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Índice
1. Introdução.......................................................................................................................3
1.1. Objetivos.....................................................................................................................3
1.2. Metodologia.................................................................................................................3
2. Evolução do Sistema Nacional de Educação em Moçambique....................................4
2.1. A Educação no Período Colonial...............................................................................4
2.1.1. As primeiras escolas em Moçambique..................................................................4
2.1.2. Ensino rudimentar..................................................................................................5
2.1.3. Ensino de adaptação/ missionário.........................................................................5
2.1.4. Ensino Oficial..........................................................................................................5
2.1.5. O impacto dos dois tipos de ensino (Rudimentar e Oficial).................................5
2.1.6. Ensino para autóctones e Ensino Primário Elementar........................................6
2.1.7. A Formação de Professores....................................................................................7
2.2. A Educação em zonas libertadas no Processo de Luta Armada de Libertação
(1964-1974)..............................................................................................................................8
2.3. A Educação no Período Pós-Independência, com particular atenção à Formação
de do Sistema Nacional de Educação (SNE).........................................................................9
2.3.1. A primeira reformulação do currículo escolar...................................................10
2.3.2. A Formação do Sistema Nacional de Educação (SNE)......................................12
2.4. Finalidade da Criação do Sistema Nacional da Educação em Moçambique........14
2.5. Estruturação do Sistema Nacional de Educação Moçambique.............................15
2.5.1. Ensino pré-escolar................................................................................................15
2.5.2. Ensino escolar.......................................................................................................15
2.5.2.1. O Ensino Geral.................................................................................................15
2.5.2.2. Ensino Técnico-Profissional.............................................................................16
2.5.2.3. Ensino superior.................................................................................................17
2.5.3. Ensino extra-escolar.............................................................................................18
2.6. A importância da educação em vários contextos....................................................19
3. Conclusão......................................................................................................................22
4. Referências bibliográficas............................................................................................23
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1. Introdução
A educação é um processo que molda um individuo tanto como uma sociedade. Ela
ocorre de modo formal e informal.
Informalmente refere-se a educação que acontece no senso comum sem parâmetros
sistemáticos (cultura), ao passo que a educação formal acontece por padrões
sistemáticos.
1.1. Objetivos
1.1.1. Geral:
Conhecer o Processo de evolução do Sistema Nacional de Educação em
Moçambique, suas finalidades e importância da própria educação.
1.1.2. Específicos:
Identificar os principais marcos da evolução do Sistema Educação em
Moçambique;
Descrever a estrutura do sistema Nacional de educação em Moçambique;
Explicara importância da educação nos diferentes contextos.
1.2. Metodologia
Para este trabalho usou-se como metodologia a pesquisa bibliográfica, que segundo Gil,
(1991) citado por Silva &Metnezes (2001:21):“quando elaborada a partir de material já
publicado, constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e actualmente com
material disponibilizadona Internet”.
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http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/a-Educação-Em-Moçambique. Consultado em 22/08/17 pelas
11:17 minutos
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Em Maio de 1930 pelo Diploma Legislativo número 238, o Estado Novo definiu duas
categorias de escolas: a primeira, das escolas das missões católicas romanas, para
ministrarem a instrução primária rudimentar aos africanos. Foi, então, instituído o
ensino normal indígena, com a finalidade de “habilitar professores indígenas para as
escolas rudimentares”. A primeira Escola dePreparação de Professores Primários
Indígenas foi inaugurada nesse ano de 1930, com 73 candidatos inscritos.
“Para o governo colonial o Ensino Primário Rudimentar destinava-se a civilizar os
indígenas da colónia, espalhando entre eles a língua e os costumes portugueses”2.
1945 e 1961), deveria ser ideologicamente alienada e alheia aos interesses económicos e
às questões políticas, sociais e culturais moçambicanas.
Em 1964, o ‘ensino para autoctónes’fundiu-se com o ensino primário, para constituir
oEnsino Primário Elementar. Porém, persistia a dissimulada ‘igualdade de direito à
educação para todos’, porque, na prática, o ensino diferenciado, ou seja, o ensino
segregacionista se mantinha intacto: com Postos Escolares e Escolas de Artes e Ofícios
nas zonas rurais; nas cidades, Escolas Públicas Oficiais (para filhos de operários e de
funcionários públicos) e,distanciando-se destas, escolas para o Ensino Particular.
2.1.7. A Formação de Professores
Em 1945 começou a funcionar a escola missionária para a formação de professores
destinados às escolasrudimentares. Os candidatos aos cursos deviam ter o ensino
primário concluído, a 4ª classe.
A formação de professores foi-se estendendo a outros locais. De acordo com Boléo
(1961:79) apud Robate (2006), “aformação de professores para o ensino missionário
tinha lugar em Alvor, MagudeHomoíne, Dondo,Boroma, Quelimane, Alto-Molócuè,
Marere, S. Pedro de Chiúre e Vila Cabral”.
A partir de 1964, passou-se a contar com três tipos de professores: o monitor, com três
meses de formaçãopedagógica, após o ensino primário, para trabalhar nas escolas
missionárias. Era o professor com a maisbaixa habilitação profissional; o professor do
posto, formado na Escola de Habilitação de Professores dePosto Escolar, para leccionar
em escolas de ‘posto escolar’, nas zonas rurais e periferias urbanas; e oprofessor
formado pelo Magistério Primário, com o ensino secundário geral completo, para
ensinar àscrianças europeias e às dos assimilados, nas escolas primárias oficiais, e
particulares.
A selectividade da escola colonial não se limitou apenas à excessiva carga de exames
(exames anuais e deadmissão a outros ciclos), mas também se apoiou na diferenciação
estabelecida na formação de professores,com o fim de se cumprirem programas e
objectivos educacionais diferenciados em escolas comcaracterísticas igualmente
diferentes: rudimentares, para uns; oficiais e particulares, para outros estasseguiam os
mesmos programas que os das escolas da metrópole.
No essencial, o ensino primário rudimentar e elementar consistia em conteúdos e
objetivos alienadores: os alunos, pelo incipiente conhecimento da língua portuguesa,
deviam, na sua iniciação nalíngua portuguesa, memorizar os conteúdos dos livros, sobre
a cultura, história e geografia das conquistasportuguesas, a moral e religião cristãs. E
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Com a libertação do País era urgente seguir uma nova política educacional centralizada,
como nas zonas na libertadas que legitimasse o poder popular, que assegurasse uma
mentalidade nova e autonomia do povo.
A tarefa da educação passou a ser através dos livros didácticos e dos programas
escolares a de fixar nos moçambicanos uma ideologia objectiva, materialista e
científica, que permitisse à sociedade progredir no processo revolucionário. A educação
devia preparar o povo para assumir exigências de uma nova sociedade.
A escola favoreceu uma rápida apropriação da língua portuguesa pelos alunos, numa
variedade outra de português, moçambicana, com considerável recurso a empréstimos
das línguas bantu. A ênfase do ensino recaía na educação ideológica.
Um estudo realizado pelo MINED (Ministério da Educação) nota que “a eficácia interna
das escolas primárias é muito baixa: as taxas médias de repetência e desistências
atingem os 25% e 15% no EP1 (Ensino Primário do 1º grau, da 1ª às 5ª classes) e EP2
(Ensino Primário do 2º grau, 6ª e 7ª classes), respectivamente. Apenas cerca de 25% dos
alunos que ingressam na 1ª classe consegue concluir com sucesso as cinco classes do
EP1. As taxas de transição no EP2 são também baixas. Somente 6 em cada 100 alunos
se graduam no EP2” (cf. MINED, 1997apud ROBATE, 2006). Nos níveis seguintes, no
ensino secundário (da 8ª à 10ªclasses) e pré-universitário (11ª e 12ª classes), registam-
se, igualmente, elevadas taxas de repetência e desistência.
independência não devem ser vistas apenas com base nestes dois factores; pesou,
também, a forma como se perspectivou e se implantou no País o sistema político eleito,
o socialismo: enquanto se pretendeu combater aspectos persistentes do colonialismo
português, de forma revolucionária, chegou-se a menosprezar, como no regime colonial,
as tradições culturais das etnias que constituem o povo. “A escola tornou-se um Centro
de Formação e de combate às idéias da sociedade colonial-capitalista e da sociedade
tradicional, que os professores e alunos ainda transportam” (cf. Directivas para as
Escolas, nº 1/81) E, como em tempo colonial, da educação tradicional apenas se
aproveitou a canção e a dança.
Com estas concepções novas de sociedade tornou-se comum os conteúdos passados pela
escola desajustarem-se às vivências dos alunos, sobretudo quando o contexto
sociocultural é como o de Moçambique multilinguístico, multicultural, multiétnico e
multi-religioso onde, consequentemente, mudanças sociais e económicas ocorrem com
particularidades específicas em cada região, em cada província, distrito e localidade;
onde, em função das especificidades culturais das populações, as suas necessidades só
podem ser satisfeitas se a escola efectivamente interagir com as comunidades; onde as
actividades conjuntas entre esses sectores ajudariam a preparar melhor os alunos para a
vida.
O Ensino Geral,
O Ensino Técnico-Profissional e
O Ensino Superior.
a) Ensino Primário
O Ensino Primário público é gratuito e está dividido em dois graus: o Ensino Primário
do 1º grau (EP1, da 1ª à 5ª classe) e o Ensino Primário do 2º grau (EP2, 6ª e 7ª classes).
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Com a introdução do novo currículo em 2004, este ensino foi estruturado em 3 ciclos de
aprendizagem numa perspectiva de oferecer um ensino básico de sete anos para todos: o
1º ciclo (1ª e 2ª classes), o 2º ciclo (3ª à 5ª classe) e o 3º ciclo (6ª e 7ª classes). A idade
oficial de ingresso na 1ª classe é de seis anos, completados no ano de ingresso.
Para além do Ensino geral, Ensino Técnico-Profissional e Ensino Superior, a Lei 6/92
considera o Ensino Especial, o Ensino Vocacional, o Ensino de Adultos, o Ensino à
Distância e a Formação dos Professores como modalidades especiais que, sendo parte
integrante do ensino escolar, regem-se por disposições especiais e podem envolver
outros ministérios (por exemplo o MMAS, no caso de Ensino Especial).
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O ensino extra-escolar tem como objectivo permitir a cada indivíduo aumentar o seu
conhecimentos e desenvolver as suas potencialidades, em completo da formação escolar
ou em suprimento da sua carência.
a) Combate a pobreza
Uma boa Educação melhora a economia de um país. Os países que priorizam o ensino
de qualidade nas últimas décadas, como Coreia do Sul e Irlanda, registram um
crescimento econômico acima da média. O relatório da UNESCO mostrou que cada ano
adicional de escolaridade aumenta a média anual do Produto Interno Bruto em 0,37%.
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c) Promove a Saúde
Uma mãe que teve acesso à Educação de qualidade tem mais condições de cuidar da
saúde de seus filhos, pois é mais sensível a importância da prevenção, da vacinação e de
hábitos de higiene, além de saber como procurar tratamento quando necessário. O
relatório da UNESCO Monitoramento Global de Educação para Todos mostrou que
uma criança cuja mãe sabe ler tem 50% mais chances de sobreviver depois dos cinco
anos de idade.
d) Diminui a violência
Quando forma cidadãos mais conscientes dos impactos de nossas atividades sobre a
natureza, a Educação ajuda a preservar o meio ambiente, educando as pessoas
paradecisões sustentáveis, que satisfazem as necessidades presentes sem prejudicar as
gerações futuras.
g) Aumenta a felicidade
As pessoas que estudam mais também se dizem mais felizes do que aqueles que não
estudaram ou não puderam estudar. As pessoas que estudaram até o nível superior são
maior do que a satisfação das pessoas que pararam no Ensino Médio.
Uma boa Educação tem resultados abrangentes: contribui para o crescimento econômico
do país e para a promoção da igualdade social, mas seu impacto também é decisivo na
vida de cada um.
A Educação é muito mais que isso.A importância dos estudos é válida independente da
classe social. Em uma família de classe média, o acesso a cultura, a viagens e outros
elementos complementam aquilo que a escola oferece. Nas classes sociais mais baixas,
que geralmente possuem menos acesso a informações e oportunuidades, a escola deve
ser ainda mais relevante.
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3. Conclusão
Durante os estudos que fizemos para a produção deste ofício, percebemos que
aeducação em Moçambique passou por longa e diversas mudanças desde o período
colonial (o inicio da educação formal em Moçambique) até a fase actual.
Com a nacionalização, o ensino passou a ser laico em seus objectivos e foi colocado ao
serviço de interesses políticos, animados pela utopia de formar o ‘homem novo’, um
cidadão ideológico, científico, técnico e culturalmente preparado para realizar as tarefas
do desenvolvimento socialista do País.
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4. Referências bibliográficas
http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/a-Educação-Em-Moçambique. Consultado em
22/08/17 pelas 11:17 minutos
LUCIA DA SILVA, Edna & METNEZES, Ester Muszikat.Metodologia da Pesquisa e
Elaboração de Dissertação.3a edição revisada e atualizada.2001
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