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UNIVERSIDADE TIRADENTES

FICHAMENTO PROCESSOS PSICOLÓGICOS II


UNIDADE I: INTRODUÇÃO AS EMOÇÕES; TEORIA DAS EMOÇÕES;
COMPONENTES NEUROFUNCIONAIS DAS EMOÇÕES; TEORIAS DA
MOTIVAÇÃO

I – EMOÇÕES
A história das emoções se inicia na Grécia antiga, com os estudos de Aristóteles, entre
outros;
René descartes: cientista e filósofo, fundador da ciência moderna
Mente e corpo – dualismo cartesiano
Como seres racionais, podemos controlar paixões, emoções e movimentos físicos, e
essas capacidades nos diferenciam dos animais.
As emoções são sinalizadoras de que algo está acontecendo, tanto internamente como
externamente ao sujeito, pois, pelas reações, podemos perceber também as emoções de
outras pessoas. Segundo Reeve, as emoções são respostas a eventos situacionais e
importantes, que geram sentimentos, ativam o corpo para a ação e motivam. Segundo
Feldman, as emoções são sentimentos que mobilizam elementos fisiológicos e
cognitivos e influenciam o comportamento.

As 4 dimensões das emoções:


Sentimentos: experiência subjetivas; consciência fenomenológica; cognição
Sentido de propósito: estado motivacional direcionado para a meta; aspecto funcional
Excitação corporal: ativação fisiológica; preparação do corpo para a ação; respostas
motoras
Social-expressivo: comunicação social; expressão facial/vocal

O Psicólogo Paul Ekman chega à conclusão de seis emoções universais, por serem
manifestadas de forma semelhante em qualquer lugar do mundo, são elas:
1. Surpresa
2. Felicidade
3. Tristeza
4. Raiva
5. Medo
6. Repugnância/nojo

As emoções somos nós. Elas nos definem como sujeitos, marcam as nossas vidas. O ser
humano não é somente biológico nem psicológico, é uma interação de todas sensações.
A emoção tende a ser concebida como multifacetada, a partir das dimensões biológica,
subjetiva, social e proposital. Perspectivas dominantes continuam sendo classificadas de
forma ampla, em torno das polêmicas entre a prevalência biológica ou cognitiva
A visão dos dois sistemas afirma que as emoções são causadas tanto pela biologia
quanto pela cognição, ou seja, as emoções decorrem de um sistema inato espontâneo e
biológico, sincronizado com outro sistema baseado na experiência e aprendizagem
social.

II - TEORIA DAS EMOÇÕES:


Teoria de James-Lange: Não é a situação em si que desencadeia a emoção; é a
interpretação que fazemos das mudanças que nos faz sentir uma emoção. Hipótese do
feedback facial - propõe que a movimentação facial teria efeito na experiência subjetiva
das emoções.
Teoria de Cannon-Bard: Indicava que o sistema nervoso autônomo é lento para
explicar os sentimentos: A mente é mais rápida que o corpo. Propõe que informações
sobre estímulos emocionais são recebidas e processadas por diferentes vias pela mente e
pelo corpo. Corpo e mente experimentam as emoções de forma simultânea, mas
separada, pois são decorrentes de informações enviadas por estruturas subcorticais para
o córtex e para o corpo.
Teoria dos dois fatores de Schachter-Singer: Preconiza que a resposta fisiológica aos
estímulos emocionais é basicamente a mesma, o que denominaram de alerta fisiológico
indiferenciado. Quando a pessoa experimenta um alerta, tenta entender sua origem, o
que se dá por uma explicação cognitiva, chamada também de rótulo

TEORIAS ACEITAS ATUALMENTE:


Abordagens Psicoevolucionistas: Acreditam que as emoções são parte da evolução das
espécies, que foram se adaptando a eventos e exigências do meio. Expressões faciais
inatas nos seres humanos e primatas. Existem emoções básicas, ou primárias, próprias
da espécie humana, que evoluíram como formas adaptativas individuais e grupais.
Abordagens Cognitivistas: Reconhecem a origem evolucionista e as reações
fisiológicas, mas adicionam o elemento de avaliação da situação para o
desenvolvimento da emoção. A avaliação é cognitiva, pode ser consciente ou não, e
acontece de forma muito rápida para determinar a emoção a ser experimentada.
Teorias de Abordagem Social: Descartam a influência dos aspectos biológicos, mas
aceitam os cognitivos. A emoção fica sujeita ao valor social de sua expressão, pois é
concebida como um papel social constituído pela cultura, e em constante mudança. As
emoções são avaliadas e julgadas se adequadas ou não pelas interações sociais e, em
última análise, pela cultura, que teria uma importância crucial na vivência emocional.

III - COMPONENTES NEUROFUNCIONAIS DAS EMOÇÕES


Sistema Límbico: Refere-se sobretudo a um conjunto de estruturas que amparam a
operação emocional no cérebro. Porém, ela não é suficiente para descrever a ligação
direta entre as áreas cerebrais e suas funções emocionais específicas.
Ínsula: Atua recebendo e integrando sinais sensoriais provenientes do corpo inteiro; e
na consciência subjetiva dos estados corporais, como sentir a pulsação, sentir fome, ter
vontade de ir ao banheiro, etc., o que mobiliza o indivíduo a agir, ou seja, as emoções
produzem respostas corporais
Amígdala: Atua processando o significado emocional dos estímulos e produzindo
reações emocionais e comportamentais imediatas. É a estrutura cerebral que possibilita
tanto o processamento da aprendizagem das emoções, quanto o desenvolvimento das
respostas comportamentais com base nessas emoções.

As emoções também podem ser categorizadas a partir de um modelo chamado


“circumplexo”, que as classifica levando em consideração sua valência (emoções
mais positivas ou mais negativas - significado) e sua ativação (isto é, o nível de
excitação fisiológica que elas promovem).

Neurotransmissores – participam de forma significativa na modulação emocional,


tendo em vista que elas são responsáveis pela comunicação entre os neurônios, que,
por sua vez, mobilizam a produção de uma resposta efetiva.

“Monoaminas”: As monoaminas interagem entre si e afetam-se mutuamente,


contribuindo, assim, para uma ação dinâmica e integrada.
1. Serotonina
2. Noradrenalina
3. Dopamina

IV- MOTIVAÇÃO
Envolve “fatores que direcionam o comportamento dos seres humanos e outros
organismos".
Força interna que nos leva a agir e que, por ser interna, só nós podemos sentir.
Envolve diferentes aspectos, como fatores cognitivos, sociais e biológicos.
Conceitos como instinto, impulso, homeostase e autorrealização, se relacionam com a
motivação, pois ajudam a manter nosso equilíbrio interior, direcionando nossas ações.

TEORIA DA VONTADE: Descartes e Darwin;


Para Descartes: a vontade era a principal força motivacional; entendendo a vontade,
seria possível entender a motivação
Para Darwin: predomínio de explicações biológicas, genéticas e mecanicistas; a relação
da vontade com a motivação foi perdendo seu lugar; teoria baseada no instinto

TEORIA INSTINTIVA: William James


Não foi suficiente; aos poucos, se verificou que muitos de nossos comportamentos são
aprendidos e não podem ser explicados apenas pelo instinto.

TEORIA DE REDUÇÃO DO IMPULSO:


A ausência de alguma necessidade básica produziria um impulso para satisfazê-la. A
motivação estaria relacionada com o impulso para agir. Insuficiente para explicar um
comportamento que não estivesse diretamente relacionado com objetivo de atender a
uma necessidade.

ABORDAGEM DE EXCITAÇÃO DA MOTIVAÇÃO:


Quando os níveis de estimulação ou de atividades estão elevados, haveria uma tentativa
de reduzi-los, da mesma forma que, quando essa estimulação e as atividades estão
baixas, haveria uma tentativa de aumentá-los. A motivação seria explicada em termos de
emitir um comportamento para aumentar ou diminuir os níveis de estimulação ou
excitação.

ABORDAGEM DE INCENTIVO A MOTIVAÇÃO:


O comportamento pode ser motivado por estímulo externos (dinheiro, sexo, etc.). A
motivação surgiria do desejo de obter objetivos externos (incentivos ou recompensas).

ABORDAGENS COGNITIVAS DA MOTIVAÇÃO:


Motivação é produto de pensamentos e objetivos das pessoas. Assim, as expectativas e
cognições motivariam a pessoa a realizar determinada ação. Motivação intrínseca:
realizar algo para nosso prazer. Motivação extrínseca: agir em função da recompensa
tangível que terá em troca.

HIERARQUIA DAS NECESSIDADES DE MASLOW:


1. Auto realização: realizações pessoais, desenvolvimento pessoal
2. Estima: reconhecimento profissional, status, autoestima, confiança
3. Aspectos sociais: relacionamentos com amigos, família, vida amorosa,
comunicação, social
4. Segurança: estar seguro, família segura, saúde, estabilidade
5. Necessidades básicas: sede, comida, bom sono, ir ao banheiro.
COMPENENTES NEUROFUNCIONAIS DA MOTIVAÇÃO:

FATORES BIOLÓGICOS E SOCIAIS NA REGULAÇÃO MOTIVACIONAL: os dois


elementos a serem destacados são: o hipotálamo (atua regulando fatores como
temperatura corporal, fluidos e o balanço energético) e a homeostasia (remete a um
processo que atua mantendo o ambiente interno do organismo em equilíbrio
fisiológico).
Regulação hipotalâmica da homeostasia são 3 tipos de resposta: resposta humoral
(respondem a sinais sensoriais, estimulando ou inibindo a liberação de hormônios
hipofisário na corrente sanguínea); resposta visceromotora (respondem a sinais
sensoriais, ajustando o equilíbrio das atividades do sistema nervoso simpático e
parassimpático); resposta somatomotora (hipotálamo lateral, respondem a sinais
sensoriais, estimulando uma resposta somatomotora para gerar um comportamento
apropriado).

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