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A Pro Educacional é uma plataforma de educação financeira, especializada em
certificações. Criada em 2016, oferece cursos preparatórios de alta qualidade e
com baixo custo para atender a demanda crescente por profissionais no
mercado financeiro. À frente dos nossos cursos estão professores certificados e
com vivência no mercado.

Em busca de uma experiência mais completa e eficiente, enviamos esta


apostila impressa (além da versão on-line), como material de apoio. Todos os
cursos passam por atualizações constantes a fim de acompanhar o conteúdo
exigido nos exames. Além disso, temos um canal aberto de suporte com
especialistas para auxiliar você em seus estudos em todos os momentos.

Esta apostila é parte integrante do Curso Preparatório CFP da


Pro Educacional. Este é um material complementar para seus
estudos. Você pode conferir os exercícios de fixação, simulados
e videoaulas na sua biblioteca acessando

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CNPJ: 27.052.736/0001-60
ISBN: 978-65-89994-01-5
Sumário
Introdução ao Módulo II do CFP ..................................................................................................................5
Apresentação Módulo II do CFP: Gestão de Ativos e Investimentos .......................................................5
Orientações de Estudos – Módulo II do CFP .........................................................................................11
1. Princípios de Investimento.................................................................................................................13
1.1. Resumo: Princípios de Investimento .........................................................................................13
2. Finanças Comportamentais ...............................................................................................................19
2.1. Resumo: Finanças Comportamentais ........................................................................................19
3. Instrumentos de Investimentos ..........................................................................................................25
3.1. Resumo: Instrumentos de Investimentos ...................................................................................25
4. Teoria de Carteiras ............................................................................................................................34
4.1. Resumo: Teoria de Carteiras .....................................................................................................34
5. Seleção e Alocação de Ativos ...........................................................................................................39
5.1. Resumo: Seleção e Alocação de Ativos ....................................................................................39
6. Gestão e Mensuração de Risco e Retorno ........................................................................................44
6.1. Resumo: Gestão e Mensuração de Risco e Retorno.................................................................44

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Introdução ao Módulo II do CFP
Apresentação Módulo II do CFP: Gestão de Ativos e
Investimentos
Módulo II - Gestão de Ativos e Investimentos (proporção de 15% a 19%)
Objetivos
Estabelecer nível adequado de conhecimento dos profissionais sobre as diversas
classes de ativos, mobiliários ou imobiliários, com ênfase aos instrumentos de renda
fixa, renda variável, derivativos e investimentos coletivos, como fundos de
investimentos. Contempla também os investimentos no exterior (do ponto de vista do
investidor residente no Brasil). Avaliar a capacidade do profissional de medir e
gerenciar os riscos e os retornos dos ativos individuais de renda fixa e renda variável,
bem como de carteiras de ativos. Qualificar a atuação do profissional de planejamento
financeiro mediante a aplicação dos conceitos teóricos e técnicas de alocação de ativos
(asset allocation), gestão e rebalanceamento de carteiras. Neste tema são incluídas,
ainda, questões de finanças comportamentais, como elas interferem nas decisões de
investimentos e como elas podem influenciar as interações e o comportamento dos
profissionais com os clientes. O candidato deve ser capaz de avaliar as vantagens e
desvantagens de cada estratégia proposta para os clientes, otimizando-as e
priorizando os passos para auxiliar os clientes na implementação de cada
recomendação.

1. Princípios de Investimento
1.1 Principais Fatores de Análise de Investimentos
1.1.1 Rentabilidade
1.1.2 Riscos
1.1.3 Liquidez
1.2 Tipos de Risco
1.2.1 Risco de crédito
1.2.2 Risco de mercado: sistemático e não sistemático
1.2.3 Risco de liquidez
1.3 Suitability
1.3.1 Objetivos do investidor: preservação do capital; crescimento do capital
1.3.2 Horizonte de tempo
1.3.3 Tolerância ao risco
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1.3.4 Restrições do investidor

2. Finanças Comportamentais
2.1 Teoria da perspectiva: principais vieses e heurísticas e como interferem nas
decisões de investimento
2.1.1 Principais heurísticas: ancoragem, disponibilidade, representatividade
2.1.2 Principais vieses: status quo, movimento de manada, framing, desconto
hiperbólico, excesso de confiança, aversão a perda

3. Instrumentos de Investimentos
3.1 Instrumentos de investimentos individuais
3.1.1 Instrumentos de Renda Fixa
3.1.1.1 Títulos públicos: LFT, LTN, NTN-B, NTN-B Principal, NTN-F Tesouro Direto:
conceito, características, custos
3.1.1.2 Títulos privados
3.1.1.2.1 Emitidos por instituições financeiras: Poupança, CDB, RDB, DPGE, LCI, LCA,
LC, LF, Operação Compromissada Fundo Garantidor de Créditos (FGC)
3.1.1.2.2 Emitidos por instituições não-financeiras: debêntures, nota promissória, CRI,
CRA.
3.1.2 Instrumentos de Renda Variável
3.1.2.1 Ações: conceito, tipos e classes
3.1.2.2 BDR (Brazilian Depositary Receipt): conceito e tipos (patrocinado e não
patrocinado)
3.1.2.3 Proventos dos acionistas: dividendos, juros sobre capital próprio, subscrição,
bonificação, desdobramento e grupamento
3.1.2.4 Estratégias de investimentos em ações: compra à vista, a termo, com uso de
margem; venda à vista, a termo, descoberta; aluguel de ações; long and short
3.1.2.5 Ambientes de Negociação: Bolsa e balcão organizado
3.1.2.6 Segmentos de listagem da B3
3.1.2.6.1 Características
3.1.2.6.2 Direito dos acionistas minoritários
3.1.2.6.3 Direito de recesso
3.1.2.6.4 Proteção do minoritário no fechamento do capital
3.1.2.6.5 Direito ao tag along na alienação do controle
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3.1.2.6.6 Níveis de governança, critérios de adesão e listagem
3.1.3 Oferta Pública de Valores Mobiliários (renda fixa e variável)
3.1.3.1 Mercado primário e secundário: conceito, funções econômicas e formas de
negociação
3.1.3.2 Initial Public Offering (IPO): conceito, características, operacionalidade
3.1.3.3 Follow-on
3.1.3.4 Oferta Pública de Aquisição (OPA): conceito, características, operacionalidade
3.2 Instrumentos de investimentos coletivos
3.2.1 Fundo de Investimento
3.2.1.1 Definições gerais: condomínio, patrimônio líquido, cota, cotista
3.2.1.2 Responsabilidades dos prestadores de serviços: administrador, gestor,
distribuidor, custodiante, auditor, consultoria (fundo imobiliário)
3.2.1.3 Direitos e deveres dos cotistas
3.2.1.4 Fundo de investimento (FI) e Fundo de investimento em cotas de FI (FICFI)
3.2.1.5 Tipos de fundos: aberto, fechado, com carência, sem carência
3.2.1.6 Dinâmica de aplicação e resgate:
3.2.1.6.1 Regra de conversão de cota (aplicação e resgate)
3.2.1.6.2 Cota de abertura e cota de fechamento
3.2.1.6.3 Prazos de conversão e pagamento de resgate
3.2.1.6.4 Fechamento do fundo para novas aplicações
3.2.1.6.5 Fechamento do fundo para resgates
3.2.1.7 Objetivo e política de investimento do fundo.
3.2.1.8 Informações comerciais na distribuição de fundos: regulamento, termo de
adesão, termo de ciência de risco, lâmina de informações essenciais, informações
complementares
3.2.1.9 Prestação de contas aos cotistas
3.2.1.9.1 Divulgação valor da cota e rentabilidade
3.2.1.9.2 Assembleia geral
3.2.1.9.3 Disclaimers e avisos obrigatórios
3.2.1.10 Classificação dos fundos quanto ao prazo médio da carteira: curto prazo;
longo prazo
3.2.1.11 Tipos de fundos quanto à estratégia de gestão das carteiras: passivos e ativos
3.2.1.12 Classes dos fundos segundo classificação da CVM. Composição da carteira.
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3.2.1.13 Outros fundos: conceito, características e estratégias.
3.2.1.13.1 Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC)
3.2.1.13.2 Fundo de Investimento Imobiliário (FII)
3.2.1.13.3 Fundo Exclusivo: conceito, marcação a mercado, custos
3.2.1.13.4 Fundo de Investimento em Participações (FIP)
3.2.1.13.5 Fundo destinado a investidor qualificado e profissional
3.2.1.13.6 Fundo de Índice e Exchange Traded Funds (ETF)
3.2.1.14 Custos do cotista
3.2.1.14.1 Taxa de administração: finalidade, base de cálculo, forma de cobrança
3.2.1.14.2 Taxa de performance: finalidade, base de cálculo, conceito de linha d’água
3.2.1.14.3 Outras despesas autorizadas
3.2.1.15 Fatores que afetam o valor da cota
3.2.1.15.1 Marcação a mercado dos ativos da carteira
3.2.1.15.2 Efeito da não marcação a mercado ativos mantidos até o vencimento
3.2.1.15.3 Taxa de administração, taxa performance e outras despesas
3.2.2 Clube de Investimento
3.2.2.1 Conceito e principais características (constituição, estatuto, registro na B3,
regras de composição de carteira, investidores e tributação).
3.2.2.2 Regulamentação. Regras de aplicação e resgate
3.2.3 Carteira administrada: conceito e principais características (contrato, flexibilidade
de composição de carteira, tributação)
3.3 Instrumentos de Derivativos
3.3.1 Conceito e ambientes de negociação: B3 (margem e ajuste diário) e Balcão
3.3.2 Modalidades
3.3.2.1 Termo: ações e dólar
3.3.2.2 Futuro: DI, cupom cambial, Ibovespa, FRA
3.3.2.3 Swap: juros, moeda, índice de preços.
3.3.2.4 Opções: compra e venda de call e put; opções com barreira; análise de
gráficos; fatores que determinam preço da call
3.3.3 Estratégias e riscos potenciais: hedge, especulação, alavancagem, arbitragem
3.3.4 COE – Certificado de Operações Estruturadas
3.4 Investimentos no Exterior

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3.4.1 Títulos públicos norte-americanos: treasury bills, notes, bonds, TIPS (Treasury
Inflation Protected Securities)
3.4.2 Títulos privados: certificate of deposits, commercial papers, eurobonds e high
yield bonds; cláusulas de put e call
3.4.3 Ações: preferred e common
3.4.4 American Depositary Receipts (ADRS)
3.4.5 Fundos de Investimento: money market, bond funds, equity funds
3.4.6 Investimentos Alternativos: hedge funds, private equity, real estate investment
trusts (REIT)
3.4.7 Fundos fechados negociados em Bolsa e Exchange Traded Funds (ETF)
3.4.8 Indicadores e índices de referência: LIBOR, Emerging Market Bond Index plus
(EMBI+), HFR -Hedge Fund Research Index, Event Driven, Dow Jones, Nasdaq, S&P
500, Chicago Board Options Exchange Volatility Index (VIX), CDS
3.5 Imóveis
3.5.1 Tipos: imóveis residenciais, comerciais e terras
3.5.2 Riscos: liquidez, vacância, lei do inquilinato, contrato de aluguel ou arrendamento,
proteção da inflação
3.5.3 Custos: manutenção, condomínio, IPTU e ITR
3.5.4 Estratégias: geração de renda, ganho de capital
3.5.5 Índices do mercado imobiliário: IFIX, FIPE ZAP

4. Teoria de Carteiras
4.1 Teoria da Utilidade Esperada
4.2 Fronteira Eficiente de Markowitz
4.2.1 Diversificação. Risco e retorno
4.2.2 Carteira de variância mínima
4.2.3 Escolha da carteira ótima
4.3 Beta e a reta característica
4.4 Modelos de Precificação
4.4.1 Capital Asset Pricing Model (CAPM)
4.4.2 Arbitrage Pricing Theory (APT)

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5. Seleção e Alocação de Ativos
5.1 Seleção de ativos de renda variável
5.1.1 Modelos de precificação de ações: CAPM, dividend discount model, Gordon, free
cash flow
5.1.2 Múltiplos: lucro por ação (LPA), Preço/Lucro (P/L), Preço/Valor Patrimonial
(P/VP), Dividend Yield, EV (Enterprise Value)/EBITDA (Earnings Before Interest, Tax,
Depreciation and Amortization)
5.1.3 Análises técnica (ou grafista) e fundamentalista: premissas e diferenças
5.2 Seleção de ativos de Renda Fixa: rating, yield to maturity (YTM), current yield (CY)
5.3 Alocação de Ativos: estratégica e tática; dinâmica e estática
5.4 Rebalanceamento
5.4.1 Alterações nas circunstâncias do investidor
5.4.2 Desvios da alocação estratégica
5.4.3 Rebalanceamento regular versus percentual da carteira
5.4.4 Estratégias dinâmicas de rebalanceamento (Buy and Hold, Constant Mix,
Constant Proportion Portfolio Insurance – CPPI)

6. Gestão e Mensuração de Risco e Retorno


6.1 Gestão e Mensuração de Risco:
6.1.1 Value at Risk (VAR), Stress test, Stop loss, Risco de reinvestimento, Risco de
resgate antecipado (liquidez), Imunização de carteira de Renda Fixa
6.1.2 Duration (Macaulay e Modified Duration)
6.2 Gestão e Mensuração de Risco e Retorno: Índice de Sharpe, Índice de Treynor,
Beta
6.3 Principais índices de referência
6.3.1 Índices de renda fixa: IMA Geral, IMA-B, IRF-M
6.3.2 Índices de renda variável: Ibovespa; IBrX; IBrX50; Índice Small Cap (SMLL);
Índice de Dividendos (IDIV)

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Orientações de Estudos – Módulo II do CFP
Prezado(a), a fim de aumentar ainda mais suas chances de aprovação no referido
exame, dispomos das orientações abaixo:
Esta é uma orientação de estudos para o exame CFP.
O exame é dividido em 6 Módulos.

Tabela – Módulos do CFP.


Número de Tempo de duração Mínimo % de acertos
Módulo
Questões da prova para aprovação
I Planejamento
53 2 horas e 40 minutos 49%
Financeiro e Ética
II Gestão de Ativos e
27 1 hora e 20 minutos 48%
Investimentos
III Planejamento de
18 55 minutos 50%
Aposentadoria
IV Gestão de Riscos e
15 45 minutos 46%
Seguros
V Planejamento Fiscal 14 45 minutos 50%
VI Planejamento
13 40 minutos 46%
Sucessório

Fonte: Elaborada pelo autor.

Atenção: O exame CFP possui conteúdo muito amplo, por isso é necessária muita
dedicação aos estudos e, pela extensão do conteúdo, a previsão de qual tópico será
cobrado é incerta. Sendo assim, é fundamental o conhecimento total sobre todos os
tópicos, fazendo e refazendo todas as questões disponíveis.
Para obter um bom resultado no exame, siga as dicas:
• Crie uma rotina de estudos, de preferência estude sempre no mesmo horário.
Além disso, defina a quantidade de horas a serem estudadas semanalmente;
• Estude enquanto for produtivo - Monte um cronograma viável e factível, para não
se frustrar; respeite os limites do seu corpo, é melhor estudar 4 horas por dia
durante 5 dias do que 10 horas durante 2 dias.
• A ordem dos capítulos foi definida com o objetivo de tornar o conteúdo mais
didático;
• Vídeos são complementares, a leitura do material é essencial - Caso queira
apenas assistir aos vídeos, utilize a biblioteca de vídeos no final do curso.
• Entenda o conteúdo, crie conexões com o que você já conhece, evite decorar;
• Disponibilizamos ao final das aulas exercícios de fixação, são exercícios mais
simples, com o objetivo de reforçar conceitos vistos em aula. Ao final de cada
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capítulo também consta uma lista de exercícios com questões de nível médio e
difícil. Esses exercícios aos finais dos capítulos assemelham-se mais ao
conteúdo dos simulados e do exame.
• Fazer os exercícios no final de cada capítulo é essencial para fixação do
material, dê atenção à sua pontuação, caso necessário, revise o material que
teve maior dificuldade e refaça os exercícios. Lembre-se, é necessário acertar
60% ou mais das questões;
• Não pule exercícios com cálculo, caso não tenha entendido, repita a operação;
• Faça anotações do conteúdo;
• Utilize o resumo para relembrar os principais tópicos estudados;
• Ao final do curso são disponibilizados simulados, faça e refaça os simulados até
obter resultados acima da média e acima dos 60% necessários para aprovação.
Recomendamos realizar a prova quando o seu nível de acerto for superior a
80% nos simulados;
• Foque nas matérias que possui maior dificuldade e também nas matérias com
maiores proporções de questões na prova.
• Se possível, cronometre o tempo em que realiza questões com cálculo e sem
cálculo, para que possa monitorar as áreas específicas de dificuldade e obter o
máximo de aproveitamento já nos exercícios e simulados, e assim, na prova.

Dúvidas com relação ao conteúdo ou questionamentos sobre o material didático podem


ser solucionadas através do e-mail: edu@proeducacional.com

Orientações para a prova:


• Faça um resumo na folha de rascunho da prova oferecida pelo examinador;
• Não trave nas questões difíceis, resolva as questões mais fáceis primeiro;
• Elimine as alternativas antes de responder.

Se surgir alguma dúvida, pode perguntar no e-mail edu@proeducacional.com, teremos


o prazer em ajudar!
Com apreço,
Equipe Pro Educacional.

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1. Princípios de Investimento
1.1. Resumo: Princípios de Investimento
• A rentabilidade é o ganho obtido sobre o capital investido, em geral, costuma
ser apresenta em termos percentuais, sendo obtida através da aplicação da
seguinte equação: rentabilidade = retorno/valor do título.
• A rentabilidade absoluta é expressa na forma de percentual sobre o valor
investido, à exemplo: o fundo de renda fixa do banco X rendeu 0,70% no último
mês.
• Rentabilidade relativa: trata-se de uma rentabilidade é comparada a uma
rentabilidade de um índice de referência (benchmark. á exemplo: o fundo de
renda fixa do banco X teve um rendimento de 95% do CDI no último mês).
• Rentabilidade Esperada: É calculada como a média da rentabilidade
observada. Representa uma expectativa de retorno do investidor.
• Rentabilidade Observada: é o histórico de rentabilidade. É a rentabilidade
divulgada pelos fundos de investimento, por exemplo.
• Rentabilidade Bruta: É a rentabilidade que ainda não foi descontado os
impostos.
• Rentabilidade Líquida: É a rentabilidade já descontado os impostos.
• Renda Fixa: trata-se do investimento em que se empresta uma quantia de
recursos financeiros ao governo, bancos, ou empresas – para, em troca, receber
de volta a mesma quantia de recursos financeiros emprestada – só que com o
acréscimo de juros. Por sua vez, em uma data futura pré-definida, ou seja, no
resgate.
• Dentre os principais fatores de risco que afetam a rentabilidade de ativos de
Renda Fixa estão: Risco soberano, risco da curva de juros, risco de liquidez e
risco de default.
• Renda variável: compreende o conjunto de títulos que não possuem renda fixa.
Ou seja, a renda variável não oferece nenhuma garantia de rentabilidade (como,
por exemplo, no caso das ações, por sua vez, os ativos que melhor caracterizam
este tipo de renda). – São exemplos de renda variável: ações, moedas,
derivativos, swaps, etc.
• Dentre os principais fatores de risco que afetam a rentabilidade de ativos de
Renda Variável estão: risco sistemático, o risco de mercado, o risco não
sistemático, o risco de liquidez, o risco de taxa de câmbio e risco de evento.
• A rentabilidade de títulos de renda variável é afetada por fatores de risco de
mercado, ou seja, a volatilidade dos ativos. O que, por sua vez, pode trazer um
grande lucro ou um grande prejuízo, a depender de cada caso. Não obstante,
pode trazer um retorno médio.

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• Ao analisar qual investimento a ser realizado, o investidor analisar três fatores:
rentabilidade do investimento, liquidez do investimento e grau de risco do
investimento.
• Grau de risco: pode ser definido como a probabilidade de perda ou ganho numa
decisão de investimento. Ou seja, é o grau de incerteza do retorno de um
investimento e, normalmente, o risco tem relação direta com a rentabilidade do
investimento: quanto maior o risco, maior o potencial de renda do investimento.
• Considerando que os investidores são racionais, concluímos que os mesmos só
estarão dispostos a correrem maior risco em uma aplicação financeira para ir em
busca de maiores retorno. O princípio da dominância, entre dois
investimentos de mesmo retorno, o investidor prefere o de menor risco e entre
dois investimentos de mesmo risco, o investidor prefere o de maior rentabilidade.
• O risco de mercado refere-se para a medida de oscilação dos preços dos
ativos financeiros (isto é, a sua volatilidade). Normalmente, diz-se que quanto
maior a volatilidade tanto maior o risco do investimento. Assim, o impacto do
risco na decisão do investimento é que pode trazer maiores lucros ou menores
prejuízos, em relação ao investimento de renda fixa com menores chances,
quase nenhuma, de retornos altos.
• O Valor no Risco (VaR) é a metodologia mais utilizada para gerir o risco de
mercado. Ele evidencia o grau de exposição da carteira ao risco de mercado e
as chances de perda de uma instituição de determinando montante de recursos,
evidenciando a perda máxima esperada.
• O risco sistemático refere-se ao risco de colapso total de um sistema financeiro
ou mercado, com impacto sobre o plano financeiro pessoal. O impacto do risco
sistemático na decisão de investimentos, por exemplo, a preocupação maior do
investidor deveria ser não com a queda de preço de uma ação, de um mercado,
mas um drawdown demorado, por vezes, de quase todos os preços dos ativos
da economia.
• O risco não sistemático (ou específico) refere-se ao risco de colapso parcial de
um sistema financeiro, como, por exemplo, de uma empresa ou de algumas
empresas em um mercado. Como o risco não sistemático afeta apenas uma
empresa ou setor ele pode ser reduzido através da diversificação da carteira de
investimento. Pode ocorrer como impacto que sucede do risco sistemático.
• O risco de um investimento pode ser analisado de duas maneiras: a
primeira maneira seria como risco isolado, no qual o investidor está exposto por
possuir apenas um único investimento, e a segunda maneira seria como risco de
carteira, no qual o investimento está entre vários outros investimentos.
• O risco de crédito refere-se à probabilidade de não se receber de volta uma
aplicação, pois o emissor do título ou a contraparte da aplicação não tem como
pagar. Por exemplo, um hipotético default da dívida pública, cujo impacto do
risco (só que evento de probabilidade quase nula) medido pelas agências de
classificação, se daria sobre as decisões de investimentos.

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• O risco de liquidez refere-se à probabilidade da não capacidade de liquidar
algum ativo, em tempo hábil, sem uma perda de valor, então com perda de
capital. Este risco aumenta conforme a empresa aumenta a proporção de
depósitos à vista que são aplicados em ativos sem liquidez imediata.
• A definição de objetivos de retorno (preservar ou crescer capital). Bem como
(da sua contrapartida), de objetivos de risco. Por sua vez, depende do perfil do
investidor. Ou seja, das suas características pessoais, tais como: horizonte de
tempo, experiência, capacidade de tolerância em relação ao risco, expectativas
sobre o futuro da economia, etc.
• Os objetivos de retorno para um plano de investimentos são de acordados
entre planejador financeiro e cliente. Em geral, os objetivos se classificam em:
crescer o capital (ou modo absoluto) e preservar o capital (ou modo relativo).
• Os objetivos de riscos tratam da quantidade (mínima ou máxima) de
volatilidade a que o capital (i.e., portfólio) tolera submeter-se, a partir dos
impactos de possíveis eventos (normais ou extremos), sobre os respectivos
ativos financeiros (de renda fixa ou variável) componentes. Ou seja, os choques
que, por sua vez, reduziriam ou aumentariam o valor do capital (i.e., portfólio).
• Os retornos requeridos são aqueles indispensáveis para atingir os maiores
objetivos financeiros de longo-prazo do cliente, como, por exemplo, para
despesas durante a aposentadoria, etc.
• Os retornos desejados são aqueles dispensáveis com gastos irrelevantes, a
qualquer prazo, do cliente, como, por exemplo, com coleção de sapatos novos,
etc.
• A política de investimentos necessita para a definição de objetivos de
retorno, tais como: a fundamentação, com base, em evidências para o plano de
investimentos; discriminação de todos os gastos (presentes e futuros);
Mensuração de requerimentos de liquidez (gastos a partir do portfólio);
Mensuração de horizonte temporal (conforme ciclo de vida) e Estimação do
retorno exigido para atender as obrigações.
• Horizonte temporal: os objetivos almejados por um cliente devem ser
destacados conforme um horizonte temporal. Em geral, considera-se o curto-
prazo como um horizonte temporal para menos de três anos e longo-prazo como
um horizonte temporal para mais de dez anos. Os horizontes temporais são os
períodos (discreto) em que um portfólio é discriminado e demanda-se a origem
de retornos para a satisfação dos objetivos do investidor.
• Quanto maior o horizonte de investimento, maior poderá ser o risco de mercado
(volatilidade) do investimento.
• Ciclo de vida: arbitrariamente, faz-se o estabelecimento das fases de um ciclo
de vida dentro de um horizonte temporal. Sobretudo, a classificação de cada
fase do ciclo de vida assume que o horizonte-temporal restante, até a morte,
para fazer-se investimentos é um indicativo circunstancial do tipo mais
apropriado de política de investimento, e de estratégias.

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• Frequentemente, classifica-se de: Jovem o investidor que está no início da
carreira, Adulto o investidor que está, aproximadamente, na metade da carreira,
e idoso o investidor que está no fim da carreira, ou que a acabou.
• Quanto à postura de investimentos, classifica-se em: Postura agressiva de
investimentos refere-se à alocação em renda-variável; Postura conservadora
de investimentos refere-se à alocação em renda-fixa, e Postura moderada de
investimentos refere-se à alocação, proporcionalmente, em renda-variável e em
renda-fixa.
• Perfil do cliente: através da aplicação de entrevistas com perguntas abertas
objetiva-se identificar os objetivos pessoais e financeiros do cliente, suas
necessidades e prioridades (como, por exemplo, objetivos de acumulação de
capital, geração de renda, padrão de vida, etc.). Frequentemente, fazem-se
questionários com questões fechadas para a finalidade de localizar e de situar o
cliente dentro de uma faixa ou em uma classificação específica.
• Para a elaboração de análise adequada, em termos de coleta de informações,
em termos de planejamento financeiro. Por exemplo:
• Gestão financeira: Patrimônio pessoal; Renda; Necessidades de capital;
Atitude e expectativas; Gestão de risco; Tolerância ao risco e Exposição ao
risco.
• Necessidades específicas de capital: Divórcio; Invalidez; Necessidades
educacionais; Necessidades de adultos dependentes; Necessidades de crianças
deficientes; Planejamento para as situações de doenças terminais;
Planejamento para a caridade e; Planejamento para empresas familiares (a
sucessão).
• Gestão de risco: Necessidade de diferentes tipos de seguros; Seguro de vida;
Seguro de acidentes; Seguro de automóvel e; Seguro de residência.
• Investimentos, Política e estratégia de investimentos.
• Tributos: Declarações de impostos; Passivo fiscal; Estratégia de planejamento
fiscal e; Restituições para receber.
• Benefícios: Benefícios à disposição pelo emprego; Participação em tais
benefícios.
• Aposentadoria: Plano de previdência privado; Benefícios da previdência pública
e; planejamento estratégico para a aposentadoria.
• Planejamento sucessório: Documentação; Estratégias; possível exposição a
tributos, a propósito de transferência de bens.
• Destacam-se os seguintes fatores para a identificação do perfil do cliente: Fonte
de recursos financeiros, Medida de riqueza, Ciclo de vida, capacidade e
disposição para assumir riscos.
• Restrições: Consideram-se, em geral, cinco restrições sobre a política de
investimentos de clientes (tratadas como principais) com impactos nas
recomendações de investimento. São elas: Horizonte de tempo, Liquidez,
Aspectos legais e regulamentação, Impostos, e, Circunstâncias específicas.

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• A Análise de Perfil do Investidor (API) é uma metodologia que tem por
objetivo ajudar o investidor a identificar o seu perfil e verificar a adequação de
seus investimentos em relação a seus objetivos, situação financeira e
conhecimento sobre os produtos de investimento.
• A análise do perfil do investidor deve ser atualizada, no mínimo, a cada 24
meses.
• O termo risco-país, permite condições mensuráveis de avaliação da capacidade
de pagamento de títulos emitidos por um país ou mudanças nesse país que
impacte negativamente o valor dos ativos de indivíduos e empresas
estrangeiras, por exemplo, questões econômicas e políticas. A taxa é medida
em pontos e calculada a partir de uma cesta de títulos negociados no mercado.
• O risco político geralmente ocorre devido a questões legais que podem ser
premeditadamente restritivas, com o intuito de proteger a economia local ou não
premeditados, decorrentes de entraves, devido a uma legislação ultrapassada
ou mal formada. Dentre os principais fatos geradores do risco político são:
Intervenção do governo; Excesso de protecionismo; Barreiras ao comércio ou
aos investimentos e etc.
• O risco de Compliance representa as sanções legais ou regulatórias que
podem ser aplicadas a uma instituição quando ela não segue as leis,
regulamentos e códigos de conduta.
• O risco legal é observado quando a legislação vigente não regulamenta as
transações financeiras de modo eficiente. Ele também é observado na presença
de desconhecimento sobre todos os aspectos e dispositivos jurídicos que
envolvem a transação.
• Os riscos extraordinários são os de maior dificuldade de previsão, e estão,
geralmente, ligados aos eventos naturais: terremotos, excesso de chuvas,
vulcões, furacões, epidemias, tsunamis, entre outros. Eles também estão ligados
aos acidentes de grandes proporções como vazamentos de usinas
termonucleares, rompimento de uma barragem ou vazamento de gasodutos e
oleodutos.
• O risco comercial é utilizado para se referir ao risco de perdas geradas por
escolhas comerciais erradas decorrentes da falta de conhecimento. O risco
comercial pode ser resultado do fracasso da empresa resultante de estratégias
mal formuladas e processos mal desenvolvidos ou falha moral.
• O risco de liquidez evidencia a disponibilidade imediata de caixa das entidades
financeiras.

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2. Finanças Comportamentais
2.1. Resumo: Finanças Comportamentais
• Finanças Comportamentais: trata-se de um campo de que se tornou
mainstream em pesquisas sobre o efeito de fatores emocionais, cognitivos,
psicológicos, econômicos, e sociais nas decisões individuais e institucionais.
Consequentemente, com uma abordagem particular sobre alocação de recursos,
retornos, preços de mercado, etc.
• Parte do sucesso de Finanças Comportamentais provém da contestação da
hipótese do comportamento racional de agentes e de mercados (Finanças
Modernas), por procurar demonstrar a racionalidade como um caso particular, e
a racionalidade limitada como um caso mais geral.
• Decisão racional: considera-se que, tomador de decisão racional seguirá
quatro regras, ou axiomas:
o As preferências são um conjunto completo, ou seja, assumem que os
indivíduos conhecem suas preferências e as usam para escolher entre duas
alternativas mutuamente exclusivas. Dada a escolha entre A ou B, eles
podem preferir A, B ou ser indiferentes.
o A transitividade assume que os indivíduos aplicam consistentemente suas
escolhas de completude. Se A é preferido para B e C é preferido para B,
então C deve ser preferido para A.
o A independência. Assume-se que as escolhas também são aditivas e
proporcionais. Se A e B são escolhas mutuamente exclusivas, em que A é
preferido e B é uma escolha adicional, que adiciona utilidade positiva, então
A + x (C) será preferido para BF + x (C). Nesse caso, x é uma parcela de C.
o A continuidade. Assume-se que as curvas de indiferença de utilidade são
contínuas, o que significa que combinações de ponderações ilimitadas são
possíveis. Se C é preferido para A, o que é preferido para B, então haverá
uma combinação de C e B para a qual o indivíduo será indiferente a A.
• As finanças comportamentais questionam a capacidade dos agentes em
acessar e utilizar as informações de forma eficiente. Ela mostra que os
agentes não são racionais, apresentando vieses e falhas cognitivas, que
influenciam na formação das expectativas, na tomada de decisões e no modo
como os agentes reagem a modificações nos preços dos ativos.
• Assume-se que os indivíduos às vezes agem como homens econômicos
racionais, mas em outras situações seu comportamento é melhor explicado
pela psicologia. Entre os desafios para a utilização do homem econômico
racional podemos incluir:
o A tomada de decisões pode ser errônea, seja pela falta de informações
ou falhas no processo de tomada de decisão;

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o Os conflitos internos pessoais que priorizam os objetivos de curto
prazo, como gastos gerais, em detrimento de metas de longo prazo, como
manter uma poupança, podem levar a uma má priorização;
o A falta de conhecimento perfeito do conjunto de informação, e esse
talvez seja o desafio mais grave para a hipótese do homem econômico
racional. Por exemplo, quantas pessoas podem avaliar adequadamente
os impactos de uma mudança na política do banco central sobre a sua
riqueza futura;
o As funções de utilidade da riqueza nem sempre são côncavas, como é
assumida pela teoria da utilidade, e os indivíduos às vezes podem exibir
comportamentos de propensão ao risco, entre outras.
• A teoria do prospecto é uma realização de Finanças Comportamentais,
desenvolvida por Kahneman e Tversky (1979) em revide a teorias normativas
sobre o processo de tomada de decisão em ambientes econômico-financeiros.
Em geral, teorias descritivo-positivas procuram entender o comportamento real
do tomador de decisões, como no caso da Teoria do Prospecto.
• A teoria do prospecto prenuncia que as preferências irão depender da maneira
como o problema é estruturado. Além de incluir o conceito de ponto de
referência para a análise do valor de determinado bem. Se o ponto de referência
é determinado de maneira que o resultado seja percebido como um ganho,
então os investidores terão um comportamento de maior aversão ao risco e a
função valor vai ser côncava.
• Se o ponto de referência é percebido como uma perda, então os investidores
terão um comportamento de maior propensão ao risco e a função valor vai ser
convexa. De maneira que a função valor representa o valor que os investidores
conferem para determinados níveis de ganhos ou de perdas.
• O ponto de referência para um investidor vai depender de suas preferências
pessoais e do contexto (de decisões), pode ser, por exemplo, o preço médio de
compra de um ativo, o preço máximo ou mínimo alcançado em um período, uma
determinada variação percentual em relação a um índice, etc. Tal que,
fundamentalmente, ganhos e perdas não vão estar atrelados aos conceitos de
lucro ou prejuízo, mas sim com a relação positiva ou negativa com o ponto de
referência.
• Heurísticas: Estas respostas automáticas que tomamos em situações que
envolvem elevadas quantidades de informações são denominadas heurísticas.
Assim, heurísticas são atalhos mentais que facilitam a tomada de decisão.
• De um modo geral, a utilização de heurísticas não resulta em decisões ruins.
Muito pelo contrário, elas facilitam a realização de escolha. Todavia, o grande
problema das heurísticas é que elas podem levar ao surgimento de vieses,
fazendo com que a capacidade de tomada de decisões seja limitada. O que
resulta em escolhas equivocadas.
• A heurística de ancoragem (um desdobramento da heurística da
representatividade) refere-se à focalização da atenção que se dá a uma
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informação recentemente obtida que se utiliza como uma referência (um ponto
de partida) para a tomada de uma decisão ou para fazer-se uma estimativa.
• A heurística de disponibilidade refere-se à facilidade com que algumas ideias,
lembranças ou situações, exemplares, chegam à mente e influem o processo de
decisão. Em geral, os indivíduos julgam a frequência ou a probabilidade de um
evento a partir da facilidade com que “exemplos” surjam em suas mentes.
• A heurística de representatividade refere-se à influência de fato(s) do passado
sobre o processo de decisão. Ou seja, a tendência que um indivíduo, durante
decisão, possui de extrapolar o futuro a partir de fatos passados. De maneira
diferente, ela afirma que indivíduos avaliam a probabilidade da ocorrência de um
evento II, por meio do nível em que um evento I se parece com II.
• Heurística do afeto: Em muitas situações que envolvem escolhas, existem
fatores pessoais que levam os agentes a apresentarem maior simpatia ou
antipatia por uma opção específica. Por exemplo, uma entrevistadora para
empregos que não gosta de tatuagens, tende a descartar profissionais com
tatuagens, mesmo se eles apresentarem maior aptidão para o cargo. Assim, a
heurística do afeto influencia as escolhas ao influenciar a percepção dos
agentes sobre o que é bom e o que é ruim.
• Os erros cognitivos são devidos principalmente a raciocínios defeituosos e
podem resultar da falta de compreensão de técnicas de análise estatística
adequada ou de erros de processamento de informações; ou de um raciocínio
defeituoso; ou simplesmente, erros de memória.
• Os Vieses cognitivos são definidos como erros sistemáticos incorridos no
processo de tomada de decisão, que surgem no momento em que se processam
e interpretam as informações existentes. Eles podem ser provocados pela
utilização de heurísticas, mas também se originam de fatores como: emoções,
limitações cognitivas, pressões sociais, motivações pessoais.
• A seguir são apresentados os principais vieses existentes:
o Status quo: este viés está relacionado à resistência dos consumidores
em modificar os seus hábitos e em sair de sua situação atual. Os
investidores preferem se manter na situação em que se encontram,
apresentando resistência em modificar suas escolhas.
o Movimento de manada: o efeito manada é quando os investidores
operam na mesma direção ou nos mesmos valores mobiliários e
possivelmente até negociam contrários à informação que eles têm
disponível. Este efeito às vezes faz os investidores se sentirem mais à
vontade porque estão negociando com o consenso de um grupo.
o Framing (ou enquadramento): se refere para quando uma pessoa toma
uma decisão (atitude) de maneira inconsistente para com aquilo que seria
esperado caso fosse feita com um cálculo racional do benefício ao que se
propõe.
o Desconto hiperbólico: é predileção que cérebro possui por uma
recompensa imediata ao invés de uma recompensa maior, só que futura.
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o Excesso de confiança: é o viés que faz os indivíduos sobreavaliarem as
suas habilidades (particulares), o que origina um comportamento de maior
propensão ao risco em relação ao convencional (para um indivíduo). De
maneira que o excesso de confiança pode resultar em resultados não
positivos e perda de dinheiro.
o Aversão à perda: este viés cognitivo diz que o impacto de uma perda é
maior do que o impacto de um ganho, proporcionalmente. Ou seja, o
medo da perda costuma ser maior do que a satisfação do ganho.
o Viés do otimismo: é o que acontece com a superestimação individual a
respeito de expectativas sobre situações exógenas ou resultados
exógenos (ambos fora de controle). Comportamento, também, de maior
propensão ao risco.
o Viés de autocontrole: este viés ocorre quando os indivíduos não têm
autodisciplina e favorecem a satisfação imediata em detrimento das
metas de longo prazo. Como consequências e implicações do
autocontrole podemos incluir a insuficiência capacidade de poupança
necessária para financiar necessidades de aposentadoria.
o Viés de aversão ao arrependimento: Investidores com este viés (um
sentimento em retrospecto) tendem a evitar o processo de tomada de
decisão, uma vez que temem que qualquer uma de suas ações possa vir
a se apresentar pior do que em uma decisão ótima, para evitar
arrependimentos.
o Efeito dotação: trata-se do efeito que descreve a tendência das pessoas
de supervalorizar as coisas que possuem, somente porque elas lhes
pertencem.
o Efeito Propriedade: trata-se do efeito que descreve o motivo de algumas
grandes empresas/instituições buscarem em sua fase inicial o seu grande
objetivo de sucesso, sendo ambiciosas e inovadoras, e, depois disso,
hoje, procurando pelo “não fracasso”.
o Efeito disposição: Os investidores tendem a realizar os ganhos, mas
apresentam resistência a aceitar perdas.
o Custos afundados: estão relacionados ao apego pessoal. Por exemplo,
o gestor de uma empresa investe em uma nova planta inicial, com uma
tecnologia X, porém durante a realização do projeto descobre que existe
uma tecnologia Y mais eficiente. Como o projeto já se encontra em
andamento, ele apresenta resistência em abandoná-lo, por causa do
dinheiro e do tempo empenhado nesse projeto.
• Efeitos de estruturação: o efeito estruturação está relacionado ao estudo sobre
o efeito exercido pelo modo como as informações circulam sobre o investidor.
Isto é, ele defende que o modo como as informações são apresentadas
influenciam nas decisões dos investidores.

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• Viés do conservadorismo: este viés ocorre quando os participantes do
mercado formam uma visão inicial, mas depois não conseguem alterar essa
visão, à medida que novas informações se tornam disponíveis.
• Viés de confirmação: este viés ocorre quando os participantes do mercado
buscam novas informações ou distorcem novas informações para suportar uma
verdade existente. O viés de confirmação é um tipo de viés de seleção.
• Viés de representatividade: este viés baseia-se em uma crença de que o
passado persistirá e as novas informações serão classificadas com base em
experiências ou repetições de classificações passadas. Embora isso possa ser
eficiente, a nova informação pode ser mal interpretada se for classificada com
base em uma semelhança superficial com o passado.
• Viés de controle: este viés existe quando os participantes do mercado pensam
que podem controlar ou afetar os resultados, quando na verdade não podem.
Muitas vezes, ele está associado a preconceitos emocionais, como ilusão de
conhecimento, ou seja, a crença de que você conhece coisas que não conhece,
ou a auto atribuição, que é crença de que você causou pessoalmente algo, ou
ainda, a vieses de excesso de confiança, que significa uma crença injustificada
de que está certo.
• Viés de ancoragem: este viés ocorre quando os participantes do mercado
utilizam a experiência de heurística psicológica baseada em regras de teste e
erro para afetar indevidamente as probabilidades. As mudanças são feitas, mas
em relação à visão inicial e, portanto, as mudanças são inadequadas.
• Viés de contabilidade mental: este viés surge quando o dinheiro é tratado de
forma diferente, dependendo de como é categorizado. Por exemplo, um cliente
pode mentalmente tratar os salários de forma diferente de um bônus ao
determinar metas de poupança e de investimento.
• Viés de enquadramento: este é o viés que ocorre quando as decisões são
afetadas pelo modo como a questão ou os dados são “enquadrados”. Em outras
palavras, a forma como a questão é enquadrada afeta a forma como a
informação é processada, levando à resposta recebida.
• Viés de disponibilidade: este viés começa com uma ênfase indevida na
informação que está prontamente disponível. É um atalho mental para se
concentrar excessivamente no que é fácil de obter-se. O viés de disponibilidade
pode incluir alguns ou todos os seguintes: recuperação, categorização,
enquadramento estreito.
• São três principais modelos comportamentais: o modelo bidirecional Barnewall;
o modelo Bailard, Biehl e Kaiser de cinco caminhos, e o modelo Pompian.
o Modelo bidirecional Barnewall: este modelo classifica os investidores
em apenas dois tipos: o passivo e o ativo. Os investidores passivos são
aqueles que não tiveram que arriscar seu próprio capital para ganhar
riqueza.
o Por exemplo, eles poderiam ter ganhado riqueza através de um emprego
longo e estável e uma economia disciplinada ou através da herança,
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sendo assim, eles tendem a ser mais avessos ao risco e ter uma maior
necessidade de segurança do que os “ativos”. Os investidores ativos
arriscam seu próprio capital para ganhar riqueza e geralmente assumem
um papel ativo ao investir seu próprio dinheiro.
o Modelo Bailard, Biehl e Kaiser de cinco caminhos: este modelo
classifica os investidores ao longo de duas dimensões de acordo com a
forma como se comportam na vida em geral. O modelo BB&K classifica
os investidores de acordo com seus tipos comportamentais, que se
situam em pontos diferentes em uma grade formada por
confiança/método de ação:
▪ O investidor aventureiro possui os seguintes traços: Confiante e
impetuoso; Poderá segurar portfólios altamente concentrados;
Disposição para correr riscos; Gosta de tomar suas próprias
decisões; Não gostar de aceitar conselhos e os gestores acham
difícil trabalhar com eles.
▪ O investidor celebridade possui as seguintes características:
Ansioso e impetuoso; Pode ter opiniões, mas reconhece limitações
e; Procura e toma conselhos sobre investimento.
▪ O investidor individualista tem os seguintes traços: Confiante e
cuidadoso; Gosta de tomar suas próprias decisões após uma
análise cuidadosa; Bom para trabalhar porque escuta e processa
informações de forma racional.
▪ O investidor tutor tem os seguintes traços: Ansioso e cuidadoso;
Preocupado com o futuro, prefere proteger seus ativos; Pode
buscar o conselho de alguém que ele percebe como mais
experiente que ele mesmo.
o Modelo Pompian: identifica quatro tipos de investidores
comportamentais. Os investidores classificados como preservador
passivo e os investidores classificados como acumulador ativo tendem a
tomar decisões emocionais. O investidor classificado como seguidor
amigável e o investidor classificado como individualista independente
tendem a usar uma abordagem mais pensativa para a tomada de
decisões.

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3. Instrumentos de Investimentos
3.1. Resumo: Instrumentos de Investimentos
• Dentre os Títulos Públicos e Tesouro Direto figuram as: Letras do Tesouro
Nacional (LTN); Letras Financeiras do Tesouro (LFT); Notas do Tesouro
Nacional série B (NTN-B) e Notas do Tesouro Nacional série F (NTN-F).
• São Títulos emitidos por instituições financeiras: Certificado de Depósito
Bancário (CDB); Recibo de Depósito Bancário (RDB); Depósito a Prazo com
Garantia Especial (DPGE); Letra de Crédito Imobiliário (LCI); Letras de Câmbio
(LC); Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) e Letra Financeira (LF).
• São Títulos emitidos por instituições não-financeiras: Notas Promissórias;
Debêntures (simples e conversíveis); Certificado de Recebíveis Imobiliários
(CRI) e; Recebíveis do Agronegócio (CRA).
• Contratos futuros negociados na B3: DI, cupom cambial, Ibovespa e FRA.
• Contratos de swap negociados no mercado brasileiro (B3): Swap de juros,
moeda e índice de preços.
• As principais estratégias e riscos potenciais: hedge, especulação,
alavancagem e arbitragem.
• São títulos Públicos norte-americanos: treasury bills, notes, bonds, TIPS
(Treasury Inflation Protected Securities).
• São títulos privados negociados no mercado internacional: certificate of
deposits, commercial papers, eurobonds e high yield bonds; cláusulas de put e
call.
• São fundos de Investimento negociados no mercado internacional: money
market, bond funds e equity funds.
• Os principais investimentos alternativos negociados no mercado
internacional são: Hedge funds, Private equity e Real state investment trusts –
REIT.
• Dentre os principais índices de referência utilizados no mercado
internacional estão: LIBOR, Emerging Market Bond Index plus (EMBI+); HFR –
Hedge Fund Research INDEX; Event Driven; Down Jones; Nasdaq; S _amp_P
500; Chicago Board Options Exchange Volantility Indez (VIX) e CDS.
• Os principais riscos nos investimentos imobiliários são: Liquidez; Vacância;
Lei do inquilinato; Contrato de aluguel ou arrendamento e Proteção da inflação.
• Os principais custos nos investimentos imobiliários são: Manutenção,
condomínio, imposto (IPTU, ITR).
• Os principais índices do mercado imobiliário: IFIX, FIPE e ZAP.
• É no mercado a vista que são negociados a compra e venda dos títulos
emitidos pelas empresas negociadas nas bolsas de valores. Nesse mercado as
operações de compra e venda de ações são liquidadas em curtos períodos, no
Brasil em até dois dias úteis.
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• O mercado a termo permite que os negociantes fixem o preço futuro dos ativos
negociados entre as duas partes. Nesse mercado os pagamentos são
previamente estipulados para uma data predeterminada através de um contrato
chamado de termo, que não é transferencial a um terceiro. Esses contratos
podem ser diretamente negociados entre as duas partes da transação, mas,
também, podem ser intermediados, geralmente através de um banco.
• O mercado futuro se assemelha ao mercado a termo, pois ambos determinam
um valor futuro para a liquidação de uma negociação. No mercado futuro os
preços dos contratos são cotados livremente, assim como no mercado a vista,
ou seja, a negociação não ocorre entre apenas duas partes. Portanto, o
mercado futuro permite que um investidor revenda o contrato para um terceiro,
diferente do mercado a termo.
• O mercado de opções é uma alternativa de se prevenir contra oscilações
indesejáveis nos preços das ações. As opções são contratos que estabelecem
preço e prazos para a liquidação, de forma a tornar uma operação mais
previsível.
• Instrumento financeiro é qualquer contrato que dê origem a um ativo financeiro
para a entidade e a um passivo financeiro para outra entidade. Os instrumentos
financeiros são divididos em 4 categorias: Empréstimos e recebíveis;
Investimentos mantidos até o vencimento; Ativo financeiro ou passivo financeiro
mensurado pelo valor justo por meio do resultado e; os ativos financeiros
disponíveis para venda.
• Os títulos de renda fixa são aqueles em que a forma de remuneração ou o
indicador ao qual está atrelado o investimento é fixado no momento da
contratação da operação. De modo geral, referem-se a uma dívida e o
responsável pela emissão do título promete devolver o valor investido acrescido
de juros, de acordo com o que ficou estabelecido.
• Os títulos de renda variável são aqueles em que a forma de remuneração ou o
indicador ao qual está atrelado o investimento não é conhecido no momento da
aplicação. Nesse tipo de investimento, o devedor não garante o retorno do
capital investido. Podemos enquadrar nessa modalidade as ações, as moedas
estrangeiras etc.
• Os Títulos Públicos Federais são instrumentos de renda fixa emitidos pelo
governo federal – com exclusividade pelo Tesouro Nacional, ficando o BACEN
proibido de emitir- para a obtenção de recursos junto á sociedade, com o
objetivo primordial de:
o Financiar o déficit orçamentário, nele incluído o refinanciamento da dívida
pública e; realizar operações para fins específicos, definidos na Lei
Orçamentária, ou em seus créditos adicionais.
• O mercado primário é onde há a primeira negociação do título. Quando esse
título é revendido a um terceiro, esse título passa a ser negociado no mercado
secundário. O mercado primário é o mais importante para a empresa, pois é

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nele que a empresa irá adquirir recursos que serão fonte de financiamento para
os fins da empresa.
• No âmbito da Dívida Pública Federal, são dois os ambientes nos quais ocorrem
ofertas primárias de títulos:
o Ofertas públicas (leilões) – são realizadas semanalmente pelo Tesouro
Nacional e operacionalizadas pelo Banco Central. Apenas Intermediários
Financeiros (Bancos; Caixas Econômicas; Sociedades Corretoras de Títulos
e Valores Mobiliários; Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores
Mobiliários; Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento; e
Sociedades de Crédito Imobiliário) podem adquirir títulos no mercado
primário. Fundos não podem participar.
• Tesouro Direto – Programa criado em 2002, no qual o investidor (apenas
pessoas físicas) adquire títulos públicos diretamente do Tesouro Nacional pela
internet a qualquer hora do dia, após cadastrar-se com uma instituição financeira
habilitada.
• O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em
parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas,
por meio da internet. O Objetivo é de democratizar o acesso aos títulos públicos,
ao permitir aplicações com apenas R$ 30,00.
• O mercado secundário é onde as ações são negociadas entre terceiros, ou
seja, a empresa não participa do processo de venda da ação. É nesse mercado
onde o primeiro comprador revende a ação para outro investidor e assim por
diante.
• As Letras do Tesouro Nacional (LTN), são títulos que não fazem pagamentos
semestrais, seu valor de face já é pré-fixado, isto é, definido no momento da
compra. Para esse tipo de título a taxa de juros é implícita.
• A Letra Financeira do Tesouro (LFT) é um título do tipo pós-fixado. A taxa
acordada com esse título é paga utilizando a variação da taxa SELIC. Assim
como a LTN, a LFT não possui pagamentos de parcelas semestrais, isto é, não
paga cupons. Mas diferente da LTN, o seu valor de venda só é conhecido na
data do vencimento.
• Tesouro IPCA (NTN-B Principal) e Tesouro IPCA com Juros Semestrais
(NTN-B) são um tipo de título pós-fixado. Seu rendimento é uma taxa definida
somada à variação do Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo, o IPC-A,
dentro de um período pré-acordado. O Tesouro IPCA (NTN-B Principal) irá
pagar juros semestralmente calculados sobre o valor investido, respeitando a
taxa de juros acordada.
• O Tesouro Prefixado com Juros Semestrais (NTN-F) define a títulos pré-
fixados cujo valor de venda já é pré-definido no momento de sua compra.
Somando a isso temos um valor adicional, um rendimento de 10% a.a., que é
pago semestralmente. Desse modo, o investidor recebe 10% semestralmente do
valor investido por título comprado até a data de vencimento. No dia do
vencimento, além dos juros, o investidor também recebe o valor investido.
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• Nota do Tesouro Nacional indexado ao IGPM (NTN-C): trata-se de um título
indexado ao IGPM (Pós Fixado) e não ao IPCA. O pagamento do principal é
feito apenas no vencimento, mas a rentabilidade é paga em fluxos periódicos
semestrais.
• Nota do Tesouro Nacional vinculada à variação do Dólar (NTN-D): trata-se
de um título pós fixado que possui as mesmas características que a NTN-C,
porém é fixado ao dólar dos Estados Unidos.
• Nota do Tesouro Nacional (NTN-H): trata-se de um título Pós-Fixado e possui
como indexador a Taxa Referencial (TR).
• O Crédito Direto Bancário (CDB) é um título privado para a captação de
recursos de investidores pessoas físicas ou jurídicas, por parte dos bancos. O
CDB é dividido basicamente em duas categorias, que representam as formas
pelas quais os juros são pagos.
o Prefixado: uma taxa fixa é negociada entre o investidor e o banco e durante
a vigência daquele título. O investidor terá seu recurso corrigido diariamente
de acordo com a taxa estabelecida. Por exemplo, um CDB pré-fixado com
taxa de 1% ao mês.
o Pós-fixado: nesse produto, a remuneração varia de acordo com outro índice
preestabelecido (por exemplo, a variação da inflação mais um percentual) ou
de acordo com a variação do Certificado de Depósito Interbancário (CDI).
Nessa modalidade, o investidor também terá seu recurso corrigido
diariamente segundo a variação diária da taxa.
• A Letra de Câmbio (LC) é uma espécie de título de crédito, ou seja, também
representa uma obrigação pecuniária, sendo autônoma.
• A Letra de Crédito Imobiliário (LCI) é um título de crédito lastreado em créditos
imobiliários que são garantidos por hipoteca ou por alienação fiduciária.
• A Letra de Créditos do Agronegócio (LCA) é um título de crédito nominativo,
de livre negociação, que representa a promessa de pagamento em dinheiro
lastreado em recebíveis que tem origem em negócios entre os produtores rurais
e terceiros.
• A cédula de crédito imobiliário (CCI) é um instrumento originado pela
existência de direitos de crédito imobiliário que possuem pagamentos
parcelados. A cédula é emitida pelo credor, com o objetivo de facilitar e
simplificar a cessão do crédito, esses créditos podem ou não contar com
garantia.
• As Letras Hipotecárias (LH) são títulos de crédito que têm como lastro
financiamentos imobiliários garantidos por hipotecas, elas conferem a seus
titulares direito de crédito nominal com atualização monetária e juros neles
estipulados.
• Os Recibos de Depósitos Bancários (RDB) também são emitidos pelos
bancos e tem características semelhantes ao CDB, porém sua diferença é que
não é possível negociação antes do seu vencimento, ou seja, ele não é
transferível.
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• O Depósito Interfinanceiro (DI) é um instrumento financeiro que possibilita a
transferência de recursos entre as instituições financeiras.
• A Letra Financeira (LF) é um título de renda fixa, emitido por instituições
financeiras para a captação de recursos de longo prazo. Ela possui vencimento
superior a dois anos e oferece para os investidores melhor rentabilidade do que
outras aplicações financeiras com liquidez diária ou com prazo inferior de
vencimento.
• A Cédula de Crédito Bancário (CCB) é um título de crédito emitido por pessoa
física ou jurídica cuja beneficiária é uma instituição financeira ou uma entidade a
esta equiparada. As CCBs representam uma operação de crédito, que
representa uma dívida em dinheiro, certa, líquida e exigível, seja pela soma nela
indicada, seja pelo saldo devedor demonstrado em planilha de cálculo, ou em
extratos de conta corrente.
• Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) são títulos lastreados em
créditos imobiliários, de créditos nominativos, escriturais e transferíveis. Eles são
emitidos por instituições não financeiras. Sua rentabilidade pode ser pré-fixada
ou pós-fixada.
• Os certificados de recebíveis do agronegócio (CRA) são títulos de renda fixa
lastreados em recebíveis originados de negócios entre produtores rurais ou suas
cooperativas. Os rendimentos do CRA são isentos de imposto de renda para
pessoa física.
• As Operações Compromissadas são as operações de compra ou de venda de
um título público com liquidação em determinada data futura, cumuladas com o
compromisso de revenda ou de recompra do mesmo título, isto é, a operação de
volta. A operação compromissada pode ser considerada uma espécie de
empréstimo que possui como garantia um título público.
• Caderneta de poupança: é a aplicação mais popular e possui altíssima
liquidez, porém com perda de rentabilidade. Remunera sobre o menor saldo do
período. Possui rentabilidade por volta de 6% ao ano mais TR. Possuem
cobertura do FGC.
• Debêntures: são títulos da renda fixa para captação de recursos de médio e
longo prazo para sociedades anônimas (S.A.) não financeiras de capital aberto.
De forma simples, debêntures são empréstimos feitos pela empresa com o
investidor, em troca de tal empréstimo (utilizado para investimento, pagamento
de contas etc.) a empresa paga juros para esse investidor.
• A debênture poderá, conforme dispuser a escritura de emissão, ter garantia real,
garantia flutuante, garantia sem preferência (quirografária), ou ter garantia
subordinada aos demais credores da empresa.
• As notas promissórias podem ser emitidas por S.A. abertas e S.A. fechadas
como forma de captação de recurso, a diferença entre as formas de captação é
que as notas promissórias possuem característica de Curto Prazo, enquanto as
debêntures possuem característica de Longo Prazo. As notas promissórias
podem ter rentabilidade prefixada ou pós-Fixada.
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• A Marcação a Mercado (MaM) consiste em registrar todos os ativos, para efeito
de valorização e cálculo de cotas dos Fundos de Investimento, pelos respectivos
preços negociados no mercado em casos de ativos líquidos ou, quando este
preço não é observável, por uma estimativa adequada de preço que o ativo teria
em uma eventual negociação feita no mercado.
• Nas sociedades anônimas abertas, as suas ações são negociadas em bolsas
de valores e outros mercados de balcão, com intuito de captar recursos junto ao
público. Caracteriza-se por pela divisão do capital entre muitos sócios
(pulverização). Para além, a companhia aberta é fiscalizada pela Comissão de
Valores Mobiliários – CVM.
• Nas sociedades anônimas fechadas – companhias fechadas, estas não
negociam suas ações nas bolsas de valores ou em mercados de balcão,
somente de forma privada. São caracterizadas pela concentração de capital na
mão de poucos acionistas.
• A Ação representa a menor “fração” do capital social de uma empresa, ou seja,
a unidade do capital nas sociedades anônimas. O mercado de ações é formado
por investidores físicos e institucionais, companhias e instituições que
intermediam e regulam esse mercado.
• As formas mais comuns de classificar as ações segundo a sua forma de
circulação são: Ações nominativas, Ações nominativas endossáveis e; Ações
escriturais.
• Segundo a forma de participação societária, podem ser destacadas as seguintes
formas de circulação:
o Ações ordinárias (ON): são ações que permitem o direito ao voto em
assembleias gerais da companhia, além disso, o acionista tem participação
nos resultados da companhia.
o Ações preferenciais (PN): são ações que garantem prioridade na
participação no resultado da empresa, como na distribuição de dividendo e
no reembolso de capital, no entanto, essa ação não garante direito a voto.
• O valor de uma ação varia conforme a perspectiva de análise. As formas mais
comuns de atribuir um valor as ações são: Valor Contábil, Valor Intrínseco, Valor
de Liquidação, Valor de Mercado, Valor Patrimonial e, Valor de Subscrição.
• Oferta pública primária (IPO): acontece quando é realizada a emissão de
novas ações/cotas de fundos de investimento que serão ofertadas ao mercado,
com ingresso de recursos ao próprio emissor da oferta. Ou seja, nesse caso a
companhia está captando recursos.
• Oferta pública secundária: acontece quando são ofertadas ações/cotas de
fundos de investimento já existentes, de modo que os recursos não serão
aportados na empresa/fundo, mas serão direcionados aos acionistas/cotistas
vendedores.
• Oferta pública de aquisição de ações (OPA) é a oferta na qual um
determinado proponente manifesta o seu compromisso de adquirir uma
quantidade específica de ações, a um preço e prazo determinados, respeitando
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determinadas condições. O intuito é oferecer a todos os acionistas, em
igualdade de direitos, a possibilidade de alienar as suas ações em situações que
normalmente envolvem mudanças na estrutura societária da companhia.
• O spread de um rendimento é a diferença entre os rendimentos medidos para
diferentes instrumentos de dívida com vencimentos variáveis, com ratings de
crédito e de risco, que são calculados deduzindo o rendimento de um
instrumento de outro. Pode parecer complicado, vejamos um exemplo para
esclarecer.
o O Yeld Spread é uma métrica chave que os investidores utilizam para avaliar
o nível de despesa de um título.
o O Credit Spread nada mais é que a diferença de rendimento entre um título
do Tesouro dos EUA e um título de dívida com o mesmo prazo de
vencimento, mas de menor qualidade.
• A cota de um fundo de investimento é a sua fração ideal, sendo definida de
forma escritural e normativa. De modo que a cota representa a menor fração do
Patrimônio Líquido do fundo, ademais, sempre são escriturais e nominativas.
• Clube de Investimento é uma comunhão de recursos de pessoas físicas – de
no mínimo 3 e no máximo 50 participantes -, para aplicação em títulos e valores
mobiliários. O clube deve ser administrado por sociedade corretora, sociedade
distribuidora, banco de investimento ou banco múltiplo com carteira de
investimento, que é responsável pelo conjunto de atividades e de serviços
relacionados direta e indiretamente ao seu funcionamento e manutenção.
• Fundo de investimentos é a comunhão de recursos sob a forma de
condomínio onde os cotistas têm o mesmo interesse e objetivos ao investir no
mercado financeiro e de capitais.
• Os fundos possuem políticas próprias de prazo de aplicação, de conversão e
de resgate. Contudo, essa política deve ser devidamente apresentada em seu
regulamento.
• Os fundos realizam aplicações e resgates todos os dias. Quando o volume
aplicado supera os resgates, ele deverá comprar ativos com os recursos
restantes. Nas aplicações a cotização pode ocorrem em D0 ou D+.
• Fundos passivos (fundo indexado): os Fundos Passivos buscam acompanhar
um determinado “benchmark” e por essa razão seus gestores têm menos
liberdade na seleção de Ativos. Ex.: Fundo que segue o Ibovespa.
• Fundos ativos: nos Fundos ativos o gestor fica “livre” para atuar buscando obter
o melhor desempenho, assumindo decisões de investimentos que julgue
propícias para superar o seu “benchmark”.
• Quando o volume de resgates é superior ao de aplicações no dia, o
administrador do fundo deve vender ativos para cobrir os resgates. Às vezes
existe desencontro entre o pedido de resgate e o dia de pagamento deste. A
CVM aceita que os resgates sejam processados em no máximo cinco dias após
a data do pedido de resgate.

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• Alavancagem: é uma estratégia utilizada para potencializar ganho que consiste
em assumir posições maiores que o patrimônio líquido do fundo. O gestor faz
isso através da utilização de derivativos. Para isso, a alavancagem deve estar
especificada no regulamento de um fundo, pois pode trazer resultados
negativos, como a possibilidade de novos aportes por parte dos cotistas.
• O fundo de índices (os Exchange Traded Funds - ETFs) é um fundo de
investimento que pode ser comprado ou vendido como se ele fosse uma ação.
Cada uma das cotas do ETF reflete a performance de um determinado índice de
referência, que representa um setor da economia. Quando o investidor aplica em
um ETF é como se ele passasse a deter uma parcela de todas as ações que
compõem o índice de referência. A vantagem é que ele faz isso sem ter de
comprar separadamente os papéis de cada empresa.
• Carteira Administrada: A administração de carteira de valores mobiliários
consiste na gestão profissional de recursos ou valores mobiliários, sujeitos à
fiscalização da Comissão de Valores Mobiliários, entregues ao administrador,
com autorização para que este compre ou venda títulos e valores mobiliários por
conta do investidor. Isto é, na carteira administrada o investidor terceiriza o
serviço de investir para um gestor.
• Treasury Bill (T-Bill) é uma obrigação, um título, de cupom zero, isto é, não
oferece pagamentos periódicos na forma de cupons, ofertada pelo tesouro dos
EUA. As Tresuary Bills possuem prazo de vencimento inferior a um ano.
• Diversificação de carteira: a diversificação é uma técnica amplamente utilizada
para reduzir o risco através da alocação dos recursos em diversas opções
diferentes de investimento. A diversificação possibilita que os investidores
obtenham um retorno mais elevado e incorram em menor nível de risco.
Contudo, é importante destacar que o risco não consegue ser completamente
eliminada através da diversificação da carteira.
• Via de regra, o risco pode ser dividido em dois componentes, o risco
idiossincrático, associado a um mercado, setor ou ativo específico e o risco
sistemático, associado a variáveis macroeconômicas.
• O Contrato a Termo de Ações foi desenvolvido com o intuito de reduzir o risco
de oscilação de preços, nesses termos é parecido com os objetivos dos
derivativos. Eles, os contratos a termo, servem como uma alternativa, entre os
diferentes derivativos, de compra ou de venda de ações por um valor estipulado
por meio de contratos padronizados. A liquidação futura é acordada no contrato
e acontece sem os ajustes diários, lembre-se que os contratos futuros vistos na
sessão anterior possuíam os ajustes diários.
• O Contrato de Opções sobre ações são instrumentos derivativos criados para
reduzir o risco de oscilação de preço, desta vez, o risco de oscilação de preço
das ações. Desse modo, ele é um mecanismo que oferece uma proteção aos
participantes do mercado contra possíveis perdas aos detentores de ações,
além de servir de instrumento para criação de estratégias especulativas. As
opções são muito utilizadas por especuladores devido ao seu poder de
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alavancagem e ampla gama de operações possíveis de serem realizadas
utilizando-as.
• Swaps: Pode-se definir o contrato de swap como um acordo, entre duas partes,
que estabelecem a troca de fluxo de caixa tendo como base a comparação da
rentabilidade entre dois bens. As operações de swap são comuns entre
diferentes taxas de juros, moedas e commodities, ouro e índices de bolsa de
valores. Estas operações estabelecem um fluxo de pagamentos entre as partes
envolvidas em diversas datas futuras.
• Nesses derivativos, estabelece-se a troca do índice de rentabilidade entre dois
ativos, ocorrendo assim uma troca de risco entre as partes envolvidas.
• Os derivativos são definidos como contratos os quais derivam a maior parte de
seu valor de um ativo subjacente, uma taxa de referência ou um índice. Eles
podem ser emitidos com base em um ativo físico ou um ativo financeiro, sendo
possível emitir derivativos sobre outros derivativos.
• Os fundos de hedge são um grupo diverso e a terminologia usada para
descrevê-los é flexível. Inicialmente eles eram pools privadas de dinheiro que
eram ambos long e short no mercado, de modo que não ficavam expostos ao
risco de mercado. Muitos fundos de hedge ainda tentam atingir um nível
absoluto de retorno que não é dependente de retornos de mercado.
• Hedge (proteção): Proteger o participante do mercado físico de um bem ou
ativo contra variações adversas de taxas, moedas ou preços. Equivale a ter uma
posição em mercado de derivativos oposta à posição assumida no mercado a
vista, para minimizar o risco de perda financeira decorrente de alteração adversa
de preços.
• Especulação: Tomar uma posição no mercado futuro ou de opções sem uma
posição correspondente no mercado a vista. Nesse caso, o objetivo é operar a
tendência de preços do mercado.
• Arbitragem: Tirar proveito da diferença de preços de um mesmo produto/ativo
negociado em mercados diferentes. O objetivo é aproveitar as discrepâncias no
processo de formação de preços dos diversos ativos e mercadorias e entre
vencimentos.
• Os investimentos em imóveis podem ser classificados entre diretos e indiretos.
Investimento imobiliário direto inclui a posse de residências, imóveis comerciais
ou terrenos agrícolas. A posse envolve a gestão direta dos ativos. Investimento
indireto em imóveis geralmente significa que há um grupo bem definido de meio
que gerencia as propriedades.

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4. Teoria de Carteiras
4.1. Resumo: Teoria de Carteiras
• Estimativa do retorno de um ativo: Quando o título em questão for uma ação,
o retorno obtido ao se investir nesse título pode ser dividido em duas partes.
Uma parte é composta pelos dividendos que são a parte do lucro distribuído em
dinheiro aos acionistas e a outra parte do retorno é o ganho de capital sobre o
investimento que corresponde à variação do valor de mercado da ação.
• Desse modo, o retorno de uma ação pode ser calculado pela equação abaixo:
Retorno = preço fim período – preço início período + dividendos/ preço inicial.
• Ademais, a forma mais comum de se estimar o retorno para o próximo
período de um investimento é supor que esse retorno esteja próximo da média
dos retornos passados realizados pela ação. Essa estimativa é o retorno médio.
A estimativa para o retorno esperado será dada pela média simples dos retornos
passados.
• Uma opção para se utilizar com o objetivo de caracterizar a distribuição de taxas
de retorno poderia ser o grau de dispersão da distribuição de frequência.
• Medidas de risco: as medidas associadas a essa incerteza na distribuição dos
retornos em relação à sua média são denominadas de medidas de risco. A
variância e o desvio padrão são as medidas mais comuns de variabilidade ou
risco de uma ação ou outro ativo qualquer.
• Um portfólio ineficiente é um portfólio de investimentos que oferece um retorno
esperado muito baixo para a quantidade de risco assumido. Ademais, uma
carteira ineficiente também se refere a uma carteira de investimentos que exige
muito risco para um determinado retorno esperado, ou seja, um portfólio
ineficiente tem uma baixa relação risco-retorno.
• Em um portfólio eficiente, os ativos são combinados de uma maneira que
produz o melhor nível de retorno esperado possível para o nível de risco ou o
menor risco para um retorno desejado.
• O risco da carteira é uma função das variações de cada ativo e das correlações
de cada par de ativos. Para calcular o risco de uma carteira de quatro ativos, um
investidor precisa de cada uma das quatro variâncias dos ativos e seis valores
de correlação, uma vez que existem seis combinações possíveis de dois ativos
com quatro ativos.
• Quando se necessita medir a relação entre a taxa de retorno de uma ação e a
taxa de retorno de outra precisamos de uma medida estatística da relação entre
duas variáveis: covariância e a correlação.
• A covariância pode ser negativa ou positiva. Um número negativo quer dizer
que a taxa de retorno de uma ação tende a estar acima de sua média quando a
outra está abaixo de sua média, e vice-versa. A covariância, por sua vez, é uma

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medida do grau em que os retornos de dois ativos se movem em conjunto.
Entretanto, a magnitude do número é de difícil interpretação.
• Tal como o valor da variância, a covariância é medida pelo quadrado das
unidades da variável original. Esse problema é resolvido com o cálculo da
correlação. A correlação é calculada dividindo-se a covariância pelos desvios
padrão dos retornos de ambas as ações.
• Se a correlação é positiva podemos dizer que as variáveis são positivamente
correlacionadas. E se for negativa, que são negativamente correlacionadas.
Pode ser facilmente mostrado que a correlação se situa sempre entre +1 e – 1.
• Enquanto isso, a variância, é uma medida da dispersão de dados em torno de
seu valor médio, em outras palavras, ela é a expectativa dos desvios quadrados
médios da média dos dados. A variância que nos serve como medida de
volatilidade, e a volatilidade é nossa medida de risco, portanto, ela pode nos
ajudar a determinar o risco que um investidor pode assumir ao comprar um título
específico.
• O desvio-padrão pode ser definido de duas maneiras: a medida de dispersão
de um conjunto de dados da sua média; e em finanças, o desvio padrão é
aplicado à taxa de retorno anual de um investimento para medir a volatilidade do
investimento.
• O desvio padrão também pode ser utilizado como medida volatilidade histórica
e assim ser uma proxy para a volatilidade esperada, por exemplo, uma ação
volátil terá um desvio padrão elevado, enquanto uma ação blue chip tende a ter
um desvio padrão menor.
• Conjunto eficiente de Markowitz: esse conjunto é um portfólio cujos retornos
são maximizados para um determinado nível de risco com base na construção
de portfólio de média-variância. A solução eficiente para um dado conjunto de
parâmetros de média-variância, isto é, um dado ativo sem risco e uma dada
cesta de ativos de risco, pode ser traçada no que chamamos de fronteira
eficiente de Markowitz.
• A chave é construir um conjunto de portfólios para produzir o mais alto retorno
em um determinado nível de risco. Os indivíduos têm diferentes níveis de
tolerância ao risco e, portanto, esses conjuntos de portfólio estão sujeitos a
vários retornos, além disso, os investidores não podem assumir que assumiram
maiores quantidades de risco, pois serão automaticamente recompensados com
retornos extras.
• O conjunto se torna ineficiente quando os retornos diminuem em níveis
maiores de risco. O ponto central da ideia do conjunto eficiente de Markowitz é
a diversificação de ativos, o que diminui o risco da carteira.
• Além disso, Markowitz postula várias suposições em sua teoria, como os
investidores são racionais e evitam riscos quando possível, não há
investidores suficientes para influenciar os preços de mercado e os
investidores têm acesso ilimitado a empréstimos e empréstimos à taxa de juros
livre de risco.
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• Markowitz nos mostrou que se deve levar em conta a diversificação do risco na
construção de portfólios e, ao investir em carteiras em vez de ativos isolados, os
investidores podem diminuir seu risco total sem sacrificar sua rentabilidade.
Além disso, Markowitz demonstrou que o risco de uma ação pode ser
subdividido em risco sistemático, o risco não sistemático e o risco individual.
• No entanto, a realidade prova que o mercado inclui investidores irracionais e
que buscam riscos, há grandes participantes do mercado que podem
influenciar os preços de mercado, e há investidores que não têm acesso
ilimitado a empréstimos a taxas livre de risco, como supõe a teoria das carteiras
de Markowitz.
• O trabalho de Markowitz alterou a forma como as pessoas investiram,
enfatizando a importância das carteiras de investimento, risco e as relações
entre títulos e diversificação. Seu trabalho tem sido fundamental para o
desenvolvimento do modelo de precificação de ativos de capital.
• Para criar um modelo de comportamento do investidor, temos de fazer certas
suposições sobre as preferências dos indivíduos:
o Comparabilidade, isto é, dado dois bens, ou ativos, o indivíduo precisa
saber dizer qual é “melhor”, “pior” ou se é “indiferente”;
o Insaciabilidade, isto é, mais é melhor. Isso significa que se uma cesta de
bens tiver mais de um determinado bem do que outra cesta idêntica, ou seja,
possui não menos quantidade de outros bens, então está é uma cesta que
deve ser preferida em relação à segunda;
o Transitividade, isto é, se a cesta de bem A é melhor do que a cesta de bem
B, e ao mesmo tempo a cesta de bem B é melhor do que a cesta de bem C,
então obrigatoriamente a cesta de bem A também é melhor do que a cesta
de bem C.
• Curva de indiferença: trata-se de uma curva que mostra todas as cestas de
bens que fornecem o mesmo nível de utilidade, ou dizendo de outra forma, uma
curva de indiferença é uma coleção de cestas de bens em que o consumidor é
indiferente entre elas.
• Quanto mais distante uma curva de indiferença é da origem, maior é a
satisfação que o consumidor obtém de estar nela. Para além, ressalta-se que as
curvas de indiferença não podem se cruzar, bem como as curvas de indiferença
não podem se curvar para cima. Além do mais, as curvas de indiferença são
onipresentes, ou densas.
• A dominância estocástica ocorre quando aparece uma ordem parcial entre
variáveis aleatórias, isto é, ela é uma forma de ordenação estocástica. O
conceito é útil na teoria da utilidade esperada pois uma análise de decisão em
situações em que um jogo – uma distribuição de probabilidade sobre resultados
possíveis – pode ser classificado como superior a outro jogo para uma ampla
classe de indivíduos.
• Princípio da Dominância em carteiras: este princípio estabelece que o
indivíduo racional prefere o investimento que proporcione o maior retorno
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esperado para o mesmo nível de risco, ou o menor risco para o mesmo retorno
esperado.
• Fronteira/conjunto eficiente: combinando os conhecimentos, o princípio da
dominância e as avaliações de retorno e risco para um portfólio de ativos,
discutidas anteriormente, é possível construir uma fronteira composta de
portfólios dominantes que é conhecida como a fronteira eficiente ou conjunto
eficiente.
• Todo o investidor racional irá sempre escolher um portfólio que se situe sobre
essa linha de fronteira eficiente, pois se assim não o fizer, vai ser sempre
possível escolher um portfólio dominante, em termos de risco e retorno, situado
no conjunto eficiente. Nestes termos, o investidor não estaria sendo um
investidor racional.
• Contudo, não podemos afirmar qual será sua posição exata, isso porque a
posição do portfólio na fronteira irá depender do grau de aversão ao risco do
investidor.
• As expectativas homogêneas são uma suposição da teoria das carteiras de
Markowitz, de que todos os investidores terão as mesmas expectativas e farão
as mesmas escolhas, dadas as circunstâncias específicas, isto é, todos os
investidores terão as mesmas expectativas em relação aos eventos usados para
desenvolver as carteiras eficientes, incluindo os retornos de ativos, variâncias
e covariâncias.
• A Equação do Capital Asset Pricing Model (CAPM) nos diz que o retorno
esperado, para qualquer ativo, é igual à taxa sem risco, dada pelo retorno dos
títulos do governo, mais um prêmio pelo risco de se investir nesse ativo. A
simplicidade desse modelo reside na relação linear positiva existente entre o
risco, no caso, o risco sistemático, e a rentabilidade esperada.
• Utilizando a representação gráfica do modelo CAPM podemos determinar se um
ativo se encontra abaixo ou acima da “linha de mercado de títulos”. E quando
um ativo se encontra acima dessa linha é que consideramos como um ativo
subavaliado, portanto, um bom investimento.
• CAPM, o custo de capital corresponde à taxa de rentabilidade exigida pelos
investidores como compensação pelo risco de mercado ao qual estão expostos.
O CAPM considera que, num mercado competitivo, o prêmio de risco varia
proporcionalmente ao β.
• O beta (β) de uma ação contém informação sobre o risco sistemático, isto é, o
risco sistemático de uma ação está associado ao seu coeficiente beta. Em
termos estatísticos, o beta nos informa qual é a tendência de uma ação
individual variar em conjunto com o mercado.
• Uma ação com beta igual a 1 tende a subir e descer na mesma proporção que o
mercado. Ações com coeficiente beta menor que 1 tendem a variar
percentualmente menos do que o mercado.

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• A linha de segurança do mercado (LSM) nos diz que em um mundo onde o
modelo CAPM é válido, a linha de segurança do mercado é a linha que
descreveria a relação entre β e o retorno esperado, Erc.
• Markowitz nos mostrou que se deve levar em conta a diversificação do risco na
construção de portfólios e, ao investir em carteiras em vez de ativos isolados, os
investidores podem diminuir seu risco total sem sacrificar sua rentabilidade.
Além disso, Markowitz demonstrou que o risco de uma ação pode ser
subdividido em risco sistemático, o risco não sistemático e o risco individual.
• O modelo Arbitrage Pricing Theory (APT) considera que o retorno esperado
dos ativos com risco é explicado por uma combinação linear de fatores, mas não
diz a quantidade de fatores que determina o modo como se forma o preço dos
ativos.
• Assim, o preço de um ativo pode ser formado apenas por um fator ou por n
fatores distintos. A grande vantagem do APT é que, diferente do CAPM, ele
considera que o comportamento do ativo não é explicado pelo comportamento
do mercado.
• Asset Allocation: consiste na decisão do investidor sobre a forma como irá
alocar os seus recursos. Ele envolve o processo enfrentado pelo investidor de
combinar diferentes ativos em uma carteira única que esteja de acordo com as
suas preferências de retorno, liquidez e risco.

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5. Seleção e Alocação de Ativos
5.1. Resumo: Seleção e Alocação de Ativos
• Diferenças conceituais entre a Análise Técnica e a Análise Fundamentalista:
o A análise fundamentalista é indicada para investimentos em ações com
horizontes de tempo maiores que os adotados pela análise técnica, pois a
escola fundamentalista observa a estrutura da empresa (fundamentos) e é
mais adotada por bancos (credores de longo prazo), fundos de pensão e
demais interessados no desempenho da empresa em períodos abrangentes:
desempenho nos próximos semestres ou anos.
• Os conceitos e indicadores associados a esta análise são: índice preço/lucro,
fluxo de caixa líquido, retorno sobre capital social (ROE), indicador preço/valor
patrimonial ajustado, indicador dívida/capital social, entre outros.
• Já a análise técnica observa o histórico de preços, portanto, não é
necessariamente adotada apenas para ações (como é o caso da
fundamentalista). Assim, essa técnica pode ser aplicada aos demais ativos.
Todavia, aplica-se a horizontes de curto prazo: dias e semanas.
• Os conceitos e indicadores associados a esta análise são: nível de suporte, nível
de resistência, linhas de tendência, médias móveis, série de Fibonacci, etc.
• É possível perceber que as duas análises não se opõem, elas se
complementam. Por exemplo, o investidor que busca longo prazo pode utilizar
a análise fundamentalista para selecionar o ativo e a análise técnica para
determinar o momento da compra.
• No entanto, essa análise em conjunto nem sempre é necessária, isso dependerá
do Horizonte de tempo, do Ativo, e das Informações disponíveis.
• A seguir estão definidos alguns conceitos importantes para a análise do
mercado de ações:
o Antidiluição: é o aumento no lucro por ação ou a redução no prejuízo por
ação, em decorrência de Conversão de instrumentos conversíveis; Exercício
de opções ou os bônus de subscrição; ou Emissão de ações.
o Diluição: é a redução no lucro por ação ou o aumento no prejuízo por ação
resultante de Conversão de instrumentos conversíveis; Exercício de opções
ou os bônus de subscrição; ou Emissão de ações.
o Contrato de emissão contingente de ações: é um acordo para emitir ações
que depende da satisfação de determinadas condições especificadas.
o Ações emissíveis sob condição: são ações ordinárias emissíveis por
pouco ou nenhum dinheiro (ou qualquer outra contrapartida) após a
satisfação das condições especificadas em contrato de emissão contingente
de ações.
o Opção, bônus de subscrição e seus equivalentes: são instrumentos
financeiros que dão ao titular o direito de adquirir ações.
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o Opções put sobre ações ordinárias: são contratos que dão ao seu titular o
direito de vender ações ordinárias a um preço especificado durante
determinado período.
o Resultado por Ação é uma relação frequentemente utilizada por analistas
financeiros, investidores e outras partes interessadas para auferir a
rentabilidade de uma companhia e avaliar o preço de suas ações. O
Resultado por Ação básico é calculado dividindo-se o lucro ou prejuízo do
período atribuído aos acionistas da companhia pela média ponderada da
quantidade de ações em circulação.
o O Lucro por Ação (LPA) é um indicador importante para a gestão financeira
das empresas porque possui relação com o preço das ações. Por exemplo,
se uma empresa apresenta tendência em aumentar o LPA, pode ocasionar a
elevação do preço de mercado da ação, utilizada para sua compra e venda
na bolsa de valores. Fórmula do LPA = Lucro disponível aos acionistas/
número de ações em circulação.
o Dividendos: trata-se da porcentagem de lucro que a empresa decide
distribuir aos seus acionistas. Para verificar quanto o acionista irá receber em
termos de dividendos, usa-se a seguinte fórmula: Dividendo por ação = Lucro
líquido x Payout / nº de ações emitidas.
• O Modelo de Dividendo Descontado (DDM) é o modo mais simples de avaliar
o patrimônio de uma companhia. O valor de uma ação é o valor presente de
seus dividendos futuros esperados. Em resumo, o modelo afirma que o valor de
uma ação é igual ao somatório de dividendos futuros dividido pela taxa de
desconto.
• Modelo em 2 estágios: o modelo permite a precificação de dois estágios de
crescimento da empresa em análise. Uma fase inicial em que o crescimento não
é dado a uma taxa constante e um período subsequente de maturação, onde a
empresa estabiliza o seu crescimento. Empresas têm um crescimento acelerado
no início de suas operações, porém, o modelo pode ser adaptado para
empresas com crescimento inferior no início.
• Modelo Perpetuidade: Uma perpetuidade é uma série constante e infinita de
fluxo de caixa. Este modelo pressupõe um crescimento constante de dividendos
ao longo do tempo. Neste modelo descontamos dividendos e não lucros. Ao
adquirir uma ação, os investidores só recebem retornos oriundos duas fontes:
dividendos e o preço final de venda.
• Modelo de Crescimento Constante (modelo de Gordon): A aplicação básica do
modelo refere-se à avaliação do fluxo de caixa a ser auferido pelos acionistas
por meio do recebimento dos dividendos. A aplicação do modelo prevê a
estabilidade do crescimento da empresa. Segundo Gordon isto ocorre quando a
empresa apresenta níveis de incremento da atividade de forma similar a
economia em que atua.

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• No entanto, se estivermos avaliando empresas que estejam passando por
modificações que impliquem em aumento dos níveis de atividade em vários
períodos, o modelo prevê ainda a adaptação da fórmula para 2 e 3 estágios de
crescimento.
• Índices múltiplos
A análise por múltiplos é uma forma simples e rápida de analisar uma empresa.
Em termos gerais, eles indicam se a empresa está cara ou barata, de forma que
quanto menor o múltiplo, mais barata está a empresa. No entanto, é importante
estar claro para o analista que os múltiplos dependem de comparações, pois
não significam muito em termos absolutos. Dessa maneira, os múltiplos sempre
devem ser comparados com o passado da própria empresa, vistos sob a ótica
da série histórica do múltiplo, ou com o comportamento dos múltiplos de outras
empresas do setor, ou alguma outra comparação que seja razoável e faça
sentido para o que pretende o analista.

Tabela - Principais índices.


Indicador Descrição Fórmula
LPA = Lucro Líquido / Número de Ações
LPA Lucro por Ação
Emitidas
P/L Preço / Lucro P/L = Preço Ação / Lucro Líquido
P / VP Preço / Valor Patrimonial P/VP = Preço Ação / Valor Patrimonial
P/V Preço / Vendas P/V = Preço Ação / Vendas Realizadas
P / FC Preço / Fluxo de Caixa P/FC = Preço Ação / Fluxo Caixa Período
Dividend
Dividendo yield Dividend yield = Dividendo Anual / Preço Ação
yield
EV / EV/EBITDA = (Valor de Mercado + Dívida
Entreprise Value / EBITDA
EBITDA Líquida)/EBITDA
Fonte: Elaborada pelo autor.

• O Múltiplo Preço/Valor Patrimonial (P/VPA) está entre os múltiplos populares


que se pode encontrar entre análises de ações. O cálculo do P/VPA é feito
através da divisão do valor de mercado da empresa (P) pelo valor patrimonial
por ação (VPA).
• O Valor Patrimonial por Ação (VPA) é que representa a divisão do Patrimônio
Líquido da empresa pelo seu número de ações total.
• Os principais aspectos a serem considerados quando analisar diferentes
empresas são as diferenças de regras contábeis entre as empresas
comparadas, o “sinal” do valor do patrimônio líquido (se é positivo ou negativo) e
se a empresa tem um patrimônio líquido pouco significativo.
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• A geração de Caixa por Ação, ou Cash Flow/Share (CFS), pode utilizar vários
conceitos de geração de caixa. Vemos aqui o indicador de geração de caixa na
atividade, ou Earnings Before Interest, representado pela fórmula: Geração de
caixa por ação (CFS) = EBITDA/ Número de ações emitidas.
• O múltiplo FV/EBITDA leva em conta o Firm Value (FV) ou valor da firma, que
compreende o valor de mercado da companhia (cotação atual da ação
multiplicado pelo total de ações) somado à dívida líquida (dívida bruta menos o
caixa).
• Modelos de alocação eficaz do investimento geralmente incluem: estabelecer
objetivos de investimento de longo prazo e a curto prazo; atribuir direitos e
responsabilidades dentro da estrutura de governança; especificar os processos
para a criação de uma declaração de política de investimento.
• Além de especificar os processos para a criação de uma alocação de ativos
estratégicos; aplica uma estrutura de relatório para monitorar os objetivos
declarados do programa de investimentos e objetivos e periodicamente realiza
uma auditoria de governança.
• As classes e ativos são utilizados em todos os métodos de alocação de ativos.
A alocação de ativos estratégicos reflete exposição de risco sistemático
desejado do investidor. Num sentido genérico, existem três categorias de
“classes de ativos” são elas:
o bens de capital, que fornecem uma fonte contínua de valor, por exemplo,
dividendos; bens consumíveis ou transformáveis, que podem ser
consumidos ou transformados em uma fonte de valor, por exemplo,
commodities; e reservas de valor, que fornecem valor quando trocadas ou
vendidas, por exemplo, as moedas, ou obras de arte.
• Uma das formas mais comuns de se realizar a alocação estratégica de ativos
se dá através da utilização da otimização de média variância. É preciso que se
crie uma alocação de ativos que gere um portfólio diversificado com alocações
para múltiplas classes de ativos, e isso requer que:
• Decisão de alocação de ativos: usando restrições e objetivos dos investidores
para identificar os pesos da carteira adequados para as várias classes de ativos.
• Decisões de implementação: identificar os ativos específicos dentro de cada
classe de ativos, de acordo com os pesos especificados na primeira etapa.
• O método de Gerenciamento de Ativos e Passivos ou Asset and Liability
Management (ALM) é a prática de gerenciar riscos financeiros que surgem
devido a descasamentos entre ativos e passivos como parte de uma estratégia
de investimento em contabilidade financeira.
• O objetivo do ALM é encontrar os pesos de carteiras de ativos que: Satisfaçam
os fluxos de caixa do passivo; e maximizem (ou minimizem) algum critério de
interesse em termos de retorno esperado e risco.
• Perfil de risco no modelo ALM: As formas de casamento entre o ativo e o
passivo consideram o perfil de risco do investidor ou, no caso das Entidades

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Fechadas de Previdência Complementar (EFPC), da instituição financeira
administradora dos recursos. Os perfis de risco podem assumir 3 tipos, são eles:
conservador, moderado e arrojado.
• Criação de cenários futuros: Baseado nos preços históricos dos ativos cria-se
cenários dos possíveis comportamentos dos ativos no futuro com base em uma
simulação multivariada. Cada cenário desta simulação apresenta diferentes
preços para os diferentes ativos nos períodos futuros.

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6. Gestão e Mensuração de Risco e
Retorno
6.1. Resumo: Gestão e Mensuração de Risco e
Retorno
• As expectativas do mercado de capitais podem ser referidas como expectativas
macro quando dizem respeito a expectativas em relação às classes de ativos,
ou expectativas micro, que são as expectativas em relação a ativos individuais.
As microexpectativas são mais utilizadas durante a seleção de ativos
individuais.
• Em outras atribuições, as expectativas macro são referidas top-down, enquanto
as microexpectativas são referidas como bottom-up.
• Usar uma abordagem disciplinada leva a alocações de ativos mais eficazes e
gestão de riscos adequada. A formulação de expectativas de mercado de
capitais é referida como pesquisa de beta, isso porque ela está relacionada ao
risco sistemático do mercado. Pode ser usada na avaliação de ações e títulos
de renda fixa.
• A pesquisa alfa, por outro lado, trata-se de ganhar retornos excepcionais
através do uso de estratégias específicas dentro de grupos de ativos
específicos. Para a formulação de expectativas de mercado de capitais, o
analista deve usar o processo de 7 passos.
• Os sete passos incluem: determinar o horizonte de tempo e expectativas do
mercado de acordo com o estatuto do investidor, investigar o histórico de
desempenho dos ativos, identificar o modelo de avaliação utilizado, recolher os
melhores dados possíveis, usar experiências para interpretar as condições de
investimento, formular expectativas de mercado e monitorar o desempenho.
• O uso de ferramentas formais ajuda o analista a definir as expectativas do
mercado de capitais. Ferramentas formais são aquelas que são aceitas dentro
da comunidade de investimento.
• As ferramentas formais que examinamos são ferramentas estatísticas, modelos
de fluxo de caixa descontado, a abordagem de prêmio de risco e modelos de
equilíbrio financeiro. Dentre as ferramentas estatísticas temos:
o Estatística descritiva, resumindo os dados. É um método inferencial, usa os
dados para fazer previsões.
o Estimativas de retorno podem ser baseadas na média aritmética ou
geométrica dos retornos passados. Para estimar o retorno em um único
período, destina-se a média aritmética.
o Outra abordagem é usar o prêmio de risco do patrimônio histórico e um
rendimento de vínculo atual para estimar o retorno esperado em ações.

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o Modelos de série temporal são também usados para fazer estimativas. Um
modelo de série temporal assume que o valor passado de uma variável é,
pelo menos em parte, um estimador válido do seu valor futuro.
o Modelos Multifatores podem ser usados em um painel de análise para
previsão de retornos com base na sensibilidade (beta) e fatores de risco (Fs).
Uma abordagem rigorosa pode ser usada para trabalhar através de uma
sequência de níveis de análise e um conjunto consistente de dados para
calcular o retorno esperado, variância e covariância pelos mercados.
• Análise econômica: discute o inventário, os ciclos de negócios, os efeitos que o
consumo, a política monetária e fiscal, têm sobre o ciclo de negócios.
Compreender o ciclo de negócios pode ajudar o analista a identificar pontos de
inflexão, ou seja, quando a economia muda de direção, onde o risco e as
possibilidades de retorno mais elevado podem ser aumentados.
• Em geral, o crescimento econômico pode ser particionado em dois
componentes: cíclico e seus componentes e tendência-crescimento.
• O primeiro é um movimento a curto prazo, enquanto o segundo é mais relevante
para a determinação de expectativas de rentabilidade a longo prazo. Dentro de
uma análise cíclica existem dois componentes:
o O ciclo de inventário, que é pensado para ser de 2 a 4 anos de
comprimento. Muitas vezes é medido usando o inventário da relação de
vendas. A medida aumenta quando as empresas ganham confiança no futuro
da economia e aumentam seus inventários em antecipação do aumento da
demanda por suas vendas. Como resultado, emprego aumenta com
aumentos subsequentes no crescimento econômico. Isto continua até que
algum fator;
o O ciclo de negócios de longo prazo é estimado como possuindo entre 9 a
11 anos de extensão. É caracterizada por cinco fases: 1) a recuperação
inicial, 2) início retomada, 3) retomada tardia, 4) desaceleração e 5) a
recessão. Existe uma estreita relação entre o ciclo de negócios e os retornos
de ativos.
• Compreender a relação entre o retorno de um ativo e o ciclo de negócios pode
ajudar o analista a fornecer melhores avaliações. As fases têm as seguintes
características:
o Recuperação final: Duração de alguns meses, confiança empresarial está
subindo, estimulo do governo é fornecido por baixas taxas de juros ou déficits
orçamentários, quedas de inflação, hiato do produto elevado, queda ou
baixas taxas de juro a curto prazo, aumento do preços das ações, ativos mais
arriscados, cíclicos se beneficiam.
o Início da retomada: Duração de um ou alguns anos, aumento do
crescimento com inflação baixa, aumento da confiança, crescente de
inventários, estoques; taxas de juros subindo a curto prazo, redução do hiato
do produto, aumento dos preços das ações.

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o Retomada tardia: Nível de confiança e emprego elevados, hiato do produto
eliminado, economia em risco de sobreaquecimento; aumento da inflação,
Banco Central limita o crescimento da oferta de moeda, taxas de juros
subindo a curto prazo, os rendimentos crescentes de títulos, início dos
repiques nos preços da ações, com aumento do risco e volatilidade.
o Desaceleração: Duração de alguns meses a um ano, ou um pouco mais;
declínio de confiança, inflação ainda está subindo, queda dos níveis de
inventário, estoques; Taxas de juro de curto prazo estão próximos de seu
máximo; rendimentos de ações já atingiram o pico; curva de rendimento pode
inverter e, a queda de preços das ações.
o Recessão: Duração de seis meses a um ano, grandes declínios no
inventário, estoques; em declínio a confiança e lucros; aumento do
desemprego e falências, inflação no máximo; caem as taxas de juros a curto
prazo; os rendimentos de títulos caindo, subindo os preços; Os preços das
ações aumentam durante as últimas fases, antecipando o fim da recessão.
• A curva da taxa de juros (também chamada de estrutura termo da taxa juros)
é a relação entre a taxa de juros e o tempo de maturação do investimento,
sendo utilizada para precificar fluxos de caixa futuros. Ela mostra o modo como
o mercado precifica o risco para períodos futuros.
o Via de regra, quanto maior for a projeção para o futuro maior é a taxa de
juros exigida, de modo que a curva de juros tende a indicar um aumento nos
juros conforme eles são projetados para períodos mais distantes no futuro.
o Os investidores prestam muita atenção à curva de juros, uma vez que
fornece uma indicação de onde as taxas de juros de curto prazo e o
crescimento econômico serão direcionados no futuro.
o A curva de juros é uma ilustração gráfica da relação entre as taxas de juros
e os rendimentos dos títulos de diversos vencimentos, variando desde títulos
com vencimento em 3 meses até 30 anos.
• Estrutura a Termo – Curva de juros: é geralmente denominado valor de
mercado o valor investido na compra de um título, é o valor que os investidores
estão dispostos a pagar pelo título, e não o valor prometido pelo emissor do
título.
o A taxa do título na data da compra é a taxa de juros pela qual o título está
sendo negociado no momento da compra. Para títulos pré-fixados ela
representa o rendimento do título, para os títulos pós-fixados representa o
ágio ou deságio que ele está sendo negociado.
o A data de liquidação da compra e a data de vencimento dos títulos são
referentes às datas da compra do título e à data do vencimento do título. A
data de vencimento de um título é a data de vencimento acordada no
momento da compra, é nele que o emitente se compromete a receber o título
de volta e a pagar o principal, ou seja, o valor de face.

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o A taxa de juros anual do cupom, para os casos os quais o título que está
sendo investido emita cupom de juros, é a remuneração periódica do valor
investido que será recebida pelo investidor ao longo da vida do título.
o A rentabilidade bruta é a rentabilidade nominal calculada para o título, isto
é, não considerando a perda de poder de compra oriunda da taxa de
inflação. O IPCA, Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, é o
principal índice de inflação utilizado pelo mercado.
o O ágio e o deságio, eles nem sempre existem, mas quando existir, por
exemplo, um ágio significa que o título valorizou no mercado, sua taxa de
desconto esta inferior à taxa acordada com o emissor. Quando apresentar
um deságio o título deve ter desvalorizado, apresentada ao investidor uma
taxa superior à acordada na emissão.
• Estrutura a Termo – Convexidade:
o A duration e a convexidade também são métricas comuns para quem
trabalha com títulos de renda fixa. Devido à taxa de juros, o dinheiro investido
hoje que retornará no futuro, com fluxo único ou com cupons, não valerá o
mesmo que vale no momento atual. É através dessas métricas que fazemos
a conversão do investimento que iremos receber até a data da venda do
título.
o A duration, ou o prazo médio, nos diz quanto tempo seria necessário para o
investidor, com a mesma taxa de juros acordada, receber de uma só vez um
valor que, trazido ao valor presente, teria o mesmo valor que a quantia
anteriormente calculada. O prazo médio, portanto, mede a sensibilidade do
título em relação à taxa de juros.
o A duration de Macaulay traz o prazo médio ponderado até o vencimento
dos fluxos de caixa de um título. O peso de cada fluxo de caixa é
determinado pela divisão do valor presente do fluxo de caixa pelo preço. A
duration de Macaulay é frequentemente usada por gerentes de portfólio que
procuram uma estratégia de imunização.
• A curva da taxa de juros (também chamada de estrutura termo da taxa juros)
é a relação entre a taxa de juros e o tempo de maturação do investimento,
sendo utilizada para precificar fluxos de caixa futuros. Ela mostra o modo como
o mercado precifica o risco para períodos futuros.
• Achatamento da Curva de Rendimento: Quando as taxas de juros convergem,
a curva de juros se estabiliza, e uma curva de juros achatada acontece quando
temos o estreitamento do spread entre as taxas de juros de curto e longo prazo.
• Curva de juros acentuada: Se a curva de juros se mantiver, isso significa que o
spread entre as taxas de juros de longo e curto prazo aumenta. Em outras
palavras, os rendimentos dos títulos de longo prazo estão subindo mais rápido
do que os rendimentos dos títulos de curto prazo, ou os rendimentos dos títulos
de curto prazo estão caindo à mesma medida que os rendimentos dos títulos de
longo prazo estão subindo, portanto, os preços dos títulos de longo prazo
diminuirão em relação aos títulos de curto prazo.
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• Curva de rendimento invertida: ocorre em raras ocasiões, o rendimento dos
títulos de curto prazo é maior do que o rendimento dos títulos de longo prazo, e
quando isso acontece, a curva de juros se inverte. Uma curva de rendimentos
invertida indica que os investidores irão tolerar taxas baixas momentaneamente,
mas acreditarão que as taxas vão cair ainda mais no futuro.
• A seguir serão elencadas algumas classificações de estratégias:
o Buy and hold: refere-se a estratégia de comprar um ativo e “segurá-lo” por
um período de longo prazo, de maneira a se beneficiar dos rendimentos que
o ativo irá possibilitar no futuro.
o Estratégia steepening: negociar o steepener de curva é uma estratégia que
utiliza derivativos para se beneficiar das crescentes diferenças de rendimento
que ocorrem como resultado de aumentos na curva de juros entre dois títulos
de diferentes vencimentos. Essa estratégia pode ser eficaz em certos
cenários macroeconômicos nos quais o preço de títulos de longo prazo é
reduzido.
o Estratégia flattening: a estratégia da flattening pode beneficiar os
investidores em um ambiente de curva de juros de achatamento. No entanto,
a estratégia flattening pode ter um desempenho inferior quando a curva de
rendimento se mantiver. A estratégia da flattening é uma estratégia de
investimento que pode ser utilizada em investimentos e negociações de
renda fixa.
o Estratégia butterfly: Temos uma butterfly positiva quando temos uma
mudança de curva de juros não paralela na qual as taxas de curto de longo
prazo mudam para cima em uma magnitude maior do que as taxas de médio
prazo. Essa mudança na curva de rendimento efetivamente diminui a
curvatura da curva.
o Estratégia de Segmentação de Mercado, a Alocação Estratégica de
Ativos: Com esse método, o gestor adota um mix de políticas básicas, uma
combinação proporcional de ativos com base nas taxas de retorno esperadas
para cada classe de ativos.
o Estratégia de Segmentação de Mercado, a Alocação de ativo de
ponderação constante: a alocação estratégica de ativos geralmente implica
uma estratégia de compra e manutenção – buy-and-hold -, mesmo quando a
mudança nos valores dos ativos provoca um desvio em relação ao mix de
políticas inicialmente estabelecido. Por esse motivo, você pode preferir
adotar uma abordagem de ponderação constante para a alocação de ativos.
Com essa abordagem, você reequilibra continuamente seu portfólio.
o Seleção de papéis, a Alocação Tática de Ativos: a longo prazo, uma
estratégia estratégica de alocação de ativos pode parecer relativamente
rígida, portanto, você pode achar necessário ocasionalmente se envolver em
desvios táticos de curto prazo da combinação para aproveitar oportunidades
de investimento incomuns ou excepcionais.

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o Estratégias de hedge e seguro de carteira: com uma estratégia de
alocação de ativos segurados, você estabelece um valor de portfólio base
sob o qual o portfólio não deve ser ultrapassado. Enquanto a carteira alcança
um retorno acima de sua base, você exerce uma gestão ativa, contando com
pesquisa analítica, previsões, julgamento e experiência para decidir quais
títulos comprar, manter e vender, com o objetivo de aumentar o valor do
portfólio o máximo possível.
▪ Entretanto, se a carteira cair para o valor base, você investe em ativos
livres de risco, para que o valor base se torne fixo. Nesse momento, você
consultará seu consultor sobre a realocação de ativos, talvez até mesmo
altere completamente sua estratégia de investimento.
• As simulações de Monte Carlo são caracterizadas por uma grande quantidade
de parâmetros desconhecidos, alguns poderiam ser difíceis de obter
experimentalmente.
• Os métodos de simulação de Monte Carlo nem sempre requerem números
verdadeiramente aleatórios para serem úteis. Algumas das técnicas mais úteis
utilizam sequências deterministas que facilitam a prova e a conferência das
simulações com posteriores contraprovas.
• O Stress Test é utilizado justamente nesses momentos de elevada incerteza,
em que as correlações entre os ativos se elevam, ocorrendo grandes perdas.
Ele se constitui na simulação de diferentes cenários, considerando cenários de
crise em que se verifica a presença de correlação elevada entre os retornos dos
ativos. A pior perda observada será o valor Stress Test.
• Um índice de ação é uma carteira teórica, ou seja, uma carteira que não existe
é apenas calculada. Esse índice tem como objetivo demonstrar aos investidores
uma comparação entre os conjuntos de ação.
• Existem inúmeros índices, sendo que a diferença entre ele é que cada um deles
representa uma parte específica do setor ou mercado selecionado. Os índices
de ações mais importantes no Brasil são:
o Ibovespa: é o mais utilizado e mais importante índice brasileiro, ele é
composto e acompanha e evolução média das cotações de maior liquidez
negociadas na bolsa de valores nos últimos 12 meses.
o IBrX: Assim como o Ibovespa, é composto pelas 100 empresas com o maior
número de operações e volume negociado na Bovespa nos últimos 12
meses, assim como no Ibovespa tem periodicidade quadrimestral. O que o
diferencia do Ibovespa é o fato do IBrX considerar apenas as ações
disponíveis no mercado, desconsiderando as ações em posse dos
controladores.
o IBrX – 50: Adota os mesmos critérios do Índice IBrX, mas é composto
apenas pelas 50 ações de maior liquidez.
o FGV-100: Índice composto pelas 100 ações mais negociadas, excluindo as
estatais e bancos, ou seja, a carteira teórica é composta apenas por ações
de empresas privadas, levando se em consideração os critérios de qualidade
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da empresa e de liquidez ou volume financeiro negociados em Bolsas de
Valores.
• Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE): Ferramenta para análise
comparativa de performance das empresas listadas na B3 sob o aspecto da
sustentabilidade corporativa, baseada na eficiência econômica, no equilíbrio
ambiental, na justiça social e na governança corporativa, com isso, este índice
representa investimentos socialmente responsáveis, que partem do pressuposto
que empresas sustentáveis geram maior valor para o acionista, pois estas
empresas possuem mais preparo para enfrentar risco econômicos, ambientais e
sociais.
• Índice de Energia Elétrica (IEE): Primeiro índice setorial da B3 que foi lançado
em agosto de 1996 com o objetivo de medir o desempenho do setor de energia
elétrica. Dessa forma, constitui-se em um instrumento que permite a avaliação
da performance de carteiras especializadas nesse setor.
• Índice de Ações com Governança Corporativa (IGC): Índice que mede o
desempenho de uma carteira teórica composta por ações de empresas
comprometidas com programas de governança corporativa. Calculado pela B3.
• Índice Mid-Large Cap (MLCX) e Índice Small Cap (SMLL): são índices criados
pela B3 e têm por objetivo medir o comportamento das empresas listadas na
Bolsa de modo segmentado. O índice Mid Large medirá o retorno de uma
carteira composta pelas empresas listadas de maior capitalização, e o índice
Small Cap medirá o retorno de uma carteira composta por empresas de menor
capitalização. As ações componentes serão selecionadas por sua liquidez e
serão ponderadas nas carteiras pelo valor de mercado das ações disponíveis à
negociação.

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