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O estupro de vulnerável é um tipo de crime previsto no Código Penal Brasileiro, no artigo

217-A. Ele consiste em ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de
14 anos, ou com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário
discernimento para a prática do ato ou não pode oferecer resistência.

O crime de estupro de vulnerável é considerado hediondo e tem pena de reclusão de 8 a 15


anos. Além disso, caso haja agravantes, como lesão corporal grave ou morte da vítima, a
pena pode ser aumentada.

Para a caracterização do estupro de vulnerável, é necessário que a vítima seja menor de 14


anos ou tenha alguma incapacidade mental ou física que a torne vulnerável ao ato sexual. A
idade mínima de 14 anos é estabelecida pelo Código Penal como a idade em que uma
pessoa é considerada capaz de consentir sexualmente.

O estupro de vulnerável é um crime que causa grande impacto tanto na vítima quanto na
sociedade como um todo. Portanto, é importante que a denúncia seja feita às autoridades
competentes para que o agressor seja responsabilizado pelos seus atos.

No Brasil, a legislação também prevê outras formas de violência sexual, como o estupro
cometido mediante violência ou grave ameaça (artigo 213 do Código Penal) e o estupro
coletivo (artigo 213-A do Código Penal), que são igualmente graves e devem ser
denunciados.

Estupro no CP com a Lei nº. 12.015/09


A Lei nº 12.015/09 trouxe significativas mudanças no tratamento legal do crime de estupro
no Código Penal Brasileiro. Antes dessa lei, o Código Penal tratava o crime de estupro
como "conjunção carnal mediante violência ou grave ameaça" (artigo 213).

Com a alteração, o estupro passou a ser definido mais amplamente, abrangendo não só a
conjunção carnal, mas também outros atos libidinosos, igualmente considerados como
violência sexual. O artigo 213 do Código Penal foi mantido, porém a partir de então, ele
passou a ser chamado de "estupro simples":

"Artigo 213: Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção
carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso."

Além do estupro simples, a Lei nº 12.015/09 criou outros tipos penais relacionados à
violência sexual. São eles:

- Estupro de vulnerável: obter conjunção carnal ou praticar qualquer ato libidinoso com
menor de 14 anos, ou com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o
necessário discernimento para a prática do ato, ou que não pode oferecer resistência (artigo
217-A).

- Estupro qualificado: quando o crime é praticado com a participação de outras pessoas,


com emprego de arma, resulta em lesão corporal grave ou morte da vítima, ou quando
ocorre com a finalidade de controlar a vontade da vítima mediante o uso de drogas ou
outras substâncias (artigo 213, parágrafos 1º, 2º e 3º).
- Estupro de vulnerável qualificado: no caso do estupro de vulnerável, também existem as
qualificadoras, que podem aumentar a pena do agressor, tais como agravantes, o emprego
de violência ou grave ameaça, entre outros previstos no artigo 217-A, parágrafo 1º.

É importante ressaltar que todas as formas de estupro são crimes graves, que causam
grande impacto tanto na vítima quanto na sociedade. Por isso, é fundamental denunciar
qualquer caso de violência sexual às autoridades competentes para que os agressores
sejam responsabilizados pelos seus atos.

A dosemetria
A dosimetria da pena no crime de estupro de vulnerável segue os critérios estabelecidos no
Código Penal Brasileiro (artigos 59 a 68) e leva em consideração uma série de
circunstâncias relacionadas ao crime e ao réu.

Inicialmente, é necessário fixar a pena-base, que é a pena estabelecida para o crime em


sua forma simples, sem considerar outras circunstâncias agravantes ou atenuantes. A
pena-base pode variar de acordo com a gravidade do crime e outros fatores, como a
conduta do agente.

Em seguida, podem ser aplicadas as agravantes, que são circunstâncias que aumentam a
pena. No caso do estupro de vulnerável, algumas agravantes comumente aplicadas são
quando o agente é ascendente, padrasto, irmão, tutor ou qualquer pessoa com autoridade
sobre a vítima; quando ocorre lesão corporal grave ou morte decorrente do ato; ou quando
é cometido em concurso de pessoas.

Por outro lado, também podem ser aplicadas as atenuantes, que são circunstâncias que
reduzem a pena. Normalmente, não há atenuantes específicas para o estupro de
vulnerável, mas outros fatores podem ser considerados, como a confissão espontânea do
réu ou seu comportamento posterior ao crime.

Além disso, há as causas de aumento de pena, que são condutas ou circunstâncias que
agravam a pena mínima prevista para o crime. No caso do estupro de vulnerável, algumas
causas de aumento comuns são quando o crime é cometido por duas ou mais pessoas,
quando há emprego de violência ou grave ameaça ou quando é cometido com o emprego
de meio que possa causar algum tipo de lesão permanente ou grave.

Por fim, ainda é possível considerar outras circunstâncias que podem aumentar ou diminuir
a pena, como reincidência, motivação do crime, antecedentes criminais do réu, entre outros.

É importante ressaltar que a pena aplicada em cada caso específico deve ser
individualizada pelo juiz, que deve analisar todas as circunstâncias envolvidas e
fundamentar sua decisão de maneira justa e proporcional, conforme as leis vigentes.

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