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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Centro de Ensino Chimoio

Tema:

Patristica ou Padres da Igreja.

Nome: Paulina Armando

Código: 708214367

Curso: Licenciatura em ensino Geografia

Disciplina: Fundamentos de Teologia

Ano de frequência: 2º

Turma: E

1º Trabalho

Docente: :João Bastos

Chimoio, Outubro de 2022


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Índice
1. Introdução...................................................................................................................... 1

1.1. Objectivos...................................................................................................................... 2

1.1.1. Geral .......................................................................................................................... 2

1.1.2. Específicos ................................................................................................................. 2

1.1.3. Metodologia ............................................................................................................... 2

2. Desenvolvimento ........................................................................................................... 3

2.1. Conceitualizar o termo Patristica. ................................................................................. 3

2.2. Como era entendida a Teologia nos primeiros séculos do cristianismo, isto é, na época
apostólica. ................................................................................................................................ 3

• Século I: Os Padres Apostólicos ....................................................................................... 3

• Os Padres e as resistências iniciais ao cristianismo .......................................................... 4

2.3. Os padres da igreja em geral, e deixar o pensamento de pelo menos 2 dos padres da
época patristica. ....................................................................................................................... 5

2.3.1. Os Padres e sua atualidade......................................................................................... 6

3. Conclusão ...................................................................................................................... 8

4. Referência...................................................................................................................... 9

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1. Introdução

O presente trabalho se propõe proceder a uma reflexão sobre os pressupostos doutrinários da


pedagogia cristã a partir do diálogo realizado entre o cristianismo primitivo e a cultura clássica.
Nesse sentido, importa considerar que a palavra “Padres” – ou “Pais” (que seria um melhor
vocábulo em português) – tem raízes já no Antigo Testamento (cf. Eclo 44-50 e Lc 1,54-55) e
traduz a relação que tais personagens tiveram com a Igreja: deram uma enorme contribuição na
organização eclesial e na elaboração da doutrina cristã justo nos primeiros tempos – vale dizer, na
“infância” – da Igreja. Como pais devotados, cuidaram da Igreja nos seus primeiros passos,
ajudando-a a se firmar nos diversos contextos em que ela se inculturou.

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1.1.Objectivos
1.1.1. Geral
• Abordar temas referentes a padres da igreja

1.1.2. Específicos
• Contextualizar o termo Patristica.
• Descrever como era entendida a Teologia nos primeiros séculos do cristianismo, isto é, na
época apostólica.
• Falar dos padres da igreja em geral, e deixar o pensamento de pelo menos 2 dos padres da
época patristica.

1.1.3. Metodologia

Para a materialização do presente trabalho aplicou se o método bibliográfico

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2. Desenvolvimento
2.1.Conceitualizar o termo Patristica.

Para Barros (2009), os Padres da Igreja são aqueles que se distinguem por três características:
ortodoxia da doutrina, santidade pessoal e comunhão com a Igreja.

Patrística e uma corrente filosófica que surgiu na transição da antiguidade clássica (Gregos e
Romanos) para a idade media. Ela recebeu esse nome porque foi desenvolvida pelos primeiros
cristãos, ou seja, os Pais da Igreja Católica.

Características da patrística

As principais características são:

• É um período de transição da Antiguidade para a idade media;


• Defende a fé contra pagões e hereges
• É baseada na filosofia grega, principalmente nas ideias de Platão no que se refere ao modo
de argumentar e explicar o mundo usando a logica.

Fundadores da patrística:

Os primeiros e principais pensadores da Patrística são:

• São Justino de Roma (seculo II) considerado filosofo cristão, afirmou que o cristianismo
era a verdadeira filosofia.
• São clemente de Alexandria e Origenes (seculos II-III);
• São Policarpo de Esmirna;
• Santo Agostinho, de Hipoma.
• São Gregorio de Nissa, São Bassilio de Cesareia e São Gregorio de Nazianzeno

2.2.Como era entendida a Teologia nos primeiros séculos do cristianismo, isto é, na época
apostólica.
• Século I: Os Padres Apostólicos

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Para Líbanio & Meirad (1998), nos primeiros momentos dessa relação entre o cristianismo e a
cultura clássica, os cristãos adotaram uma postura de quase-indiferença ao seu conteúdo. Tal
comportamento é compreensível, tendo-se em conta a frase lapidar de Paulo de Tarso quando, ao
propor todo um programa de ação, acentuou a necessidade de se crivarem as dádivas do mundo:

“Examinai tudo e abraçai o que for bom; guardai-vos de toda a aparência do mal.” (I Tes 5,21). Os
primeiros autores da Igreja primitiva, ao que parece, receberam a doutrina dos próprios apóstolos,
e o que importava era refletir fielmente sobre as mensagens de Cristo, na sua simplicidade e
originalidade.

A quase-exceção foi a Epístola a Diogneto, escrito anônimo que apareceu em fins do século I e
início do século II, pois o seu autor retomou o combate ao pensamento clássico e proclamou um
novo tempo para as obras dos Padres Apostólicos (séculos I e II), apesar das poucas referências
que fazia à cultura clássica.

O autor desconhecido louvava o cristianismo, destacando a sua condição nãohumana, por ter-se
originado do próprio Deus, revelado pelo seu Logos. A coragem dos mártires era invocada para
provar essa origem divina. Enquanto outros cristãos tentavam argumentar com a precedência dos
profetas em relação à Filosofia, ele assumia de modo radical a novidade do cristianismo.

Em sua argumentação sobre a possibilidade de existirem anteriormente saberes humanos quanto à


existência de Deus, ele destacava o caráter enganoso desse raciocínio, acusando-o de ser produzido
por homens não comprometidos com a verdade.

A verdade é que tais coisas são mitos e enganos de charlatões impostores. Nenhum homem
o viu nem conheceu, foi ele mesmo que se mostrou. E manifestou pela fé, por cujo meio
exclusivamente foi concedido ver a Deus (Carta a Diogineto, 1979, p.178).

Com essa exceção, é possível pensar ter-se iniciado um novo tempo para o pensamento cristão, que
passou a adotar uma atitude combativa em relação ao pensamento clássico, conforme se pode
apreender a partir da metade do século seguinte.

• Os Padres e as resistências iniciais ao cristianismo

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Segundo Para Líbanio & Meirad (1998), diz que os Padres passaram por dificuldades especiais. É
o tempo do florescimento da apologética, precisamente nos séculos II e III, que teve duas
tendências mais destacadas. Uma, interessada em estabelecer diálogo com o diferente
(representante desta corrente é, por exemplo, Melitão de Sardes). A outra, que assume pura e
simplesmente uma posição crítica frente ao paganismo (é o caso de Tertuliano). Apologista famoso
é Justino, nascido na Palestina e convertido ao cristianismo: é o autor do Diálogo com o Judeu
Trifão, obra mediante a qual responde às dificuldades postas ao cristianismo pelo judaísmo. Os
cristãos eram vítimas de preconceitos os mais diversos, tais como a acusação de professarem uma
religião atéia.

Para exemplificar isto, basta mencionar esta provocação do filósofo pagão Celso: “Por que vós,
cristãos, não tendes altares, nem estátuas, nem templos?” (Orígenes, Contra Celso, 8, 17).
Evoquemos também as objeções de outros filósofos, tais como Luciano de Samósata e os sofistas
(aos quais responde Clemente de Alexandria com a obra Stromata), e Frontão de Cirta. Em meio a
estes desafios, os Padres explicitaram a fé cristã com categorias das escolas filosóficas então
correntes, entre as quais se destacavam o platonismo, o estoicismo e o neoplatonismo. Além destas
perseguições difusas e de natureza ideológica, recordemos aquelas oficiais, do Império romano,
que se deram ora de modo severo, ora de modo brando, às quais alguns Padres responderam com
a aceitação do martírio, como Cipriano de Cartago e Inácio de Antioquia.

2.3.Os padres da igreja em geral, e deixar o pensamento de pelo menos 2 dos padres da
época patristica.

Para Líbanio & Meirad (1998), os Padres da Igreja foram os primeiros elaboradores da doutrina
cristã, e neste sentido, do vocabulário específico desta mesma doutrina. Não por acaso os Padres
foram contemporâneos dos primeiros concílios ecumênicos da história da Igreja, a saber, Nicéia
(no ano 325), Constantinopla (381), Éfeso (431), Calcedônia (451), Constantinopla II (553),
Constantinopla III (681) e Nicéia II (787). Os primeiros concílios da Igreja foram eventos únicos
e de grande importância, nos quais se lançaram as bases da doutrina cristã, indispensável para
organizar a vida interna da Igreja e para dinamizar a sua missão.
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Como se trata de um período relativamente longo, os estudiosos da patrística dividemna em
algumas fases, a saber: a fase dos Padres apostólicos (Clemente Romano, Inácio de Antioquia,
Policarpo de Esmirna, …); aquela dos Padres apologistas (Justino, Ireneu de Lião, Clemente de
Alexandria, Orígenes, …); em seguida, a fase de “maturidade” da patrística (no Oriente: Basílio,
Teodoreto de Ciro, …; no Ocidente, no fim do séc. IV e no início do séc. V: Agostinho, Jerônimo,
…). Costuma-se classificar os personagens destes tempos iniciais da Igreja em dois grandes grupos:
os “Padres da Igreja” propriamente ditos, e os “escritores eclesiásticos”.

Os Padres da Igreja são aqueles que se distinguem por três características: ortodoxia da doutrina,
santidade pessoal e comunhão com a Igreja. A partir desta diferenciação, figuras importantes como
Tertuliano e Orígenes, por exemplo, muito embora tenham composto obras de valor, que
constituem referência para a reflexão teológica e para a vida da Igreja, são reconhecidos apenas
como “escritores eclesiásticos”.

2.3.1. Os Padres e sua atualidade

Para Barros (2009), o primeiro método dá-nos uma visão do “todo” da revelação. Ademais, os
Padres da Igreja tinham consciência de que o Espírito é quem nos faz entender os textos sacros: o
método patrístico de leitura da Escritura implica a experiência da docilidade ao Espírito Santo na
comunhão eclesial. O segundo método, por seu lado, ajuda-nos a conhecer a formação histórica
dos textos, a composição gradativa da Bíblia, os diversos gêneros literários. Os dois métodos não
são incompatíveis, nem mutuamente excludentes; antes, se complementam em vista de uma melhor
compreensão e assimilação da história da salvação “concentrada” nos escritos sagrados.

O modo segundo o qual os Padres concebiam a liturgia nos ajuda, hoje, a melhor celebrar os
sacramentos: não como protagonismo dos clérigos, mas como ação de todo o Povo de Deus. Isto
implica em equilíbrio entre as funções da presidência e a participação de todos, como única Igreja
celebrante. Aprendemos dos Padres que a liturgia deve ser vivida não como show a que se assiste,
mas como humilde e agradecida contemplação do mistério de Deus numa atmosfera de oração em
comunidade.

Mencionemos Ambrósio de Milão e Cirilo de Jerusalém, para citar dois exemplos notáveis de
Padres que reconheciam a centralidade da liturgia na vida cristã. O conhecimento das obras dos
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Padres, sem dúvida, há de nos ajudar a reencontrar o autêntico valor da celebração dos sacramentos,
de modo particular enquanto atitude de respeitosa acolhida do Deus que fala a seu povo, o purifica
e o alimenta. Aqui tem grande significado a compreensão dos ritos e dos sinais litúrgicos, de como
foram sendo assimilados aos poucos pelos cristãos em suas celebrações nos tempos iniciais da
Igreja.

Esta consciência histórica da formação dos ritos litúrgicos por certo há de favorecer uma sadia
criatividade na liturgia, muito diversamente da mera invenção de gestos vazios e estranhos à
tradição litúrgica da Igreja.

• Síntese de dois Padres da Igreja:

S. Clemente de Roma (+102), Papa (88”97), foi o terceiro sucessor de são Pedro, nos temos dos
imperadores romanos Domiciano e Trajano (92 a 102). No depoimento de Santo Ireneu “ ele viu
os apóstolos e com eles conversou, tendo ouvido directamente a sua pregação e ensinamento.

São Policarpo (+156), foi bispo de Esmirna, Policarpo foi discípulo de são João evangelista,
combateu os hereges gnósticos.

Pelo contexto em que se desenvolveu, a Patristica foi uma linha filosófica que tinha o objectivo de
defender o cristiano dos ataques externos (pagoes e judeus) e das confusões internas (hereges).
Embora tenha surgido como defesa, também se tornou uma óptima forma de expandir o
cristianismo, pois era por meio da Filosofia que se chegava a fe, convertendo também os
intelectuais.

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3. Conclusão

Porem conclui se que os Padres têm muito a nos ensinar sobre a sadia diversidade de teologias,
enquanto sínteses imperfeitas brotadas do esforço humano de dizer aquilo que é indizível: o
mistério de Deus.

Os Padres são de valor inestimável para o movimento ecumênico. O seu amor pelaunidade da Igreja
de Cristo (cuja imagem eles reconhecem na túnica sem costura do Crucificado [cf. Jo 19,23]), por
si só, justifica o atual empenho ecumênico. Nada lhes era mais repugnante que provocar cismas na
Igreja. Ademais, os Padres são um patrimônio comum às grandes tradições cristãs de hoje –
catolicismo, ortodoxia e protestantismo –, resultantes de processos históricos complexos quer por
ocasião da separação entre Ocidente e Oriente (ano de 1054), quer por ocasião da Reforma
protestante (1517).

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4. Referência
• “carta a Diagneto”. In: FOLCH GOMES, Cirilo. Antologia dos Santos Padres. São Paulo:
Edições Paulinas, 1979.
• Barros, P. C. (2009). As fontes patristica .importância e actualidade para a igreja. Vida
Pastoral. Revista bimestral para sacerdotes e agentes de pastoral, Novembro-Dezembro.
• Líbanio, J. & Meirad, A. (1998). Introdução à teologia. São Paulo: Edições Loyola. UCM,
Modulo de fundamentos de teologia católica I.

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