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Modelo topográfico:
Neste modelo compara a mente humana a um iceberg. A parte visível é o
consciente, a parte submersa perto da linha de água é o pré-consciente e a
parte submersa, profunda, é o inconsciente;
O consciente é a parte da mente humana a que temos espontaneamente
acesso no estado de vigília, ou seja, as perceções, as emoções, os sentimentos,
os afetos e os pensamentos;
O pré-consciente faz a ligação entre o inconsciente e o consciente e nele
residem memórias que não estão acessíveis diretamente ao consciente. Para
que os conteúdos do inconsciente se tornem conscientes, têm de passar pelo
pré-consciente;
O inconsciente corresponde à maior parte do iceberg e tem uma grande
importância nos nossos comportamentos. É constituído por elementos
inacessíveis ao consciente, tais como os desejos, as pulsões sexuais e
agressivas, os traumas de infância e os conteúdos recalcados.
Modelo estrutural:
Segundo este modelo, a mente é constituída pelo id, pelo ego e pelo superego;
O ser humano já nasce com o id. É composto essencialmente pelas pulsões
básicas de carácter biológico, como comer e beber, e pelas pulsões de caráter
agressivo e sexual. O princípio do id é o princípio do prazer. Este atua sobre o
ego, incitando-o irracionalmente a realizar as suas necessidades;
O ego é formado a partir do id, durante o primeiro ano de vida. No entanto, o
seu princípio é o princípio da realidade, isto é, limita a sua esfera de ação
àquilo que a realidade permite. Assim, o ego tenta satisfazer o id respeitando
as possibilidades reais, controlando os impulsos do id;
O superego é formado por volta dos 5/6 anos de idade. É composto pelas
normas morais da sociedade, interiorizadas através da idealização de
determinadas figuras, nomeadamente a do pai, e funciona como uma espécie
de controlador do ego contra as indicações do id, precavendo comportamentos
desadequados por parte do ego e punindo-o quando este cede ao id, não
cumprindo as suas determinações. O superego está na base de todos os
comportamentos morais.
Psicanálise:
Freud explicava a existência ou não de distúrbios psíquicos nos indivíduos seria
o resultado de como a mente resolvia, de forma equilibrada ou não, o conflito
entre o princípio do prazer e o princípio da realidade, entre o inconsciente e o
consciente;
Desenvolve o método psicanalítico, que tinha como finalidade compreender a
mente e a natureza dos distúrbios psíquicos, e o seu principal objetivo era o
tratamento da paciente.
Avaliação da teoria:
Freud revolucionou o objeto e o método da psicologia, bem como a própria
conceção do ser humano;
Ao introduzir o inconsciente como objeto de estudo da psicologia, demarca-se
da conceção que Wundt tinha sobre a mente e demarca-se do
comportamentalismo;
Revoluciona o modo como concebemos o ser humano, isto é, substituiu uma
conceção do ser humano como ser racional e consciente por uma conceção do
ser humano dividido entre esta natureza, racional e consciente, e uma natureza
pulsional e instintiva;
Esta teoria é criticada por ser demasiado otimista relativamente ao ser humano e por
subestimar os conflitos sociais.
Estádio pré-operatório:
Emerge a função simbólica. Com o auxílio das imagens, dos símbolos e dos signos, a
criança adquire o prazer de falar e o seu pensamento torna-se profundamente
intuitivo, livre e imaginativo;
Nesta fase a criança encontra-se centrada em si mesma. Esta centração tem
repercussões na perceção do mundo físico e das relações sociais, traduzindo-se em
características como o egocentrismo. A sua compreensão do mundo é rudimentar.
Acredita que todos os fenómenos exteriores dependem de si, como o sol pôr-se,
porque estava cansada, ou o vento começar a soprar, porque está com calor;
No estádio pré-operatório, a criança já é capaz de pensar e representar
simbolicamente o mundo, mas ainda é incapaz de realizar operações. Responde aos
problemas que lhe são colocados única e exclusivamente com base na aparência, na
perceção imediata do mundo. [ver imagem da página 286 e quadro da página 287 –
ilustram como a criança se deixa iludir pela aparência, não realizando operações
concretas]