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Análise de

Investimento
Material Teórico
Conceitos Econômicos e a Análise de Investimentos

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Ms. Walter Franco Lopes Silva

Revisão Textual:
Profa. Dra. Patrícia Silvestre Leite Di Ióri
Conceitos Econômicos e a Análise de
Investimentos

• A Escassez de Recursos

• A Relação entre Investimento e Escassez

• Conceituando Valor e Preço dos Bens e Serviços

• A Produção e a Distribuição de Bens e Serviços

•  A Produção de Bens e Serviços como Decisão de


Investimentos

·· Iniciaremos relacionando o conceito de escassez com as


definições de valor e preço dos bens e serviços na economia,
apresentando assim uma análise crítica a respeito deste
importante tema. E, em seguida, relacionaremos estes
conceitos com a discussão dos temas relacionados com a
produção e distribuição dos bens e serviços na economia.

Nesta Unidade, desenvolveremos juntos o estudo da análise de investimentos a partir da


discussão a respeito do conceito econômico da escassez de recursos na economia e suas
relações com os importantes temas do valor e do preço dos bens e serviços nos mercados.
Temas estes, aliás, que se encontram de uma forma ou de outra intrinsicamente relacionados
com o trabalho de análise e elaboração da avaliação de empresas.
Discutiremos, também, a percepção de ‘valor’ de determinado montante financeiro face às
opções de compra de um bem (gasto) ou poupança de recursos dada uma determinada
taxa de juros para o investidor. Concluiremos estudando os importantes temas referentes à
produção e distribuição de bens e serviços que completam esta nossa análise a respeito das
bases teóricas da Análise de Investimentos nas sociedades capitalistas do século XXI.

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Unidade: Conceitos Econômicos e a Análise de Investimentos

Contextualização

Quando tratamos da importância da análise de investimentos, estamos estudando um tema


de enorme importância ao profissional ou estudante de finanças ou de economia nas sociedades
neste século XXI. E isto ocorre em razão deste tema ser essencial para o completo entendimento
e domínio dos temas relacionados com investimentos em ações de empresas, títulos de dívidas,
debêntures, contratos futuros, opções e demais tipos de ‘ativos’ que, diariamente, fazem parte
das rotinas de trabalho ou dos processos de tomadas de decisões nos ambientes organizacionais.
Conforme destacamos anteriormente, iniciaremos os estudos desta Unidade I tratando do
tema ‘escassez’ de forma a oferecermos uma base teórica essencial que facilite nossas futuras
discussões ainda mais aprofundadas a respeitos das diversas definições e análises relativas
ao tema ‘valor’. Assim, nosso objetivo será o de ter sempre em mente a importância destes
conceitos no processo de tomada de decisões de investimentos por parte do financista – seja
este um Analista de Investimentos ou outro profissional do mercado - face aos mais variados
tipos de riscos envolvidos na montagem de uma ‘carteira de investimentos’.
Assim sendo, é importante sempre pensarmos em Análise de Investimentos como sendo um
processo de tomada de decisão dinâmico e racional que busca – a todo instante – ‘equilibrar’
aplicação de recursos e retornos futuros esperados em razão de determinados riscos assumidos
pelo investidor em determinado período de tempo. E tudo isto tendo como pano de fundo o
conceito de escassez de recursos nas economias e nos mercados como um todo.

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A Escassez de Recursos

O conceito de escassez é um dos principais tópicos de análise quando iniciamos qualquer


curso introdutório de economia ou finanças empresariais. Isto porque este tema é não apenas
recorrente, mas, antes de tudo, essencial para compreendermos a razão de existência da própria
ciência econômica.
Mas por que podemos fazer tais afirmações a respeito da escassez?
Podemos, porque se não houvesse escassez de recursos como mão-de-obra, energia e de
todos os fatores de produção essenciais para a produção de bens e serviços necessários ao
atendimento de nossas necessidades e desejos, provavelmente a ciência econômica perderia
a sua razão de ser. Em outras palavras, o homem começou a se preocupar com o estudo da
Ciência Econômica quando percebeu que todo o progresso da ciência o levaria – cedo ou tarde
– a produzir (e consequentemente, consumir!) mais e mais produtos e serviços.
Percebeu, ainda, que ao agir desta forma, ele estaria consumindo os recursos naturais do
planeta terra, exigindo em contrapartida uma ‘Ciência’ que estudasse, portanto, os problemas
relacionados à ‘escassez’ dos chamados fatores de produção como matéria prima, mão-de-
obra, capital, tecnologia e terra.
Assim sendo, as questões levantadas acima a respeito do que (e de que maneira) produzir
bem como, para quem vender fazem sentido apenas se levarmos também em consideração a
questão da escassez dos fatores de produção necessários à fabricação do bem ou prestação do
serviço. Mesmo porque, mesmo nas economias mais ricas, desenvolvidas ou industrializadas,
a quase totalidade dos recursos disponíveis para o processo produtivo é escassa por natureza.
Quando pensamos na natureza a nossa volta, vemos que talvez apenas o sol e o ar que
respiramos não são escassos! Desta forma temos sempre de lembrar que o homem não pode
ter disponível todos os recursos que deseja, haverá sempre algum limitador, alguma restrição, o
que o forçará sempre a fazer escolhas dentre os bens ou serviços oferecidos.
Torna-se importante, portanto, compreendermos escassez como sendo uma ‘restrição’
naturalmente presente em nossas vidas e, consequentemente, presente também nos sistemas
econômicos como um todo. Exige-se assim que as economias se utilizem dos recursos disponíveis
com o maior grau possível de eficiência durante o seu processo de desenvolvimento, pensando
sempre na utilização ótima de cada bem disponível disponibilizado, seja ele representado por
tecnologia, mão-de-obra, ou demais fatores de produção.
Segundo Mankiw,

Os fatores de produção são os insumos usados para produzir bens e serviços.


Mão-de-obra, terra e capital são os três fatores de produção mais importantes.
Quando uma empresa de informática produz um novo programa para
computador, usa o tempo dos programadores (mão-de-obra), o espaço
físico em que estão seus escritórios (terra) e um prédio de escritórios e
equipamentos de informática (capital). (Mankiw, 2004, p. 392).

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Unidade: Conceitos Econômicos e a Análise de Investimentos

Trocando Ideias
Releia o texto acima. Reflita sobre os chamados ‘Fatores de Produção’. E pense a respeito do caso
brasileiro. Como – ou quais – seriam os principais ‘gargalos’ para o empresário que pretende produzir
um produto, ou vender um serviço em nossa economia? Sabemos que somos relativamente ricos em
termos de matérias primas. Mas como estamos em termos dos demais ‘fatores de produção’? E como
você acredita que tal ‘escassez’ impacta a ‘decisão de investir’ de um empresário nos dias de hoje?

O site da Petrobras – Petróleo Brasileiro S.A. apresenta uma análise interessante


sobre a produção e consumo de petróleo no Brasil. Veja, por exemplo, os números
publicados para o ano de 2012. Estudando estes dados, você, certamente, agregará
conhecimento no que se refere aos conceitos de escassez, uso de recursos, fatores
de produção e demais variáveis presentes nesta nossa discussão inicial sobre estas
questões introdutórias sobre a análise de investimentos.
Veja no link: www.petrobras.com.br

Ainda, segundo Mankiw (2011, p.4), podemos definir escassez como sendo a natureza
limitada dos recursos da sociedade, enquanto a economia como sendo o estudo de como a
sociedade administra seus recursos escassos. Assim sendo, com base neste conceito de escassez
e no que discutimos nesta Unidade, gostaria de colocar uma pergunta:
Como o Brasil deveria conciliar a sua produção de petróleo com o crescimento da sua frota
de veículos?

Explore

Você estaria interessado em estudar mais a fundo o tema escassez? Sugiro a leitura da Introdução do
livro Introdução à Economia de N.G. Mankiw, 2004. p. 3-4.

A Relação entre Investimento e Escassez

Segundo Samanez (2006, p. 3), quando estudamos investimentos temos sempre que ter
em mente que este princípio está muitíssimo relacionado com a preferência das pessoas pela
‘liquidez’. Ou seja, R$ 100 disponíveis hoje por uma pessoa (ou investidor) são preferíveis a
esta mesma quantia nominal de R$ 100 a serem recebidos em data futura e isto, em razão
de três fatores:

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1. Existe risco do investidor não receber a quantia no futuro; risco este, aliás, muito difícil
de ser mesurado (medido), ou mesmo avaliado pois pode decorrer de diversas razões ou
motivos dos mais variados.
2. Esta quantia de R$ 100, certamente, valerá menos no futuro em razão da inflação; assim
sendo, todos nós sabemos (e o investidor mais ainda!) que a inflação corrói o poder de
compra de nosso dinheiro ao longo do tempo por, exatamente, refletir o aumento dos
preços nas economias e mercados. Logo, todos preferirão este valor nominal de R$ 100 no
presente, do que este mesmo montante nominal no futuro quando poderá comprar menos
das mesmas mercadorias.
3. Este recurso financeiro representa – em última análise – um custo de oportunidade. E por
meio do investimento pode-se transformar R$ 100 em um valor nominal maior, caso o
investimento possa ser feito agora em um ativo rentável; mais uma vez, o chamado custo
de oportunidade gera para o investidor o desejo de ter este montante financeiro hoje em
suas mãos por ter certeza de poder fazê-lo render com sua aplicação em algum tipo de
investimento (financeiro ou produtivo).
Vejamos a seguir uma visão bastante interessante a respeito das relações entre investimento,
escassez (e uso) de tempo e dinheiro em nossas atividades do dia a dia, segundo o financista Zvi
Bodie em seu livro ‘Fundamentos de Investimentos’:

Um investimento é o comprometimento atual de dinheiro ou de outros recursos


na expectativa de colher benefícios futuros. Por exemplo, um indivíduo pode
comprar ações na esperança de que os futuros resultados monetários destas
ações justifiquem tanto o tempo em que o dinheiro dele estará empatado,
quanto o risco do investimento. O tempo em que você passará estudando
este livro (sem mencionar o seu custo) também é um investimento. Você abre
mão de lazer, ou da renda que poderia estar ganhando em um emprego, na
expectativa de que a sua carreira futura tenha um impulso capaz de justificar
este comprometimento de tempo e de esforço. (2000, p. 23)

Este valor da preferência pela liquidez, afirma Samanez (2006), é normalmente representado
pela taxa de juros operada no mercado ou pelo efetivo custo do dinheiro. Assim, vejamos um
exemplo a seguir que explica matematicamente este raciocínio:
Exemplo: João tem R$ 200 para gastar ou investir em um mercado que oferece taxa de
juros de 10% a.a. assim sendo, caso este indivíduo decida por investir este montante no banco
ao invés de consumir produtos ou serviços (ou seja, fazer um sacrifício de deixar de comprar
para poupar!), receberá depois de um ano R$ 20 de juros como remuneração – ou como
compensação por ter deixado de consumir. Por outro lado, caso a taxa de juros caia para 1%
a.a., é provável que João prefira consumir (ou seja, gastar os R$ 200) ao invés de receber
apenas R$ 2 de juros depois de um ano de espera.
Perceba, portanto, como a percepção de custo-benefício modifica a decisão tomada por João.
Caso ele tenha a percepção de que o ‘valor’ monetário recebido sob a forma de juros recebidos é
maior que o ‘benefício’ gerado pelo consumo, preferirá poupar. Mas, por outro lado, caso tenha a
percepção de que a remuneração obtida é muito baixa, e que, portanto, poupar ‘não vale a pena’,
João preferirá não investir e sim consumir produtos ou serviços com estes R$ 200.

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Unidade: Conceitos Econômicos e a Análise de Investimentos

Vejamos a seguir o conceito de taxa de juros segundo C. P. Samanez em seu livro ‘Gestão de
Investimentos e Geração de Valor’:

O conceito de taxa de juros de mercado é uma noção prática utilizada em


matemática financeira para indicar a taxa a que o investidor ou aplicador
pode teoricamente ter acesso no mercado. Na prática, essa taxa de mercado
depende de diversos fatores, como o volume de dinheiro considerado para
aplicação ou empréstimo, o prazo da aplicação e os riscos associados à
transação. (2006, p. 3-4)

Conceituando Valor e Preço dos Bens e Serviços


O conceito de valor refere-se a uma interpretação predominantemente material da habilidade
essencial de um produto (ou serviço) de oferecer alguma utilidade ao consumido final. Portanto,
o conceito de valor pode ser entendido como sendo a percepção de utilidade que um bem ou
serviço tem para este consumidor. Esta percepção, por sua vez, pode também ocorrer em base
de comparação do bem ou serviço em questão face aos outros bens ou serviços comparáveis e
disponíveis para aquisição no mercado.
Imaginemos um veículo que custa R$ 20 mil (vinte mil reais) e uma motocicleta que custa R$
2 mil (dois mil reais). Assim, matematicamente, este veículo tem um valor monetário dez vezes
superior à motocicleta. Entretanto, caso a pessoa não tenha muitos recursos para gastar com
combustível, o ‘valor’ percebido pela compra da motocicleta pode ser muitas vezes superior
ao ‘valor’ percebido pelo cliente pelo carro. E isto, em razão da percepção da futura economia
financeira que este consumidor estará fazendo com a compra da motocicleta que consome
menos combustível.
Podemos ainda imaginar o ‘valor’ percebido por um trabalhador com fome ao receber uma
fatia de pão de R$ 1,00 comparativamente ao valor deste mesmo bem para uma pessoa já
alimentada. Certamente, o alimento ‘vale’ muito mais para quem está com fome do que para
outra pessoa saciada, independente do seu ‘preço de venda’.

A Produção e a Distribuição de Bens e Serviços


Toda riqueza produzida por um país em determinado período entre os seus habitantes,
normalmente, ocorre sob a forma de recursos financeiros (dinheiro). Recursos estes, que
os cidadãos utilizam para adquirir bens ou serviços necessários para a sua subsistência ou
demais itens por estes desejados. É importante destacar que nas sociedades modernas mais
sofisticadas praticamente não ocorrem trocas de mercadorias entre os produtores sem que haja
a intermediação do dinheiro.

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Assim, o que chamamos de escambo (trocas de bens entre seus produtores sem o uso de
moeda) ocorre apenas em uma pequena parcela da sociedade – entre, por exemplo, habitantes
de sociedades menos industrializadas e moradores de áreas rurais que produzem em regime de
subsistência – sendo esta prática, assim, rara nas economias mais industrializadas.
A divisão do trabalho, uma das características mais marcantes das sociedades contemporâneas
permite a constante busca pela eficiência das empresas no ato de produzir bens e serviços. Com
o desenvolvimento das sociedades, no decorrer dos séculos, este homem - antes criador e
dono de sua própria produção - foi se especializando e executando atividades a cada dia mais
e mais específicas e reduzidas no escopo geral de produção. Portanto, quando adquirimos um
bem devemos ter em mente que este foi produzido em decorrência de uma gama de ações
conjugadas de indivíduos, empresas industriais e financeiras.
Antes, capaz de produzir sozinho um utensílio durante a Idade Média, o novo homem pós-
Revolução Industrial vê-se praticamente incapaz de executar artesanalmente qualquer bem
para seu uso ou venda. Consequentemente, nas sociedades contemporâneas, o homem vê
sua ação reduzida à simples compra de produtos e serviços, ou seja, torna-se executor de uma
pequena parcela de um complexo processo produtivo– simples profissional que troca seu tempo
disponível por salário (dinheiro).
Esta fragmentação do trabalho entre diversos agentes e trabalhadores decorrente de uma
efetiva divisão e enorme ‘globalização’ da mão-de-obra e das atividades produtoras entre
os diversos países acaba por gerar uma interdependência das diversas economias mundiais
e, não raro, uma quebra se safra de trigo na Argentina pode afetar o mercado de venda de
veículos no Brasil!

  A Produção de Bens e Serviços como Decisão de Investimentos

Atualmente todos os países, mesmo os menos desenvolvidos industrialmente, produzem uma


enorme quantidade de bens e serviços todos os anos. Sabemos que, baseado no significativo
número de empresas instaladas nos países mais desenvolvidos, ou nos países em desenvolvimento
como é o caso do Brasil, pode-se esperar a produção de não apenas uma grande variedade de
bens, mas, também, de grande quantidade de produtos e serviços que, de uma forma ou de
outra, suprem as necessidades dos seus consumidores internos ou externos (estes, no caso das
exportações efetuadas).
Assim, os países contemplam indústrias das mais variadas características e voltadas às mais
variadas fabricação de bens. Sabemos que classificados sob a sigla ‘automóveis’, o Brasil fabrica
uma grande variedade de produtos em diversas e diferentes fábricas de forma a oferecer estes
produtos (bens) aos seus consumidores localizados no mercado interno ou mesmo no exterior.
Ano a ano estes produtos variam e se modificam, ganhando ou perdendo componentes e
modificando a sua estrutura o que – por sua vez – geram modificações na matriz fabricante
destes mesmos veículos.

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Unidade: Conceitos Econômicos e a Análise de Investimentos

Cabe-nos, como estudantes de finanças, o entendimento destes aspectos ligados à ciência


econômica que, efetivamente, preocupa-se em medir, mensurar e analisar estas variações
na produção destes bens e na forma como estes veículos são anualmente produzidos.
Neste sentido, faz-se necessário medir e analisar, a todo instante, as variações que ocorrem,
anualmente, nesta indústria em particular e replicar este pensamento para todas as demais
cadeias de produção no país. Logo, por exemplo, poderíamos afirmar que o que se procura
é não apenas responder, mas, sim, compreender as razões do Brasil, por exemplo, produzir
mais de 3 milhões de veículos no ano de 2012 e qual direção e desempenho esta dinâmica
indústria tomará nos próximos anos.
Certamente, que neste exemplo citado acima o que nos interessa como financistas é
entender os comportamentos do fabricante face aos seus custos de produção, valor investido
e organização de seus negócios de um lado. E por outro lado, compreender também como o
consumidor age frente a esta ‘oferta’ de veículos por parte do industrial, qual são os seus gostos,
suas tendências de consumo e de comportamento, seu poder de compra face ao preço do bem,
e também os seus desejos e necessidades de adquirir o bem ofertado.

Pense
Vamos agora parar para pensar a respeito da tomada de decisões por parte do consumidor: Sabemos
que a tomada de decisões individuais, quando envolve a compra de determinado bem ou serviço,
exige uma escolha deste bem em detrimento de outro. Assim, ao adquirirmos algo, temos que
dispender recursos (gastar dinheiro!). Dinheiro este, que poderia estar sendo poupado ou empregado
na compra de outro bem.
Assim, reflita a respeito das razões que lhe fazem consumir algo em detrimento de
poupar seus recursos financeiros.

Explore

Você está interessado em aprender mais a respeito de como as pessoas tomam decisões nos
mercados? Para aprofundar este conhecimento, sugiro ler “Como as Pessoas Tomam Decisões”
(Mankiw, 2004, p. 4-8). www

Concluindo, torna-se importante compreendermos que, ao tomar uma decisão de comprar


determinado bem no mercado, o consumidor estará promovendo o crescimento econômico.
Esta ação individual de um consumidor, combinada coma as ações e investimentos efetuados
pelos demais agentes econômicos no período participam juntos do processo de geração de
riquezas no país.
Igualmente fica claro que todo bem ou serviço produzido em um país é – em poucas palavras
– uma decisão de investimentos e, por um lado um gerador de riquezas para os seus habitantes.

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Assim, todos os agentes envolvidos neste processo: fabricantes dos bens, transportadores
logísticos, meios de transporte utilizados para movimentação da produção, atacadistas e
distribuidores envolvidos até a chegada do produto nas mãos dos consumidores são juntos, em
última análise, partes de um mesmo processo responsável pela geração de riquezas e de decisão
de investimentos.

Glossário
Fatores de Produção: Fatores de produção são os insumos usados para produzir bens e serviços
em uma economia. Os fatores de produção - capital, matéria-prima, mão-de-obra, terra e tecnologia
- utilizados pelo capitalista no processo de produção do bem ou prestação do serviço. Todo fator de
produção tem seu custo inerente e que será incorporado ao custo da mercadoria fabricada ou do
serviço prestado.

Ideias Chave

• O estudo da análise de investimentos e a discussão a respeito do conceito econômico da escassez


de recursos na economia;
• As relações entre os conceitos de valor e preço dos bens e serviços nos mercados;
• Valor e Preço de bens e serviços e suas relações com o trabalho de análise e elaboração da
avaliação de empresas;
• A análise do valor percebido do bem comparativamente aos rendimentos futuros auferidos com a
poupança de recursos dado uma taxa de juros;
• A produção e a distribuição de bens e serviços nas sociedades capitalistas do século XXI.

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Unidade: Conceitos Econômicos e a Análise de Investimentos

Material Complementar

GROPPELLI, A.A. e NIKBAKHT, E. Administração Financeira. 3ª ed. São Paulo: Saraiva,


2010.

IUDÍCIBUS, S. Análise da Balanços. São Paulo: Editora Atlas S.A., 2009.

MÁLAGA, F.K. Análise de Demonstrativos Financeiros e da Performance Empresarial


Para Empresas Não Financeiras. São Paulo: Saint Paul Editora, 2009.

SANTOS, J.O. Valuation. Um Guia Prático. São Paulo: Editora Saraiva, 2012.

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Referências

BODIE, Zvi, KANE, A., MARCUS, A.J. Fundamentos de Investimentos. 3. ed. Porto Alegre:
Bookman, 2002.

SAMANEZ, C.P. Gestão de Investimentos e Geração de Valor. São Paulo: Pearson, 2006.

GITMAN, L.J. Princípios de Administração Financeira. 10 ed. São Paulo: Pearson, 2007.

HOJI, M. Administração Financeira e Orçamentária. São Paulo: Editora Atlas S.A., 2008.

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Unidade: Conceitos Econômicos e a Análise de Investimentos

Anotações

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