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Perspetiva Evolutiva

Charles Darwin desenvolveu um conjunto de investigações sobre as emoções, porque


considerava que tinham uma relação muito estreita com a evolução das espécies. Darwin
distingue seis emoções primárias ou universais: a alegria, a tristeza, a surpresa, a cólera, o
desgosto e o medo, tendo em conta as suas manifestações fisiológicas. Todas as manifestações
têm um valor comunicacional para os que estão presentes, que podem evitar uma situação de
confronto.

Darwin considera que as emoções desempenham um papel adaptativo fundamental na


história da espécie humana, sendo determinantes na nossa capacidade de sobrevivência. O
antropólogo Paul Ekman desenvolveu uma investigação em que procurou testar uma hipótese
que defendia: indivíduos de culturas distintas sentiriam diferentes emoções. Paul Ekman,
concluiu que havia emoções que estavam presentes e que se manifestavam de forma
semelhante em povos que apresentavam culturas diferentes.

Ekman acrescenta às emoções primárias identificadas por Darwin mais dez: excitação,
culpabilidade, contentamento, embaraço, satisfação, orgulho, prazer sensorial, desprezo,
vergonha e divertimento.

Investigações realizadas confirmaram o que Paul Ekman constatou na primeira investigação:


há emoções que são universais e independentes dos processos de aprendizagem e da cultura
em que se observam. Confirma-se assim a tese de Darwin. Afirma, no entanto, que existiriam
semelhanças transculturais na produção de expressões específicas de uma dada emoção.

Opinião

Tal como as minhas colegas, concordo com esta perspetiva, uma vez que, na nossa opinião, em
culturas diferentes verificam-se as mesmas emoções e expressões faciais.

Perspetiva Fisiológica
William James desenvolveu uma teoria que contraria o que nos parece evidente na nossa
experiência pessoal. Assim, face uma situação de perigo, eu não fujo porque tenho medo; eu
tenho medo porque fujo. As emoções resultam das perceções do estado do corpo provocadas
por estímulos particulares.

Os estímulos produzem alterações orgânicas que, por sua vez, geram emoções. Os estímulos
estão inicialmente ligados a respostas físicas que só posteriormente são interpretadas como
emoções. Esta perspetiva tem como interesse fundamental o estabelecimento da relação
entre o corpo e a mente, que se influenciariam mutuamente.

Opinião

Mais uma vez eu e as minhas colegas, temos a mesma opinião e não estamos de acordo com
esta perspetiva defendida por William James. Assim estamos de acordo com os psicólogos,
Wundt e Titchener, afirmavam que as alterações orgânicas são a consequência e não a causa
dos nossos estados emocionais. Tendo em conta o exemplo que referimos anteriormente, não
faz sentido teres medo porque foges, uma vez que fugir é a consequência de o estado
emocional ter medo.

Ainda assim, um aspeto positivo da teoria, de William James foi ter considerado que a emoção
é um estado subjetivo.
Perspetiva cognitivista
De acordo com a perspetiva cognitivista, existe uma relação entre o que pensamos e o que
sentimos. Esta perspetiva é oposta à perspetiva fisiológica. Para os defensores desta
perspetiva, as nossas cognições são um elemento fundamental no desencadeamento das
emoções. Seriam fatores de ordem cognitiva que explicariam os estados emocionais: é o modo
como eu encaro uma situação, como a interpreto, que causa a emoção, e não a situação ou
acontecimento propriamente ditos.

A emoção é determinada pelo modo como representamos a situação e pela avaliação pessoal
que lhe damos. A cólera, o medo e a alegria dependem da interpretação da situação, e esta
interpretação é controlada pelos sistemas cognitivos internos. As emoções dependem, assim,
do modo como se avaliam as situações, as relações com os outros. É o processo de avaliação
de um acontecimento e as suas consequências que define as emoções: as emoções não são as
mesmas se o acontecimento é percebido como novo ou como habitual.

Opinião

Uma vez que esta perspetiva é oposta à perspetiva fisiológica, à qual nós discordamos,
concordamos com perspetiva cognitivista. Ou seja, concordamos que a emoção é avaliada em
termos pessoais e dependem do modo como se interpreta as situações.

Perspetiva Culturalista
Os defensores da conceção culturista, sustentam que as emoções são comportamentos
aprendidos no processo de socialização. Esta perspetiva é contrária à perspetiva evolutiva.
Consideram que as emoções são uma construção social, necessitam de ser aprendidas. A cada
cultura correspondem diferentes emoções e diferentes formas de as exprimir. Cada cultura
tem o seu conjunto de regras que especificam o tipo de emoções que se podem manifestar nas
diferentes situações, e os comportamentos adequados para exprimirem as diferentes
situações. Diferentes sociedades valorizam, inibem ou circunscrevem a certas ocasiões a
expressão das emoções fundamentais. Existe uma linguagem da emoção reconhecida por
todos aqueles que pertencem à mesma cultura.

Opinião

Eu, a Bárbara e a Madalena concordamos com esta perspetiva, as convenções culturais


controlam as manifestações da emoção. Independentemente do sexo o modo como se chora,
quem pode chorar, onde chora, varia de cultura para cultura. Por exemplo, em certas culturas
aceita-se como natural que os homens se cumprimentem com um abraço ou um beijo.
Enquanto que em outras culturas este comportamento é considerado inaceitável.

(Matilde) Já eu discordo com esta teoria, que defende que a cada cultura correspondem
diferentes emoções e diferentes formas de se exprimir uma vez que, esta teoria é o contrário
da teoria evolutiva e eu estou de acordo com esta última. Assim, acho que mesmo que exista
um conjunto de regras que varie de cultura para cultura, o Homem não deixa de sentir a
mesma emoção.

Trabalho realizado por: Madalena Miguel, Matilde Desidério, Bárbara Pascoal e Inês Pedro.

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