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Escola secundária de Nampula

Classificação/Nota

DISCIPLINA: Psico_Pedagogia.

Tema: Educação em Moçambique no tempo colonial e pois-colonial/ pós-


independencia.CLASSE: 11ª

TURMA: B1/1

Nampula aos 15 de junho 2022

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Escola secundária de Nampula

Nome da Docente:

➡️Alcinda

Nomes dos Discentes:

✔️Artimisia Artinel -----------------------------------------------------------Nº


☑️Bernardo Franck Ndela (Não participou

E não contribuiu) --------------------------------------------------------------------------------------Nº


✔️Denisia Carla Delfin Machambo -------------------------------------Nº

✔️Edemilsone Emílio ---------------------------------------------------------Nº27

✔️Idaia Assane Lourenço --------------------------------------------------Nº

✔️Norberto Cristina ------------------------------------------------------------Nº

✔️Milena Américo Francisco -----------------------------------------------Nº

✔️Ubaldo Antônio Pinto -------------------------------------------------------Nº

Nampula aos 15 de junho 2022

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Resumo
Antes do colonialismo a educação era feita ou transmitida de geração em geração através da tradução
oral e na era colonial muitos moçambicanos tiveram dificuldades de ter acesso a educação de qualidade,
pois estava somente reservada para os colonos e seus filhos.

Este ensino era organizado em dói subsistemas, onde encontra-se o ensino oficial reservada aos filhos
dos colonos e o ensino rudimentar reservados aos indígenas normalmente era leccionado nas igrejas
católicas. E mais tarde o sistema de ensino indígena passou organizar-se em ensino primário rudimentar.

Nas zonas libertadas a educação Preparava a criança para vida social, isto para os não
indígenas,«Formar indígenas a consciência de cidadão português e prepará-lo para a luta da vida,
tornando-se mais útil àsociedade e a si próprio. Nacionalizar o indígena das colónias, difundindo entre
eles a língua e os costumes portugueses.

No período Pós-Independencia o governo assumiu inteiramente a responsabilidade da planificação


egestão da educação. O que o Estado herdou do sistema colonial foi uma reduzida rede escolar, um
sistema educacional com objectivos alienantes, enraizado em práticas e métodos autoritários. Com a
nacionalização, o ensino passou a ser laico em seus objectivos e foi colocado ao serviço de interesses
políticos, animados pela utopia de formar o ‘homem novo’, um cidadão ideológica, científica, técnica e
culturalmente preparado para realizar as tarefas do desenvolvimento socialista do país.

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1.Introdução
O presente trabalho e psico_pedagogialecionadana mesma disciplina abordar_se_a relacionados ao
tema Educação em Moçambique no Período Anti-colonial ate o período Pós-Independencia.A educação
passou por várias transformações, de acordocomosperíodosemela atravessou,visto que com a chegada
dos portugueses deichou de ser oque era,istoétomouuma nova visão, neste período Moçambique
conseguiu libertar outras zonas, onde conseguiutambém impor um outro modelo de educação e em fim
depoisaeducaçãoconheceujáuma grande evolução, pois muitos moçambicanos que não
tinhamacendidoaeducaçãopassaramater e o número de analfabetos se reduziu.

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1.1.Objectivos
a) Geral: Compreenderaeducaçãoem Moçambique no PeríodoAnti-colonialateoperíodoPós-
Independencia.

b) Específi cos:

(I) Identificar os sistemas de educação implementadosemMoçambiqueantesedepois da independência;

(II)

Descrever o processo de ensino e aprendizagem nos períodos em estudo;

(III)

Explicar o processo de ensino e aprendizagem nos períodos em estudo.

1.2.Metodologia

A metodologia e técnicas de pesquisa usadas consistiram em selecção, leituras,análises de várias obras


bibliográficas, em seguida que culminarácomacompilaçãodedadosem trabalho final.

1.3.Relevância Espera-se que este trabalho possa servir de orientação para os que pretendem
aprofundar o mesmo tema e o mesmo crie um aceso debate no seio da sociedade em particular
académica,servindo de motivação para o seu aprofundamento. Espera-
setambémqueomesmosirvadeum texto de apoio que pode ser usado na sala de aula, e quiçá, despertar
interesse naqueles que queiram desenvolver as suas pesquisas relacionados com o tema em estudo.

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2.A educação em períodos
2.1. Educação no Período colonial

A educação nesta fase, transmitia conhecimentos e técnicas acumuladas na prática produtiva,


indultava o seu código de valores políticos, morais culturais e sociais e dava umavisão idealista
do mundo e dos fenómenos da natureza, isto é, pela iniciação e rito, pelo dogma e superstição,
pela religião e magia, pela tradição, o indivíduo era preparado para aceitar a exploração como
uma lei natural e assim reproduzi-la no seu grupo etário, na suafamília, na sua tribo, etnia e
raça (Boletim da República, 1983). Na antiguidade, a educação do africano, particularmente do
moçambicano, era feita deacordo com o sistema tribal, do clã e familiar para que o indivíduo
pudesse dotar-se de uma identidade que lhe permitisse não apenas conviver no meio mas
também contribuir para o seu próprio meio.O currículo tradicional, era composto de elementos
falatórios como o caso de cantos,anedotas, adivinhas, histórias e mitos e por outro lado por
elementos práticos que dependiam do tipo de trabalho com a tribo e o clã se identificavam (ex.
pesca, caça, tapeçaria, etc.).

2.2. Objecti vos da edução no período Anti -Colonial

A educação no período anti-colonial visava formar o homem ou o indivíduo para o mundo que o
cercava através do forte ensino baseado nos valores da tribo, nas actividades doclã e no ofício
da família, isto é, identificar o homem ou individuo com o que era local. Para o indivíduo
conhecer as técnicas de caça, de construção das ‘’cavernas’’.

Para o indivíduo transmitir às novas gerações as suas experiências, conhecimentos e valores


culturais, desenvolvendo as capacidades e aptidões do indivíduo, de modo a assegurara
reprodução da sua ideologia e das suas instituições económicas e sociais; O indivíduo deve
aceitar a exploração como uma lei natural e reproduzi-la no seu grupo etário, na sua família,na
sua tribo, etnia e raça (Boletim da República, 1983).

2.3 .A educação no período Colonial

Moçambique passou por momentos críticos na era colonial em todos aspectos, particularmente
na educação dos indígenas. Na era colonial muitos moçambicanos tiveram

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dificuldades de ter acesso a educação, visto que, a educação de qualidade estava reservada
para os colonos e seus filhos.

O sistema de educação colonial em Moçambique, era coerente com os objectivoseconómicos,


políticos e culturais do sistema, onde impôs uma condução que visava areprodução de
exploração e de opressão e a continuidade das estruturas colonial capitalistas de dominação.

A educação tinha por função modelar o homem servil, despersonalizando alienado das
realidades do seu povo; ela devia favorecer a formação de um homem tão estranho ao seu
próprio povo que pudesse vir a ser, mais tarde, instrumento do poder colonial para adominação
dos seus irmãos; também estava confiada a formação de mão-de-obra barata (GOMEZ,
1999:59).

O sistema de ensino colonial foi sofrendo reformas, mas adequadas as circunstânciashistórico


económicas e a conjuntura política internacional. A formação do indígena e acriação da figura
jurídico-político ”assimilado” impunham-se como necessidade de força de trabalho qualificada
para a maior exploração capitalista.

Aqui desenvolveu-se o sistema de educação paralela, para filhos da classe dominante e para
indignas (boletim da República, 1983), isto é, a educação dividia-se em dois grupos ou seja em
dois ensinos: «Ensino oficial, destinado aos filhos dos colonos ou dos assimilados e rudimentar
destinado às indignas» (MAZULA, 1995:80)

2.4.A educação nas Zonas Libertadas

O I Congresso da FRELIMO (Setembro de 1962) determinou a criação de escolas em zonas onde


fosse possível. Foram definidas funções específicas para a educação: a escola devia satisfazer o
conhecimento verdadeiro que se adquire através da descoberta da natureza,da sociedade e das
leis que as regem; e fornecer soluções para os problemas que surgem na vida quotidiana da
comunidade, aprendendo da comunidade.

No entanto, por outro lado, marcava o início de novos desafios, uma etapa decontradições de
outro tipo. Não se tratava apenas, de conduzir militarmente e luta pelaliquidação total e
completa do colonialismo, mas de iniciar ao mesmo tempo o processo deconstrução e
consolidação de unidade nacional, numa dimensão político cultural mais abrangente para a
edificação de uma Nação.

Satisfazer as necessidades da sociedade fornecendo (...) soluções para problemas que


surgem na vida quotidiana da comunidade. [Com base no conhecimento científico], a escoladeve
saber extrair todas as experiências da comunidade a fim deestudá-las e interpretá-las para mais
tarde voltar a devolvê-lasà comunidade já mais desenvolvidas na forma de conteúdo

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(FRELIMO, 1970:21).

Da citação acima exposto, conclui-se que a aprendizagem da língua correspondia à

aquisição do domínio do “código” como sistema for

mal, como um conjunto de regras que possibilitam combinar as categorias abstractas da língua.
A língua era, desse ponto de vista,um sistema de comunicação sempre obediente ao sistema de
significação então circulante nos meios administrativos ligados ao poder. Rama (1985:79)
expressa melhor a ideia: “

A letra apareceu como a alavanca de ascensão social, da responsabilidade política e da


incorporação aos centros do poder”.

2.5.Objecti vos da educação nas zonas libertadas

Nas zonas libertadas um slogan da FRELIMO era educar ao homem para ganhar a Guerra, criar
nova sociedade e desenvolver o país; A novidade foi de ''criação de novas escolas com centro
de Aprendizagem, um espaço onde o conhecimento era sistematizado,elaborado e
transmitido'', a educação Colonial era um processo de alienação ou moralizaçãodos indígenas,
isto é, preparação de futuros trabalhadores rurais e artífices» (MAZULA,1995:79).

Preparação da criança para vida social, isto para os não indígenas, «Formar indígenasa
consciência de cidadão português e prepará-lo para a luta da vida, tornando-se mais útil
àsociedade e a si próprio. Nacionalizar o indígena das colónias, difundindo entre eles a língua
eos costumes portugueses» (Idem).

Colonizar as culturas ditas tradicionais e substituí-las com as modernas, formar


osmoçambicanos em verdadeiros portugueses, formar bons trabalhadores agrícolas e
artíficesque viriam garantir rendibilidade da economia colonial.

2.6.Educação no período Pós-Colonial ou Pós-Independência

Moçambique tornou-se um país independente a 25 de Junho de 1975. No dia 24 de julho do


mesmo ano, a educação e outras instituições socioeconómicas considera das conquistas do
povo foram nacionalizadas. O Estado assumiu inteiramente a responsabilidade da planificação e
gestão da educação. O que o Estado herdou do sistema colonial foi uma reduzida rede escolar,
um sistema educacional com objectivos alienantes, enraizado em práticas e métodos
autoritários. Com a nacionalização, o ensino passou a ser laico em seus objectivos e foi
colocado ao serviço de interesses políticos, animados pela utopia de formar o ‘homem novo’,
um cidadão ideológica, científica, técnica e culturalmente preparado para realizar as tarefas do
desenvolvimento socialista do País.

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De acordo com dados da UNESCO, na altura da independência, cerca de 90% da população
moçambicana, do total de cerca de onze milhões, era analfabeta: não sabia falar, ler e escrever
a Língua Portuguesa. Esta, com a proclamação da independência, passou a ser alíngua oficial,
por razões históricas que anteriormente foram mencionadas. Os contactos dos novos
governantes com a população, tal como no tempo do domínio colonial, eram e aindasão
mediados por intérpretes ou tradutores.

A educação no período da Independência iria determinar a geração Pós-independênciae o


futuro da própria nação. Houve uma extensão da rede escolar para um maior numero
demoçambicanos que durante o período colonial não teve acesso as disciplinas escolares.
Estaeducação visava a Unidade Nacional baseada numa educação revolucionária aberta
ecientífica. A educação tradicional foi vista neste novo processo de reestruturação curricular
como conservadora de valores ultrapassados, foi considerado como sendo primitivo e
inadequado para as necessidades modernas da sociedade moçambicana.

O Homem Novo, era totalmente anti-tradicionalista, semelhante ao ideal moderno iluuminista


que devia seguir apenas a luz da razão e buscar-se na técnica, e a tradição era visto como um
obscurantista como um perigo para o progresso pela FRELIMO, as línguas nacionais, foram
excluídas do SNE e foram expostas ao confinamento das ideias. A educação nacionalista,
contribuiu para dar ao moçambicano ''uma dimensãometafísica e ao mesmo tempo ter tentado
concretizar estas qualidades numa realidade concreta e enquadrá-las numa luta pela liberdade''
(CASTIANO, 2005:81)

Segundo Mazula, após a independência o governo moçambicano tinha o principal objectivo «a


formação do Homem Novo, com plena consciência do poder da sua inteligênciae da força
transformadora do seu trabalho, na sociedade e na natureza; Homem Novo livre deconcepção
supersticiosa e subjectiva» (MAZULA, 1995:110).

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3.Conclusão

Terminado o trabalho, conclui-se que antes do colonialismo a educação era transmitidaatravés


de fontes orais. Com chegada dos portugueses, a educação, verificou mudanças, o português
passou a impor regras de ensino, onde só participavam do ensino qualificado os filhos dos
mesmos e os assimilados. Como os portugueses tinham dificuldades nacomunicação com os
indígenas, viram uma necessidade de ensinar a língua para melhor se comunicarem com os
indígenas

No período pós colonial o efectivo dos alunos nas escolas cresceu e a educação atingiu assim o
seu auge. Os mais de 10 milhões de analfabetos começaram a se alfabetizar visto que a
educação no período colonial só era garantida para os colonos e já neste momento ficou
garantida para todos moçambicanos e de uma forma igual.

Nas escolas começaram a se introduzir novas disciplinas e já nesse período a educaçãoestava


dividida em ensino primário, secundário e superior, Portanto os moçambicanoscomeçaram a
ser educados para tomar consciência dos seus direitos que não era valorizados pelos colonos,
tirar a mentalidade colonial, formar intelectuais, quadros políticos e económico para
desenvolver o país.

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4.Bibliografia

Boletim da República, 3º Suplemento, Publicação Oficial da República Popular deMoçambique,


1983 ____________________, 1992

GÓMEZ, Miguel B., Educação de Moçambique História de um Processo: 1962-1984

,Livraria Universitária, Maputo, Moçambique, 1999

INDE/MINED, Plano Curricular de Ensino, INDE/MINED Moçambique, 2003

MAZULA, Brazao, Educação, Cultura, e Ideologia em Moçambique: 1985, EdiçõesAfrontamento


e Fundamento bibliográficas de Língua Portuguesa, 1995

RAMA, A. (1985). A cidade das letras. Tradução de Emir Sader. São Paulo: Brasiliense

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