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Sugestão de orientação 1
Profª. Drª. Ivone dos Santos Veloso.
Sugestão de orientação 2
Profª. Ma. Ângela Maria Vasconcelos Góes.
Cametá (PA)
2023
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................................2
2 JUSTIFICATIVA..................................................................................................................2
3. PROBLEMA.........................................................................................................................3
4. OBJETIVOS..........................................................................................................................3
5. METODOLOGIA.................................................................................................................4
6. EMBASAMENTO TEÓRICO............................................................................................6
6.1 REVISÃO DA BIBLIOGRAFIA...................................................................................................6
6.2 TERMOS........................................................................................................................................7
7. CRONOGRAMA..................................................................................................................7
REFERÊNCIAS........................................................................................................................8
2
1. INTRODUÇÃO
1
Informações tirada do endereço eletrônico: https://www.unicef.org/brazil/relatorios/as-multiplas-dimensoes-da-
pobreza-na-infancia-e-na-adolescencia-no-brasil.
3
Como se pode perceber, tais considerações nos chama a atenção de que o problema da
leitura e/ou o baixo número de leitores no Brasil não tem suas causas somente na falta de
formação de profissionais da área da docência, mas, também em fatores ligados a questões
sociais e econômicas como foi mencionado. Compreendemos, dessa maneira, o porquê do
quanto é discutido o processo de leitura no Brasil dentro da comunidade acadêmica. Além
disso, os dados vistos aqui, mostrado pela UNICEF, reforça a fala de Mello quando diz que
por conta dessa diferença social, a literatura chega a ser vista como um luxo para muitas
famílias no nosso país. (MELLO, 2022, p. 4).
Analisando por outro ângulo, a literatura especializada mostra que na área da educação
existem três maneiras de levar o conhecimento, cujos são: educação formal, educação
informal e educação não-formal. Podemos dizer, também, que essas ações podem ocorrer de
modo separadas, porém jamais independentes.
Educação formal se define como aquela que acontece dentro da escola-prédio, tanto do
âmbito público, quanto do privado. Trata-se de cursos de capacitação, formação continuada e
treinamento, etc., onde as atividades dos estudos se dar na maioria das vezes dentro de quatro
paredes escolares, por meio de livros didáticos, quadro brancos e, outros do gênero.
De maneira sintética podemos dizer que a educação informal está vinculada ao
costume, proceder, experiencias de vida, valores não intencionados e não oficializados. Já, a
prática da educação não-formal ocorre no período oposto no qual está habituado a estudar.
Segundo Libâneo (2002, p. 8), a educação não-formal está relacionada às organizações
políticas, profissionais, científicas, culturais, agências formativas para grupos sociais,
educação cívica, etc., com atividades de caráter intencional. Esse tipo de educação está
ganhando espaço considerado no Brasil, principalmente no estado paulista onde obras sociais,
organizações não governamentais e instituições privadas e religiosas, se preocupam com a
realidade social de crianças e adolescentes que vivem em condições socialmente precárias.
A prática da educação não-formal desenvolvidas por diversas instituições, ocupam o
aluno com atividades produtivas e longe do tempo ocioso inverso ao escolar, onde um número
grande de crianças ficariam pelas ruas, sujeitas à conhecerem uma realidade bastante real no
país, como drogas, cigarro e bebida. Ao contrário, a criança ou adolescente frequentadora de
projetos sociais, tem a oportunidade de aprenderem uma profissão, pelo fato de que a maioria
4
das instituições e projetos de educação não-formal desenvolvem seus trabalhos por meio de
oficinas culturais, esportivas e profissionalizantes.2
Assim, o interesse a respeito dessa temática partiu de dois elementos motivadores que
aconteceram na minha vida, a saber: o primeiro está relacionado à minha realidade vivida na
infância juntamente com outras crianças e adolescentes, no sentido de toda a situação
mencionada nas linhas anteriores. O segundo, partiu do conhecimento que tive a respeito do
Projeto “Janelas literárias”, através do qual tive a oportunidade de conhecer como é a
realidade de crianças e adolescentes em vulnerabilidade social em um ambiente não formal.
Já dizia Carlos Alberto Hang3 “A leitura impulsiona as asas do nosso voo a liberdade”,
pois, é ela que nós dar passagem a quebrar correntes e se tornar na sociedade pessoas
pensadoras, autênticas, sempre em busca dos seus direitos e de ser livres desse mundo
irracional.
2 JUSTIFICATIVA
William Kamkwamba, mesmo sem auxílio algum de projetos e governos, consegue através da
vontade e resiliência mudar essa história e, o primeiro passo para essa transformação foi
utilizar a sua imaginação através de livros para a criação do moinho de vento que bombeia
água, por isso se tornou sujeito de grande valia, não apenas da família, mas de uma sociedade
do seu entorno.
O enredo dessa história real, serve para mostrar o quão é grande a importância de
crianças e adolescentes terem acesso a livros em suas vidas, pois a prática da leitura crítica
abre caminhos e traça meios de mudar realidade de indivíduos que vivem em estado de
vulnerabilidade social, ou apenas sobrevivem.
A leitura literária abre portas para a reflexão e a criticidade, principalmente, quando
trabalhadas com leituras infanto-juvenis, no qual consegue mostrar uma realidade de forma
lúdica. Claudio Mello aborda:
Para reverter o quadro atual, um dos principais desafios é que a leitura literária,
realizada como autentica pratica social, seja uma atividade normalizada na sociedade
a do paradigma em que se encontra, identificada mais como uma mera tarefa escolar
obrigatória do que como algo prazeroso e interessante. (MELLO, 2022, s. p).
Esse autor nos faz compreender que a literatura é apontada como um artifício cultural,
que permite aproximação com o avanço do processo de ensino-aprendizagem em perfeição,
da emotividade, do foco em expressões cognitivos e linguísticos. Assim, facilitando que cada
indivíduo possa usar a sua imaginação para escapar da realidade que o oprime, ou até mesmo
mudá-la. Ou, quantas mentes brilhantes como de William Kamkwamba estão largados e
perdidos para o mundo, por falta de amparos governamentais ou projetos que consiga ajudar
nas suas transformações sociais para melhor.
Com essa visão, Cláudia Ferreira, desde 1998 amplia seus métodos por onde passa,
moradora do município Cachoeiro de Itapemirim, relata no site Jornal Fato.com.br, os vários
projetos inclinados a essa pequena população "Nós sabemos que as crianças não têm acesso
aos livros em suas casas. Livro é caro! Por isso, todas as nossas ações são voltadas à
gratuidade desse material"4.
4
Informações tirada do site: https: https://jornalfato.com.br/cultura/-a-inclusao-literaria-de-criancas-em-
situacao-de-vulnerabilidade-social-,413390.jhtml
6
O poeta estadunidense Henry David Thoreau5 dita que “Muitos homens iniciaram uma
nova era na sua vida a partir da leitura de um livro.” E se torna real quando vemos histórias e
filmes baseadas na realidade, da qual mostram a virada de vida que um livro é capaz de
proporcionar. Trago uma frase do artigo de Claudio Mello que casa com esse parecer:
“Portanto, se queremos construir uma sociedade leitora, é fundamental que todos, não só
vinculados à área da educação, mas os cidadãos em geral valoriza a leitura prazerosa, a leitura
autêntica a que nos dedicamos porque temos necessidade de fazê-lo.”6
Academicamente, este trabalho pode trazer contribuições significativas para
professores e graduandos, em especial na área de Letras/Língua Portuguesa, no sentido de
ajudá-los no debate relacionado às estratégias para corrigir o déficite de deficiência em leitura
no nosso país. Pois, sabe-se que no Brasil, o analfabetismo após a pandemia, aumentou de
forma exorbitante e para sanar tal problema, faz se necessário uma rede de apoio de sujeitos
competentes que abracem essa causa. Assim, esse projeto tem o intuito de atingir profissionais
da educação, visando a quantidade de crianças e adolescentes que não estão inseridos no
âmbito educacional, pois acreditamos que a “literatura cria asas” e leva a leitura para além do
espaço escolar, abrindo caminhos e tornando indivíduos protagonistas de suas próprias
histórias.
No âmbito social, esta proposta de investigação se justifica pela sua relevância para um
convívio social responsável e maduro, bem como para o melhor conhecimento da norma
institucionalizada da nossa língua. Acredita-se que em determinado momento cada cidadão
será cobrado a respeito de tal conhecimento.
Penso e acredito que devemos voltar atenção para esse público em vulnerabilidade,
pois a criação de projetos como esse necessita de etapas e um conjunto de pessoas trabalhando
nessa causa, pois assim as estatísticas apresentadas pelos Retratos da leitura no Brasil podem
ser minimizadas. Claudio Mello ( contribui em um de seus artigos 7, dizendo que só daremos
prestigio a discernir a literatura como algo fundamental, quando ela se tornar uma leitura para
todos e não para um grupo minoritário, visto a forma como ela é capaz de desenvolver a
5
THOREAU. Henry David. Foi um autor estadunidense, poeta, naturalista, pesquisador, historiador, filósofo e
transcendentalista. Ele é mais conhecido por seu livro Walden, uma reflexão sobre a vida simples cercada pela
natureza, e por seu ensaio A Desobediência Civil.
6
MELLO, Cláudio. Práticas sociais de leituras em espaços escolares e não escolares. Interdisciplinar, São
Cristóvão, UFS, v. 37, jan-jun, p. 29-43, 2022. Disponível em: file:///C:/Users/user/Downloads/18329-Texto
%20do%20artigo-54830-1-10-20221104.pdf . Acessado em: 15/07/2023.
7
Ibidem.
7
3. PROBLEMA
4. OBJETIVOS
5. METODOLOGIA
e outro, com base do estudo com o contato, mediante um povo ou organizações (GIL, 2022, s.
p.), que no caso desse trabalho, o espaço será o CRAS/Cidade Nova/Cametá/PA, para ter
baseamento de como o lugar apresenta suporte para a composição entre o público e o
ambiente.
Referente ao exposto, essa pesquisa focará na aplicação de um plano de aula que
promoverá o contato com a leitura literária a crianças e adolescentes em situação de
vunerabilidade que são atendidas no Cras Nova Cametá, . O plano de aula descrito a seguir
baserá-se na estrtura de Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004) segundo eles “Uma "seqüência
didática" é um conjunto de atividades escolares organizadas, de maneira sistemática, em torno
de um gênero textual oral ou escrito”
6. EMBASAMENTO TEÓRICO
Para esse ponto, será apresentado três artigos que casam com esse trabalho, como
forma de fundamentar e expor, como trabalhos em espaços não formais consegue chamar a
atenção de um dado publico, para o conhecimento dos diversos tipos de trextos literários.
importância, pois os sujeitos mostram deleite sobre a leitura com prazer e discernimento, uma
vez que a leitura literária abre portas para o conhecimento de mundo.
O artigo de Helba Carvalho “(CON) FABULANDO NA PRAÇA: A CRIAÇÃO DE
ESPAÇOS LITERARIOS E LUDICOS NO FESTIVAL DO LIVRO E DA LITERATURA
DE SÃO MIGUEL PAULISTA” tem como foco demonstrar os efeitos dos experimentos
feitos como fomentação da leitura literária em programas que a mesma conduz, a autora
aborda em principio sobre a importância do “Festival do Livro e da Literatura” de São Miguel
Paulista, tem como proposito casar a leitura com a literatura. E tudo começou pelo lugar ter o
pior quadro de leitura.
O notável desse projeto é como a proposta deu muito certo abrangendo vários outros
âmbitos institucionais, assim, foi nessa construção que alunos de Letras-Língua Portuguesa
foram convidados para participar desse encontro denominado “Sarau: Liberte a Poesia!” onde
teve aclamações de poesias e rodas de conversas com escritor e poeta renomados. Com essas
experiências vividas que a professora abriu questionamentos, como:
Por que não tínhamos conhecimento deste evento antes? Será que estávamos tão
alienados em nossa sala de aula que não conseguimos enxergar o que está sendo
feito fora dela? Se Ferreira Gullar veio do Rio de Janeiro para São Miguel Paulista
conversar com jovens e crianças da região sobre literatura e incentivá-los à leitura,
por que não estamos fazendo o mesmo enquanto Curso de Licenciatura em Letras
que formará futuros professores?
Observando o quanto um espaço não formal abre meios para a leitura literária
prazerosa, utilizando atividades lúdicas para o estimulo, que a professora Helba Carvalho
junto com seu alunos em graduação de letras, entre quatro anos propuseram a fazer parte
desse evento com criativas ideias que chamasse a atenção de seu público para os diversos
livros e temáticas que a literatura envolve. Nesse viés, o presente trabalho ao mesmo tempo
que aproxima em alguns pontos específicos desses três artigos, também traça seu próprio
caminho, em razão de buscar propor a criação do projeto de intervenção em um espaço não
escolar, nesse caso com as crianças e adolescentes em vulnerabilidade do CRAS/Cidade
Nova/Cametá/PA, focando em trazer para esse meio leituras literárias de contos e poemas, e
aproximação e contato com livros, a partir de contação de historias com atividades lúdicas. É
nesse parâmetro, que esse projeto pretende trazer para esse publico o conhecimento sobre a
literatura, para assim estarem cientes da importância dela para formação de cada um deles na
sociedade.
11
6.2 TERMOS
Nesse item, é proposto quatro elementos que rodeia a temática desse trabalho,
resignificando com autores cada termo, para assim se ter uma melhor compreensão de cada
uma delas:
LEITURA: Conforme a revista ícone, Maria Aurora Neta (nota de rodapé)(2017, p. 88)
retrata: “A leitura se faz nas dobras do (im)possível enquanto experiência criativa e
reflexiva. Ela desloca, provoca, atiça, revela e esconde. Das suas margens ao centro
constrói e desconstrói, daí sua inquietação e nossa inquietação em relação a ela.”
LITERATURA INFANTO-JUVENIL: De acordo com Taísa de Maria Santos da Cruz
(nota de rodapé) (2017, p. 20) apud (CAGNET, 1996, p. 7) “A literatura Infantojuvenil é
antes de tudo, literatura, ou melhor é a arte fenômeno de criatividade que representa o
mundo, o homem, a vida, através da palavra. Funde os sonhos e a vida prática o
imaginário e o real, os ideais e sua possivel/impossivel realização.”
AMBIENTE NÃO ESCOLAR: Para compreender esse termo os autores do artigo
discorrem sobre a existência de três tipos de ambientes “educação formal, não formal e
informal”, apontando que as duas primeiras mesmo atribuindo diferenças, são
inseparáveis, ao contrario da informal que segue a socialização no ambinto familiar,
amigos etc. Por esse angulo, será abarcado para esse trabalho a educação em espaço não-
formal que segundo o artigo de Marineide Pereira Gomes,Yanatasha Fernandes Ferreira
da Silva, André Gustavo Ferreira da Silva (nota de rodapé) (s. a. p.5), apud Gohn, (2001,
P.32), “Aborda processos educativos que ocorrem fora das escolas, em processos
educativos da sociedade civil, ao redor das ações coletivas do chamado terceiro setor da
sociedade, abrangendo movimentos sociais, organizações não governamentais e outras
entidades sem fins lucrativos que atuam na área.”
VULNERABILIDADE: Com base no TCC de Angélica Krause Nunes (Nota de rodapé)
(2021, p. 12-13) a autora dita que a vulnerabilidade estabelecida como uma conjunção de
debilidades, não desencadeia apenas a forma individual ou está fomentada apenas por uma
única razão. Assim, segundo ela, exietem três tipos de vulnerabilidade: a individual, social
e programática. Nesse caso, esse trabalho direciona para a vulnerabilidade social, pois
segundo Angélica Krause Nunes (2021, p. 13) “A vulnerabilidade social resulta de
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diversos fatores que acabam colocando grande parte da população em uma situação de
exclusão social. Entre eles podemos citar a questão racial, histórica, de gênero e
orientação sexual, condições de moradia, trabalho, pouco recurso financeiro, acesso à
educação. Engloba ainda os acessos a informações, serviços, a bens culturais e saúde.
Questões como essas fazem com que grande parte da população sofra com falta de
oportunidades e representatividade, acabando por viverem em situação de fragilidade por
não poder ter o mesmo acesso a recursos que outros grupos sociais possuem.”
7. CRONOGRAMA
REFERÊNCIAS
FAILLA, Zoara et al. RETRATOS DA LEITURA NO BRASIL. 5. ed. [São Paulo]: Instituto
pró-livro, 2019. Dsponívem em: https://www.prolivro.org.br/pesquisas-retratos-da-leitura/as-
pesquisas-2/ Acessado em:
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23.ed. rev. atual. São
Paulo: Cortez, 2007.THOREAU, Henry David. A desobediência civil. São Paulo: Cia das
Letras, 2012. 152 p.
UNICEF (Brasil); FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA. as multiplas
dimensões da pobreza na infancia e na adolescência no brasil: estudo completo/
coordenação Boris Diechtiareff...[et al...]. Brasilia, DF: UNICEF, 2023. Disponivel em:
https://www.unicef.org/brazil/relatorios/as-multiplas-dimensoes-da-pobreza-na-infancia-e-na-
adolescencia-no-brasil Acesso em: