Você está na página 1de 11

ÍNDICE

1.Introdução.....................................................................................................................................3
2.Referencial teórico........................................................................................................................4
2.1.Infecções de transmissão sexual (ITS)...................................................................................4
2.1.1.Protecção Contra as ITS..................................................................................................4
2.1.2.Os Sintomas de ITS nos homens.....................................................................................4
2.1.3.Os Sintomas de ITS nas mulheres...................................................................................5
2.2.As principais infeções transmissão sexual.............................................................................5
2.2.1.Hepatite B........................................................................................................................5
2.2.2.Herpes..............................................................................................................................5
2.2.3.Gonorreia.........................................................................................................................5
2.2.4.Clamídia..........................................................................................................................6
2.2.5.Sífilis...............................................................................................................................6
2.3.Vias de transmissão dos ITS..................................................................................................6
2.3.1.Sinais e sintomas.............................................................................................................7
2.3.2.Prevenção e deteção precoce...........................................................................................7
3.Violência sexual............................................................................................................................8
3.1.Tipos de Violência Sexual e Penalidades..............................................................................8
3.2.Denúncia................................................................................................................................9
3.3.Mitos......................................................................................................................................9
3.4.Consequências da violência sexual na vida de uma criança ou adolescente........................10
3.5.Características do agressor sexual........................................................................................10
Conclusão......................................................................................................................................11
Bibliografias..................................................................................................................................12

2
1.Introdução

O presente trabalho de pesquisa fala sobre ‘’As infeções de transmissão sexual - IT’s e
Violência sexual’’. Diante do tema, vimos que para além do HIV que está na origem da SIDA,
existem outros agentes patogénicos que podem ser transmitidos durante a relação sexual (vírus,
bactérias, parasitas unicelulares, fungos). Algumas destas infeções, por exemplo a hepatite B, a
gonorreia ou o herpes, são mais frequentes que uma infeção pelo VIH e também podem ter
consequências graves.

As infecções sexualmente transmissíveis (ITS) quando não detectadas e tratadas podem ter
consequências graves: desde prurido (comichão) e corrimentos, passando por lesões no fígado e
esterilidade e ainda algumas formas de cancro. As ITS são ainda “portas” para outras infecções.
Nas pequenas feridas que estas provocam nos órgãos sexuais, na boca ou no ânus, encontram-se
células especiais que são bem mais sensíveis aos agentes patogénicos que a pele sã da mucosa.
Assim, as ITS aumentam o risco de uma infecção pelo HIV.

Contudo, Na violência sexual é a mais cruel forma de violência depois do homicídio, porque é a
apropriação do corpo da mulher isto é, alguém está se apropriando e violentando o que de mais
íntimo lhe pertence. Muitas vezes, a mulher que sofre esta violência tem vergonha, medo, tem
profunda dificuldade de falar, denunciar, pedir ajuda.

3
2.Referencial teórico

2.1.Infecções de transmissão sexual (ITS)

As infecções de transmissão sexual (ITS) são doenças causadas por micróbios que se transmitem
por contacto sexual. Estas infecções podem ter consequências graves se não forem tratadas
correctamente. A infecção pode se disseminar para os parceiros sexuais trazendo consequências
graves para a família. As ITS são também a porta de entrada do HIV. Por isso, para prevenir o
HIV e SIDA, é muito importante prevenir e tratar as ITS. Uma pessoa pode ter ao mesmo tempo
mais do que uma ITS.

Existem muitos nomes locais e tratamentos tradicionais para as ITS. Estas doenças estão
associadas ao HIV e SIDA e a complicações graves, por isso não é aconselhável o tratamento
tradicional. É melhor fazer o tratamento na unidade sanitária, onde existe a possibilidade de fazer
um tratamento correcto.

Todas as pessoas que tenham tido relações sexuais com uma pessoa com uma ITS (parceiros/as
sexuais) devem ser tratadas porque, mesmo que não apresentem sinais da doença, podem estar
infectadas. Se não forem tratadas, voltam a passar a doença para o seu parceiro sexual.

2.1.1.Protecção Contra as ITS

O sexo seguro oferece protecção eficaz contra a infecção pelo HIVe faz também baixar bastante
o risco de contaminação por outras ITS.

Nenhum dos agentes patogénicos de que falaremos pode atravessar um preservativo, mas este
não fecha todas as portas através das quais uma ITS se pode transmitir. As maiorias das ITS
transmitem-se de uma forma mais fácil que o HIV. Podem transmitir-se durante o sexo oral
desprotegido, mesmo durante o período da menstruação ou sem ejaculação.

2.1.2.Os Sintomas de ITS nos homens

a) Corrimentos pela uretra (canal onde passa a urina e o esperma) em quantidade e cores
variadas
b) Ardor quando urina
c) Dores e inchaço nos testículos
4
d) Dor difusa no intestino
e) Inchaço ou úlceras no ânus

2.1.3.Os Sintomas de ITS nas mulheres

a) Corrimentos com mau odor a nível da vagina


b) Prurido, ulcerações, abcessos, inflamação da vulva ou no interior da vagina
c) Dores e ardor quando urina
d) Inflamações na zona genital
e) Dor de barriga
f) Menstruação irregular
g) Dor difusa no cólon
h) Inflamações, ulceração no ânus.

2.2.As principais infeções transmissão sexual

2.2.1.Hepatite B

Infecção viral que conduz frequentemente a uma inflamação do fígado. As consequências mais
graves podem ser: cirrose do fígado (cicatrização do fígado), cancro no fígado e morte. Esta
infecção raramente é detectada no seu início (não tem sintomas). Existe uma vacina contra a
Hepatite B (VHB) e também uma terapia contra a infecção com hipótese de sucesso reduzidas.

2.2.2.Herpes

Infecção viral que pode conduzir a crises repetidas de aftas/ulcerações que causam prurido ou
ardor sobretudo ao nível dos órgãos sexuais e dos lábios. Consequências mais grave: transmissão
do vírus ao recém-nascido no momento da nascença. Não existe cura, mas os sintomas
diminuem, bem como o grau de gravidade e a duração das fases agudas.

2.2.3.Gonorreia

Infecção bacteriana que pode conduzir a inflamações da uretra com corrimentos dolorosos.
Consequência mais grave: inflamação mortal da cavidade abdominal (nas mulheres), esterilidade

5
(homens e mulheres) e cegueira (recém-nascido). Por vezes não é detectada durante muito
tempo, sobretudo nas mulheres (ausência de sintomas). É curável.

2.2.4.Clamídia

Infecção bacteriana que pode levar aos mesmos sintomas que a gonorreia. Consequências mais
graves: esterilidade. Possui sintomas muito subtis que por vezes desaparecem espontaneamente,
sem que a infecção seja curada (continuando a ser transmissível e podendo ter efeitos a longo
prazo).É curável.

2.2.5.Sífilis

Infecção bacteriana que leva à formação de um abcesso, que depois desaparece, e a erupções no
tronco e pés. Consequências mais graves: deterioração da aorta e do sistema nervoso podendo
causar morte. As inflamações e abcessos iniciais podem não ser dolorosos e diminuir
espontaneamente, sem que a infecção seja tratada (continuando a ser transmissível e podendo ter
efeitos a longo prazo). Se for detectada numa fase inicial, a sífilis é curável.

2.3.Vias de transmissão dos ITS

As principais vias de transmissão de ITS são:

 As relações sexuais vaginais, não protegidas, entre mulher e homem; ou seja, quando o
pénis é introduzido na vagina sem preservativo (interno ou externo);
 As relações sexuais anais, não protegidas, entre mulher e homem ou entre homem e
homem. Ou seja, quando o pénis é introduzido no ânus sem a protecção de um
preservativo;
 E, para algumas infecções, as relações sexuais orais; ou seja, quando a vagina, o clitóris
ou o pénis estão em contacto directo com a boca do parceiro/a, sem uma barreira
protectora (como uma folha de látex ou plástico impermeável, por exemplo);

De acrescentar que, quando não estão em contacto com o corpo, a maior parte dos agentes
infecciosos responsáveis pelas ITS morre rapidamente.

6
2.3.1.Sinais e sintomas

Alguns sinais podem traduzir-se na existência de uma ITS:

 Corrimento vaginal anormal, frequentemente com mau cheiro ou corrimento uretral;


 Presença de vermelhidão, manchas brancas, bolhas, verrugas ou vesículas nos órgãos
genitais ou à sua volta, no ânus, ou na boca;
 Alteração de textura e/ou de cor nas unhas e/ou na pele ao seu redor;
 dor ou sensação de queimadura ao urinar;
 Dores difusas no baixo ventre;
 Sensação de dor ou queimadura aquando das relações sexuais;
 Febre.

O tratamento das ITS deve ser sempre feito aos parceiros envolvidos na relação sexual, mesmo
que não haja nenhum sintoma. Desta forma, evitam-se complicações graves como é o caso da
infertilidade.

É essencial para a saúde que as pessoas conversem com os seus parceiros sobre se têm ardores,
dores ou incómodos na zona genital e que consultem um médico ou um centro de
aconselhamento em planeamento familiar com a maior brevidade possível. Indo à consulta,
rapidamente se faz o diagnóstico e se inicia o tratamento.

2.3.2.Prevenção e deteção precoce

a) A melhor estratégia para prevenir o aparecimento de uma ITS é a prática de sexo mais
seguro;
b) O preservativo é o método mais eficaz para evitar uma ITS;
c) É fundamental estar consciente dos riscos, sobretudo quando se desconhece o
comportamento e o estado clínico das/os parceiras/os sexuais;
d) Logo que se sintam incómodos ou se detectem lesões na zona genital, deve consultar-se
um médico;
e) Quando se diagnostica uma ITS, devem informar-se as pessoas com quem se teve sexo
nos últimos tempos;

7
f) A prevenção e a detecção precoce são a melhor maneira de evitar complicações de saúde
mais graves;
g) Esteja atento/a aos sinais.

3.Violência sexual

Violência sexual é qualquer acto sexual ou tentativa de obtenção de acto sexual por violência ou
coerção, comentários ou investidas sexuais indesejadas, atividades como o tráfico humano ou
diretamente contra a sexualidade de uma pessoa, independentemente da relação com a vítima.

Pode se dizer que violência sexual é uma questão de gênero, ela se dá por causa dos papéis de
homem e mulher por razão social e cultural em que o homem é o dominador. Este é um
problema universal, no homem é uma questão de poder e controle e que atinge as mulheres de
todos os tipos e lugares.

3.1.Tipos de Violência Sexual e Penalidades

Em um relatório da Organização Mundial de Saúde, define como violência sexual como:


“Qualquer ato sexual ou tentativa do ato não desejada, ou atos para traficar a sexualidade de uma
pessoa, utilizando repressão, ameaças ou força física, praticados por qualquer pessoa
independente de suas relações com a vítima, qualquer cenário, incluindo, mas não limitado ao do
lar ou do trabalho”.

A violência estabelece-se em uma transgressão dos direitos sexuais e reprodutivos da mulher,


principalmente ao atentado de direito físico e ao controle de sua capacidade sexual e reprodutiva.
Conforme o Código Penal Moçambicano em vigência, a violência sexual é considerada uma
transgressão pesada, há três tipos: o estupro, o atentado violento ao pudor e o assédio sexual.

No caso do estupro, segundo o Código Penal, “Constranger mulher à conjunção carnal mediante
violência ou grave ameaça. Pena: reclusão, de 6 a 10 anos”. Ou seja, qualquer relação
homem/mulher sem consentimento é definida como estupro.

No caso do atentado violento ao pudor, segundo o Código Penal, “constranger alguém, mediante
violência ou grave ameaça, a praticar ou permitir que com ela se pratique ato libidinoso diverso

8
da conjunção carnal. Pena: reclusão de 6 a 10 anos”. Considera-se acto libidinoso as carícias
íntimas, masturbação, entre outros.

3.2.Denúncia

Muitas pessoas que sofrem de violência ficam envergonhadas e tem dificuldade de denunciar e
de pedir ajuda. Primeiramente, elas sofreram um trauma emocional e físico muito grande e ainda
quando vão denunciar são vítimas de piadinhas e indiretas por parte da própria delegacia, são
tratadas com desconfiança, antes de terem seus direitos garantidos. Isso faz com que a vítima
desista de denunciar seus agressores.

Quem sofre uma violência sexual tem o direito à:

a) Registro de ocorrência policial, inquérito policial e à realização de exames periciais junto


ao Departamento Médico;
b) Recebimento gratuito de assistência médica com indicação de contracepção de
emergência para evitar a gravidez indesejada;
c) Recebimento de profilaxia para HIV e para Doenças Sexualmente Transmissíveis;
d) Aborto legal em caso de gravidez decorrente de estupro, de acordo com a legislação
vigente do Código Penal;
e) Promoção da Acção Penal para responsabilização do agressor (processar o agressor) pelo
Ministério Público quando a violência sexual for praticada com abuso do pátrio poder ou
da qualidade de padrasto, tutor ou curador; ou quando a vítima não tiver condições de
prover as despesas do processo.

3.3.Mitos

Há alguns mitos que são consideravelmente importantes de se falar. Mitos do tipo que o agressor
é sempre um desconhecido são um deles, na verdade a maioria dos casos de agressão, os
agressores são conhecidos da vítima, que possuem um vínculo afetivo com ela, às vezes meu
próprio pai é o agressor.

Outro mito é que as mulheres provocam a agressão por usarem roupas consideradas insinuantes e
passarem por lugares esmos e horários impróprios, o que é uma mentira. Todos têm o direito de
usar a roupa que quiser e à liberdade de ir e vir a hora em que bem quiser, e esses direitos devem
9
ser respeitados. Não é por ser uma prostituta ou garota de programa, que elas terão seus direitos
violados.

Este tipo de violência não é causado pelo álcool ou pela droga, eles atuam como agravantes e
precursores da violência, assim como diversos outros fatores que levam ao descontrole
emocional, porém não pode ser dito que eles são causadores da violência.

3.4.Consequências da violência sexual na vida de uma criança ou adolescente

A violência sexual não é uma experiência da qual a criança ou adolescente se esquece ou assunto
que se deve evitar. Ao contrário, a violência sexual pode acarretar graves prejuízos ao saudável
desenvolvimento psicossocial e físico de uma criança ou adolescente, tais como:

 Alto nível de ansiedade.


 Tristeza profunda.
 Agressividade.
 Distúrbios do sono.
 Sintomas somáticos.
 Gravidez precoce e indesejada.

3.5.Características do agressor sexual

O agressor sexual pode ser qualquer pessoa que se aproxima da criança, ganhando sua confiança
e afeto para, então, praticar atos sexualmente abusivos. Essa é a estratégia utilizada pela maioria
dos agressores sexuais, podendo, inclusive, ter a confiança dos adultos responsáveis pela criança
ou adolescente.

Em geral, são pessoas da família pais, padrastos, tios, avós e até irmãos mais velhos seguidas por
pessoas conhecidas da família. Exercem suas funções sociais de forma adequada, são bons
vizinhos, bons colegas de trabalho, o que produz maior confusão, pois deles não se espera uma
atitude tão degradante. Isso não exclui o facto de que outras violências abrem a porta para a
violência sexual, pois pessoas abusivas não respeitam as necessidades ou peculiaridades de suas
vítimas, e suas ações podem envolver outras formas de violência contra a criança ou adolescente.

10
Conclusão

Chegando o fim da pesquisa, conclui-se que apesar do silêncio, a violência não deixa de ser um
dos maiores problemas sociais deste século. A violência exercida, por parte dos pais, familiares e
outros membros da sociedade, engloba atos que provocam na criança ou no adolescente danos ao
nível do desenvolvimento físico e psicológico.

As marcas físicas e psicológicas da violência podem ser intensas e não falamos apenas de
ferimentos, infeções sexualmente transmitidas ou gravidezes não desejadas. Não podemos
esquecer que o uso da coação psicológica, da “chantagem” enquanto abuso do poder, é também
frequente, sendo em muitos casos, uma forma que o agressor usa para confundir e criar situações
de grande ansiedade e angústia na vítima.

Por outro lado, As infecções de transmissão sexual (ITS), vimos que são doenças causadas por
micróbios que se transmitem por contacto sexual. Estas infecções podem ter consequências
graves se não forem tratadas correctamente.

Contudo, a infecção pode se disseminar para os parceiros sexuais trazendo consequências graves
para a família. As ITS são também a porta de entrada do HIV. Por isso, para prevenir o HIV e
SIDA, é muito importante prevenir e tratar as ITS. Uma pessoa pode ter ao mesmo tempo mais
do que uma ITS.

11
Bibliografias

1. https://formacao.cancaonova.com/series/relacionamentos-abusivos-series/o-que-e-
violencia-sexual/. Acessado no dia 28 de Marco de 2018, pelas 18horas.
2. International Committee of the Red Cross (ed.). «Advancement of women: ICRC
statement to the United Nations, 2013». Consultado em 28 de Março de 2018.
3. Organização Mundial da Saúde, World report on violence and health (Geneva: World
Health Organization, 2002), Capítulo 6, p. 149.
4. Tribunal Internacional de Justiça, Elements of Crimes, Art. 7(1)(g)-6 Crimes against
humanity of sexual violence, elements1.

12

Você também pode gostar