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O Palácio do Bussaco como expressão

do Romantismo

Trabalho realizado por:


Gaspar Ferreira nº 12
Daniela Santos nº 8
Teresa Santos nº 27
Pedro Tavares nº 28
Introdução
Neste trabalho iremos apresentar o Palácio do Bussaco como
expressão do Romantismo. Começaremos por abordar o
Convento de Santa Cruz e a sua história, de seguida o apelo da
natureza e o fascínio pelo exótico dentro deste local, os traços
nacionalistas presentes no palácio e, por fim, o revivalismo
económico.

O local e o Convento de Santa Cruz


O Convento de Santa Cruz, também conhecido como o
Convento dos Carmelitas Descalços, foi construído entre 1628 e
1630, tendo sido a habitação de uma comunidade de eremitas
(indivíduos que vivem isolados por motivos religiosos).

Local

O Convento situa-se na
Mata Nacional do Bussaco,
na zona da mealhada em
Aveiro.

História
Foi em 1628 que o bispo de Coimbra doou a mata do Bussaco à
Ordem dos Carmelitas Descalços para que estes fizessem um
mosteiro. Os eremitas começaram por contruir o Convento de
Santa Cruz envolto depois num muro com mais de cinco
quilómetros e dentro deste edificaram nove ermidas onde se
dedicaram à oração. Aqui, ao longo dos anos, plantaram
também, espécies exóticas vindas das nossas colónias. O
convento tornou-se assim um local de oração, de refúgio e de
equilíbrio com a natureza.
As terras do Bussaco foram ocupadas por esta Ordem até 1834,
data em que ocorreu a extinção das ordens religiosas masculinas.

Divisões e características

Fachada

(arcos de volta perfeita)


(parede com
embrechados)
Vestíbulo

Corredor com teto revestido em


cortiça

Altar e retábulo da capelinha do


Senhor Ecce Homo
Igreja

As esculturas em
madeira por debaixo do
Altar-mor, figurando o
Cristo Crucificado
O apelo da natureza e o fascínio pelo
exótico
Depois do Bispo de Coimbra doar os terrenos do Bussaco aos
Carmelitas Descalços, em 1628, estes ergueram um muro para
rodear as suas terras, onde construíram o Convento de Santa
Cruz, integrado na vegetação.

Abriram também caminhos de deambulação pela mata, onde


edificaram várias capelas de pequena dimensão, também
denominadas de ermidas.
A mata foi ampliada e renovada pelos monges ao longo dos anos,
que aí introduziram novas espécies exóticas vindas das colónias.
O Bussaco tornou-se, então, num local de oração e contemplação

em harmonia com a natureza.


Atualmente a Mata Nacional do Bussaco é uma área protegida e
possui milhares de espécies, tanto vegetais como animais.

Alguns exemplos de espécies vegetais:


Cipreste
Loureiro

Medronheiro
Araucário

Alguns exemplos de espécies animais:


Águia-calçada
Trintão-de-ventre-laranja

Açor
Salamandra-lusitânica

A Mata do Bussaco também possui diversos locais inseridos no


meio selvagem. Alguns exemplos:
Vale dos Abetos
Lago Grande
Fonte Fria

Floresta Relíquia

A partir das Portas de Coimbra estão disponibilizados seis


percursos terrestres, que permitem aos visitantes ter diferentes
visões da Mata.
A interação entre os seres vivos e o meio ambiente torna clara a
vitalidade e o equilíbrio dos ecossistemas

Traços nacionalistas
O palácio do Bussaco, construído entre 1888 e 1907, é exemplo
da moda arquitetónica da altura conhecida por “Romantismo
Castelar”

O Palácio é considerado uma recriação da arquitetura manuelina


que foi inspirado na Torre de Belém.
Na antiga sala de jantar, que já foi palco de grandes banquetes
reais, as janelas e as portas são de estilo Manuelino.

O edifício do atual hotel, em estilo neomanuelino, está decorado


com painéis de azulejos, frescos e quadros relativos à Epopeia
dos Descobrimentos portugueses, todos eles assinados por
alguns dos grandes mestres das artes.
O revivalismo económico
Durante o século XIX enquanto revolução industrial se espalhava
por toda a Europa a cultura mantinha se intacta.

A nostalgia e o movimento do romantismo eram tendência por


trazerem de volta o gosto por estilos antiquados com preferência
naqueles que valorizam a unicidade de cada nação;
O estilo manuelino começou a ser mais apreciado como um
estilo de elementos simples;

Ainda neste século os revivalismos românticos chegam a


Portugal, enquanto isso há a necessidade do país reaver o seu
lugar no cenário político europeu e também consolidar-se como
uma nação soberana e autónoma mas apesar dos esforços a
bancarrota evidenciava ser o final mais provável no final do
século.

Conclusão
Conclusão

Concluímos que este trabalho foi bastante interessante e


enriquecedor, pois ficámos a conhecer um pouco mais sobre a
história e as características do Palácio do Bussaco. Pudemos
verificar a origem deste, a importância da natureza para os seus
antigos habitantes, as características arquitetónicas portuguesas
presentes em todo o palácio e, por último, também evidenciado
na arquitetura e noutros aspetos, conseguimos observar diversos
traços do passado.

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