Você está na página 1de 7

IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLÉIA DE DEUS DO BRASIL

Tesouraria Regional Santa Luzia


Sede Regional: Rua Virginópolis, 1482 – São Benedito
Santa Luzia – Minas Gerais - MG

MANUAL DE TESOURARIA - IEADB

INTRODUÇÃO

O presente manual de tesouraria tem como objetivo auxiliar os pastores, tesoureiros e


demais usuá rios a lidar com as questõ es bá sicas da administraçã o financeira da igreja,
principalmente em relaçã o à documentaçã o que é produzida na movimentaçã o diá ria, quando do
pagamento de despesas ou compras realizadas e também das receitas provenientes dos dízimos,
ofertas, doaçõ es ou eventos realizados pela igreja para angariar fundos para sua manutençã o.

O cuidado com a documentaçã o produzida é muito importante, pois servirá nã o somente


para lançamento no livro caixa, mas também para a contabilidade da igreja. Será ressaltada neste
trabalho a necessidade de se utilizar documentos idô neos para a escrituraçã o do livro caixa e
principalmente quanto à necessidade de controles internos adequados para evitar desvios que
possam comprometer a á rea financeira da igreja. Será destacada também a importâ ncia do
tesoureiro, a quem incumbe prestar contas dos valores sob sua guarda aos membros, ao pastor, ao
ministério, sendo, portanto uma funçã o altamente relevante dentro da igreja e, portanto de muita
responsabilidade.

1) A IMPORTÂNCIA DE UM TESOUREIRO

O tesoureiro exerce uma funçã o fundamental para o funcionamento das atividades da


igreja. Ele pode ajudar no processo de tomada de decisõ es, gerenciamento de orçamento e
cotaçõ es, além da administraçã o de um fluxo contínuo de informaçõ es e verbas. Daí a necessidade
de se escolher uma pessoa organizada, fiel, dizimista, honesta e criteriosa para a Tesouraria da
igreja.

No exercício de suas funçõ es o tesoureiro assume compromissos, mas com quem o


tesoureiro tem compromisso? Primeiramente com Deus já que o que está em suas mã os pertence a
Ele, assim no desempenho de suas tarefas o tesoureiro deve primar pela excelência uma vez que
haverá de dar satisfaçã o de seus atos e como bom mordomo das coisas de Deus deve ter um
comportamento exemplar.

Em segundo lugar tem compromisso com a igreja local uma vez que é dela que vêm os
valores com os quais o tesoureiro poderá pagar os compromissos assumidos e, portanto poderá o
tesoureiro ser interpelado a qualquer momento tendo assim que prestar contas de sua mordomia.

Em terceiro lugar com a tesouraria regional e o ministério, ou seja, o caixa central, pois é
com os acertos em dia que os trabalhos desenvolvidos pela regional e o caixa geral sã o possíveis.

1
Em quarto lugar com o pastor da igreja local, pois em conjunto com ele deverá o tesoureiro
zelar para que o bom nome da igreja seja preservado realizando uma boa administraçã o financeira
da mesma.

Lembre-se sempre, no caso de dúvidas é melhor consultar do que fazer errado.

O tesoureiro deve lembrar-se sempre que suas relaçõ es com os membros individuais sã o
estritamente confidenciais. Ele deve ter o cuidado de jamais fazer comentá rios sobre o dízimo
dado por algum membro, nem tã o pouco à exposiçã o dos valores dos mesmos.

2) O QUE FAZ UM TESOUREIRO?

O trabalho do tesoureiro é gerenciar as entradas (receitas) e saídas (despesas), mantendo


sempre um equilíbrio financeiro. Este se deve preocupar com a clareza, a forma e conduçã o na
geraçã o de receitas, bem como, nos seus gastos.

Documentos da Tesouraria

A tesouraria produz um número considerável de papéis e precisamos saber o que fazer com eles.
Vamos começar falando que primeiramente é necessário se organizar e tomar cuidado com os papéis
gerados pela tesouraria para não perdê-los, pois eles terão que ser lançados no livro caixa e
posteriormente na contabilidade da igreja, portanto tenha uma pasta ou local adequado para guardar os
documentos na medida em que eles forem sendo produzidos. Como tesoureiro você precisa saber que
todo documento deve ser avaliado primeiramente quanto a sua legalidade e idoneidade, pois
infelizmente muitas vezes são lançados nos caixas documentos considerados inidôneos e, portanto
passíveis de serem excluídos por uma fiscalização. Qualquer documento que não respeite os requisitos
da lei, não apresentando qualidades de forma e de conteúdo exigidos por legislação não pode ser
considerado idôneo e, portanto não tem amparo legal para servir de comprovação de despesa perante os
órgãos fiscalizadores.

Portanto o tesoureiro no cumprimento de suas atribuições tem que tomar alguns cuidados para
não trazer para a tesouraria documentos que não servem para o livro caixa e nem mesmo para a
contabilidade da igreja, assim sendo você tesoureiro terá que ser criterioso e rigoroso quanto à
documentação que irá receber quando efetuar compras, pagamentos, ou quando forem prestar contas
com você de valores repassados.
O primeiro entendimento que você como tesoureiro precisa ter é que você está lidando com uma
pessoa jurídica, que tem personalidade própria, denominação social, sede, CNPJ, logo quando
Forem feitas compras não importando de que mercadorias, o documento para esta operação deve ser uma
Nota Fiscal conforme o modelo exigido para pessoas jurídicas, o mesmo quando se tratar de um serviço
executado terá que ter Nota Fiscal de Serviços, RPA (Recibo de Pagamento Autônomo) ou Cupom
Fiscal. Assim em toda operação de saída de recursos da tesouraria você tesoureiro deverá tomar todos os
cuidados para que no livro caixa e posteriormente na contabilidade só haja documentos que tenham
validade fiscal e contábil.

3) PROCEDIMENTOS BÁSICOS PARA ADMINISTRAÇÃO DA TESOURARIA

2
1) O recebimento e a contagem de dízimos e ofertas durante os trabalhos da Igreja devem ser
feitos Por mais de uma pessoa de absoluta confiança;
2) Após a contagem dos valores recebidos um relatório do total assinado pelos coletores deverá ser
feito, e entregue ao tesoureiro que fará a conferencia e a guarda dos valores;

3) Organizaçã o – Sempre manter as documentaçõ es (notas fiscais, recibos, duplicatas,


canhotos de recebimentos, etc.) arquivadas em ordem, nos devidos lugares;

4) Toda a movimentaçã o de dinheiro que houver deverá ser registrada (de preferência no
mesmo dia em que for realizada) e os documentos ou comprovantes arquivados;

5) Nunca misturar o dinheiro da igreja com o seu pró prio dinheiro – Este item é muito
importante para o tesoureiro, pois o ajuda a nã o cometer enganos;

6) Cotaçõ es - Antes de realizar qualquer compra/serviço de valores considerá veis, é


importante fazer cotaçõ es de preços visando melhores preços e qualidade;

7)  As despesas sempre devem ficar abaixo das receitas mensais;( não existe caixa negativo)

8)   Reuniõ es perió dicas devem ser feitas com finalidade específica de analisar a situaçã o
financeira da Igreja;

9) Sempre manter a Direçã o da igreja informada das entradas e saída realizadas, e apresentar
periodicamente os relató rios;

10) Reserva financeira - Nunca faça compromissos ou eventos sem ter recursos financeiros
para quitar as despesas;

11) Seja pontual e honesto – Seja responsá vel e nunca dê prejuízos a qualquer pessoa ou ao
caixa da igreja.

12) Nã o deve haver o chamado “caixa 2” ou “dinheiro nã o contabilizado”, que sã o entradas de


recursos nã o registradas na tesouraria;

13) Exigir documentos legais como comprovantes de toda e qualquer despesa da igreja (Notas
Fiscais, cupom fiscais, Recibos, RPA Recibo de Pagamento Autô nomo);

14) Manter os pagamentos de despesas rotineiras da igreja em dia. (Á gua, energia elétrica,
telefone, aluguel etc.)

3
UTILIZANDO O LIVRO DE ACERTO DA CONGREGAÇÃO

O livro de Boletim Mensal de Entradas e Saídas (BMES) é de suma importância para demonstrar
toda a movimentação financeira da igreja. Sã o neste livro que será registrada todas as anotaçõ es de
entradas e saídas. Alem disso é a principal ferramenta de utilizaçã o do tesoureiro.

Ao iniciar o preenchimento do livro deve-se informar o nome da congregaçã o, o mês corrente e


ano dos lançamentos no cabeçalho de cada pá gina. Ao realizar os registros seguintes, primeiro
deve constar a data da operaçã o; identificar o tipo de entrada: dizimo (DZ) oferta (OF) depois o
histó rico da transaçã o; registrar o valor se for entrada ou uma saída em suas respectivas colunas.

Observação: O histó rico descreve resumidamente a operaçã o realizada, por isso é importante
conter informaçõ es completas como: nome e sobrenome dos dizimistas, nº de nota fiscal de
compras, nº de cheques, numero de recibos etc.

Importante: Os registros devem observar a ordem cronoló gica dos acontecimentos. Quando
preencher toda uma pagina sem ter encerrado os lançamentos, devem-se continuar os registros na
pagina seguinte.

Ao finalizar os lançamentos, evite assim rasuras ou complementos, em seguida faça a soma da


coluna de entrada e saída e proceda o fechamento do livro conforme instruções:

1º Lançamento da oferta missionária:

OFERTA PARA MISSÕ ES R$ 100,00

As ofertas arrecadadas no período do culto de missõ es, deverã o ser anotadas diretamente no campo
especifico: oferta para missões, e nunca compondo entradas ou saídas do boletim financeiro. Se a oferta de
missõ es for retirada do caixa entã o deverá dar saída como despesa.

2º Subtotal dos dízimos e ofertas;

    HISTORICO ENTRADA SAÍDA SALDO


 SUBTOTAL DIZIMOS E OFERTAS  1. 000, 00   700, 00    300, 00 

Neste campo, o tesoureiro deverá somar e lançar todas as entradas, saídas, apurar a diferença e fazer o
lançamento no campo: Saldo

Ex: Total de entradas: R$ 1.000,00 – Total de Saídas: R$ 700,00 – Saldo: R$ 300,00

3º Porcentagem regulamentar %;

    HISTORICO ENTRADA SAÍDA SALDO


 PORCENTAGEM REGULAMENTAR % 30%         300, 00       

4
O tesoureiro deverá informar qual o percentual que está sendo acertado, e na coluna SAÍDA, fazer o
lançamento do percentual aplicado sobre o total de entradas.

Ex: Total de entradas: R$ 1.000,00 – Percentual de 30% : R$ 300,00

Obs.: Só deverá ser lançado nesse campo o percentual de, 30% , percentual de 10% devido à regional,
deverá ser lançado como despesas normais da congregaçã o.

4º Saldo anterior transportado:

    HISTORICO ENTRADA SAÍDA SALDO


 SALDO ANTERIOR TRANSPORTADO   200, 00             

Neste campo o tesoureiro deverá consultar o saldo do fechamento do mês anterior e transportá -lo para a
coluna de entrada do mês corrente, que será somada à s entradas correntes do mês.

Ex: saldo do mês anterior: R$ 200,00

5 º Entradas, Saídas e Saldo a transportar:

    HISTORICO ENTRADA SAÍDA SALDO


  ENTRADAS, SAÍDAS E SALDO A TRANSPORTAR  1. 200,  00    1.000,   00    200, 00 

Neste tó pico o tesoureiro fará o fechamento do seu livro:

Na coluna Entradas: o tesoureiro fará soma do subtotal dos dízimos e ofertas e o saldo anterior
transportado.

Ex: Entradas = R$ 1.000,00

Saldo anterior transportado = R$ 200,00

Total de ENTRADA: R$ 1.200,00

Na coluna Saída: o tesoureiro fará a soma do subtotal das saídas e do percentual a ser acertado.

Ex: Saídas (despesas da congregaçã o + 10% regional ou transferências) = R$ 700,00

percentual 30% = R$ 300,00

Total: R$ 1.000,00

Na coluna Saldo: este saldo é a diferença entre o total de entradas e o total de saídas

Ex: total de entradas: 1.200,00 – total de saídas 1.000,00 = Saldo 200,00

Obs: O saldo transportado para o mês seguinte, deverá ser EXATAMENTE o valor que ficou no caixa no final
do fechamento.

Veja o resumo

OFERTA PARA MISSÕ ES R$ 100,00


    HISTORICO ENTRADA SAÍDA SALDO

5
 SUBTOTAL DIZIMOS E OFERTAS  1. 000, 00   700, 00    300, 00 
 PORCENTAGEM REGULAMENTAR % 30         300, 00       
 SALDO ANTERIOR TRANSPORTADO   200, 00             
  ENTRADAS, SAÍDAS E SALDO A TRANSPORTAR  1. 200,  00    1.000,   00    200, 00 

O livro de acerto financeiro não pode ser rasurado.

Segue resumo do fechamento do livro conforme exemplificado acima:

IGREJA EVA N GELICA A SSEMBLEIA D E D EUS D O B RA SIL


CNPJ. 21.727.8390001-04
SEDE ADMINISTRATIVA: AV. PROFESSOR MAGALHAES PENIDO, 481 - SÃO LUIZ (AEROPORTO) - FONE: 3422-2888
CEP: 30.270-700 - BELO HORIZONTE - MG

BOLETIM MENSAL DE ENTRADAS E SAIDAS (BMES) Nº 01111


CONGREGAÇÃO: TESTE: SANTA LUZIA ESTADO MG

MÊS: JANEIRO ANO: 2023

DATA DZ/OF HISTORICO ENTRADA SAÍDA SALDO


OF ofertas do Culto 150,00
DZ Maria de Jesus 300,00
DZ Joao da Silva 250,00
DZ Jose de Deus 300,00
Saida copasa fat. Nº 125545 130,00
Saida Cemig fat. Nº 369877 150,00
Saida material de limpeza 140,00
Saida Mat.de Construção Nf 1254 180,00
Saida 10% Tesouraria Regional 100,00

OFERTA PARA MISSÕES R$ 100


= SUBTOTAL DIZIMOS E OFERTAS 1.000,00 700,00 300,00
- PORCENTAGEM REGULAMENTAR % 30 300,00
+ SALDO ANTERIOR TRANSPORTADO 200,00
= ENTRADAS,SAÍDAS E SALDO A TRANSPORTAR 1.200,00 1.000,00 200,00

Gerenciando a tesouraria

O controle e a organizaçã o de uma tesouraria sã o imprescindíveis para o Tesoureiro. Este deverá


fazer um controle rigoroso dos documentos que compõ e os lançamentos de entradas e saídas.

 Controle de pagamentos:

6
O Tesoureiro terá reunido todos os comprovantes (notas fiscais, recibos e etc.) desta
operaçã o, arquivando-os e grampeando-os em pasta, com folha informando o mês/ano
corrente. Notas fiscais, faturas originais de serviços como á gua e energia elétrica ficam para
o arquivo da igreja, sã o enviados para a tesouraria central do ministério apenas uma có pia
destes documentos caso queiram.
 Quando a compra e/ou serviço for parcelada, a copia da nota fiscal deverá ser anexada no
relatorio no acerto imediato ao primeiro pagamento, informando o numero da parcela e
quantidade restante, exemplo:

Ex: Caixa de som stanner 12 canais – Nf 1254 – parcela 01/10.

 Os valores apurados de ofertas/dízimos bem como os pagamentos, nã o devem sofrer


arredondamentos.
 Comprovantes de depó sitos bancá rios, pagamentos com cartã o de credito, pagamentos com
PIX deverã o ser acompanhados com a devida identificaçã o do pagamento.
 Os pagamentos de menor valor acumulados no mês, poderã o ser somados e agrupados em
um documento de saída identificados (vale despesas)

Elaborado por:
IEADB/Finanças/Tesouraria Regional

Você também pode gostar