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INSTITUTO DE ESTUDOS SUPERIORES DO MARANHÃO – IESMA


FACULDADE CATÓLICA DO MARANHÃO
Curso: Filosofia
Disciplina: História da Filosofia Medieval I (II)
Professor: Frei José Luís Leitão, OFMCap.
Código:
Período: 3º (segundo ano de filosofia)
Carga horária: 60 h/a
Semestre: 2024.1
Créditos:
Ano: 2024

Ementa
O neoplatonismo (filosofia antiga). A filosofia patrística. A filosofia pós-
aristotélica (filosofia da Idade Média). O legado da filosofia antiga para as épocas
modernas.

Objetivo geral
• Levar ao conhecimento do corpo discente o valor do pensamento filosófico na
Idade Média através da última grande filosofia antiga para as épocas modernas.

Objetivos específicos
• Identificar a preocupação central desse período (fé e razão);
• Acentuar a contribuição da filosofia à teologia na defesa das próprias teses;
• Valorizar o conhecimento relativo ao passado (São Tomás de Aquino cristianiza
a filosofia aristotélica);
• Averiguar a filosofia da antiguidade e o seu adaptar-se ao espírito cristão;
• Mostrar que há um vínculo complementar entre filosofia e teologia referente às
necessidades do espírito humano;
• Destacar elementos da filosofia antiga que influenciaram as épocas modernas e
não deixam de ter até hoje um valor perene;
• Constatar o esforço intelectual e genial dos grandes filósofos cristãos preocupados
em dar uma resposta aos questionamentos da época a partir de uma especulação
filosófico-teológica.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

I – CARACTERÍSTICAS GERAIS DA IDADE MÉDIA


1.1 Limites cronológicos
1.1.1 Divisão da Idade Média
1.2 Cristianismo e Idade Média
II – FILOSOFIA ALEXANDRINA
2. 1 Neoplatonismo
2.2 Linhas gerais do pensamento neoplatônico
2.3 Plotino
2.3.1 Doutrina: Uno, emanações e retorno a Deus
2.3.2 Leitura textual: o Uno transcendente e as suas emanações
III – FILOSOFIA PATRÍSTICA
3.1 Características gerais
3.2 Temas gerais
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3.3 Patrística dos dois primeiros séculos


3.3.1 Caráter da patrística desse período
3.3.2 Padres apologistas: São Justino e outros
3.3.2.1 Justino
3.4 Filosofia patrística dos séculos III e IV
3.4.1 Caráter da patrística desse período
3.4.2 Orígenes
3.4.2.1 Doutrina: fé e gnose, Deus e mundo
3.4.3 Santo Agostinho
3.4.3.1 Doutrina: verdade, Deus, criação, alma, bem etc.
3.4.3.2 Leitura textual: o mal como não-ser
3.5 Final da patrística
3.5.1 Boécio
3.5.1.1 Doutrina: Deus, homem, fé e razão
3.5.1.2 Leitura textual: a vida eterna e a liberdade do homem
3.5.2 Pseudo-Dionísio Areopagita
IV – FILOSOFIA ESCOLÁSTICA
4.1 Caráter da Escolástica
4.2 Começos da Escolástica – renascimento carolíngio
4.2.1 João Scoto Eurígena
4.2.2 Santo Anselmo
4.2.2.1 Leitura textual: argumento ontológico
4.2.3 Pedro Abelardo
4.3 Alta Escolástica (séc. XIII)
4.3.a Universidades e traduções de Aristóteles
4.3.1 São Boaventura (escola franciscana)
4.3.2 Santo Alberto
4.3.3 Santo Tomás de Aquino
4.3.3.1 Leitura textual: como demonstrar a existência de Deus
4.3.4 Duns Scoto
4.4 Baixa Escolástica (período de decadência)
4.4.1 Características desse período
4.4.2 Guilherme de Ockham
4.4.2.1 Leitura textual: o que são os universais
4.4.3 Ockhamismo
V – LEGADO DA FILOSOFIA ANTIGA
Que aspectos filosóficos continuam sólidos nas concepções filosóficas da Idade
Moderna ou serviram de iluminação reflexiva aos filósofos desse período?
Se algo continua, tudo bem. Se não continua, mas serviu de base ao pensamento
reflexivo, será, então, que um dos legados da filosofia, não só da antiga, como também
da de todos os períodos históricos – se por legado se pode entender uma espécie de
transmissão – não é dizer ao pensador ou ao estudante de filosofia que tudo na vida é um
interligar-se numa atitude de revisão, de inspiração, de triagem, de elaboração e de
enriquecimento ao espírito humano?
No fundo, este último item quer ser mais uma chamada de atenção, isso no sentido
de poder levar-nos a ir aguçando a mente para captar na nossa disciplina ideias similares,
pertinentes e divergentes nos filósofos da Idade Média. Isto nos ajuda a identificar a
questão principal na mente de tal filósofo moderno e, depois, a saber, por exemplo, no
estudo da Idade Moderna, que tal ideia de tal filósofo já falou tal filósofo antigo ou
medieval. Por exemplo, Descartes afirma: “Cogito, ergo sum” (penso, logo existo). Santo
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Agostinho, porém, afirma antes dele: “Duvido, porque existo”. Será que Agostinho não
inspirou Descartes? Certamente.

METODOLOGIA DE ENSINO
• Aulas expositivas virtuais (em tempo real)
• Leituras textuais
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
• Prova
• Trabalho

BIBLIOGRAFIA

Básica
REALE, Giovanni; ANTISERI, Dário. História da filosofia. São Paulo: Paulus, 1990.
HIRSCHBERG, Johannes. História da filosofia medieval. São Paulo: Herder, s/d.
MARIAS Julián. História da filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

Complementar
HIRSCHBERG, Johannes. Breve historia de La filosofia. Madrid: Rialp, 1965 (capítulos
sobre filosofia patrística e medieval e escolástica).
MARIAS Júlián. História da filosofia. Porto: Sousa e Almeida, s/d (capítulo sobre a filosofia
medieval).
MARCONDES, D. iniciação à história da filosofia. Dos pré-socráticos a
Wittegenstien. Rio de Janeiro: Zahar, 1997.
THONNARD, F.J. Compêndio de história da filosofia (v.1). São Paulo: Herder, 1968.
FRANÇA, Lima. Noções de história da filosofia. Rio de Janeiro: Agir, 1978 (capítulos
sobre a filosofia medieval).
COTRIM, Gilberto. Fundamentos de filosofia. São Paulo: Saraiva, 1999.
FRANÇA, Lima. História da filosofia. Rio de Janeiro: Agir, s/d.

São Luís/MA, 5 de fevereiro de 2024.

Frei José Luís Leitão, OFMCap.

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