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Introdução.........................................................................................................................................4
Objetivos:.........................................................................................................................................5
Metodologias....................................................................................................................................5
Educação...........................................................................................................................................6
Política Geral..................................................................................................................................12
Conclusão.......................................................................................................................................17
Referencias bibliográficas..............................................................................................................18
Introdução
O presente trabalho, discute sobre Educação no Período Colonial em Moçambique. Como forma
de levar ao conhecimento da Historia da Educação Moçambicana, trazendo as principais
características da educação colonial portuguesa em Moçambique, como parte integrante da
Historia de Moçambique, procura-se discutir neste trabalho questões relacionadas as formas de
atuação, valores ou objetivos da educação colonial. Para a efetivação deste trabalho recorreu-se a
pesquisa meramente bibliográfica o que nos levou a consulta de livros e artigos publicados,
dissertação, entre outras.
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Objetivos:
Gerais
Compreender a educação no período Colonial;
Especifico
Definir o conceito de Educação Colonial;
Mencionar os elementos da sua pedagogia;
Descrever os tipos de educação colonial.
Metodologias
Segundo Fonseca (2002) metodologia é o estudo da organização, dos caminhos a serem
percorridos, para se realizar uma pesquisa ou estudo, ou para se fazer ciência. Etimologicamente,
significa o estudo dos caminhos, dos instrumentos utilizados para fazer uma pesquisa científica.
A metodologia usada para realização deste trabalho foi com base em fontes bibliográficas.
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Educação
Processo que visa o pleno desenvolvimento intelectual, físico e moral de um indivíduo (sobretudo
na infância e na juventude) e a sua adequada inserção na sociedade.
O processo de educação tem em vista a preparação do homem para sua melhor inserção na
sociedade. Esta preparação é guiada no sentido de alcançar determinados objetivos que variam
com o tempo, de acordo com as exigências da sociedade, tendo em conta que os objetivos da
educação são dinâmicos.
Tal situação é bastante clara na carta Pastoral do Cardeal Gouveia em 1960, citada por Mondlane
(1995:56)
Tentamos atingir a população nativa em extensão e profundidade para os ensinar a ler,
escrever e a contar, não para os fazer “doutores” (…). Educá-los e instruí-los de modo a
fazer deles prisioneiros da terra e protege-los da atracão das cidades, o caminho que os
missionários católicos escolheram com devoção e coragem, o caminho do bom senso e
da segurança política e social para a província (…) as escolas são necessárias, sim, mas
escolas onde ensinemos aos nativos o caminho da dignidade humana e a grandeza da
nação que os protege.
Neste período a escola para os moçambicanos serviam para os ensinar a submissão, a servidão e
escravidão e não para formar massas pensantes.
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Assim o Moçambicano devia ir à Escola para saber o mínimo para servir o colonizador. Logo
toda a tentativa de progressão devia ser banida. Com isso foram desenhadas algumas estratégias
para impedir o negro moçambicano a prosseguir com os estudos.
Uma educação discriminatória: a educação colonial era caracterizada como discriminatória uma
vez que a mesma se manifestava em diferenciações das escolas. Existiam escolas para os nativos
negros e escolas para os brancos portugueses.
Barreiras na progressão aos estudos: esta manifestou-se através de varias normas instituídas na
educação colonial especialmente para negros. Como por exemplo a idade de ingresso na escola.
A idade máxima de ingresso no ensino primário era de 13 anos porem a criança negra ficava no
ensino de adaptação (onde supostamente devia aprender a noções da língua portuguesa, leitura e
escrita, e aprender a contar), contudo se a criança moçambicana iniciava o ensino de adaptação
aos 7 anos e este durava três anos muitas vezes só conseguiam passar o exame de adaptação após
completar os 12 ou 13 anos sendo assim não poderiam continuar o ensino primário. Mondlane
(1995:58).
Aliado a esta barreira instituída as crianças nativas deparamo-nos com o facto de que a igreja
católica que é a responsável pela educação indígena não dispõe do 5º ano, dai que muitos
moçambicanos que pretendem continuar com os estudos deveriam se dirigir para as escolas
privadas, o que dificultava ainda mais a sua situação devido aos custos elevados destas
Instituições.
A igreja católica tomou as rédeas da educação pública colonial com a assinatura da Concordata
em 1940 entre o governo colonial Português e a igreja católica. Com este acordo a igreja católica
ficava a responsabilidade da gestão das escolas públicas para indígenas, privilegiando o ensino da
moral, artes, oficio nas missões.
Outro factor inibidor da progressão escolar dos moçambicanos no período colonial era o factor
localização, visto que as escolas para indígenas ou seja as escolas publicas estavam localizadas
nas zonas rurais enquanto que, nas zonas urbanas estavam as escolas para os filhos do brancos e
as privadas, por conseguinte era nas zonas rurais onde o nível de absentismo eram elevados e o
que trazia consequentemente baixo rendimento como apresenta Belchior citado por Mazula
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(1995:88), “enquanto o ensino oficial e particular exercem a sua acção predominantemente em
meio urbano, as missões actuam em geral nos meios rurais onde o absentismo escolar assume
grandes proporções’’.
Em 1846 foi publicada a primeira providência legal para a organização da instrução primária no
ultramar português; depois de 1854 foram criadas, por decreto, as primeiras escolas primárias na
Ilha de Moçambique, no Ibo, Quelimane, Sena, Tete, Inhambane e Lourenço Marques actual
Maputo.
Em 1846 foi publicada a primeira providência legal para a organização da instrução primária no
ultramar português; depois de 1854 foram criadas, por decreto, as primeiras escolas primárias na
Ilha de Moçambique, no Ibo, Quelimane, Sena, Tete, Inhambane e Lourenço Marques actual
Maputo.
E m 1912 foi criada, em Lourenço Marques actual Maputo, a primeira escola secundária em
Moçambique.
A Descriminação estava assente não só nas escolas primárias ou nos níveis iniciais, este facto era
visto em todo o sistema de educação colonial português. As Escolas Secundarias por exemplo
surgem maioritariamente nas cidades com a clara visão de que o objectivo não era para a
população nativa que maioritariamente vivia nas zonas rurais. Encontramos alguns exemplos
como os liceus oficiais de António Enes Salazar (Hoje Samora Machel) e Dona Ana da Costa
Portugal de Lourenço Marques, Liceu Pêro de Anaia na cidade da Beira, em 1963/64 com 1256
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alunos e em 1964/65 com 1397 alunos. O liceu Nacional de Quelimane hoje escola Secundaria 25
de Setembro fundado em 1960 frequentado por uma minoria colonial e seus colaboradores fala-se
de uma media de 15 a 25 alunos por turma e Nampula, em muitos colégios e externatos
localizados em todas as cidades e vilas mais importantes da Província “estes estabelecimentos do
ensino secundário eram frequentados, em 1967/68 por 9541 alunos”.
Sem apoio da igreja católica e do Governo colonial português emergem nas cidades algumas
escolas privadas maioritariamente criadas pelas igrejas protestantes, trazendo assim um novo ar
para os nativos moçambicanos que pretendiam prosseguir com os estudos. Em meio aos desafios
com o governo colonial algumas escolas técnicas persistiram e é la onde alguns moçambicanos
conseguiram frequentar o nível secundário.
No que toca ao ensino superior, Desde 1963/64 que funcionavam em Lourenço Marques os
Estudos Gerais e Universitários, células da universidade portuguesa, ministrando cursos de
medicina, engenharia (todos os ramos), veterinária, agronomia, ciências pedagógicas.
Na abertura do ano lectivo 1964/65 o discurso do Governador-geral citado por Taimo (2010)
deixava claro que a criação do Centro de Estudos de Lourenço Marques era na verdade uma
resposta às pressões internacionais e ainda uma clara evidencia de que não havia intenção
nenhuma do governo colonial português deixar as terras do Indico uma vez que a Universidade
como forma de manter os filhos dos colonos residentes em, moçambique a continuar com os
estudos é por essa razão que ate 1975 apenas 1 entre 10 estudantes eram moçambicanos.
As criações dos estudos gerais universitários poderiam ser vistas como um avanço para o acesso à
educação, mas, por causa do carácter excludente do sistema de educação português, muitos
moçambicanos não podiam ter acesso a ela. Taimo (2010).
O Reitor dos Estudos Gerais Universitários de Moçambique, Professor Doutor Viega Simão, no
seu discurso na cerimónia de inauguração, recupera a ideia de extensão da universidade
portuguesa, assim como ressalta o facto de a universidade estar a ser inaugurada em momento de
crise e o seu compromisso de honrar o papel que esta tem para Portugal.
No concernente aos conteúdos mediados a educação colonial portuguesa segundo Mondlane
(1995) privilegiava as matérias relacionadas a língua portuguesa, Geografia das descobertas e
conquistam portuguesas, moral cristã, trabalhos manuais e agricultura. Ou seja, para a educação
publica para os indígenas assim como nos níveis transcendentes eram privilegiados conteúdos
intimamente ligados a metrópole, conteúdos este que apoiavam na visão de Portugal como uma
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potencia económica, social e politicamente estável, uma metrópole vencedora, temida. eram
ministrados conteúdos como a Historia das descobertas onde eram sublevados viajantes
portugueses como Vasco da Gama. Conteúdos relacionados com a cultura, Historia, Geografia
africana ou especificamente moçambicana eram desvalorizados, aliais eram inibidos os hábitos e
costumes locais, a historia local era menosprezada, relacionava-se aos hábitos e costumes locais
como ‘animais’ selvagens, primitivos.
a) Carácter discriminatório
Limitação de ingressos na escola primária oficial e nos níveis superiores de escolarização sendo a
idade, um dos fatores a ter em consideração.
A organização, direção e controlo do “ensino para indígena” estavam confiadas aos missionários;
O ensino da religião e moral católica era obrigatório em quase todas as escolas e níveis de ensino;
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A religião católica era a religião oficial do Estado.
A limitação dos ingressos na escola na base da idade, a existência de uma rede escolar
insuficiente e inadequada nas áreas de ocupação colonial foram, entre outros, os fatores
inibidores da implementação da política colonial de escolaridade obrigatória para todos;
As escolas oficiais localizavam-se nos centros urbanos e eram melhor equipadas, enquanto os
postos escolares eram construídos nas zonas rurais para a maioria da população moçambicana.
Estas ultimas eram escolas muito mal equipadas.
e) Carácter paternalista
O complexo de superioridade do branco em relação ao preto era bem patente em alguns livros de
leitura em uso nas escolas primárias para indígenas. Em 1908, no livro de leitura em uso nessas
escolas lia-se:
“Pensa, meu menino, que, d’esta enorme porção de território, nem a centésima parte esta
cultivada, só porque os seus naturais preferem a ociosidade ao trabalho, e veras que enormes
riquezas a terra poderia dar e que não produz por falta de ser trabalhada”.
Política Geral
A educação, reconhecida como sendo um instrumento fundamental para o crescimento
económico e desenvolvimento social e visando promover o bem-estar dos indivíduos, tem os seus
alicerces enraizados no Ensino Primário. Na conjuntura atual, o Ensino Primário corresponde à
educação de base que o Governo procura dar a cada cidadão, à luz da Constituição da República
e da Declaração Mundial de Jomtien, de que Moçambique é subscritor.
É oportuno referir que, embora o Programa quinquenal tenha como horizonte temporal os
próximos cinco anos, as opções tomadas e as metas estabelecidas ultrapassam aquele período e
têm um alcance de longo prazo (10-15 anos).
Três cenários sobre o desenvolvimento do ensino primário, até ao ano2008, foram projetados:
O primeiro, chamado Cenário Base (C0), assume que não haverá alterações nos
parâmetros mais importantes até ao ano 2000: as taxas de admissão no EP1, as taxas de
transição de um nível ao outro, a eficácia interna bem como os principais rácios relativos
à utilização dos professores e salas de aulas, manter-se-ão constantes durante o período.
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O segundo Cenário (C1) consiste numa ligeira melhoria do anterior e assume um
crescimento limitado das taxas de admissão bruta (de 63% em 1994 a 70% no ano 2000) e
enfatiza a qualidade com algumas melhorias na eficácia interna. As taxas de transição
bem como os recursos relativos ao enquadramento dos alunos/turma e alunos/professor
mantêm-se constantes, à semelhança do C0.
O terceiro Cenário (C2) baseia-se no objetivo de atingir uma taxa de admissão bruta de
86% no ano 2000 e 95% em 2008. Neste Cenário as taxas de transição de um nível ao
outro aumentam significativamente por forma a melhorar o acesso ao EP2, ESG e EPU e
alargar ligeiramente os níveis mais altos da pirâmide escolar. As taxas de enquadramento
dos alunos/turma e alunos/professor aumentam, havendo, no entanto, a preocupação de
manter os recursos correntes sob controle.
b) Acessibilidade e Equidade
Serão apoiadas e reforçadas todas as medidas, que favoreçam a escolarização das crianças em
idade escolar, tendo em vista a generalização progressiva do ensino primário completo de 7ª
classes. Para reforço do aumento do acesso a este nível de ensino serão consideradas as
estratégias que se seguem:
Nas classes iniciais do EP1, não há diferenças significativas entre a participação de raparigas e
rapazes. Porém, nas classes finais do mesmo nível de ensino e na transição para o EP2, a
percentagem das raparigas tende a baixar com desequilíbrios acentuados entre as províncias.
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As estratégias ao nível do Ensino Secundário Geral
Expansão do acesso
Os Cenários
a) Os Cenários
b) Acessibilidade e Equidade
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Estratégias ao nível do Ensino Técnico Profissional
Expansão do Acesso
a) Os Cenários
Assume-se que o Ensino Técnico Profissional tem um carácter terminal devendo, por
conseguinte, desenvolver políticas que priorizem a qualidade e a relevância da formação
profissional. O comportamento do mercado de trabalho em termos de procura de mão-de-obra
para as diferentes especialidades, constitui um factor importante a considerar na expansão deste
nível de ensino.
Assim, o cenário previsto para o Ensino Técnico é de uma significativa expansão do nível técnico
elementar, o que corresponderá à abertura de, pelo menos, uma escola em cada província até ao
ano 2000.
Para os níveis básico e médio, não se prevêem medidas de expansão da rede actual de escolas.
Haverá, no entanto, aumentos ligeiros de efectivos resultantes das medidas a serem introduzidas
para a melhoria da eficácia interna do sistema.
b) Acessibilidade e equidade
Prevê-se a introdução do Ensino Técnico Médio Agrário no norte do país, para aumentar a
acessibilidade e a equidade a este tipo de ensino na região e responder à procura do
desenvolvimento agrário de que a mesma é potencialmente rica.
Com vista a permitir o acesso aos cursos técnicos a um número mais significativo de candidatos,
serão desenvolvidos e adotados modelos alternativos ao ensino formal e de longa duração,
nomeadamente:
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A participação da rapariga nos cursos técnicos é baixa, com percentagens inferiores às que se
registam nos níveis equivalentes do Ensino Secundário Geral. As raparigas constituem 20 %, dos
efetivos que frequentam os níveis básico e médio do Ensino Técnico.
Haverá que tomar medidas globais, que estimulem o acesso das raparigas ao Ensino Técnico e, de
modo particular, às especialidades tradicionalmente “reservadas” para o sexo masculino. Da
mesma maneira, devido ao papel decisivo que a mulher desempenha para o desenvolvimento da
agricultura, serão tomadas medidas específicas visando o encorajamento do ingresso de raparigas
nos cursos agrícolas.
De modo particular, a expansão do ensino superior será alcançada através de medidas que
conduzam a:
Aumento do número de ingressos bem como a sua representatividade regional e por sexo.
Melhoria da eficácia interna para o aumento do número de graduados e,
consequentemente, dos ingressos.
Criação de novos cursos, que inclui formação em áreas até agora não abrangidas pelo
ensino superior, assim como dentro das áreas já existentes.
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Conclusão
Chegando ao ponto final do trabalho que acabamos de apresentar concluímos que a educação no
período colonial era dividida em tipos, onde encontramos a educação discriminatória
caracterizada por se manifestar em diferenciações das escolas. Existiam escolas para os nativos
negros e escolas para os brancos portugueses.
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Referencias bibliográficas
MAZULA, Brazão, Educação. Cultura e Ideologia em Moçambique: 1975 – 1985 em busca de
fundamentos filosóficos-antropológicos, Maputo, edições afrontamento e fundo Bibliográfico de
língua portuguesa, 1995.
MONDLANE, Eduardo. Lutar por Moçambique, Maputo, Coleção Nosso Chão, 1995
TAIMO, Jamisse Uilson. Ensino Superior em Moçambique: Historia, Politica e Gestão, S.Paulo:
Piracicaba, 2010.
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