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ÍNDICE

LISTA DE ABREVIATURA.............................................................................................iv
RESUMO.............................................................................................................................v
CAPITULO I – INTRODUÇÃO.........................................................................................1
1.1.Introdução..................................................................................................................1
1.2.Objectivos do trabalho...............................................................................................2
1.2.1.Objectivo geral....................................................................................................2
1.2.2.Objectivos específicos........................................................................................2
1.3.Justificativas..............................................................................................................3
1.4.Problematização.........................................................................................................3
1.5.Hipóteses....................................................................................................................4
1.6.Estrutura do Trabalho................................................................................................4
CAPITULO II - METODOLOGIA DA PESQUISA..........................................................5
2.1.Tipo de Pesquisa........................................................................................................5
2.2.Métodos de pesquisa..................................................................................................5
2.2.1.Método de abordagem........................................................................................5
2.2.2.Método de procedimento....................................................................................5
CAPITULO III - REVISÃO DE LITERATURA...............................................................6
3.1.Investimentos financeiros..........................................................................................6
3.2.Investimentos financeiros temporários......................................................................7
3.3.Critérios de valorimetria............................................................................................8
3.4.Bases para o reconhecimento do rédito.....................................................................9
3.5.Aquisições e alienações...........................................................................................10
3.5.1.Provisão para aplicações de tesouraria.............................................................11
3.5.2.Investimentos financeiros permanentes............................................................11
3.5.3.Ligações entre empresas...................................................................................12
3.6.Critérios de valorimetria..........................................................................................14
3.7.Diferença entre os dois métodos..............................................................................14
3.8.Bases para o reconhecimento do rédito...................................................................15

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3.8.1.Valorização ao custo.........................................................................................15
3.8.2.Valorização segundo o método de equivalência patrimonial...........................15
3.9.Empreendimentos conjuntos....................................................................................16
3.9.1.Métodos de Contabilização dos Empreendimentos Conjuntos........................17
3.9.1.Os empreendimentos conjuntos assumem formas e estruturas muito diferentes
...................................................................................................................................17
CAPITULO IV – CONCLUSÃO e SUGESTÃO.............................................................18
4.1.Conclusão................................................................................................................18
4.2.Sugestões.................................................................................................................19
Bibliografias......................................................................................................................20

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LISTA DE ABREVIATURA

FI Fundo de Investimento

FIQ Fundo de Investimento em Quotas

IE’s Indicadores Económicos

IF Investimentos Financeiros

LTN Letra do Tesouro Nacional

NP Nota Promissora

RV Renda Variável

TR Taxa Referencial

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RESUMO

Diariamente os gestores das empresas se encontram com a necessidade em criar novos


negócios, adquirir crédito ou até mesmo utilizar o património líquido da empresa. Os
investimentos financeiros em activos reais estão classificados dentro das decisões mais
significativas da economia, pois atingem a expectativa económica de uma nação. Este
tipo de investimento representa a possibilidade ou não de elevar o capital da empresa?
Caso seja possível, de que forma? Comprando máquinas e equipamentos, ampliando o
espaço físico, investindo em treinamento e capital humano e outras. O gestor responsável
pelo investimento vai sair vitorioso se conseguir aumentar o valor da empresa,
consequentemente ampliando o valor das acções desta, que através do aumento do valor
da empresa reflecte um aumento de dinheiro para os detentores das acções, os sócios.

Palavra-Chave: Investimento Financeiro.

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CAPITULO I – INTRODUÇÃO

1.1.Introdução

O presente trabalho de pesquisa tem como o tema ‘’Investimentos Financeiros’’. Na


verdade, através do objecto de estudo podemos ver que os recursos são escassos, e
existem diversas opções para se investir, para isso no momento em que se vai fazer um
investimento é de extrema importância analisar sua viabilidade da maneira mais precisa
possível, ou seja, levando em consideração os riscos e os retornos esperados de cada
investimento, pois é considerado investimento, um sacrifício no presente, com o intuito
de se alcançar benefícios no futuro.

Em diversos casos escutamos e vemos notícias de empresários se perguntando se o


investimento feito, foi bom, se valeu à pena ou não, isso se dá por que cada vez mais no
mundo de hoje existe uma exigência do mercado para que as empresas se alterem se
modifiquem, busquem novos investimentos, na verdade é uma imposição para constantes
alterações nas empresas.

Contudo, para que não se crie essas perguntas de dúvidas em relação ao investimento
financeiro realizado, é necessário fazer uma análise de viabilidade económica - financeira
dos novos projectos, garantindo assim que o resultado do projecto seja mais próximo do
desejado para isso leva-se em considerações os riscos e o retornos envolvidos.

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1.2.Objectivos do trabalho

A definição dos objectivos determinam o que o pesquisador quer atingir com a realização
do trabalho de pesquisa, pois são sinónimo de meta, fim e podem ser gerais e específicos
de modo que as actividades sejam realizadas e terminadas com êxito.

1.2.1.Objectivo geral

MARCONI e LAKATOS (2001:102) referem que os objectivos gerais "estão ligados a


uma visão global e abrangente do tema, relaciona-se com o conteúdo intrínseco, quer dos
fenómenos e eventos, quer das ideias estudadas vincula-se directamente a própria
significação da tese proposta pelo projecto."

Assim, a pesquisa em alusão tem como objectivo geral:

 Mostrar como é feito a análise da viabilidade de um novo investimento Financeiro


e quais são os critérios utilizados para a decisão, suas vantagens e desvantagens.

1.2.2.Objectivos específicos

MARCONI e LAKATOS (2001:102) Referem que os objectivos específicos "apresentam


características mais concretas, têm a função intermédia e instrumental permitindo de lado
a atingir objectivo geral e de modo a explicar este a situação particular".

Assim a pesquisa tem como objectivos específicos:

 Falar da importância de se realizar uma análise de investimento financeiro dos


riscos e retornos de um novo projecto.
 Demonstrar a importância de cada critério de decisão, utilizado na análise de
viabilidade de novo investimento.
 Demonstrar na prática como é feita a análise da viabilidade económica de novos
projectos.

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1.3.Justificativas

Segundo o autor FACHIN (2001, p. 113) “a justificativa destaca a importância do tema


abordado, levando-se em consideração o estágio actual da ciência, as suas divergências
ou a contribuição que pretende proporcionar ao pesquisar o problema abordado”.

Dado a dificuldade de novos empresários utilizarem o capital de maneira correcta e no


tempo certo, o trabalho visa ajudar os gestores a realizarem uma análise da viabilidade de
um novo projecto nas suas organizações. Dessa forma, o estudo vai ajudar não só o
administrador, mas também os estudantes e os leitores para que antes de aplicarem o
dinheiro em um projecto, vão passar a utilizar os conceitos apresentados no trabalho e
assim aumentar seus lucros e suas satisfações, contribuindo assim para economia como
um todo no seu PIB.

Por fim, esta pesquisa tem a intenção de contribuir para a sociedade não apenas
académica, mas para a sociedade como um todo, pois possibilitará as pessoas
conhecimentos sobre os investimentos financeiros. Com estas informações as pessoas não
se sentiriam tão inseguras no momento em que decidem aplicar seus recursos.

1.4.Problematização

LAKATOS (2001, p. 103) explica que “A formulação do problema prende-se ao tema


proposto: ela esclarece a dificuldade específica com a qual se defronta e que se pretende
resolver por intermédio da pesquisa”.

Muitas empresas de hoje em dia não realizam um estudo da viabilidade do projecto em


que pensam em fazer, analisando seus riscos seus retornos e até mesmo analisando a
situação do mundo, e após realizarem o investimento, sem qualquer análise da
viabilidade, percebem que o capital foi mal investido, mal utilizado, ou utilizado no
momento em que não era para ser utilizado, desse modo não conseguem o resultados em
que foi esperado ou em muitos casos ficam com saldos negativos após terem feito o
investimento sem análise da viabilidade económica.

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Diante das consequências de um investimento financeiro sem qualquer planeamento o
problema do trabalho é:

 Como é feita análise de investimento financeiro para determinar se um projecto é


viável ou não?

1.5.Hipóteses

Hipótese 1: A análise de viabilidade económica e financeira se faz importante devido ao


facto de ela medir se um investimento trará retorno ou não para o investidor.

Hipótese 2: É Provável que, na análise de investimento financeiro, o investidor consiga


eliminar projectos em que não compensa investir e direccionar seu esforço e dinheiro
para projectos mais promissores.

1.6.Estrutura do Trabalho

No primeiro capítulo, temos também a destacar a introdução, objectivo geral, objectivos


específicos as justificativa, problema, hipóteses, delimitação do tema e estrutura do
trabalho.

O segundo apresenta a metodologia da pesquisa, o tipo de pesquisa, o método de colecta,


o tratamento dos dados.

O terceiro capítulo é feita a revisão de literatura, onde são apresentados alguns conceitos
sobre o tema, concretamente, conceitos investimento financeiro.

O quarto capítulo temos as conclusões, sugestões e bibliografias.

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CAPITULO II - METODOLOGIA DA PESQUISA

2.1.Tipo de Pesquisa

a) Quanto aos objectivos a pesquisa será explicativa, pois tem como objectivo
primordial explicar e aprofundar sobre o investimento financeiro.

b) Quanto a abordagem a pesquisa será quantitativa, pois esta traduz em números


opiniões e informações relacionadas ao impacto das variáveis em análise, para
classifica-las e organiza-las, utilizando algumas ferramentas estatísticas.

c) Quanto ao objecto a pesquisa é bibliográfica. Foi elaborada a partir de material já


publicado, com matérias relacionadas.

2.2.Métodos de pesquisa

O método, segundo Garcia (1998, p.44), representa um procedimento racional e ordenado


(forma de pensar), constituído por instrumentos básicos, que implica utilizar a reflexão e
a experimentação, para proceder ao longo do caminho (significado etimológico de
método) e alcançar os objectivos preestabelecidos no planeamento da pesquisa (projecto).

2.2.1.Método de abordagem

O método de abordagem desta pesquisa é o dedutivo, pois a mesma parte de teorias e leis
mais gerais para a ocorrência de fenómenos particulares sobre investimento financeiro.

2.2.2.Método de procedimento

O método de procedimento usado é o estatístico: este método implica em números,


percentuais, análises estatísticas, probabilidades. E está quase sempre associado à
pesquisa quantitativa. Para Fachin (2001, p. 46), este método se fundamenta nos
conjuntos de procedimentos apoiados na teoria da amostragem e, como tal, é
indispensável no estudo de certos aspectos da realidade social em que se pretenda medir o
grau de correlação entre dois ou mais fenómenos.

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CAPITULO III - REVISÃO DE LITERATURA

3.1.Investimentos financeiros

Investimento Financeiro é um activo possuído por uma empresa para aumento de riqueza
através de distribuição (tal como juros, «royalties», dividendos e rendas), para a
valorização de capital ou para outros benefícios destinados à empresa investidora, tais
como os obtidos através de relações comerciais.

Os investimentos financeiros podem classificar-se em temporários (também chamados


correntes, convertíveis ou a curto prazo) e em permanentes (também conhecidos por não
correntes ou a longo prazo).

Um investimento financeiro corrente é aquele que, pela sua natureza, pode ser
rapidamente realizável, ou seja, transformado em dinheiro, e que se destina a ser detido,
em princípio, por um período não superior a um ano. Pelo contrário, um investimento
financeiro permanente é aquele que, pela sua natureza, não é rapidamente realizável ou
mobilizável e que se destina a ser detido, também em princípio, por um período superior
a um ano.

O Plano Geral de Contabilidade faz, e bem, uma separação nítida entre estes dois tipos de
investimentos financeiros. Os investimentos financeiros temporários fazem parte da
classe 1 – Meios Circulantes Financeiros, conta 1.7 – Títulos Negociáveis, isto é títulos
adquiridos com o objectivo de aplicação de tesouraria de curto prazo:

1.7.1 – Acções;
1.7.2 - Obrigações e títulos de participação;
1.7.3- Títulos da dívida pública;
1.7.8 - Outros títulos;
1.7.9 - Outras aplicações de tesouraria.

Os investimentos financeiros permanentes fazem parte da classe 3 – Imobilizações, a qual


inclui «bens detidos com continuidade ou permanência e que não se destinem a ser
vendidos... no decurso das operações normais da empresa».

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A estrutura da conta que, segundo o PGC, engloba os investimentos financeiros
permanentes é a seguinte:

3.1 – Imobilizações financeiras


3.1.1 – Partes sociais
3.1.2 – Obrigações e títulos de participação
3.1.3 - Investimentos em imóveis
3.1.4 – Outras imobilizações financeiras
3.1.4.1 – Títulos da dívida pública
3.1.4.2 – Outros títulos

Estão incluídos neste grupo de activos:

a) Os investimentos a prazo em títulos, tais como acções, obrigações e livranças a


prazo;
b) Investimentos nas subsidiárias, incluindo os investimentos a prazo;
c) Os investimentos em activos tangíveis, tais como terrenos e edifícios mas que não
sejam utilizados operacionalmente, e
d) Fundos reservados a usos futuros, tais como fundos para pagamento de
empréstimos por obrigações, fundos para a expansão da empresa, fundo
pagamento de acções a retirar e depósitos a longo prazo;
e) Quantias de resgate das apólices de seguros de vida do pessoal, feitos pela
empresa a favor de si própria;
f) Investimentos em ouro, diamante, etc., para detenção a prazo;
g) Obras artísticas detidas como investimentos a prazo.

3.2.Investimentos financeiros temporários

A forma mais usual de se efectuarem aplicações de tesouraria de curto prazo é através da


aquisição de acções, obrigações, de títulos de participação e de títulos de dívida pública.

Uma vez que os investimentos financeiros temporários são uma forma de as empresas
aplicarem excedentes dos saldos das contas de caixa e de depósitos à ordem, por períodos
relativamente curtos, é absolutamente necessário que, quando os mesmos são

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representados por acções, obrigações ou títulos de participação, tais títulos de crédito
sejam altamente líquidos ou mobilizáveis. Assim sendo, só devem ser adquiridos títulos
que estejam cotados na bolsa de valores.

3.3.Critérios de valorimetria

O custo de aquisição de um investimento financeiro temporário é dado pela soma do


respectivo preço de compra com todas as despesas necessárias para a sua aquisição, como
sejam comissões e taxas dos correctores, impostos, comissões bancárias, etc.

O PGC remete a problemática dos critérios valorimétricos dos investimentos financeiros


temporários para os «critérios definidos para as existências, na medida em que tal lhes
sejam aplicáveis».

A este propósito, é importante chamar atenção para o facto de que:

a) A definição de custo de aquisição aplicável às existências é incompleta quando


analisada na óptica dos títulos negociáveis e de outras aplicações de tesouraria;
b) Os métodos de custeio de saídas dos títulos negociáveis deve obedecer a
particularidades que não se compadecem com a simples analogia com a área de
existências.

Conforme refere o ponto 4.3. do PGC, os métodos usuais para se efectuar o custeio das
saídas de existências são: custo específico, custo médio ponderado, FIFO, LIFO, custo
padrão.

a) No caso concreto dos títulos negociáveis o método mais adequado para o fim em
causa é o do custo específico. A desvantagem que normalmente é apontada a este
método no contexto das existências (difícil implementação quando existem
muitos bens homogéneos e facilmente misturáveis) não se aplica, porém, no caso
dos títulos negociáveis.

b) A não ser em casos excepcionais, não é de esperar que uma empresa adquira
consecutivamente lotes de acções. Mas mesmo que tal aconteça, é sabido que as

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acções são numeradas podendo, portando os seus lotes ser perfeitamente
identificáveis.

O método do custo específico é, efectivamente, o que possibilita determinar os resultados


mais «puros» aquando da alienação dos títulos negociáveis, pois permite balancear, de
forma inequívoca, os proveitos obtidos e os custos incorridos. Em alternativa a este
método, podem, por ordem de prioridade o custo médio ponderado e o FIFO. Qualquer
que seja o método adoptado, o mesmo deve ser aplicado de forma consistente ao longo
dos vários exercícios.

À data de referência do Balanço, o PGC estabelece que os títulos negociáveis são


valorizados ao mais baixo do custo de aquisição ou do preço de mercado (ou seja o valor
de cotação se os títulos estiverem cotados).
Significa isto que:

 Se o custo de aquisição for inferior ao preço de mercado não se reconhece o


ganho potencial;
 Se o custo de aquisição for superior ao preço de mercado, haverá que constituir a
respectiva provisão

3.4.Bases para o reconhecimento do rédito

Os réditos gerados pelos investimentos financeiros temporários são fundamentalmente


relativos a juros (de obrigações, de títulos de participação, de títulos de dívida pública,
etc.,) a dividendos (de acções, de títulos de participação), e às mais-valias obtidas com
alienação dos respectivos títulos.

Todos estes réditos (proveitos e ganhos) devem ser contabilisticamente classificados na


subconta apropriada da conta 78 – «Proveitos e ganhos financeiros». são reconhecidos. O
reconhecimento e cálculo do rédito relativo a juros deve fazer-se tendo em consideração
o capital investido, a respectiva taxa de juro e o lapso de tempo decorrido. Por outras
palavras, este rédito é reconhecido quando é obtido e não quando é recebido (segundo a
base de acréscimo e não segundo a base de caixa)

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Os dividendos são geralmente reconhecidos como rédito na data em que são colocados à
disposição dos accionistas e não na data em que se realiza a assembleia-geral que os
distribui.

3.5.Aquisições e alienações

As aquisições de títulos negociáveis são contabilizadas ao custo de aquisição devendo


haver o cuidado de dele excluir, se tal for o caso, qualquer parcela de rendimento
correspondente ao tempo decorrido.

No que se refere às alienações de títulos negociáveis a sua contabilização processa-se


integralmente na conta 78 – «Proveitos e Ganhos Financeiros – Ganhos na alienação de
aplicações de tesouraria» ou na conta 68 – «Custos e Perdas Financeiros – Perdas na
alienação de aplicações de tesouraria» conforme, respectivamente, o resultado da
alienação seja positivo ou negativo. É, pois, necessários que antes de se iniciar a
contabilização sejam efectuados os cálculos necessários que possibilitem a escolha da
conta adequada para o respectivo lançamento.

Por outro lado, tal resultado é um ganho ou uma perda e não um proveito ou um custo
uma vez que o mesmo resulta da actividade não normal da empresa.

Exemplo 1:

Ao longo de 2000, a Empresa Alfa adquiriu, nas seguintes condições, lotes de acções da
Empresa Beta, como forma de aplicar excedentes de tesouraria.

Data Quantidade Cotação Despesas de Total


Compra
10/2 100 1,15 8 123
20/4 80 1,30 5,6 109,6
26/10 120 1,35 8,4 170,4

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3.5.1.Provisão para aplicações de tesouraria

Como vimos anteriormente, à data de referência do balanço os títulos negociáveis são


valorizados ao mais baixo custo de aquisição ou de mercado. Assim, se o custo de
aquisição for superior ao preço de mercado há que reconhecer a respectiva através da
constituição de uma provisão.

Trata-se, pois, de dar cumprimento ao princípio contabilístico da prudência, com base no


qual os prejuízos devem ser reconhecidos quando deles se tem conhecimento e não
apenas quando efectivamente ocorrem.

Chama-se atenção para o facto de a provisão acima referida ser uma conta de resultados
financeiros (conta 683- «Custos e perdas financeiros – provisão para aplicações
financeiras e imobilizações financeiras») e não resultados operacionais, pelo facto de se
tratar de uma operação que não se identifica com a actividade normal desenvolvida pela
empresa.

A contrapartida para a conta indicada que é a conta 182 - «provisões para títulos
negociáveis» a qual será debitada na medida em que se reduzirem ou deixarem de existir
as situações para que foi criada. De notar, que, segundo o PGC, quando a referida conta
182 - «provisões para títulos negociáveis» for debitada a sua contrapartida é a conta de
resultados extraordinários (79.6.2 – Proveitos e ganhos extraordinários - Redução de
amortizações e provisões – provisões») e não uma conta de resultados financeiros.

3.5.2.Investimentos financeiros permanentes

Os investimentos financeiros permanentes podem classificar-se em dois grandes grupos:

1. Os que se referem a partes de capital em filiais e em associadas


2. Os restantes.

As empresas que detêm investimentos financeiros permanentes, representados por partes


de capital em filiais ou em associadas, têm fundamentalmente como objectivo exercer
controlo (e exercê-lo efectivamente) sobre as políticas financeiras e operacionais das
participadas ou ter uma influência significativa na sua definição.
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Refira-se que as empresas detentoras de investimentos financeiros permanentes, que não
sejam representados por partes de capital em filiais ou associadas, tem um objectivo
idêntico ao que vimos no caso dos investimentos financeiros temporários (obtenção de
juro, de dividendos ou de mais valias) mas com uma diferença: estes investimentos são
feitos com intenção de permanecerem na empresa por prazo superior a um ano. Não se
trata, pois, da aplicação temporária de excedentes de liquidez mas sim de investimentos
financeiros realizados com carácter de médio/longo prazo.

3.5.3.Ligações entre empresas

Tendo e conta as ligações existentes entre si, em consequência da titularidade de partes


de capital ou de outros direitos, as empresas classificam-se, sob o ponto de vista
contabilístico, em:

a) Empresas do grupo,
b) Empresas associadas,
c) Outras empresas.

Empresas do grupo são as empresas que fazem parte de um conjunto compreendido por
empresa-mãe e empresas filiais. Empresas-mãe são as que, por si só ou em conjunto com
uma ou mais empresas, dominam ou controlam outra ou outras empresas.

Empresas filiais são aquelas sobre as quais uma empresa (empresa-mãe) detém o poder
de domínio ou de controlo. Quando uma empresa-mãe tiver filiais quando, por sua vez,
sejam empresas-mãe de outras serão também filiais da primeira.

Considera-se empresa-mãe aquela que:

a) Tiver a maioria dos direitos de voto dos titulares de capital de uma empresa; ou
b) Tiver o direito de designar ou destituir a maioria dos membros dos órgãos de
administração, de direcção, de gerência ou de fiscalização de uma empresa e for,
simultaneamente, titular de capital desta empresa; ou

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c) Tiver o direito de exercer uma influência dominante sobre uma empresa da qual é
um dos titulares de capital, por força de um contrato celebrado com esta ou de
uma cláusula dos estatutos desta; ou
d) For titular de capital de uma empresa, detendo, pelo menos, 20% dos direitos de
voto e a maioria dos membros dos órgãos de administração, de direcção, de
gerência ou de fiscalização, desta empresa, que tenham estado em funções durante
o exercício a que se reportam as demonstrações financeiras, bem como no
exercício precedente e até ao momento em que estas sejam elaboradas, tenham
sido exclusivamente designados como consequência do exercício dos seus direitos
de voto; ou
e) For titular de capital de uma empresa e controle, por si só, ou por força de um
acordo com outros titulares de capital desta empresa, a maioria dos direitos de
voto dos titulares de capital da mesma.

Empresas associadas são aquelas sobre as quais uma empresa participante exerce
influência significativa sobre a gestão e a sua política financeira, presumindo-se que
exista uma tal influência sempre que a participante detenha 20% ou mais dos direitos de
voto dos titulares do capital e não possa ser considerada como empresa-mãe.

a) Controlo é o poder de gerir as políticas operacionais e financeiras de uma


actividade económica a fim de obter benefícios da mesma.

b) Controlo conjunto é a partilha de controlo acordada em contrato numa actividade


económica, e existe apenas quando as decisões estratégicas financeiras e
operacionais relacionadas com a actividade exigem o consenso unânime das
partes que partilham o controlo (os empreendedores).

O controlo conjunto pode ser excluído quando uma investida estiver em situação de
reorganização legal ou falência, ou operar sob severas restrições a longo prazo na sua
capacidade de transferir fundos para o empreendedor. Se o controlo conjunto estiver em
continuação, estes acontecimentos não são suficientes em si mesmos para justificar a não
contabilização de empreendimentos conjuntos para as finalidades da Norma.

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Um empreendimento conjunto é um acordo contratual pelo qual dois ou mais parceiros
empreendem uma actividade económica que esteja sujeita a controlo conjunto.

3.6.Critérios de valorimetria

Os investimentos financeiros representados por partes de capital em filiais e associadas


podem ser registados de acordo com um dos seguintes métodos.
a) Pelo seu valor contabilístico (custo de aquisição), sem quaisquer alterações;
b) Pelo método de equivalência patrimonial, sendo as participações inicialmente
contabilizadas pelo custo de aquisição.

Portanto após o momento da compra, dever-se-á utilizar sempre o método da


equivalência patrimonial, excepto quando:

 Existam restrições severas e duradouras que prejudiquem significativamente a


capacidade de transferência de fundos para a empresa detentora, ou
 As partes de capital sejam adquiridas e detidas exclusivamente com a finalidade
de venda num futuro próximo.

3.7.Diferença entre os dois métodos

O método do custo é um método valorimétrico por meio do qual o investimento


financeiro numa filial ou numa associada é sempre registado, na empresa detentora, pelo
respectivo custo de aquisição.

Por seu lado, o método de equivalência patrimonial é um método de valorimetria


segundo o qual o investimento financeiro numa filial ou numa associada é registado, na
empresa detentora, de duas formas: na data da compra ao custo de aquisição e, daí para a
frente, ao custo de aquisição ajustado, no final de cada ano, pelas alterações que ocorrem,
pós-aquisição, na parte que cabe à participante no capital próprio da participada.

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3.8.Bases para o reconhecimento do rédito

Os réditos gerados pelos investimentos fiandeiros permanentes são fundamentalmente


relativos a lucros/dividendos (de quotas, de acções, de títulos de participação), a juros (de
depósitos bancários, de obrigações, de títulos de participação, de títulos de dívida pública,
de empréstimos concedidos) e às mais-valias obtidas com as respectivas alienações.

No caso de investimentos representados por partes de capital em filiais e associadas, e


desde que a empresa adopte, como critério de valorimetria o método de equivalência
patrimonial, o rédito é reconhecido quando tal empresa toma conhecimento do lucro
obtido pela sua participada.

No caso de adoptar, como critério de valorimetria, o custo de aquisição, o rédito é


reconhecido na data em que os lucros/dividendos são colocados à disposição da empresa
participada. No caso de se adoptar, como critério de valorimetria, o custo de aquisição, o
rédito é reconhecido na data em que os lucros/dividendos são colocados à disposição da
empresa participante.

3.8.1.Valorização ao custo

Como já foi referido anteriormente, a valorização das partes de capital em filiais e


associadas é pelo respectivo de aquisição. Quando os investimentos financeiros
representados por partes de capital em filiais e associadas, tendo sido valorizados ao
custo, quer na data da aquisição quer ao longo dos anos subsequentes, tiverem, à data de
referência do balanço, um valor de mercado inferior a esse mesmo custo, deverá ser
constituída a correspondente provisão.

3.8.2.Valorização segundo o método de equivalência patrimonial

O método de equivalência patrimonial é um método de valorização de partes de capital


em filiais e associadas segundo o qual estas são valorizadas ao custo de aquisição na
empresa participante (à data da compra) e, posteriormente, pela proporção que esta
corresponder nas variações do capital próprio da participada.

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No exercício em que, pela primeira vez, se adoptar o método de equivalência patrimonial
relativamente às participações que transitem de exercícios anteriores, devem ser
atribuídas às respectivas partes de capital as quantias correspondentes à fracção dos
capitais próprios que representam no início do exercício, sendo a diferença para os
valores contabilísticos incluída na conta “Ajustamentos de partes de capital em filiais e
associadas – Ajustamentos de transição”.

De notar, contudo, que este procedimento só deve ser seguido quando não for possível
determinar o ajustamento derivado da mudança do método do custo de aquisição para o
da equivalência patrimonial, como se este último tivesse sido utilizado desde a data em
que a participada ficou abrangida pela definição de filial ou associada.

3.9.Empreendimentos conjuntos

 Um empreendimento conjunto é um acordo contratual pelo qual dois ou mais


parceiros empreendem uma actividade económica que esteja sujeita a controlo
conjunto.
 Controlo é o poder de gerir as políticas operacionais e financeiras de uma actividade
económica a fim de obter benefícios da mesma.
 Controlo conjunto é a partilha contratualmente acordada de controlo de uma
actividade económica.
 Influência significativa é o poder de participar nas decisões das políticas operacional
e financeira de uma actividade económica que não seja controlo ou controlo conjunto
sobre essas políticas.
 Um empreendedor é um parceiro de um empreendimento conjunto que tem controlo
conjunto sobre esse empreendimento conjunto.
 Um investidor num empreendimento conjunto é um participante de um
empreendimento conjunto que não tem controlo conjunto sobre esse empreendimento
conjunto.

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3.9.1.Métodos de Contabilização dos Empreendimentos Conjuntos

 Consolidação proporcional é um método de contabilização e de relato financeiro


pelo qual o quinhão de um empreendedor em cada um dos activos, passivos,
rendimentos e gastos de uma entidade conjuntamente controlada é combinado numa
base linha a linha com itens similares nas demonstrações financeiras do
empreendedor ou relatado como linhas de itens separados nas demonstrações
financeiras do empreendedor.

 O método da equivalência patrimonial é um método de contabilização e de relato


financeiro pelo qual um interesse numa entidade conjuntamente controlada é
inicialmente registado pelo custo e ajustado depois pela alteração pós-aquisição no
quinhão do empreendedor nos activos líquidos da entidade conjuntamente controlada.
A demonstração dos resultados reflecte o quinhão do empreendedor nos resultados
das operações da entidade conjuntamente controlada.

3.9.1.Os empreendimentos conjuntos assumem formas e estruturas muito diferentes

A Norma identifica três grandes tipos

a) Operações conjuntamente controladas;


b) Activos conjuntamente controlados, e
c) Entidades conjuntamente controladas.

As características comuns a todos os empreendimentos conjuntos:

a) Dois ou mais empreendedores estão ligados por um acordo contratual; e


b) O acordo contratual estabelece o controlo conjunto.

17
CAPITULO IV – CONCLUSÃO e SUGESTÃO

4.1.Conclusão

Através do trabalho, foram apresentados os critérios mais utilizados para análise da


viabilidade económica de novos investimentos financeiros, verificando as vantagens e as
desvantagens de cada critério. Através do estudo de caso foi visualizada a grande
importância em se fazer uma análise antes de se fazer o investimento financeiro, pois se o
investidor, no caso apresentado pelo autor, fizesse o investimento sem nenhuma de
análise prévia, provavelmente faria o projecto com 100% do capital próprio, onde se
percebeu que o investimento apesar de matematicamente viável não era aconselhável.

Outro ponto importante foi à utilização da TIR. Pode ser visto que, apesar de ser um dos
critérios mais utilizados, apresenta diversos problemas que se não forem considerados,
vai induzir a uma decisão precipitada. Muitos investidores preferem esse critério ao VPL,
pois a TIR fornece o resultado em percentual, já o VPL mostra em termos absolutos. Os
investidores, e gestores são atraídos por valores percentuais, como a TIR mostra a
rentabilidade do projecto, acabam utilizado esse critério mais do que os outros.

Com o final do trabalho pode ser mostrado a forma como deve ser feita a análise
investimento financeiro e da viabilidade económica, os principais conceitos que
abrangem o processo de análise da viabilidade, os pontos em que devem ser levados em
consideração, e as desvantagens e vantagens de cada método. Foi mostrado também a
importância em considerar os riscos envolvidos nas análises, ou seja, foi mostrada a
importante ferramenta que é a análise da viabilidade económica de novos investimentos.

18
4.2.Sugestões

Uma possível continuação desse trabalho seria abordar outros critérios utilizados para
determinar à viabilidade económica de novos investimentos financeiros, como o índice de
lucratividade.

A simulação deste trabalho em forma de simulação de (Monografia), também consiste em


uma ferramenta muito eficiente na análise da viabilidade económica, que não foi
abordada e poderia ser utilizado como continuação.

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Bibliografias

ACHER, Stephen H e D”AMBROSIO, Charles A. Administração financeira (Teoria e


Aplicação). 1ª ed. São Paulo: Atlas 1971.

AJEM, Estudo de Viabilidade económica e financeira. 2010. Disponível em:


<http://www.ajem.pt/ficheiros/documentos/Estudo_Viabilidade_Economica_e_Financeir
a.pdf> <Aceso em: 05 de Abril. 2018.

ANTONIK, Luis Roberto. Análise de projectos de investimento sob condições de risco.


Revista FAE, Curitiba, v. 7, n. 1, p.67-76, jan/jun, 2004.

ASSAF NETO, Alexandre. Administração Financeira: as finanças das empresas. São


Paulo: Atlas, 1988

ÁVILA, Rodrigo vieira. A viabilidade económica da reforma agrária em minas gerais.


Belo Horizonte, 1999. Disponível em: http://gipaf.cnptia.embrapa.br/publicacoes/artigos-
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FACHIN, Odília. Fundamentos de Metodologia. OdíliaFachin, 3ª Ed. Saraiva, 2001.

GIL, António Carlos. Como Elaborar o Projecto de Pesquisa. 5ª Ed. São Paulo: Atlas.
2005.

LAKATOS, Eva Maria e MARCONI, Mariana de Andrade, técnicas de pesquisa, 5ª Ed.,


São Paulo, Atlas, 2002.

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