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Cametá (PA)
2023
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO TOCANTINS/CAMETÁ
FACULDADE DE LINGUAGEM LÍNGUA PORTUGUESA
Cametá (PA)
2023
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO TOCANTINS/CAMETÁ
FACULDADE DE LINGUAGEM LÍNGUA PORTUGUESA
BANCA AVALIADORA
Cametá (PA)
2023
Para Fulano de tal.
AGRADECIMENTOS
A Fulano de tal.
“Não fui eu que ordenei a você? Seja forte e
corajoso! Não se apavore nem desanime, pois o
Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você
andar”
Josué 1:9 (ANO, p. N)
RESUMO
O presente trabalho investiga ... [este resumo deve conter de 150 a 500 palavras]
adj. Adjetivo
adv. Advérbio
conj. Conjunção
n. Nome
v. Verbo
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................13
2. A LEITURA LITERÁRIA COMO APRENDIZAGEM SOCIAL-
TRANSFORMADORA EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES.......................................16
3. ASAS DA LITERATURA NO CRAS DE CAMETÁ: FORMAÇÃO LEITORA E
CIDADÃ PARA CRIANÇAS E JOVENS EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE
...................................................................................................................................................20
3.1.O CRAS/CAMETÁ: NOVA CAMETÁ.............................................................................................20
3.2. ASAS DA LITERATURA: PRÁTICAS DE FORMAÇÃO LEITORA E CIDADÃ........................................20
3.3. O ALÇAR DE VOO DA LITERATURA PARA ALÉM DO ESPAÇO ESCOLAR........................................23
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................25
REFERÊNCIAS......................................................................................................................26
APÊNDICE..............................................................................................................................27
APÊNDICE A – SEQUÊNCIA DIDÁTICA.....................................................................................27
APÊNDICE B – RESPOSTAS ESPERADAS DO FORMULÁRIO SOCIO-ECONÔMICO..........31
ANEXOS..................................................................................................................................34
ANEXO A – TEXTO 1: A HISTÓRIA DAS CRIANÇAS QUE PLANTARAM UM RIO, DE
DANIEL DA ROCHA LEITE...........................................................................................................34
ANEXO B – TEXTO 2: DA JANELA DE MINAS, DE NICOLE RODRIGUES...........................35
ANEXO C – TEXTO 3: A POESIA PEDE PASSAGEM, DE ELIAS JOSÉ...................................36
ANEXO D – TEXTO 4: QUEM É O BOTO COR DE ROSA, DE ÂNGELA FINZETTO............................37
ANEXO E – TEXTO 5: A LENDA DO BOTO, DE RONICLEI VIEIRA...................................................38
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1. INTRODUÇÃO
Foi no ensino superior o maior contato com a leitura literária, no curso de letras língua
portuguesa que obtive o interesse em aproximar mais da literatura, pois as histórias contadas
por Machado de Assis, José Saramago e outros autores renomados que comecei a ver a leitura
não como apenas um mero texto onde se codifica as palavras, mas de ir além e conseguir
ampliar as expectativas do mundo de leitura para a nossa realidade e como ela consegue nos
formar em pessoas pensantes e críticos na sociedade.
Além, do ensino superior proporcionar todo esse caminho de conhecimentos foi pela
faculdade da UFPA do curso de letras de língua portuguesa, onde conheci o projeto
“JANELAS LITERÁRIAS” promovido pela Prof. Dr. Ivone dos Santos Veloso, que busca
levar a leitura literária para alunos, professores, gestores e toda a comunidade escolar. Assim,
por meio desse projeto tive o prazer de promover atividades com algumas crianças do CRAS-
Nova Cametá, no qual tive interesse grande em continuar trabalhando mais nesse ambiente
não-formal. Pois, a partir dessa experiência observei o quanto elas são desprovidas do contato
com o livro, crianças vulneráveis e sem condições de ter acesso aos livros literários,
relembrando a história vivida na infância.
Nessa perspectiva, ao constatar o quanto é relevante despertar o interesse pela leitura
literária, para auxiliar na formação de um pensamento crítico e moral na sociedade. Logo, faz-
se imprescindível desenvolver metodologias que sejam responsáveis pela construção
sistemática intelectual humana. Dessa maneira, a partir do projeto Janelas Literárias, essa
pesquisadora obteve contato com as crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade
do CRAS-Nova Cametá, e com isso observou através de algumas atividades proposta com
leituras literárias infanto-juvenis, a importância de introduzi-las em espaço não formal,
abrindo o seguinte questionamento: Quais estratégias de ensino de leitura literária que podem
contribuir para a formação leitora e cidadã de crianças e adolescentes em situação de
vulnerabilidade no contexto não escolar como o CRAS/Cametá?
Nessa construção, surgiu a proposta desse projeto de pesquisa, em fazer um estudo de
como o ensino de leitura literária pode contribuir para a formação leitora de crianças e
adolescentes em situação de vulnerabilidade em contexto não escolar. Uma vez que, esse
estímulo busca englobar tanto a leitura literária como o acesso a ela, em espaços além da
escola, propondo mediante leitura infanto-juvenis, contos e poemas, atividades lúdicas que
fomente o prazer pela leitura e a reflexão social que proporciona.
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Desse modo, o presente projeto de pesquisa teve como sujeito crianças e adolescentes,
em especial as que se encontram em estado de vulnerabilidade socioeconômica e, que se
enquadram na área de abrangência do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) do
Bairro Nova Cametá na cidade de Cametá (PA), onde foi aplicado o projeto de intervenção
pedagógica sobre leitura literária infanto juvenil. Visto que, de acordo com Nunes (2021, p.
12-13) a vulnerabilidade estabelecida como uma conjunção de debilidades não desencadeia
apenas a forma individual ou está fomentada apenas por uma única razão. Assim, segundo ela,
existem três tipos de vulnerabilidade: a individual, social e programática. Nesse caso, esse
trabalho direciona para a vulnerabilidade social, pois segundo Nunes (2021, p. 13)
Aqui você pode utilizar parte do seu projeto de TCC, mas também sua própria experiência de leitura, como foram suas
primeiras experiências com a leitura literária, ainda no ensino fundamental, no ensino médio e na universidade. Tratar da sua
participação nos projetos de extensão e como isso te levou a questionamentos que te motivaram a realizar esta pesquisa.
Trazer as questões norteadoras que pretende responder a partir desse trabalho, bem como as hipóteses que foram levantadas.
Descrever a metodologia empregada e o modo como pretendemos dividir esse trabalho. Este tópico, provavelmente, pode ser
revisado ao final, tendo em vista o processo e os resultados que alcançaremos.
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O filme "O menino que descobriu o vento", escrito e dirigido pelo Chiwetel Ejiofor,
retrata a história de William Kamkwamba, cujo maior objetivo era ter a possibilidade de
estudar, mas perante problemas financeiros, sua família se encontra sem condições para pagar
a mensalidade escolar. O interessante da trilogia dessa produção é a persistência do garoto em
querer progredir e ajudar a sua família, uma vez que o local está em seca e o pouco alimento
que lhe resta é roubado. Foi em meio a este caos que William Kamkwamba, mesmo sem
auxílio algum de projetos e governos, consegue através da vontade e resiliência mudar essa
história e, o primeiro passo para essa transformação foi utilizar a sua imaginação através de
livros para a criação do moinho de vento que bombeia água, por isso se tornou sujeito de
grande valia, não apenas da família, mas de uma sociedade do seu entorno.
O enredo dessa história real serve para mostrar o quão é grande a importância de
crianças e adolescentes terem acesso a livros em suas vidas, pois a prática da leitura abre
caminhos e traça meios de mudar realidade de indivíduos que vivem em estado de
vulnerabilidade social, ou apenas sobrevivem.
A leitura literária abre portas para a reflexão e a criticidade, principalmente, quando
trabalhadas com leituras infanto-juvenis, as quais conseguem mostrar uma realidade de forma
lúdica. Assim, Mello (2022, p. 35). aborda que “[...] resta buscar seduzir os leitores para o
universo da literatura, criando uma relação positiva, agradável, prazerosa e mesmo lúdica,
abrindo oportunidades para os alunos falarem e explicitarem sua subjetividade sobre as
leituras realizadas.”.
Esse autor nos faz compreender que a literatura é apontada como um artifício cultural,
que permite aproximação com o avanço do processo de ensino-aprendizagem em perfeição,
da emotividade, do foco em expressões cognitivos e linguísticos. Assim, facilitando que cada
indivíduo possa usar a sua imaginação para escapar da realidade que o oprime, ou até mesmo
mudá-la. Dessa forma, quantas mentes brilhantes como de William Kamkwamba estão
largadas e perdidas para o mundo, por falta de amparos governamentais ou projetos que
consigam ajudar nas suas transformações sociais para melhor.
Em entrevista para o jornal online Jornal Fato.com.br Claudia Ferreira, relata sobre os
vários projetos direcionado ao público infantil: "Nós sabemos que as crianças não têm acesso
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aos livros em suas casas. Livro é caro! Por isso, todas as nossas ações são voltadas à
gratuidade desse material"2.
O poeta estadunidense Thoreau (2012) afirma que, “muitos homens iniciaram uma
nova era na sua vida a partir da leitura de um livro.” E se torna real quando vemos histórias e
filmes baseadas na realidade, da qual mostram a virada de vida que um livro é capaz de
proporcionar. Trago uma frase do artigo de Claudio Mello (2022, p. 42) que casa com esse
parecer: “Portanto, se queremos construir uma sociedade leitora, é fundamental que todos, não
só vinculados à área da educação, mas os cidadãos em geral valorizam a leitura prazerosa, a
leitura autêntica a que nos dedicamos porque temos necessidade de fazê-lo.”
“Nesse tópico você trará a discussão teórica sobre o direito à literatura (Antônio Candido), a
importância da leitura literária para a formação leitora e cidadã, e sobre os conceitos que
atravessam sua temática, tais como a formação literária em ambientes não- escolares, leitura e
vulnerabilidade social. Pode utilizar parte do seu projeto de pesquisa.”
2
Informações do site: https: https://jornalfato.com.br/cultura/-a-inclusao-literaria-de-criancas-em-situacao-de-
vulnerabilidade-social-,413390.jhtml
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Nesse trabalho foi possível trabalhar quatro livros literários infanto juvenis, com
intuito de proporcionar a essas crianças e adolescentes o contato com a leitura literária de
forma dinâmica e criativa, abordando a criatividade deles e aproximação com esse universo
de leitura.
Aqui vc apresenta o seu lócus de pesquisa, advindo do projeto de extensão Janelas literárias.
Faça um breve histórico sobre o surgimento do CRAS no Brasil, seus objetivos e função;
surgimento na cidade e nos bairros referidos. Traga dados quantitativos e qualitativos sobre o
público atendido.
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Nesse cenário, o SCFV se faz de extrema importância para esse público, pois é onde
eles conseguem buscar muitas das vezes, carinho, compreensão e principalmente atenção. São
crianças e adolescentes que ainda estão em formação, com diferentes dons e capacidades,
prontos para serem descobertos. E foi nessa conjuntura de percepção das habilidades de cada
um desse grupo, que escolhi livros literários infanto juvenis, contos e poemas, ligados à sua
realidade, trabalhados de forma dinâmica e com atividades que despertassem seus dons e se
aproximassem da sua realidade cultural.
No texto, A formação do leitor de Vera Teixeira Aguiar, nos apresenta a seguinte
questão:
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Taísa de Maria Santos da Cruz. “A LITERATURA INFANTOJUVENIL COMO INSTRUMENTO DE
INCENTIVO À LEITURA” trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Colegiado do Curso de Letras da
Faculdade de Ciências da Linguagem da Universidade Federal do Pará, em Abaetetuba/PA, 2019.
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Desse modo, para a aplicação foi utilizado o teatro com fantoches visando a variação
da idade das crianças e adolescentes e por ter constatado que algumas delas não soubessem
ler, uma proposta interativa que engloba a realidade desse grupo. Além, de atividades com
pinturas, rodas de conversas, criação de poemas e etc.
duras cenas da realidade vividas do outro lado da janela por outro sujeito. Os materiais
utilizados foram, Folha A4, lápis, lápis de cor, borracha e uma janela feita de papelão,
mais o livro dessa aplicação, que foram impressas duas cópias.
Segundo momento, constituiu-se na realização da leitura pelas crianças e adolescentes
para uma maior aproximação com o texto e as imagens. Para essa ação foi posto uma
janela feito de papelão e em seguida escolhido uma criança para realizar a leitura da
visão da janela e os demais foram postos fora da janela para lerem e perceberem a
dura realidade vivida pelos sujeitos fora da janela, pondo o contraste de vidas de cada
personagem da história, a ideia era conseguir repassar que muitas das vezes a sua
realidade não é a mesma das outras pessoas, desse modo os preparando para o debate
final que aconteceu após essa atividade.
Terceiro momento, aconteceu o diálogo sobre o texto, em primórdio a pesquisadora
fez uma pergunta sobre o que a leitura teria despertado neles, os motivando para
falarem. A discussão era sempre ampla, todos sempre tinham a relatar algo, nesse
contexto foi observado que as crianças menores eram as mais promissoras nesses
momentos, pois como a atenção pairava sobre eles mais queriam expor suas ideias.
Contaram, desde as violências presentes em seus bairros, como a insegurança de
brincar, a realidade de algumas crianças não terem um lar e do esforço de seus pais em
trabalharem para sustentar a família, despertando-os para a realidade no qual muitos
vivem na sociedade, ou seja, grande parte deles convivem nesse mundo cheio de
problemas sociais. E por final eles produziram um desenho, revelando a vista de sua
janela e proporcionado a descoberta de muitos dons.
3. Módulo 1: Nesse dia, 05/10/2023, no turno da tarde ocorreu a apresentação do terceiro
livro, A poesia pede passagem de Elias José. Para essa aplicação foram impressas
algumas imagens do livro e outras do google, essas ilustrações foram penduradas em
um fio e expostas para as crianças e adolescentes observarem, como o livro era físico
foi passado pelas mãos das crianças para que tocassem e sentissem cada detalhe desde
da capa e páginas, visualizando os textos e como estavam estruturados. Desse modo,
essa proposta promoveu uma reflexão sobre o que é a poesia, pois ela não estabelece
apenas a escrita, mas uma série de fatores que extrapolam a própria literatura.
No segundo momento, a pesquisadora discorreu um pouco sobre a importância da
poesia e como ela faz parte do nosso dia a dia, em seguida as crianças e adolescentes
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foram convidados para observarem cada imagem penduradas no local, após esse ato
foi perguntado se alguém poderia vim até na frente para a realização da leitura, e
assim se deu a dinâmica até finalizar a recitação de todos os poemas que estavam
expostos para eles. Essa atividade proporcionou a reflexão do público alvo,
percebendo que a poesia está presente em qualquer lugar desde pinturas, desenhos,
escrita, dança e etc., e qualquer um deles poderiam criá-la.
Terceiro momento, encerramos com a seguinte proposta, a criação de uma poesia
construída a partir da pergunta: “O que é amor para você?”. No início foi um pouco
complicado, visto que a turma da tarde é composta por uma grande quantidade de
participantes, para isso tive que organizá-los em grupo para que todos tivessem a ajuda
necessária, principalmente aqueles que não sabiam escrever, auxiliando-os para serem
incluídos na atividade. A seguir, foi feito a junção das frases pela pesquisadora e lido
para os que estavam presentes, o olhar de satisfação deles foi o desfecho de mais uma
etapa concluída com sucesso.
4. Módulo 2: Esse primeiro momento aconteceu no dia, 17/10/2023, com a introdução do
último livro, A história das crianças que plantaram um rio de Daniel da Rocha Leite.
Esse episódio, consistiria na exposição das imagens presentes no livro por meio de um
Data Show, porém não foi possível pela falta do equipamento, nesse caso, optamos em
mostrar as imagens por meio do livro, passando de mãos em mãos. Além disso, foi
feito perguntas as crianças e adolescentes, com o intuito de saber se aquelas imagens
os lembravam de uma memória afetiva familiar, no qual tivemos a resposta imediata
do sim. Essa aplicação, foi exclusivo para trabalhar com as crianças e adolescentes a
ligação do texto com as imagens presentes, despertando neles todo um contexto da
realidade da seca dos rios, por conta das várias poluições feita pelo homem. Por esse
motivo, foi necessária essa primeira leitura ser proferida pela pesquisadora, para um
maior entendimento de todos.
No segundo momento, foi dividido a leitura entre 3 crianças que sabiam ler, enquanto
os demais ficaram com os desenhos postos em palitos de picolé relacionado a cada
passagem da história, para assim acompanhar a leitura com atenção. Então quem
estivesse com o desenho que se encaixava com o trecho lido levantava para todos
verem. Após, a dinâmica conseguimos ter um diálogo muito emocionante, pois essa
história conseguiu desencadear lembranças vividas por eles quando visitavam seus
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parentes ribeirinhos, em um dos relatos feito por uma das crianças, disse que lembra
de todos sentarem a frente da casa de sua avó para escutar as histórias contadas por
ela, além de perceber que no local as estrelas eram mais brilhantes do que em Cametá.
Expressaram também a importância da preservação dos rios,
Esse terceiro momento, focou em buscar os dons e capacidades de cada criança e
adolescente através da criação de elementos presentes no texto, desse modo eles
conseguiram construir juntamente com as orientações da pesquisadora, um rio feito de
papel crepom e peixes de EVA, colados em uma cartolina, também foi construído um
casco de papelão, uma arvore de açaí e o desenho dos personagens da avó e do
menino, porém pelo tempo já ter se esgotado não foi possível realizar essa atividade,
juntamente com a proposta de fazer alguma criação de algo que os lembrassem do
local onde moram. Atenuando, que essa atividade foi trabalhada tanto no turno da
manhã como a tarde, cada passo aqui descrevido foi trabalhado da mesma maneira
com todos, apenas os relatos das suas perspectivas que mudavam, mas sempre estava
em torno da história.
5. Módulo 3: Essa aplicação seria trabalhada exclusivamente em um único momento,
pois seria apenas uma preparação das crianças e adolescentes para o trabalho final da
exposição de suas produções dos 4 livros aplicados na praça localizada a frente da
escola Santa Terezinha, com criações de fantoches, pinturas relacionadas a poesia,
ensaio de apresentação de dança (caso aceitassem), ensaio para a leitura de poesias e
de apresentação do teatro com os fantoches. Mas, devido algumas situações de
mudança no CRAS-Nova Cametá, não foi possível reunir essas crianças e
adolescentes, forçada a mudar algumas coisas para a aplicação do último dia.
6. Produção final: Em primórdio, faz-se necessário compreender que para essa última
apresentação, não foi possível seguir algumas atividades planejadas. Desse modo, essa
etapa destinou-se para a exposição da atividade final que constituiu em uma exibição
na praça em frente à escola Santa Terezinha dos quatros livros trabalhados nas oficinas
com as crianças e adolescentes: Quem é o Boto Cor de Rosa, de Ângela Finzetto; Da
janela de Minas, de Nicole Rodrigues Florentino; A poesia pede passagem, de Elias
José; A história das crianças que plantaram um rio, de Daniel da Rocha Leite. O
espaço estava todo decorado para mostrar as obras trabalhadas e ficou aberto ao
público, com esse fim, a apresentadora criou um cartaz no aplicativo canva para
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divulgar essa produção final, com o intuito de chamar toda a comunidade local e
escolar para apreciar esse momento literário. Houve uma gaiola pendurada cheia de
trechos de poesias e poemas com a seguinte frase “Liberte uma poesia” para quem
tivesse o interesse de ler, criação de uma asa colocada atrás da palavra literatura, feitas
de isopor, para dar ênfase a essa pesquisa “Asas da literatura”, foram colocados todos
os objetos produzidos pelas crianças e adolescentes e mais as imagens imprimidas
relacionadas ao livro A poesia pede passagem de Elias José. O objetivo do evento foi
especificamente apresentar a literatura infanto-juvenil para todos os públicos, em
especial, aquelas pessoas que não tiveram e/ou não tem nenhum contato com livros
literários.
Nesse cenário, foi planejado que nesse primeiro momento seria aberto com uma
apresentação musical e, em seguida a pesquisadora desse trabalho discorreria acerca
do propósito dessa ocasião, bem como sobre a importância da leitura literária na vida
de crianças e adolescentes em espaços não formais. Além disso, apresentaria através
de slide trailers de dois filmes – O menino que descobriu o vento, de Chiwetel Ejiofor
e Mãos talentosas: A história de Bem Carson, de Thomas Carter, para mostrar que a
leitura dá novos rumos para mudança de sua realidade social, com o intuito de chamar
atenção para o público presente. Após isso, a pesquisadora convidaria o público para
visitar a exposição dos livros, que estaria organizado em barracas. Porém, por não ter
conseguido alguém para cantar no evento essa opção da apresentação musical logo foi
descartada, a falta de equipamentos fez também com que descartasse a exibição dos
vídeos e por não ter conseguido as barracas, utilizei mesas da escola EMEIF Santa
Terezinha.
Nesse contexto, seguimos para o segundo momento, no qual ocorreu apenas as duas
apresentações do teatro com fantoches, que foram realizadas uma pelas crianças e
adolescentes do CRAS - Nova Cametá e outra por alguns discentes da UFPA. Cada
teatro teve um tema especifico, mas os dois retravam lendas regionais – um apresentou
A Lenda do Boto, de Roniclei Vieira e o outro Lendas da Amazônia de Tatiane Santos,
para a atividade ficar mais divertida encaixamos as seguintes músicas para as entradas
dos personagens, No meio do pitiú e Boto namorador de Dona Onete, Boiúna de Boi
Bumbá Caprichoso o Curupira da turma do folclore.
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Parte final do texto, na qual são apresentadas conclusões correspondentes aos objetivos
e/ou às hipóteses. É o fecho do trabalho. Nessa parte, explicitamos a resposta à pergunta do
problema de investigação, bem como possíveis limitações do estudo. A conclusão deve ser
breve. Visa a recapitular, sinteticamente, os resultados da pesquisa feita, evidenciando qual ou
quais hipótese(s) do trabalho se confirma(m) e o porquê. Ao escolher um tema para trabalhar,
é preciso que o pesquisador faça um inventário do conhecimento disponível e proceda a uma
triagem daquilo que pode ser útil para explicar a nova situação proposta. Nem sempre uma
conclusão é uma resposta final e acabada a um problema. Ao contrário, boas conclusões
devem deixar “portas abertas” para novas propostas de pesquisa em torno do tema estudado,
além de evidenciar que contribuições o estudo proporcionou no âmbito acadêmico, no
profissional e para a sociedade. Devem ser apontadas as dificuldades que tenham sido
responsáveis ou por limitar o alcance das conclusões do estudo, ou por determinar opções de
trabalho, ou qualquer outra que tenha contribuído para dar cunho particular ao estudo,
dificuldades essas que poderão, inclusive, ser revistas em trabalhos futuros.
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REFERÊNCIAS
Disponível em:
CAGLIARI, Susana. SILVA, Veronice Camargo da. Livro na praça: o espaço não-formal
contribuindo para a formação do leitor literário. Revista eletrônica científica da uergs, Rio
Grande do Sul, v. 7, n. 3, ago./nov. 2021. Disponível em:
http://revista.uergs.edu.br/index.php/revuergs/article/view/3282. 10 jul 2023.
CANDIDO, Antônio. O direito à Literatura. In: Vários Escritos. 5. ed. Rio de Janeiro: Ouro
sobre azul, 2011.
CRUZ. Taísa de Maria Santos da. A literatura infanto juvenil como instrumento de incentivo
à leitura. Abaetetuba/PA: UFPA, 2019. Disponível em:
https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/bitstream/prefix/3315/1/TCC_LiteraturaInfantojuvenilInstrume
nto.pdf Acesso em: 14 jul 2023.
FAILLA, Zoara et al. (cord.). Retratos da leitura no brasil. 5. ed. São Paulo: Instituto pró-
livro / ItaúCultural, 2019. Disponível em: https://www.prolivro.org.br/pesquisas-retratos-da-
leitura/as-pesquisas-2/. Acesso em: 10 jul 2023.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e Pedagogos: para quê?. ed. São Paulo: Cortez, 2022.
MELLO, Claudio. Práticas sociais de leitura literária em espaços escolares e não escolares.
Interdisciplinar, São Cristovão, v. 37, n. 1, p. 29-43, jan./jun. 2022. Disponível em:
https://seer.ufs.br/index.php/interdisciplinar/article/view/18329 Acesso em: 07 jul 2023.
NETA, Maria Aurora. Teorias sobre leitura: dobras e desdobras compartilhadas por Freire,
Proust e Benjamim. Revista ícone, góais, v. 17, maio. 2017. Disponível em:
https://www.revista.ueg.br/index.php/icone/article/view/6008. Acesso em: 12 jul 2023.
APÊNDICE
APRESENTAÇÃO DA SITUAÇÃO
Primeiro momento: Apresentação do primeiro livro regional intitulado Quem é o
Boto Cor de Rosa, de Ângela Finzetto, para que o público alvo da pesquisa o conhecesse e
obtivesse interesse e maior compreensão sobre conteúdo. Além disso, realizaremos
comentários sobre o dia do teatro e como essa arte está ligada a literatura, pois no dia
previsto para a aplicação dessa primeira etapa será o dia mundial do teatro no Brasil.
Segundo momento: Na sequência, realizaremos uma atividade lúdica que consiste
na apresentação de um teatro de fantoches sobre a peça teatral a Lenda do Boto, de Roniclei
Vieira, que está disponível no aplicativo de livros Scribd. Essa atividade irá ser proposta
para que crianças e adolescentes do CRAS-Nova Cametá participem como as personagens.
Terceiro momento: Após o teatro de fantoches, retornaremos ao primeiro livro
literário apresentado, para realiza-se perguntas sobre a obra, com o objetivo de aguçar a
leitura literária das crianças e adolescentes. Em seguida abriremos espaço para que eles
relatem histórias contadas pelos seus familiares sobre o boto ou outras lendas.
PRODUÇÃO INICIAL
Segundo momento: Após a primeira leitura realizada pela pesquisadora, será a vez
das crianças e adolescentes lerem o livro, para que tenham contato com o texto e as
imagens ilustrativas. Nessa atividade será posta uma janela feita de papelão para representar
as visões opostas descrita na obra – de um lado será lido o poema da visão bela do lugar e
de outro da dura vida que algumas pessoas vivem, o objetivo é mostrar a moral que a leitura
nos quer expressar com intuito de ver que muitas vezes a vista de algumas pessoas não são
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as mesmas de outras.
Terceiro momento: Acontecerá um diálogo sobre a leitura do livro e da perspectiva da
dura realidade vivida por algumas pessoas. Nesse momento, as crianças irão fazer um
desenho como é a realidade vista de sua janela.
MÓDULO 1
Primeiro momento: Apresentação do terceiro livro, A poesia pede passagem, de
Elias José. Nesse momento, o local estará todo decorado de poesias e imagens relacionadas
ao livro, terá várias poesias e poemas pendurados, haverá pinturas, palavras únicas e etc.
Essa proposta tem o intuito de promover uma reflexão sobre o que é a poesia, pois ela não
estabelece apenas a escrita, mas uma série de fatores que denominam de fato a literatura.
Segundo momento: Após observarem cada detalhe presente no espaço, acontecerá
recitação de algumas poesias presentes no livro – na obra o autor faz comentários sobre
cada poesia e poema, esse momento será realizado pelas crianças e adolescentes do CRAS -
Nova Cametá. O objetivo é fazê-los perceberem que a poesia está em todo lugar e surgi das
junções de várias palavras.
Terceiro momento: Após a apresentação do livro as criança e adolescente irão
realizar uma atividade que consiste na criação de um poema, construído a partir das
respostas dadas da seguinte pergunta “O que é amor para você?”, cada uma delas escreverá
uma frase que representará a sua resposta sobre a pergunta. Cabe ressaltar, caso um deles
presentes não saiba escrever, a pesquisadora os auxiliará na escrita, além disso eles
receberão uma folha de papel sulfite A4 para a escrita. Ao final de suas respostas, haverá a
junção das frases e ocorrerá a leitura da poesia construído.
MÓDULO 2
Primeiro momento: Apresentação do quarto e último livro, A história das crianças
que plantaram um rio, de Daniel da Rocha Leite. Esse momento, consistirá na exposição
das imagens presentes no livro por meio de um Data Show. Além disso, será feito perguntas
as crianças e adolescentes, com o intuito de saber se aquelas imagens os lembram de uma
memória afetiva familiar.
Segundo momento: Nessa etapa será realizada a leitura do livro com a ajuda das
crianças e adolescentes que sabem ler. Nesse processo, será entregue as outras crianças
desenhos relacionado ao livro posto em palitos, assim de acordo com a leitura levantarão as
imagens para indicar cada passagem da história. Essa dinâmica tem o intuito de pregar a
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PRODUÇÃO FINAL
Essa etapa será destinada para a apresentação da atividade final que constituirá em
uma exposição na praça em frente à escola Santa Terezinha dos quatros livros trabalhados
nas oficinas com as crianças e adolescentes: Quem é o Boto Cor de Rosa, de Ângela
Finzetto; Da janela de Minas, de Nicole Rodrigues Florentino; A poesia pede passagem, de
Elias José; A história das crianças que plantaram um rio, de Daniel da Rocha Leite. O
espaço estará todo decorado para a exposição dos quatro livros trabalhados e será aberto ao
público local, haverá uma gaiola pendurada cheia de trechos de poesias e poemas com a
seguinte frase “Liberte uma poesia” para quem tiver o interesse de ler. O objetivo desse
evento é especificamente apresentar a literatura infanto-juvenil para todos os públicos em
especial aquelas pessoas que não tiveram e/ou não tem nenhum contato com livros
literários. Além disso, ocorrerá distribuição de livros infanto-juvenil que serão de doações
realizadas.
Primeiro momento: O evento será aberto com uma apresentação musical e em
seguida a pesquisadora desse trabalho discorrerá acerca do propósito desse momento, bem
como sobre a importância da leitura literária na vida de crianças e adolescentes em espaços
não formais. Além disso, apresentará através de slide trailers de dois filmes – O menino que
descobriu o vento, de Chiwetel Ejiofor e Mãos talentosas: A história de Bem Carson, de
Thomas Carter, para mostrar que a leitura dá novos rumos para mudança de sua realidade
social, com o intuito de chamar atenção para o público presente. Após isso, a pesquisadora
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convidará o público a visitar a exposição dos livros, que estará organizada em barracas.
Segundo momento: Em seguida, haverá duas apresentações de teatros que serão
realizadas uma pelas crianças e adolescentes do CRÁS - Nova Cametá e outra pelos
discentes do curso de Letras -Língua Portuguesa 2019 da UFPA. Cada teatro terá um tema
especifico, mas os dois retrataram lendas regionais – um apresentar a lenda do boto e o
outro apresentará outras lendas regionais.
Terceiro momento: Ao final do evento será apresentado ao público um vídeo
produzido por alguns discentes do curso de Letras -Língua Portuguesa 2019, na disciplina
Oficina de Ensino da Literatura, sobre o livro A história das crianças que plantaram um
rio, de Daniel da Rocha Leite. O vídeo retrata de forma poética o contrato entre a beleza da
natureza e a realidade vivida no local descrito no livro. Para encerrar a pesquisadora
agradecerá pela presença de todos no espaço e pelo momento vivido com as crianças e
adolescentes do CRÁS - Nova Cametá.
ANEXOS