDROME DA ANGÚSTIA RESPIRATÓRIA AGUDA (SARA)

Atividade desenvolvida para disciplina de


Enfermagem em UTI do curso de
Enfermagem, para obtenção da nota em N1.
Docente: Pâmella Polastry Braga Amara.
Discentes: Elen Cristina Machado Santos
Jhenifer Santos.
Lucilene de Sá castelo Branco.
Lucas Ribeiro Gonçalves.
Rayane Lacerda.

CACOAL
2024
INTRODUÇÃO

A Síndrome da Angústia Respiratória Aguda (SARA) ou Síndrome do


Desconforto Respiratório Agudo (SDRA) é o tipo de lesão pulmonar mais
comum, sendo considerada um problema mundial no âmbito da medicina
intensiva (SILVA, 2016). Ocorre por meio de um processo inflamatório,
secundário a insultos locais (e sistêmicos), sobre a membrana alvéolo-capilar
pulmonar, que resultam em um aumento da permeabilidade vascular local com
consequente edema intersticial e alveolar, rico em proteína (AFTER, 2015).
As principais característica consiste numa alteração grave na função e
nas estruturas pulmonares, traumas ou pancreatite com intensa hipoxemia,
diminuição da complacência pulmonar, bem como pelo extravasamento de
plasma para o interior dos alvéolos. (AFTER, 2015).

1. REFERÊNCIAL TEÓRICO

1.1. Fisiopatologia
A Síndrome da Angústia Respiratória Aguda (SARA), ocorre por meio de
um insulto agudo (descrito nos Critérios de Berlim). Este insulto inflamatório atrai
os macrófagos e aumenta a permeabilidade vascular, o que culmina em uma
inundação alveolar. Este edema gera destruição alveolar e quebra do
surfactante, que é o responsável pela redução da tensão superficial da água
dentro do alvéolo e, assim, impede o colapso do mesmo. Dessa forma, os
alvéolos colabam levando à hipoxemia (SILVA, 2023).
Critérios de Berlim:
1. Tempo: dentro de uma semana de um insulto clínico;
2. Imagem de tórax (Rx ou TC): opacidades bilaterais não explicadas por
derrames, colapso lobar/pulmonar ou nódulos;
3. Origem do edema: IR não completamente explicada por insuficiência
cardíaca ou sobrecarga de fluidos;
4. Hipoxemia: PaO2/ FiO2 ≤ 300; Leve: entre 200 e 300; Moderada:
entre 100 e 200; Grave: menor que 100.
1.2. Sintomas
As principais característica consiste numa alteração grave na função e
nas estruturas pulmonares, traumas ou pancreatite com intensa hipoxemia,
diminuição da complacência pulmonar, bem como pelo extravasamento de
plasma para o interior dos alvéolos. (AFTER, 2015).

1.3. Fatores de Risco

Segundo Herdman (2018), enquadra-se em comportamento de


dor\alterações nas atividades, alteração no parâmetro fisiológico, sepse,
pneumonia, aspiração de conteúdo gástrico, politrauma e agente químico lesivo.

1.4. Tratamento
Independente da etiologia, quase todos os pacientes que apresentam
SARA necessitam de suporte ventilatório. A ventilação mecânica tem como
finalidade propiciar aos pulmões o tempo necessário para se recuperarem da
injúria aguda, onde os principais objetivos do tratamento ventilatório são: a)
manter a troca gasosa e b) evitar as lesões pulmonares, associadas ao suporte
ventilatório, ou seja, barotrauma, a toxicidade pelo oxigênio e ao que chamamos,
nos dias de hoje, de “volutrauma” (ANTONIAZZI, 1998).

2. PROCESSO DE ENFERMAGEM

2.1 Histórico

João, 55 anos de idade, é fumante há mais de 30 anos, não possui


histórico de patologia SARA no contexto familiar, possui um histórico de doença
pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e hipertensão arterial. Aproximadamente 6
dias procurou a Unidade Básica de Saúde – UBS pois estava sentindo
desconforto físico como: falta de ar intensa, tosse persistente e fadiga. Após, foi
encaminhado para o hospital municipal, na enfermaria apresentou sinais vitais
alterado com a saturação de oxigênio em 85% e frequência respiratória alterada
(30 respirações por minuto). Foi solicitado pelo médico de plantão, exame
radiografia de tórax onde constatou pneumonia, sem melhoras até o momento
continua aos cuidados da equipe.
2.2 Diagnósticos Enfermagem

▪ Dor aguda relacionada à tosse ineficaz causada pelo muco excessivo.


▪ Troca de gases prejudicada relacionado ao desequilíbrio entre a oferta e
a demanda de oxigênio causada alteração na membrana alvéolo capilar.
▪ Padrão respiratório ineficaz relacionado à dispneia, tosse e secreções
retidas.
▪ Escarro em excesso relacionado a corpo estranho na via aérea.
▪ Intolerância à atividade relacionada à dispneia.
▪ Desconforto respiratório relacionada desobstrução ineficaz das vias
aéreas.

3. PLANEJAMENTO / IMPLEMENTAÇÃO

3.1 Manejo de enfermagem


▪ Monitorar os sinais vitais de João regularmente, incluindo frequência
respiratória, saturação de oxigênio, pressão arterial e temperatura.

▪ Administrar oxigênio suplementar conforme prescrito para elevar a


saturação de oxigênio para níveis seguros.
▪ Assegurar que João está recebendo os medicamentos prescritos
corretamente, incluindo broncodilatadores para o DPOC e antibióticos
para tratar a pneumonia.
▪ Realizar a higiene brônquica para ajudar na eliminação de secreções e
melhorar a função pulmonar.
▪ Educar João sobre sua condição, incluindo gerenciamento da doença
pulmonar, a importância de parar de fumar e as medidas de prevenção de
infecções respiratórias,
▪ Fornece suporte emocional e conforto a João, considerando a gravidade
da pneumonia e suas condições crônicas preexistentes.
REFERÊNCIA

ANTONIAZZI, Paulo et al. Síndrome da angústia respiratória aguda (SARA). Medicina (Ribeirão
Preto), v. 31, n. 4, p. 493-506, 1998.

AFTER BERLIN, Acute Respiratory Distress Syndrome. Síndrome de angústia respiratória aguda
após Berlim. Pulmão RJ, v. 24, n. 3, p. 31-35, 2015.

HERDMAN, Heather T.. Diagnósticos de enfermagem da nanda-I: definições e classificados


2018-2020. 11. PORTO ALEGRE: ARTMED, 2018, 462ort p.
SILVA, Daísa Carla Bezerra; QUEIROZ, Jordana Marcia; DA SILVA FILHO, Luciano dos Santos.
Recrutamento alveolar como técnica de tratamento utilizado na síndrome da angústia respiratória
aguda (sara): uma revisão da literatura. Revista científica da escola da saúde Universidade
Potiguar. Ano, v. 5, p. 13-20, 2016.

SILVA, STEFANIE DE OLIVEIRA; SALOMÉ, GERALDO MAGELA; NETO, JOSÉ DIAS DA


SILVA. MANUAL DE MANEJO EM PACIENTES COM SÍNDROME DO DESCONFORTO
RESPIRATÓRIO EM POSIÇÃO DE PRONA–Vol. 2. Editora BAGAI, 2023.

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