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Organização
Tipos (Dimensão, Propriedades e
Ramo de Atividade)
Conceitos e Tipos
Elementos Organização do
Constitutivos posto de Certificação
trabalho
Noções de Qualidade
Princípios
de
Objetivo e papel na Qualidade
sociedade
(Responsabilidade Sistema de Gestão
da Qualidade
Social/Ética) Gestão da
segundo a norma
Qualidade
NP EN ISSO
9001/2015
Produção Comercial
Funções Planeamento
Estratégico
Financeira Recursos
Humanos
ORGANIZAÇÃO
Conceitos e tipos
O que são organizações? Quais as suas principais características e tipos? Serão estas as principais questões
a serem respondidas nesta unidade curricular. Trata-se, pois, essencialmente, de esboçar uma introdução
ao tema “gestão de organizações”, partindo de uma discussão conceitual e teórica.
“Duas ou mais pessoas trabalhando juntas e de modo estruturado para alcançar um objetivo específico ou um
conjunto de objetivos” (STONER; FREEMAN, 1985, p. 4).
As organizações são identificadas como possuindo quatro elementos principais: “pessoas, divisão do trabalho,
limites de atuação e objetivos” (SILVA, 2013, p. 43).
“... é uma ferramenta que as pessoas usam para coordenar as suas ações e obter alguma coisa que desejam ou
valorizam” (JONES, 2010, p. 7).
As organizações, de qualquer tipo, grandes ou pequenas, públicas ou privadas, possuem algumas
características em comum: são “entidades sociais”; são “orientadas por metas”; são “projetadas como sistemas
de atividade deliberadamente estruturadas e coordenadas”; são “ligadas ao ambiente externo” (DAFT, 2014, p.
12).
Organização é muito mais do que somente organogramas e um conjunto de cargos de gestão e pode ser vista
como “uma casa a ser habitada por seres humanos” ou um “complexo sistema de comunicações e inter-
relações existentes num agrupamento humano”. A organização pode ser considerada, portanto, como um
“sistema de papéis” que proporciona aos membros deste sistema tomar decisões (SIMON, 1965, p. 17).
“Uma organização é um grupo humano, composto por especialistas que trabalham em conjunto numa atividade
comum” (DRUCKER, 1994, apud CARAVANTES, 1998, p. 27).
A definição de organização está condicionada numa primeira análise à existência de uma “meta específica”, o que
diferencia este sistema de outros sistemas sociais. Entretanto, para ser definida como um sistema social, uma
organização deve possuir uma “estrutura descritível”, em duas dimensões: a “cultural e institucional” como
“padrão de valores” do sistema; e os “papéis” dos grupos e indivíduos no funcionamento da organização
(PARSONS, 1967, p. 44).
Sandroni (1994, p. 248) define uma organização como um “Conjunto de relações de ordem estrutural (direção,
planeamento, operação e controle) ... Consiste num sistema por meio do qual os desempenhos pessoais são
operacionalizados e coordenados.”
Uma organização é uma “estrutura social racionalmente organizada”, também definida como uma organização
formal ou burocrática (MERTON, 1967. p. 57).
Organizações são “construções sociais” em que são importantes as instalações físicas, as relações interpessoais, a
natureza humana e as relações externas. O autor ressalta a importância da cultura (valores, crenças e regras de
conduta) na organização, o que a caracteriza como “organismo vivo”, “contextualizado”, “sistêmico”, “complexo” e
como “seres que aprendem” (PAGLIUSO; CARDOSO; SPIEGEL, 2010, p. 27).
Conforme o tipo de
Não formalizados
produto ou serviço
(um grupo de
oferecido e o
pessoas que age e
ambiente em que a
decide
organização está
coletivamente).
inserida.
A combinação das diferentes características dos níveis organizacionais de determinada
organização irá resultar numa multiplicidade de tipos, ou seja, uma tipologia de
estruturas organizacionais.
Assim, conforme afirma Blau e Scott (1970, p. 55), as “... organizações formais são
objetos sociais complexos ... “ e podem ser classificadas com relação à sua propriedade
(públicas ou privadas), grandes ou pequenas, de produção ou de serviços, por tipo de
público que atua internamente (voluntários, empregados, prestadores) ou pela função
que desempenham (económica, política, religiosa ou educacional). Como tal, e
considerando a diversidade de variáveis que existem para classificar as organizações,
inúmeros outros formatos organizacionais podem ser identificados, além daqueles
apresentados nesta UFCD.
O primeiro passo, nesse sentido, deverá ser a identificação dos níveis
hierárquicos existentes em determinada organização. Segundo Blau e
Scott (1970, p. 53), que se apoiam nas contribuições do sociólogo
Talcott Parson, encontram-se nas organizações, basicamente, três
níveis hierárquicos:
A tecnoestrutura
(analistas de O núcleo operacional
planejamento, de (operários,
controle, de pessoal e de professores)
métodos)
AS CINCO COMPONENTES BÁSICAS DE UMA ORGANIZAÇÃO
Fonte: MINTZBERG et al., 2000, p. 225-227. (*) - Adhocracia ou "adocracia" é um sistema temporário
variável e adaptativo, organizado em torno de problemas a
serem resolvidos por grupo de pessoas com habilidade e
profissões diversas e complementares.
TIPOS DE FORMATO DA ESTRUTURA
DESCRIÇÃO EXEMPLOS
ORGANIZAÇÃO ORGANIZACIONAL
Padronização: o uso extensivo é feito mediante Adaptação: o uso extensivo é feito mediante
regras escritas e procedimentos de operações- contacto pessoal para coordenar as tarefas, os
padrão para coordenar tarefas, os processo de processos de trabalho são relativamente
trabalho são previsíveis. imprevisíveis.
Fonte: JONES, 2010, p. 89.
A forma de agrupar as pessoas e de dividir o trabalho internamente também pode
ser utilizada para classificar determinada organização. Para tanto observa-se a
chamada departamentalização.
Por atividades
Por resultados
ou funções
Pela tecnologia
Pela
Pelo tipo de utilizada ou
abrangência de
cliente pelo projeto
cada atividade
Características, vantagens e desvantagens dos diferentes tipos de
departamentalização
TIPOS
DE CARACTERÍSTICAS VANTAGENS DESVANTAGENS
DEPARTAMENTALIZAÇÃO
Maior utilização de pessoas Pequena cooperação
Agrupamento por atividades
especializadas e recursos. interdepartamental.
ou funções principais.
FUNCIONAL Adequação a atividades Contraindicada para
Divisão do trabalho interno
continuadas, rotineiras e circunstâncias ambientais
por especialidade.
estabelecidas a longo prazo. imprevisíveis e mutáveis.
Definição de
Enfraquecimento da
Agrupamento por resultados responsabilidades por
especialização. Alto custo
quanto a produtos ou produtos ou serviços,
operacional pela duplicação
serviços. Divisão de trabalho facilitando a avaliação dos
das especialidades.
POR PRODUTOS OU por linhas de produtos e resultados. Melhor
Contraindicada para
SERVIÇOS serviços. Enfase nos coordenação
circunstâncias estáveis e
produtos e serviços. interdepartamental. Maior
rotineiras. Enfase na
Orientação para os flexibilidade. Facilidades
coordenação em detrimento
resultados. para inovações. Ideal para
da especialização
circunstâncias mutáveis.
TIPOS
DE CARACTERÍSTICAS VANTAGENS DESVANTAGENS
DEPARTAMENTALIZAÇÃO
Maior ajustamento às
Enfraquecimento da
Agrupamento conforme condições locais ou regionais.
coordenação (planeamento,
localização geográfica ou Definição de
GEOGRÁFICA OU execução e controle) da
territorial. Enfase na responsabilidades por local
TERRITORIAL organização como um todo.
cobertura geográfica. ou região, facilitando a
Enfraquecimento da
Orientação para o mercado avaliação. Ideal para firmas de
retalho. especialização.
Por norma, trata-se de uma representação do essencial, que se desdobra para uso
interno, detalhando as suas subunidades. As formas tradicionais de estruturas,
baseadas na hierarquia e na divisão funcional do trabalho, tais como as estruturas
linear e funcional, estão a cair cada vez mais em desuso como formas únicas de
representação
Em Resumo:
Estrutura Linear
- Comum em empresas pequenas, onde não há diversificação do trabalho. Pouca
especialização e trabalhos menos complexos.
- Baseada na estrutura dos antigos. Total autoridade do chefe. Rígida unidade de
comando.
- Todos os órgãos são estruturados sob uma única linha de subordinação. Há
centralização das decisões. As linhas formais de comunicação, geralmente com fluxo
descendente. Cada unidade de trabalho executa tarefas especificas e bem definidas.
Corresponde a uma estrutura simples.
Vantagens:
- Autoridade única.
- Indicado para pequenas empresas.
- Mais simples e económicas.
- Facilita a unidade de comando e disciplina (disciplina rígida).
- Clara delimitação de responsabilidade e autoridade.
Desvantagens:
- Tendência burocratizante.
- Diminui o poder de controle técnico.
- Comando único e direto, com menor cooperação das pessoas.
- Comunicação demorada e com distorções.
- Sobrecarrega a direção e as chefias.
- Não favorece o espírito de cooperação e equipa.
Estrutura Linear Staff
- É o modelo de estrutura em que a(s) unidades(s) diretiva(s) conta(m) com uma unidade
especial (órgão ou pessoa-staff). O staff deve ser independente na sua atuação com
liberdade de opinião. O staff deve servir de apoio, assessoria e recomendações.
- O staff tem o direito de assessorar e fazer recomendações ao pessoal de linha, mas não o
direito de comandar.
- O staff deve se adequar e adaptar a linha, e não o contrário.
- A linha deve ouvir as recomendações do staff, mesmo que não as aceite.
Vantagens:
- Agregar conhecimento novo e especializado a organização.
- Facilita a utilização de especialistas.
- Possibilita a concentração de problemas específicos nos órgãos de staff.
Desvantagens:
- Não são facilmente aceitas as funções exercidas pela unidade staff, criando
dificuldades de coordenação interna.
- Os membros dos órgãos staff não aceitam com facilidade as limitações dos cargos que
lhe são pertinentes e tendem a exercer atividades próprias dos órgãos de linha.
Estrutura Funcional
- É aquela em que se encontra uma chefia para cada função, de modo que os subalternos
exerçam mais de uma função, ficando sob o mando de mais de um chefe.
- Promove o aperfeiçoamento.
- Facilita a especialização, nos escalões hierárquicos superiores.
- Facilita o trabalho em equipa (formação de equipas).
- Dá maior flexibilidade de adaptação à empresa.
- O especialista sente-se mais valorizado.
Desvantagens:
Resumo:
Desvantagens:
Segundo Cunha, et al., (2007, p. 563) “a comunicação caracteriza-se pela capacidade para
escutar e compreender as perspetivas dos outros de adaptar a abordagem, tendo em vista
melhorar a comunicação e alcançar resultados”. Importa clarificar que todos os indivíduos
são diferentes, daí a necessidade de haver uma sensibilização no trato, com os diferentes
indivíduos e o respeito pela individualidade de cada um.
● TIPOS DE COMUNICAÇÃO
comunicação
administrativa
comunicação
A comunicação organizacional,
mercadológica
segundo análise de Kunsch (2003),
apresenta diferentes modalidades
que permeiam as suas atividades
comunicação comunicação
institucional interna
comunicação comunicação comunicação comunicação
mercadológica institucional administrativa interna
COMUNICAÇÃO MIX
COMUNICAÇÃO EXTERNA
COMUNICAÇÃO INTERNA
(PÚBLICOS EXTERNOS À
(PÚBLICOS INTERNOS)
ORGANIZAÇÃO)
Administrativa + Interna
Mercadológica + Institucional
ALGUMAS NOÇÕES FUNDAMENTAIS:
Dionísio (2004, cit. In Baptista, 2009) diz-nos que “a organização tem que saber
motivar e envolver o público interno, para obter sucesso ao nível do seu público
externo. Os públicos internos são um meio de divulgação externa da imagem da
organização, podendo atingir essa utilidade pela negativa se não forem envolvidos”.
Neste processo o emissor é aquele que transmite a mensagem, essa mensagem para
ser detonadora de significado deverá ser percetível pelo recetor, este deve estar
sintonizado com o emissor para compreender a mensagem, que corresponde ao
conteúdo da comunicação, esta é feita através de um canal que serve de suporte e
veículo a uma mensagem.
Os meios Contexto Código
Existem diversos
suportes, entres ele, ar, Corresponde a um
telefone, cartaz, internet, conjunto de sinais
No qual se
televisão, entre outros, estruturados que
encontram o emissor
este deve ser podem ser verbais ou
e o recetor da
cuidadosamente não-verbais. Trata-se
mensagem.
escolhido para a da maneira pela qual a
eficiência e sucesso da mensagem se organiza.
comunicação
ALGUMAS NOÇÕES FUNDAMENTAIS:
Para Duterme (2002, p. 18), em situação de comunicação, a nossa atenção é focalizada naquilo que é
trocado: no conteúdo, ou seja, a mensagem. Segundo a sua perspetiva, para o emissor, o objetivo é que a
informação atinja da melhor forma o destinatário, devendo ter o cuidado de referenciar o essencial do
conteúdo da informação e identificá-lo de forma clara e lógica, formalizando-o da melhor maneira
possível, de modo a que o conteúdo chegue ao destinatário com a máxima eficácia.
Saliente-se que Cascio (2002) diz-nos que as falhas na comunicação podem colocar em causa a
honestidade e abertura desejáveis na interação com os colaboradores. Ou seja, se a organização não
promover atualizações de informação regulares e constantes pode estar a contribuir para a criação de
uma atmosfera de incertezas e expansão de rumores, suscitáveis de ativar conflitos internos.
Uma comunicação interna eficaz é considerada como uma ferramenta essencial para o sucesso
organizacional, é através desta que são conhecidos os objetivos a atingir, corrigidos os desvios e dada
relevância aos interesses e integração dos membros.
A comunicação eficaz: regras e efeitos
COMUNICAÇÃO INTERNA
AS REGRAS DO Sociedade
Empresas JOGO Civil
COMUNICAÇÃO INTERNA
PROTOCOLO
O protocolo organizacional diz respeito ao conjunto de regras que orientam o ambiente de
determinada organização, passando por linhas que orientam o estilo da comunicação até à
indumentária que deve ser adotada pelos colaboradores.
O protocolo, como instrumento de comunicação, acrescenta valor ao relacionamento que as empresas
têm com os colaboradores e com o exterior e é, consequentemente, uma mais-valia.
Porque é que a comunicação interna deve seguir um protocolo?
● A singularidade: cada organização é única e possui características singulares, pelo que só o seu
protocolo será o mais indicado e o mais correto.
● Benefícios: contribui para uma imagem externa mais coerente, fiel à organização e à marca, para
unir os colaboradores em torno de objetivos comuns. Ajuda a certificar sobre os procedimentos
mais corretos a serem tomados.
COMUNICAÇÃO INTERNA
PROTOCOLO PROTOCOLO
INSTITUCIONAL INFORMAL
Dois ou mais indivíduos, que interagem e são interdependentes, que se juntaram para
atingir objetivos particulares. (Robbins & Judge, 2009:318)
Duas ou mais pessoas que interagem com outra, em que cada pessoa influencia e é
influenciada pelas outras pessoas. (Griffin & Moorhead, 2012:240)
O Grupo informal
Conjunto de duas ou mais pessoas que interagem com o objetivo de partilharem ideias
e experiências, de debaterem temas ou resolverem questões do foro pessoal ou
organizacional, de forma não institucional ou organizada, embora possam resultar
desta interação contributos aplicáveis institucionalmente ao trabalho da organização.
Uma definição de comunicação interna, associada ao protocolo informal:
Um instrumento de integração, de informação, de participação e de produção, a ligação entre
o negócio e as pessoas, uma matéria da vida dos colaboradores, a partilha de significados e
de cultura numa organização
Conhecer a comunicação interna da organização a partir dos grupos:
UTILIZAÇÃO TIPOS DE
DE REUNIÕES
TU WHATSAPP REALIZADAS
PROCESSOS
ORGANIZACIONAIS
ADOPTADOS
INDUMENTÁRIA
EXPRESSÕES
DESCONTRAÍDA
Benefícios no dia-a-dia de uma organização:
- Melhoramento: Criação de sinergias; mais rápida execução de tarefas; criação de novos projetos e
iniciativas fruto do bom relacionamento entre as pessoas.
- Contributo para a criação de uma cultura organizacional alternativa: para além da cultura organizacional
institucional (formal), existem subculturas próprias das organizações/departamentos/profissões.
- Uma pessoa coletiva de direito público ou privado – propriedade dos seus promotores e
investidores;
- Uma célula social – um conjunto de pessoas que passa na empresa uma boa parte da sua
vida, e nela se formam profissional, cultural e socialmente;
- Um sistema de relações – para colocar as pessoas certas nos lugares certos, o que implica
estabelecer uma rede de relações hierárquicas entre as várias células da Empresa;
- Um centro de decisões – para fazer as opções que permitam à empresa mantê-la viva e
atuante no seu contexto.
Do ponto de vista jurídico, as empresas classificam-se, segundo o estatuto social e a
propriedade do capital, em quatro tipos principais:
- Cooperativas – são pertença dos cooperantes e são geridas por eles próprios; são sociedades
de pessoas, enquanto as anteriores são sociedades de capitais.
A Empresa é, portanto, um sistema organizacional que funciona em três
etapas:
Não há empresa sem objetivos. O que há, e são muitas, são empresas sem uma
formulação oficial e pública de seus objetivos. Portanto, uma coisa é ter objetivos,
como condição de sobrevivência, uma outra é manifestar os objetivos da sua empresa.
Valerá a pena manifestar objetivos? Não necessariamente. Tudo depende de uma
constelação de circunstâncias, determinadas primordialmente pelos seguintes fatores:
● Do tamanho da empresa
● Do tipo de empresa
● Da "maturidade" da empresa
● Do tamanho da empresa
Quanto maior for a empresa, tanto mais seu funcionamento depende (entre
outros fatores) da definição de objetivos estratégicos.
● Do tipo de empresa
Quanto mais centralizado for o poder de decisão na empresa, tanto menos ela necessita de
objetivos explícitos (quaisquer que sejam os prós e contras da centralização em si).
Objetivos "amarram" a empresa a determinados compromissos, o que é bom se eles se
revelam sadios ou até sábios no decorrer do tempo, mas o que pode ser desastroso se
acontecer o contrário.
Na dúvida, que sempre pesa muito nas decisões voltadas ao longo prazo, é preferível não
definir objetivos, ou pelo menos não os divulgar, contanto que as desvantagens deste "sigilo"
(decorrentes da falta de uma linguagem comum entre os executivos quanto aos alvos
principais) sejam atenuadas.
A melhor maneira de atenuá-las consiste em concentrar as decisões de longo alcance na mão
de uma minoria.
Portanto, para uma empresa familiar e fechada, a necessidade (e conveniência) de explicitar
seus objetivos estratégicos é bem menos aguda do que para uma empresa altamente
profissionalizada e com longas linhas hierárquicas de poder e delegação.
● Da "maturidade" da empresa
Maturidade aqui deve ser entendida como o grau de experiência que os executivos de cúpula
e de linha têm com o planeamento a longo prazo.
Por exemplo, o executivo que está acostumado a participar de reuniões em que são discutidos
problemas abstratos (como as opções estratégicas em face das mudanças do ambiente), ou
aquele que recebeu entre suas incumbências a de preparar regularmente um orçamento
operacional, não se assusta tão facilmente com a tarefa de propor a formulação de objetivos
para a empresa como um todo.
Mas, quem se confronta repentinamente com este tipo de função, em geral se sente perdido.
Ou seja: o clima da empresa deve ser favorável e os seus executivos propensos e preparados à
discussão de: problemas estratégicos para que se possa esperar que surtam definições
significativas nas suas fileiras quanto aos objetivos de longo alcance. E isto requer um
processo de maturação.
Conceito de Objetivo Estratégico
A HIERARQUIA DOS OBJETIVOS
Uma das condições para que a empresa consiga levar o processo de escolha de objetivos a resultados
satisfatórios consiste em classificá-los a partir de algumas normas empíricas.
Enquanto os anseios que dão origem aos objetivos de gratificação são frequentemente
sentimentos dificilmente divulgáveis, o estilo empresarial, largamente inspirado nesses anseios,
consiste na tentativa de concretizar e consolidar os objetivos de longo alcance por meio de uma
série de regras de comportamento, que constituem compromissos de
longo alcance para os dirigentes e que procuram encaixar a ação administrativa dentro de certos
preceitos, não necessariamente quantificáveis, mas nítidos quanto à escolha entre alternativas
de caminhos.
Nível 3: Determinação dos alvos operacionais
Este é o mais concreto dos níveis não quantificados. Ele identifica e qualifica as expectativas
traçadas no passo anterior, ainda sem uma preocupação de precisá-las dentro de um
determinado horizonte de tempo, mas já tendo em vista as melhores formas de sua
operacionalização, seja em termos da disponibilidade de recursos, seja quanto à atribuição de
tarefas de determinadas áreas funcionais da empresa.
A RSE surge também como um desafio de combate à exclusão social, assumindo-se como um
modelo de regulação e gestão empresarial, na medida em que coloca os stakeholders e o
ambiente com o mesmo grau de importância dos resultados estritamente económicos,
prosseguindo assim um modelo de desenvolvimento sustentável.
Levantando um pouco o véu relativamente à definição do conceito de RSE, de acordo com a
definição encontrada no livro verde (2011)1.
“A responsabilidade social das empresas é, essencialmente, um conceito segundo o qual as
empresas decidem, numa base voluntária, contribuir para uma sociedade mais justa e para um
ambiente mais limpo. Numa altura em que a União Europeia procura identificar os seus valores
comuns através da adoção de uma Carta dos Direitos Fundamentais, são cada vez mais
numerosas as empresas europeias que reconhecem de forma gradualmente mais explícita a
responsabilidade social que lhes cabe, considerando-a como parte da sua identidade. Esta
responsabilidade manifesta-se em relação aos trabalhadores e, mais genericamente, em
relação a todas as partes interessadas afetadas pela empresa e que, por seu turno, podem
influenciar os seus resultados. “
1-
Livro Verde, (2001) Promover um quadro europeu para a responsabilidade social das empresas, Bruxelas
Responsabilidade Social das Empresas
Num mundo cada vez mais globalizado, questões como o ambiente, a saúde, os direitos
dos trabalhadores, estão cada vez mais interligados e têm um maior impacto na
sociedade.
Embora principal função da empresa seja gerar lucro, a verdade é que, as emergências de
novas pressões sociais levaram a modificações de valorização dos valores da atividade
empresarial.
Na definição do Livro Verde "a RSE é a integração voluntária de preocupações sociais e
ambientais por parte das empresas nas suas operações e na sua interação com outras
partes interessadas"
Quando nos referimos ao conceito de RSE devemos ter em conta três causas: ambientais,
sociais e económicas - usando a expressão Triple Bottom Line:
TEORIAS RSE
Teorias éticas têm como princípio que as empresas se relacionam com a sociedade
através de valores éticos, sendo então a responsabilidade social uma obrigação ética.
Neste sentido, a empresa é analisada segundo a sua conduta perante as questões
económicas, sociais e ambientais. Desta forma, concluísse que a empresa deve então
atuar perante a sociedade de forma completamente desinteressada.
Alguns dos motivos que levam as empresas a adotarem práticas de RSE, estão presentes no
livro verde (2011):
Business Ethics
“Qualidade é o melhor possível sob certas condições do consumidor. Estas condições são
referentes ao uso geral e ao preço de venda do produto.”
(A. V. FEIGENBAUM, 1961)
“Qualidade é o grau de excelência a um preço aceitável e o controle da variabilidade a
um custo razoável.”
(R. A. BROH, 1974)
“A qualidade é o grau com o qual um produto específico atende às necessidades de
consumidores específicos.”
(H. L. GILMORE, 1974)
Conceitos de Qualidade
Período de Início do
Arranque séc. XX Anos 20-30 Anos 50-60 Anos 70-80
Divisão do
Conceitos trabalho; Nível da qualidade Fiabilidade;
Excelência
Chave Produtividade aceitável Confiança do cliente
Controlo
Métodos e Estatístico; Procedimentos
Formação; Indicadores;
Técnicas Supervisão Padrões; organizacionais e
Motivação
Principais Metrologia técnicos
Limpar é tirar toda a sujidade, significa evitar que o local de trabalho se suje,
eliminando as causas da sujidade.
Ao manter o ambiente limpo:
1) Satisfação dos colaboradores, porque ao trabalhar num local limpo, o
ambiente torna-se mais agradável e as pessoas sentem-se mais valorizadas.
2) Maior controle sobre o estado e conservação das máquinas, equipamentos,
ferramentas e produtos.
4.º S: Senso de Saúde
RECONHECIMENTO
LIDERANÇA
COMUNICAÇÃO
MELHORIA SATISFAÇÃO
CONTINUA DO CLIENTE
Liderança
A liderança é uma das forças propulsoras mais importantes na gestão da
qualidade.
É através de uma liderança de excelência que todas as intenções
manifestadas e os objetivos definidos, na orientação e planeamento para a
qualidade, são materializados em ações.
Comunicação
A comunicação é um dos pilares fundamentais da gestão baseada nas
pessoas.
Para que a comunicação se estabeleça é necessário que o emissor receba
feedback do recetor, mas este conceito nem sempre é assim entendido
pelas organizações.
Trabalho em equipa
• aumenta a confiança
• melhora a comunicação
• promove a participação e empenhamento de todos na resolução dos
problemas.
Empowerment
Na filosofia da TQM, significa:
• dar poder de decisão a alguém
• proporcionar a formação adequada em ferramentas de melhoria contínua
e o tempo suficiente para as aplicar.
Reconhecimento
É uma forma de motivação que a organização utiliza para agradecer aos
colaboradores que contribuíram para o seu sucesso.
Formas de reconhecimento:
• Compensação financeira (ex: participação nos lucros)
• Prémios monetários (ex: prémios pecuniários por sugestões)
• Reconhecimento público individual (ex: promoções)
• Reconhecimento em grupo (ex: viagens)
• Reconhecimento individual (ex: carta de agradecimento)
Melhoria Contínua (Kaizen)
Numa organização é necessário incluir a ideia da melhoria contínua.
Para os japoneses, Kaizen significa melhoria contínua, que não é mais que a
melhoria em todas as áreas, envolvendo todos os elementos da
organização, desde os gestores até aos colaboradores.
Satisfação do Cliente
“A Qualidade começa e acaba com o cliente” (Omachonu, 1994)
• As empresas devem começar por identificar as necessidades dos clientes e
desenvolver produtos que vão ao seu encontro.
• A satisfação do cliente é um requisito fundamental para o êxito
organizacional.
Sistema de Gestão da Qualidade segundo a norma NP EN ISO 9001/2015
Doenças profissionais
A exposição a riscos no local de trabalho pode, por outro lado, provocar doenças profissionais.
A Doença profissional é considerada uma “lesão corporal, perturbação funcional ou doença
consequência necessária e direta da atividade exercida pelo trabalhador e não represente
normal desgaste do organismo", sendo esta temática regulamentada também pelo disposto no
Decreto-Lei n.º 503/99, de 20 de Novembro e pelo Decreto Regulamentar n.º 6/2001, de 5 de
Maio, tendo os capítulos 3º e 4º da lista de doenças consideradas doenças profissionais deste
documento, sido alterados pelo Decreto Regulamentar nº 76/2007, de 17 de Julho.
Organização do posto de trabalho
De um modo geral, o termo lay out traduz-se por projecto, esboço, implantação,
arranjo físico. Quando falamos de lay out, podemos referir-nos ao lay out da fábrica,
ao lay out do escritório, ao lay out do posto de trabalho. Em todas estas situações este
termo significa a disposição de máquinas, equipamentos e ferramentas de tal modo
que a sua utilização pelo homem, no sentido da tarefa, se torne mais rápida, mais
eficiente, mais económica, menos perigosa e menos fatigante.
A inadequação do lay out é um dos pontos mais críticos das pequenas e médias
empresas. A utilização desordenada do espaço acarreta várias perdas, como o
excessivo tempo gasto no transporte dos materiais em processamento, a formação de
filas de espera na entrada de máquinas, a falta de espaço para armazenamento, e
grande quantidade de material em Stock.
Assim, para proceder ao estudo de um lay out novo ou para melhorar a implementação do
existente, é necessário observar alguns procedimentos:
A AS MESAS E AS
ILUMINAÇÃO SECRETÁRIAS
Funções
Produção
O Departamento de Produção constitui o sector nuclear de qualquer organização,
sobretudo daquelas entidades dedicadas à manutenção e transformação.
Resumido: o departamento comercial de uma empresa ou uma marca não é uma simples área. É o
centro, o canal, a conexão e ponto de partida para o crescimento imprescindível da empresa. É além
disso a fonte de confiança para os clientes.
Pessoal
As funções do departamento de RH, nesse sentido, vão desde a seleção de profissionais para
compor a equipa da instituição à sua gerência, uma vez que são contratados ou estabelecem
alguma forma de vínculo empregatício. E não somente isso, mas guiar e orientar os
profissionais quanto aos objetivos e metas da empresa, proporcionando um ambiente de
comunicação aberta, passa a ser também preocupação e responsabilidade do setor, compondo
parte importante do que "os recursos humanos" faz pela organização na qual se insere.
Assim, o papel do departamento de recursos humanos é também o de apoiar funcionários, para
além de trâmites burocráticos, procurando dar-lhes condições de aumentar a produtividade e
fortalecer as competências da empresa. O objetivo deve ser o desenvolvimento de um
ambiente encorajador da inovação, identificação com a organização, com a consequente
geração de responsabilidade e dedicação por parte do profissional.
Financeira
As funções do departamento financeiro de uma empresa incluem a gestão do dinheiro, gestão
de investimentos, gestão do risco financeiro e as relações com os investidores. Esta é uma
descrição geral, não uma definição exaustiva e existe uma sobreposição considerável nestas
classificações. As funções do departamento financeiro lidam também com áreas financeiras
complexas, tais como taxas de câmbio, divisas estrangeiras, alterações das taxas de juro, entre
outras coisas. As funções do departamento financeiro podem também diferir, por exemplo,
entre uma empresa de produção e um banco.
Gestão de Tesouraria
A gestão do dinheiro está relacionada com a gestão da liquidez, pagamentos e cobranças, e
com a banca electrónica, que são por sua vez áreas complementares.
A gestão da tesouraria envolve a previsão a curto e a longo prazo de necessidades de fundos,
organização do financiamento, excedentes de tesouraria e a manutenção do equilíbrio
adequado entre activo e passivo.
Planeamento Estratégico