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LAÍS RIBEIRO
SALVADOR
2022
1. INTRODUÇÃO
2. DEFINIÇÃO DA ÁREA
Sendo uma das principais representações do que define a psicologia para o senso
comum, a clínica pode ser entendida como uma área da psicologia ainda muito recente.
Nascida nos Estados Unidos em 1950, tal área começou a se apresentar como uma alternativa
ao modelo médico através da explicação de comportamento visíveis a partir da psiquê
(BRITO, 2007).
De acordo com Mackay (1975 apud RIBEIRO & LEAL, 1996), a psicologia clínica
objetiva definir os aspectos comportamentais individuais e suas capacidades por meio de
métodos de análise e, a partir de uma integração destes resultados com as informações
oriundas dos exames físicos, história social, promover intervenções relacionadas a um
“ajustamento do indivíduo” que são apropriadas. Em consonância a isso, Pierón (1968 apud
RIBEIRO & LEAL, 1996) acrescenta que a psicologia clínica é a ciência do comportamento
humano, que tem como base a observação e análise aprofundada tanto de casos individuais
quanto grupais.
O estudo de caso a ser discutido foi apresentado por Muller et al (2015) e se trata do
paciente de nome fictício Daniel, sexo masculino, adulto jovem, filho único, estudante do
nível superior e heterossexual. Este apresentou como queixas principais: ansiedade
relacionada a diversos contextos sociais, dificuldade na escolha profissional e para realizar
seu trabalho de conclusão de curso.
Apesar de ter alguns amigos, Daniel considerava ser tímido quando criança. Na escola,
buscava se sentar nos cantos a fim de não chamar a atenção, além de apresentar bom
rendimento escolar. No início da adolescência, Daniel passou por dificuldades financeiras,
além da separação de seus pais, sobre a qual não foi informado. Com isso, este passou a se
isolar socialmente, passando a maior parte do tempo em seu quarto. Daniel apresentava medo
excessivo ao lidar com as pessoas, sentia-se muito ansioso em seleções profissionais,
buscando por aquelas para as quais era indicado. Este já havia realizado psicoterapia durante a
adolescência por um período de três anos. Contudo, retomou a terapia, quando adulto jovem
por conta da ansiedade desencadeada em situações sociais e também por conta de uma
ansiedade antecipatória. Daniel não mencionou nenhuma doença clínica. Este fez uso de
escitalopram e rivotril durante a adolescência durante seu primeiro acompanhamento
psicológico e psiquiátrico. Além disso, Daniel também relatou dificuldades para se aproximar
de garotas nas festas da faculdade, tendo dificuldades para falar com as mesmas por pensar
que elas não gostariam dele. O paciente também relatou ter dificuldades ao tentar ter relações
sexuais antes, por se sentir muito ansioso; contudo, anos depois, iniciou um namoro com uma
pessoa que já conhecia e com quem está em um relacionamento há mais de 2 anos. Quanto a
esta, ele alegou se sentir ansioso antes de ter a primeira relação sexual, porém, com o tempo,
passou a conseguir fazê-lo de forma continuada.
6. REFERÊNCIAS
BALLENGER, J.C.; DAVIDSON, J.R.; LECRUBIER, Y.; NUTT, D.J.; BOBES, J.; BEIDEL,
D.C; DEBORAH, C.; ONO, Y.; WESTENBERG, H.G.M. Consensus statement on social
anxiety disorder from the international consensus group on depression and anxiety.
Journal of Clinical Psyhchyatry, v. 59, n. 17, p. 54-60. 1998.
CLARK, D.A.; BECK, A.T. Terapia cognitiva para os transtornos de ansiedade: ciência e
prática. Porto Alegre, Artmed, p. 640. 2012.
JUSTER, H.R.; HEIMBERG, R.G. Social phobia-longitudinal course and long-term
outcome of cognitive-behavioral treatment. The Psychiatric Clinics of North America, v.
18, n. 4, p. 821-841. 1995.
MOURA, I. M., ROCHA, V. H. C., BERGAMINI, G. B., SAMUELSSON, E., JONER, C.,
SCHNEIDER, L. F., MENZ, P.R. A terapia cognitivo-comportamental no tratamento do
transtorno de ansiedade generalizada. Revista Científica da Faculdade de Educação e Meio
Ambiente. Ariquemes: FAEMA, v. 9, n. 1, jan./jun., 2018.