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Finanças Pessoais CEA

Finanças Pessoais

Fala, Cabeção! Vem comigo, vamos falar de um assunto muito importante para sua vida pessoal e
dos seus clientes: Finanças pessoais. Pra sua prova, talvez nem tanto.
Um assunto que, graças a Deus, está na moda, quem diria. A gente já estudou tanta coisa que
não fazia sentido, e agora está se dando importância para finanças pessoais e vamos entender um
pouquinho mais sobre isso.
Existem várias pessoas falando de finanças pessoais no Brasil inteiro. Inclusive algumas delas nunca
estudou nada sobre dinheiro, nunca investiu nada, não tem nenhuma informação ou conhecimento
técnico, mas é coaching financeiro, porque fala bem e tem gente pagando pra isso.
Mas tem muita gente bacana também, com bons conteúdos e conhecimento. Só que o que eu
quero deixar claro é que cada um tem a sua metodologia, crenças e valores. É a primeira coisa que
você tem que entender em finanças pessoais.
Não existe uma única receita de bolo. Não existe uma única maneira de cuidar de um orçamento.
Mas, obrigatoriamente, todas elas tem que ter algumas premissas básicas e, são essas premissas
básicas que vou te passar agora e pouco mais de conhecimento técnico dentro dessa área de
finanças pessoais.

Como comparar receitas x despesas


Assim como uma empresa tem ativos e passivos, a pessoa também receitas (o que ela ganha) e
despesas (os gastos). O primeiro conflito é como a gente vai comparar esses dois lados. Se fazemos
uma analogia que uma pessoa é como uma empresa no controle do orçamento, é de praxe que
essa análise (receita x despesas) seja de, no mínimo 1 ano. Existem eventos sazonais que precisam
ser levados em consideração.
Exemplo: Uma empresa de chocolate. Qual a receita dessa empresa em agosto e setembro? E no
mês do coelhinho da Pascoa, qual a receita?
Se você for ver no gráfico de receita anual, dessa empresa de chocolate, vai ver que nos meses de
Pascoa, Natal, vai ver que é muito maior que os outros meses. Por isso, não dá pra olhar só para o
mês ou corte de dois ou três meses.
Esse metodologia é quebrada, porque no Brasil, infelizmente, as pessoas olham o mês. Responde
rápido ai:
— Quanto você ganha?
Já viu alguém responder essa pergunta, assim?:
— Eu ganho 60 mil reais.

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As pessoas já vão levar um susto...


— 60 mil por ano.
O problema dele falar que ganha no mês, nem sempre a informação está correta. Por exemplo:
Você aí, trabalha no banco, já é um gerente alta renda, tá ganhando aí 10 pau por mês. Quanto dá
no ano? 120. Certo? Errado. E o PPR ou PRL? As variáveis? E a renda que você ganha por fora?
As despesas também deve ser consideradas como anuais. Se você olha um corte de um determinado
período, pode não estar considerando despesas sazonais, como IPVA, IPTU, matrícula, material
escolar, outras despesas que não estavam previstas. Aí vem os desencaixes.

Modelo de Orçamento
Você vai fazer o orçamento desta forma:

Jan Fev Mar ... Set Out Nov Dez Total

Despesas

Receita

Aí você vai ter as despesas:


IPTU R$ 1.200,00 e IPVA R$ 2.400,00 que você pagou em janeiro. Mesmo que tenha pago à vista,
você vai ‘mensalizar’ (essa palavra acabei de inventar) todas as suas despesas, dividindo igualmente
entre os meses.

Jan Fev Mar ... Set Out Nov Dez Total


IPVA 100 100 100 100 100 100 100 1.200
IPTU 200 200 200 200 200 200 200 2.400
Despesas

Receita

A mesma coisa, vai fazer com as receitas:


Você tem o salário mensal de 5 mil. Aí vai lançar todos meses igual. No mês de setembro, você
recebeu o PPR/PLR, 12 mil no total. Ao invés de lançar no mês de setembro, os 12 mil, divide
igualmente entre os meses.

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Jan Fev Mar ... Set Out Nov Dez Total


IPVA 100 100 100 100 100 100 100 1.200
IPTU 200 200 200 200 200 200 200 2.400
Despesas

Salário 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000 60.000


PPR/PLR 1.000 1.000 1.000 1.000 1.000 1.000 1.000 12.000
Receita

Após isso, vou ter um total de receita acumulada e um de despesa. Obviamente, as receitas
precisam ser maiores que as despesas. Agora uma definição minha (não patenteei ainda, mas vou):
se as suas receitas forem maiores que as despesas, você é rico, #SouRico, uuhuulll! Ser rico, não é
ter um milhão no banco, a minha definição de ser rico é ganhar mais do que gasta, ter um saldo
positivo. Esse saldo positivo é o que vai começar a investir, ter patrimônio, aplicações.
Quanto maior essa diferença, mais rico esse cara tente a ficar. E quanto mais se passa o tempo, mais
rico ele fica. Entendendo a diferença? Essa é a receita de bolo. Precisa-se ter em mente sempre:
precisa maximizar as receitas e minimizar as despesas.

Classificação das receitas e despesas


As receitas e despesas, nos separamos em quatro conjuntos.

Recorrente Não recorrente


Previsível
Não previsível

Exemplos de despesas e receita recorrente e previsível:


• Aluguel da sua casa
• Mensalidade escolar das crianças
• Teu salário
Não recorrente e previsível
• IPTU
• IPVA, apesar de ter todo ano, você não paga todos os meses, assim como o IPTU.
• PLR/PPR, um mês que ganhe mais por comissão ou resultado de vendas
Não previsível e recorrente
• Plano de saúde após demissão, não estava previsto, mas se torna recorrente porque perdeu o
plano
• Dinheiro extra ou doação recebida

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Não previsível e não recorrente, é mais fácil de ocorrer do que o grupo anterior:
• Problema de saúde
• Venda de ativo
• Ganha na loteria, etc
Colocando isso num quadro pra ficar mais fácil de visualizar, ficaria assim:

Recorrente Não recorrente


Aluguel IPTU
Previsível Mensalidade escolar IPVA
Salário PLR/PPR
Plano de saúde Problema de saúde
Não previsível Dinheiro extra ou Venda de ativo
doação recebida Ganha na loteria

Nós trabalhamos com a parte previsível. É a previsibilidade que deve garantir que as receitas
sejam maiores que as despesas e garantir o #SouRico. Essa é a primeira meta.

Equilibrando o orçamento
Você somou suas despesas e receitas e deu:

Despesas Receitas
4.000 3.000
-1.000

Tem um déficit, contando somente com os previsíveis, ainda não sou rico. O que dá pra prever nessa
situação? Buraco, fundo do poço, bola de neve, crédito rotativo. Isso que geralmente as pessoas
fazem: estão com déficit, vão no banco e... aumentam o déficit. Olha que loucura.
Qual é o princípio para resolver isso? Aumentar as receitas e/ou diminuir as despesas.
Como aumentar os ganhos? Promoção. Parabéns pra você, moção ou mocinha, que está tirando
a certificação e buscando a sua promoção, indo um degrau acima. Outra maneira de aumentar os
ganhos é empreender, ou quando sair do banco, ir fazer um Uberzito, vender Jequiti. Dá pra ter
receita adicional? Dá! Não é fácil, mas dá.
Outra maneira, é corte de despesas. Tem gente que fala que tem que cortar das maiores, aí você
ai cancela o plano de saúde da família porque é o mais caro. Não existe isso. O corte é a partir dos
menos necessários, menos importante. Claro que das menos importante, cortamos as maiores. A
gente olha se consegue eliminar ou reduzir.
Assim a gente vai atacando, em ordem de prioridade e necessidade. Até chegar onde já não pode
mais cortar, que se cortar, você vai morrer, que é a fonte, a carne... a carne dá pra cortar, por um
franguinho... mas você entendeu o que eu quero dizer. Bacana?
Esse é ponto de partida básico de alguém que está gastando mais do que está ganhando.

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Mas as pessoas fazem isso? Não. Isso dá trabalho e gera dor. As pessoas sentem prazer em consumir.
Ou vou ter que trabalhar mais ou chegar mais tarde em casa. Também não é bom. Por isso vão
numa instituição financeira, tomar crédito.
Mas o que acontece quando vai tomar crédito? Vamos supor, no mesmo exemplo passado que se
passou 4 meses com o déficit de mil reais. Acumulou 4 mil.
Você foi lá no banco, pegou um crédito de 10 mil. Quitou os 4 que dava devendo e ficou com 6.
Quando você faz isso, não resolve o problema, está tentando tapar o buraco. Ganhou um fôlego. De
mais 6 meses? Não.
Porque quando faz o empréstimo, cria um novo compromisso. Uma outra prestação que vai
aumentar as despesas. Vamos supor que a prestação seja de $1000.

Despesas Receitas
4.000 3.000
1.000
-2.000

Magicamente, ele aumentou o déficit de 1000 para 2000. Aumentou as despesas e ficou mais longe
de ficar rico.
O empréstimo só compensa se for para diminuir despesas futuras ou para aumentar as receitas.
Exemplo, começar um negócio que vai te dar 2000 de renda. Comprou um carro pra fazer o uberzito,
começou uma lanchonete em casa, etc.

Despesas Receitas
4.000 3.000
1.000 2.000
0

Ainda não é um cara rico, mas já está mais próximo do que tava antes, deu o primeiro passo. Zerou
o orçamento.
Em algum momento, isso vai virar e ficar positivo. Começou a ficar rico. E riqueza precisa ser
controlada.
Essa hora que você começa a pensar em investimentos. Quando está no momento de riqueza. Os
investimentos, você precisa dividir em duas partes: uma que te dê liquidez e outra nem tanto.
- Porque, professor?
Porque a de baixa liquidez vai te dar uma rentabilidade melhor. E a alta liquidez vai te socorrer
com problemas não previsíveis. Estes que vão afetar justamente aquele equilíbrio de receitas x
despesas. Ou positivamente ou vai enfiar você no buraco, dependendo se vai ser receitas ou
despesa. Ou vai aumentar seu patrimônio ou vai aumentar suas dívidas.

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Concluindo
Bacana? Bom acho que é isso, falei bastante coisa bem legal. Faz muito sentido pra você no dia-a-
dia. Um pitadinha para que você vá mais a fundo nesse assunto de finanças pessoais.
Espero que tenha despertado a sementinha que vai ter fazer ficar rico. Rico não é quem ganha
muito ou tem um milhão. Na definição do cabeção do professor é quem ganha mais do gasta.
Espero que você fique rico e está no caminho certo, estudando pra certificação, para aumentar sua
receita.
É isso, até a próxima aula.

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