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As emoções são mais acessíveis à análise do que os sentimentos por motivos de serem mais facilmente
identificáveis, nomeadamente pelo facto de muitas das suas respostas serem externalizadas, logo mais
facilmente mensuráveis. Os resultados das emoções podem ser dois: comportamento, como por
exemplo a expressão de alegria com um grito quando o nosso clube de futebol ganha o campeonato;
sentimentos, ou seja representações cognitivas de estados emocionais, que têm o potencial de alterar
os pensamentos sobre o objeto, assim como de alterar o comportamento futuro face ao mesmo.
Em suma, poder-se-á assumir que as emoções são um conjunto de reações psicobiológicas complexas
despoletadas por determinados sistemas cerebrais quando o organismo se encontra perante
determinada situação ou objeto. Assim, a emoção é tomada como fortemente determinada pela
biologia, mas moldada pela experiência no contexto sociocultural.
Emoção e sentimento são dois fenômenos psicológicos que se relacionam, mas que
não são sinônimos. A emoção é uma reação orgânica intensa e de curta duração, que
ocorre em resposta a um estímulo ambiental. A emoção envolve componentes
fisiológicos, comportamentais, experienciais e sociais, e pode ser observada pelos
outros. Por exemplo, quando alguém se assusta com um barulho, o seu coração
acelera, o seu rosto se contrai, o seu corpo se prepara para fugir ou lutar, e ele sente
medo.
Portanto, a diferença entre emoção e sentimento está no fato de que a emoção é uma
resposta automática e visível do organismo a um evento externo, enquanto o
sentimento é uma construção mental e invisível do indivíduo sobre uma emoção
interna.
Por outro lado, as emoções podem influenciar a forma como as pessoas constroem,
modificam ou consolidam os seus traços de personalidade. Por exemplo, emoções
positivas podem favorecer o desenvolvimento de traços como autoestima,
autoeficácia, otimismo e abertura à experiência, enquanto emoções negativas podem
favorecer o desenvolvimento de traços como insegurança, pessimismo, rigidez e
evitação.
4. Olhando em nossa volta, e para nós próprios, constatamos que as emoções são
controladas e reguladas, sendo que cada um de nós escolhe, até certa medida, que
expressões exprimir e como o fazer. O conceito regulação emocional começou a ser
utilizado nos anos 80, tendo surgido múltiplas propostas para este processo, o que
gerou a diminuição de consenso e clareza do mesmo. Actualmente tem havido uma
tentativa no sentido de clarificar o conceito de regulação emocional e, particularmente
esclarecer os mecanismos envolvidos neste processo.
No entanto, não expressar as nossas emoções pode ter efeitos negativos na nossa
saúde física e mental, como o aumento do estresse, da ansiedade, da depressão, da
somatização e da baixa autoestima. Por isso, é importante aprender a regular as nossas
emoções de forma eficaz e adaptativa, ou seja, de forma a reduzir as emoções
negativas e a aumentar as emoções positivas, sem reprimi-las ou ignorá-las.