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I.

Mecanismos de Ajustes Orçamentários;


1º Bloco II. Créditos Adicionais - Ajustes à Loa.

2º Bloco I. Continuação de Créditos Adicionais - Ajustes à Loa.

I. Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal;


II. Vedações Constitucionais Relacionadas ás Práticas Orçamentárias;
3º Bloco III. Ciclo Orçamentário;
IV. Sistemas de Informações de Planejamento e Orçamento.

4º Bloco I. Continuação de Sistemas de Informações de Planejamento e Orçamento.

5º Bloco I. Exercícios Relativos ao Encontro.

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Alfa Concursos Públicos Online.
I. MECANISMOS DE AJUSTES ORÇAMENTÁRIOS
Ao longo dessa obra temos afirmado que, em função do princípio da legalidade, o poder público não poderá
incorrer em despesas que não tenha sido devidamente planejada e para a qual exista autorização legal. Vimos
também que a Administração utiliza como instrumentos de planejamento o PPA, a LDO e a LOA. Isso faz com que o
gestor público fique preso à execução daquilo que foi planejado e que esteja nesses instrumentos orçamentários. Tal
vinculação é um dos fatores que caracterizam o orçamento programa, concepção orçamentária adotada no Brasil por
força de lei.
Porém, afirmamos também que o orçamento programa também tem como característica ser uma concepção
gerencial de orçamento, o que lhe confere continuidade, dinamismo e flexibilidade para que possa se adaptar a
novas situações e conjunturas.
Assim, é certo que haverá situações em que serão necessários ajustes à execução orçamentária gerando a
necessidade de inocorrência despesas que não foram originalmente previstas nos instrumentos orçamentários,
sendo inúmeros os fatores que contribuem para que tais situações ocorram tais como:
• A antecedência na elaboração dos instrumentos orçamentários em relação ao período de execução faz com que
se torne impossível prever todas as situações que geram receita e despesas nem o montante exato em que
ocorrerão;
• Instabilidade de preços gera a possibilidade de erros de estimativas;
• Mudanças na conjuntura político-econômica podem fazer com que mudem as diretrizes objetivos e metas
estabelecidas no PPA, assim como as metas e prioridades estabelecidas na LDO;
• Ocorrência de catástrofes ou outras situações imprevisíveis e urgentes;
• Erro na estimativa de arrecadação para mais ou para menos, etc...
• Outros.
Diante das situações apresentadas, é necessária a utilização de mecanismos que atendam a necessidade que
possa surgir, mantendo a flexibilidade do planejamento, sem descumprir os princípios e regras orçamentárias
estabelecidas. Tais procedimentos não ofendem ao princípio do planejamento ou programação, pois a adaptação é
da natureza do próprio planejamento, porém, algumas bancas aceitam como sendo exceções, principalmente no que
diz respeito a créditos adicionais que veremos a baixo.
 Ajustes ao PPA e à LDO
Tais instrumentos de planejamento podem ser ajustados para melhor atender a realidade da execução, desde que
sigam, pelo menos em parte, as regras e o rito estabelecido para a elaboração e aprovação dos projetos de lei
originais, isso garantirá que não haja arbitrariedades por parte dos executores. Dentre tais regras pode-se citar:
1) Que tais alterações ocorram por meio de lei que emende tais instrumentos, mantendo suas características;
2) Que tais leis respeitem, no que for possível, as regras estabelecidas para a elaboração tramitação e promulgação
dos instrumentos que pretendam emendar como:
• Iniciativa privativa e indelegável do chefe do Poder Executivo;
• Que se sujeite à subordinação do PPA, no caso da LDO;

• Que sejam apreciados pelo Congresso Nacional com parecer da Comissão Mista (CMO);
• Outros.

II. CRÉDITOS ADICIONAIS - AJUSTES À LOA


Com relação necessidade de ajustes da Lei Orçamentária Anual, os créditos adicionais surgem então como
solução a esse problema, pois são instrumentos orçamentários destinados ao ajuste do orçamento, são autorizações
para despesa não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento em função de erros ou fatos
imprevistos, ou ainda, em função de recursos que ficaram sem destinação específica. Por serem executados no
mesmo exercício em que são elaborados, configuram-se uma exceção ao princípio da precedência.

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Alfa Concursos Públicos Online.
A lei 4.320/67 versa sobre os créditos adicionais em título próprio, o Título V, que vai do art. 40 ao 46.
Reza o art. 40 da lei 4.320/67:
Art. 40 - São créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei
de Orçamento.
Interpretando a lei vemos que tais créditos são autorizações de gastos que:
1) Não foram computadas (previstas) na LOA;
2) Ou insuficientemente dotadas na LOA, ou seja, foram previstos, mas com valor a menor, em função de falhas no
planejamento ou fatores imprevisíveis.
Sendo ajuste à LOA, os créditos adicionais, na maioria dos casos, herdam muitas de suas características como:
1) De regra terá a forma de lei ordinária específica, salvo algumas exceções:
• Crédito Extraordinário que será por medida provisória;
• Crédito suplementar autorizado na própria LOA;

• Quebra da regra de ouro, onde se exigirá aprovação de lei por maioria absoluta.
2) Iniciativa privativa e indelegável do chefe do Poder Executivo, que deverá justificar as razões;
3) Apreciados pelo Congresso Nacional, seguindo o mesmo rito, com exceção dos prazos, das leis orçamentárias.
Segundo Valdecir Pascoal (Direito financeiro e controle Externo, 2010), em caso de créditos extraordinários, por
serem abertos por medida provisória no caso da União, o rito a ser seguido é o de uma Medida Provisória qualquer,
com apreciação posterior das duas casas em separado, Câmara e Senado, e consecutivamente.
Resumindo, os créditos extraordinários poderão ser abertos por medida provisória ou decreto do Poder Executivo,
porém é importante ficar atento que os dois casos terão efeitos distintos, pois a tramitação da MP que abre Crédito
Adicional é diferente da apresentação e apreciação do decreto. Os efeitos do decreto serão diferentes porque neste a
vontade do Executivo estará plenamente satisfeita. Com a MP existe a possibilidade de alteração por meio de
emendas.
4) São leis somente sob o aspecto formal;
5) São leis temporárias;
6) São leis especiais;
7) São consideradas receitas orçamentárias.
A lei 4.320/64, em seu art. 41, estabeleceu três tipos de créditos adicionais.
São eles:
I - suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;
II - especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica;
III - extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou
calamidade pública.
1. Créditos Adicionais Suplementares
São créditos destinados ao reforço orçamentário de créditos já existentes e que não foram suficientemente
dotados, ou seja, a despesa já havia sido prevista, mas o montante destinado à sua inocorrência é menor que o
necessário, como despesas com água, energia elétrica ou combustível, por exemplo.
Finalidade:
Reforçar dotações já existentes na LOA que por qualquer motivo não foram suficientemente dotadas.
Autorização para abertura:
Necessária, que pode ocorrer de duas formas:

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
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1) Dentro da própria LOA
A autorização para abertura de créditos adicionais suplementares poderá ocorrer dentro da própria LOA e de
forma genérica, onde, a pedido do chefe do Poder Executivo, o Poder Legislativo lhe autoriza a, antecipadamente,
abrir, se necessário for, créditos adicionais com total limitado a um determinado percentual, que pode ser da receita,
da despesa ou outra base de referência. Essa autorização garantirá certo grau de flexibilidade à execução
orçamentária. O crédito nunca poderá ser ilimitado, e o poder legislativo pode negar a o pedido total ou parcialmente.
Constituição Federal - Art. 165 - (...)
§ 8º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se
incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito,
ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
Lei 4.320/67
Art. 7° - A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para:
(...)
I. Abrir créditos suplementares até determinada importância obedecidas as disposições do artigo 43.
Por exemplo: imaginemos que na LOA de determinada prefeitura o total da despesa fixada é de 10 milhões. O
prefeito solicita no texto dessa mesma LOA autorização ao Legislativo para abrir créditos adicionais no valor de 10%
(um milhão).
Assim, se uma das secretarias dessa prefeitura que havia sido dotada inicialmente na LOA com o valor de 1.000
para custear despesa com combustível necessitar de mais 200, em função de reajuste de preços, o prefeito
discricionariamente pode, por meio de decreto executivo, abrir esse crédito no valor solicitado, sem necessitar pedir
autorização à câmara de vereadores, pois essa já foi dada na LOA.
Esses 200 serão abatidos do limite especificado na LOA (um milhão), assim ocorrendo todas as vezes em que
ocorrerem situações parecidas, até que esse valor acabe.
2) E lei específica
Terminados os créditos autorizados genericamente na LOA, pode ocorrer de o chefe do Poder Executivo ainda
necessitar de mais créditos adicionais. Com o fim de atender ao princípio da legalidade ele agora elaborará uma Lei
Específica com o fim de solicitar autorização ao Poder Legislativo para realizar uma despesa suplementar específica.
Abertura:
A abertura dos créditos suplementares será por decreto executivo, incorporando-se ao orçamento sendo
adicionado à dotação orçamentária a qual se destinou reforçar.
Atenção!!!!
As últimas LDOs da União vêm dispensando a necessidade de decreto para abertura de crédito suplementar e
especial, ao determinar que ficam automaticamente abertos tais créditos com a sacão e publicação da lei que os
autorizar.
Serve de exemplo o § 7º do art. 53 da lei 12.465/11 (LDO 2012).
Art. 53. Os projetos de lei relativos a créditos suplementares e especiais serão encaminhados pelo Poder
Executivo ao Congresso Nacional, também em meio magnético, sempre que possível de forma consolidada de
acordo com as áreas temáticas definidas no art. 26 da Resolução no 1, de 2006-CN, ajustadas a reformas
administrativas supervenientes.
§ 7º Os créditos de que trata este artigo, aprovados pelo Congresso Nacional, serão considerados automaticamente
abertos com a sanção e publicação da respectiva lei.
Assim fique atento se a questão vier específica para União, como é o caso do exemplo a baixo em que o CESPE
considerou com certa a afirmação.
(Prova: CESPE - 2010 - ABIN - OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA) A respeito da execução da receita e da
despesa orçamentárias, e dos créditos que alteram o orçamento e suas movimentações, julgue os item.

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comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Alfa Concursos Públicos Online.
A abertura de crédito especial depende de prévia autorização legislativa. No âmbito da União, tais créditos
prescindem de decreto do Poder Executivo, pois eles são considerados autorizados e abertos pela própria lei que os
aprovar
Vigência:
Adstrito ao exercício financeiro em que for aberto, não havendo possibilidade de reabertura do crédito em
exercício posterior, ou seja, é improrrogável.
Indicação de fonte de recursos:
Necessária. Ao se abrir um crédito adicional suplementar é necessário a indicação da fonte do recurso que
financiará aquela despesa, isso em função do princípio do equilíbrio orçamentário.

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I. CONTINUAÇÃO DE CRÉDITOS ADICIONAIS - AJUSTES À LOA
2. Créditos Adicionais Especiais
São créditos destinados à despesas não previstas na Lei Orçamentária Anual. São utilizados para solucionar
situações em que a lei orçamentária não traz autorização para realizar despesas que se evidenciam necessárias
durante o exercício.
Finalidade:
Custear novas despesas que por qualquer motivo não foram previstas na LOA.
Autorização para abertura:
Necessária, ocorrendo na forma de lei específica.
Abertura:
A abertura dos créditos especiais será por decreto executivo, incorporando-se ao orçamento conservando a
especificidade de sua dotação, sendo demonstrado separadamente.
Atenção!!!!
As últimas LDOs da União vêm dispensando a necessidade de decreto para abertura de crédito suplementar e
especial, ao determinar que ficam automaticamente abertos tais créditos com a sacão e publicação da lei que os
autorizar.
Serve de exemplo o § 7º do art. 53 da lei 12.465/11 (LDO 2012).
Art. 53. Os projetos de lei relativos a créditos suplementares e especiais serão encaminhados pelo Poder
Executivo ao Congresso Nacional, também em meio magnético, sempre que possível de forma consolidada de
acordo com as áreas temáticas definidas no art. 26 da Resolução no 1, de 2006-CN, ajustadas a reformas
administrativas supervenientes.
§ 7º Os créditos de que trata este artigo, aprovados pelo Congresso Nacional, serão considerados automaticamente
abertos com a sanção e publicação da respectiva lei.
Assim fique atento se a questão vier específica para União, como é o caso do exemplo a baixo em que o CESPE
considerou com certa a afirmação.
(Prova: CESPE - 2010 - ABIN - OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA) A respeito da execução da receita e da
despesa orçamentárias, e dos créditos que alteram o orçamento e suas movimentações, julgue os
item.
A abertura de crédito especial depende de prévia autorização legislativa. No âmbito da União, tais créditos
prescindem de decreto do Poder Executivo, pois eles são considerados autorizados e abertos pela própria lei que os
aprovar.
Vigência:
No exercício financeiro em que for aberto, podendo se reaberto (prorrogado) no exercício seguinte se cumprir
cumulativamente duas condições:
1) Se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício; e
ATENÇÃO: A Constituição versa sobre promulgação e não sobre aprovação. Assim, um crédito aprovado antes dos
quatro últimos meses do término do exercício financeiro poderá ser prorrogado, desde que o ato de sua promulgação
ocorra nos últimos quatro meses, ou seja, a partir de primeiro de setembro.
2) Existir saldo remanescente por ocasião do término do exercício.
§ 2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo
se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos
limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente.

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Para a maioria da doutrina a prorrogação não é obrigatória, mas, se reaberto, incorporado ao exercício financeiro
subsequente sendo considerado receita extra orçamentária do orçamento do exercício financeiro para o qual foi
reaberto.
Indicação de fonte de recursos:
Necessária. Ao se abrir um crédito adicional especial é necessário a indicação da fonte do recurso que financiará
aquela despesa, isso em função do princípio do equilíbrio orçamentário.
3. Créditos Adicionais Extraordinários
Segundo a Constituição Federal a abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a
despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública. Dessa
forma, diante de uma dessas situações, estará o chefe do Poder Executivo autorizado a abrir crédito extraordinário
para fazer frente às despesas delas originadas. É importante ressaltar que essa relação é meramente exemplificativa,
e o que importa é que a despesa seja urgente e que tenha sido imprevisível.
Finalidade:
Custear despesas imprevisíveis e urgentes. Cabe aqui a ressalva de que, para justificar a abertura de créditos
extraordinários essa despesa deve cumular essas duas características, porque se for urgente, mas previsível a
despesa deve constar na LOA e se for imprevisível mas não for urgente essa despesa poderá ser atendida por meio
de créditos especial, se o chefe do Poder Executivo julgar conveniente.
Outra questão a ser considerada é a confusão entre os termos “Imprevisíveis” e “imprevistas”. A Constituição se
refere a despesas IMPREVISÍVEIS, aquelas impossíveis de serem previstas, e não a imprevista, aquelas que
poderiam ser previstas, mas por algum fator não o foram.
É importante ficar atento aos termos utilizados pela lei 4.320 que usa a expressão imprevista. Assim se uma
questão cobrar exatamente como está na lei, a depender da banca examinadora, essa questão pode ser considerada
correta.
Lei 4.320/64
Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:
III - extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou
calamidade pública.
A título de exemplo segue uma questão que o CESPE considerou errada por inverter os conceitos de imprevistos
e de imprevisível.
(Prova: CESPE - 2008 - STF - Analista Judiciário - Área Administrativa) Com base na doutrina e nas legislações
orçamentária e financeira públicas, julgue os itens.
A CF, ao tratar dos créditos extraordinários, referiu-se, corretamente, às despesas imprevistas, e não às
imprevisíveis, pois, no primeiro caso, admite-se que houve erro de previsão, enquanto, no segundo, as despesas não
podiam mesmo ser previstas.
Autorização para abertura:
Não é necessária. Porém o ato que abrir o crédito orçamentário passará a posteriori pelo crivo do Poder
Legislativo.
Abertura:
A abertura poderá ser cobrada em prova de duas formas:
1) De acordo com Constituição Federal:

• No âmbito da União a abertura dos créditos extraordinários será por medida provisória, segundo § 3º do art.
167.
• No âmbito dos outros entes federados, para alguns autores, a abertura será por decreto. Já para outros,
como Valdecir Pascoal, essa abertura poderá ser por medida provisória, desde que haja previsão específica
desse ato normativo nas Constituições Estaduais, e nesses estados onde existe essa previsão, havendo
também previsão nas Leis Orgânicas Municipais, os municípios que as contiverem também poderão se
utilizar desse ato normativo. Se não existir tal previsão a abertura se dará por Decreto Executivo que deverá
ser imediatamente encaminhado ao Poder Legislativo para apreciação.

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De acordo com Lei 4.320/67:
A lei 4.320/67 traz o seguinte texto em seu art. 44:
Art. 44 - Os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder Executivo, que deles dará imediato
conhecimento ao Poder Legislativo.
Algumas bancas cobram a literalidade deste artigo como resposta certa, então devamos ficar atentos ao
posicionamento da banca e ao que pede a questão, se se refere à Constituição ou se se refere à Lei 4.320/67. Se
assim considerar, o crédito extraordinário será aberto por decreto, mesmo no caso da União.
Vigência:
No exercício financeiro em que for aberto, podendo se reaberto (prorrogado) no exercício seguinte se cumprir
cumulativamente duas condições:
1) Se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício; e
Atenção que a Constituição versa sobre promulgação e não de aprovação. Assim, um crédito aprovado antes dos
quatro últimos meses do término do exercício financeiro poderá ser prorrogado, desde que o ato de autorização seja
promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, ou seja, a partir de primeiro de setembro.
2) Existir saldo remanescente por ocasião do término do exercício.
§ 2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo
se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos
limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente.
Assim como nos créditos especiais, a prorrogação, segundo parte da doutrina, não é obrigatória, mas, se
reaberto, será incorporado por decreto executivo ao orçamento em for reaberto, sendo considerado receita extra
orçamentária.
Indicação de fonte de recursos
Não é Necessária.
4. Fontes de Recursos para os Créditos Adicionais Suplementares e Especiais
A Constituição no § 8º do seu art. 166, versa sobre a disponibilidade de recursos para abertura de créditos
adicionais suplementares e especiais.
Art. 166 - (...)
§ 8º - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem
sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou
suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.
A lei 4.320 também versa sobre a matéria em seu art. 43 indicando expressamente quais são as fontes de
recursos para abertura de créditos adicionais:
Art. 43 - A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos disponíveis para
ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)
§ 1º - Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos: (Veto rejeitado no D.O.
05/05/1964)
I. o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior; (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)
II. os provenientes de excesso de arrecadação; (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)
III. os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais, autorizados em
Lei; (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)
IV. o produto de operações de credito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao poder executivo
realiza-las. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)

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§ 2º - Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro,
conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de credito a eles
vinculadas. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)
§ 3º - Entende-se por excesso de arrecadação, para os fins deste artigo, o saldo positivo das diferenças acumuladas
mês a mês entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício. (Veto
rejeitado no D.O. 05/05/1964)
§ 4° - Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de excesso de arrecadação, deduzir-se-a a
importância dos créditos extraordinários abertos no exercício.(Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)
 Fontes Segundo à Constituição:
Para que seja considerado fonte de recursos para créditos suplementares e especiais os recursos deverão cumpri
alguns requisitos:
1) Existirem e decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual;
Isso quer dizer que o orçamento foi aprovado em desequilíbrio, pois em algum momento a inocorrência de alguma
despesa foi rejeitada ou pelo chefe do Executivo após aprovação pelo Poder Legislativo (veto) ou pelo poder
Legislativo (emenda ou rejeição do PLOA).
2) Ficarem sem despesa correspondente
Mesmo se houver algumas das situações acima, para que seja considerada fonte de recurso, essa rejeição não
pode ter sido utilizada para outra dotação.
 Fontes Segundo à Lei 4.320/67
1) O superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;
Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro,
conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de credito a eles vinculadas.
Tendo como base o texto legal, podemos chegar a seguinte equação:
SF = AF – PF – CAR + OCVñAr
 SF: Superávit financeiro (líquido)
 AF: Ativo Financeiro
 PF: Passivo Financeiro
 CAR: Créditos adicionais reabertos (transferidos)
 OCVñAr: Operações de crédito vinculadas aos créditos reabertos e ainda não arrecadadas.
Vale a observação de a lei se refere ao superávit financeiro líquido e as operações de crédito são aquelas ainda
não arrecadas.
Essa fonte de recurso nada mais é que uma sobra do exercício financeiro anterior, e veja que deve ser o exercício
é o imediatamente anterior. Atenção especial deve ser dada às seguintes observações:
 O superávit é financeiro;
 O balanço é patrimonial;
 E o exercício é o anterior.
Isso porque algumas questões não cobram conhecimento sobre o que é essa fonte recursos e sim fazem
trocadilhos com essas palavras, afirmando que o superávit é patrimonial, ou que o balanço é financeiro ou que o
exercício é o atual. Qualquer dessas expressões torna a questão errada.
2) Os provenientes de excesso de arrecadação;
Entende-se por excesso de arrecadação o saldo positivo das diferenças acumuladas mês a mês entre a
arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício.

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Alfa Concursos Públicos Online.
Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de excesso de arrecadação, deduzir-se-á a importância
dos créditos extraordinários abertos no exercício.
Valem aqui duas observações:
• O excesso de arrecadação e receita orçamentária; e
• Pode-se considerar como fonte de crédito uma receita que ainda não foi sequer arrecada, levando em
consideração somente a tendência crescente.
3) Os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais, autorizados em
lei;
Essa anulação de dotação configura-se uma fonte permutativa, porque não aumenta o volume geral de dotação,
ocorre uma mera permutação entre dotações aumentando uma na mesma medida que se reduz outra. Essa
anulação poderá ocorrer em créditos previstos na própria LOA ou em leis de créditos suplementar ou especial.
Vale destacar entre essas anulações a resultante da reserva de contingência, uma dotação global (exceção ao
principio da descriminação) com o fim de atender a ocorrência de passivos contingentes, fatos que se ocorrerem
podem comprometer a execução orçamentária.
4) O produto de operações de crédito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao poder executivo
realiza-las.
Essa fonte de recurso nada mais é que empréstimos ou financiamentos para financiar obras e serviços públicos e
desequilíbrios orçamentárias feitos nas suas diversas modalidades.
 Decreto 200/67 (art. 91) (alterado pelo Decreto-Lei Nº 1763/80)
 Reserva de contingência
Sob a denominação de Reserva de Contingência, o orçamento anual poderá conter dotação global não
especificamente destinada a determinado órgão, unidade orçamentária, programa ou categoria econômica, cujos
recursos serão utilizados para abertura de créditos adicionais.

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I. SISTEMA DE PLANEJAMENTO E DE ORÇAMENTO FEDERAL - SEGUNDO A LEI 10.180 DE 6 DE
FEVEREIRO DE 2001.
A título de conhecimento, segue determinações legais estabelecidos pela Lei 10.180/01 que teve por função
Organizar e disciplinar os Sistemas de Planejamento e de Orçamento Federal, de Administração Financeira Federal,
de Contabilidade Federal e de Controle Interno do Poder Executivo Federal.
Daremos ênfase ao Planejamento e de Orçamento Federal para quem a lei em seu Art. 2º estabelece suas
finalidades, quais sejam:
1) Formular o planejamento estratégico nacional;
2) Formular planos nacionais, setoriais e regionais de desenvolvimento econômico e social;
3) Formular o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais;
4) Gerenciar o processo de planejamento e orçamento federal;
5) Promover a articulação com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, visando a compatibilização de
normas e tarefas afins aos diversos Sistemas, nos planos federal, estadual, distrital e municipal.
Para tanto, a tal sistema compreende as atividades de elaboração, acompanhamento e avaliação de planos,
programas e orçamentos, e de realização de estudos e pesquisas socioeconômicas.
Integram o Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal:
I. o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, como órgão central;
II. órgãos setoriais;
III. órgãos específicos.
Integrarão então todos aqueles responsáveis por atividades orçamentárias no âmbito da União.

II. VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS RELACIONADAS ÁS PRÁTICAS ORÇAMENTÁRIAS


Todos os dispositivos aqui tratados são comentados ao longo desta obra, porém, em função da cobrança
reiterada em concursos e na maioria das vezes de forma literal, seguem tais dispositivos conforme transcrição do
texto constitucional.
Segundo o art. 167 da constituição são vedados
I. o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual (princípio da Legalidade e da
programação);
II. a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou
adicionais (princípio equilíbrio orçamentário);
III. a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as
autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder
Legislativo por maioria absoluta (regra de ouro);
IV. a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da
arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e
serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da
administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação
de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o
disposto no § 4º deste artigo; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (princípio da
não vinculação de impostos)
V. a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos
correspondentes (princípios da Legalidade e equilíbrio orçamentário);
VI. a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra
ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa (princípio da legalidade);

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VII. a concessão ou utilização de créditos ilimitados (princípio da discriminação, especificação ou especialização);
VIII. a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social
para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive dos mencionados no art.
165, § 5º;
IX. a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa (princípio da legalidade).
X. a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de receita,
pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas com pessoal
ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
XI. a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o art. 195, I, a, e II, para a
realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de previdência social de que trata
o art. 201. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
§ 1º - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão
no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade (princípio da
anualidade ou periodicidade e princípio da programação).
§ 2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo
se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos
limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente (princípio da
anualidade ou periodicidade).
§ 3º - A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes,
como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62.
§ 4º - É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se referem os arts. 155 e 156, e
dos recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a prestação de garantia ou contragarantia à
União e para pagamento de débitos para com esta. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) (exceção ao
princípio da não vinculação de impostos).

III. CICLO ORÇAMENTÁRIO – PROCESSO ORÇAMENTÁRIO


Como estamos podendo observar, o Orçamento Público é uma peça complexa que passa por diversas fazes, do
planejamento até o término de sua execução que é controlada e avaliada.
A esse conjunto de fazes encadeadas, articuladas e interdependentes dá-se o nome de ciclo orçamentário que irá
desde planejamento até o controle e avaliação. Ciclo orçamentário, então, não se confunde com exercício social,
ciclo orçamentário é mais amplo e abrangente.
Para reger uma atividade tão complexa e sensível, a Constituição Federal, leis, decretos e portarias
estabeleceram vários mecanismos que obrigam o gestor público a se planejar, a tornar a execução obrigatoriamente
vinculada a esse planejamento, dando ênfase à transparência e à responsabilidade na execução dessas atividades,
tudo isso sem perder de vista um mínimo de flexibilidade para tornar a execução orçamentária eficiente.
O ciclo orçamentário pode ser visto de diversos pontos de vista, levando em consideração vários fatores,
concebido segundo um sentido estrito ou amplo.
 Ciclo Orçamentário em Sentido Estrito
De forma restrita o ciclo orçamentário inicia-se com propostas que se transformarão em projeto de lei
orçamentária que será apreciado, emendado, aprovado, sancionado e publicado. O orçamento, na figura da LOA
passará então pela execução, momento em que ocorre a arrecadação da receita e a realização da despesa, dentro
do exercício financeiro, até o acompanhamento e avaliação da execução, realizada pelos controles internos e
externos.
Assim, sob essa ótica, o ciclo orçamentário levará em consideração o encadeamento das ações somente a partir
da elaboração da LOA. Ramos (2004, p. 28), afirma que “identificam-se, basicamente, quatro etapas no ciclo ou
processo orçamentário: elaboração da proposta orçamentária; discussão e aprovação da Lei de Orçamento;
Execução Orçamentária e Financeira; e Controle”, conforme abaixo:

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 Ciclo Orçamentário em Sentido Amplo
Visto de uma forma mais ampla, o ciclo orçamentário envolve outros fatores que devem se levados em
consideração. Para o Setor Publico operacionalizar o processo de alocação de recursos da gestão pública, ele se
utiliza do ciclo da gestão, que, na Administração Publica Federal, divide-se em seis etapas:
1) Planejamento – elaboração do Plano Plurianual (PPA), da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), e da Lei
Orçamentária Anual (LOA), que fica a cargo, no âmbito federal, da Secretaria de Planejamento e Investimento
Estratégico (SPI) do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão;
2) Programação – momento em que os órgãos (Poder Executivo, outros Poderes, MPU, TCU, ministérios)
programam suas ações, com base nos objetivos dos programas de governo de maneira a contemplar a solução
de problemas identificados no planejamento, integrando o planejamento e o orçamento;
3) Orçamentação – operacionalização da elaboração do orçamento, cuja responsabilidade, no governo federal, é
da Secretaria de Orçamento Federal (SOF), órgão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão;
4) Execução – etapa em que atos e fatos são praticados na Administração Publica para implementação da ação
governamental e na qual ocorre o processo de operacionalização objetiva e concreta de uma política publica. Os
órgãos que atuam nessa fase são os próprios ministérios, no âmbito do poder executivo, além dos outros
poderes, do TCU e MPU (órgãos), sendo que o gerenciamento da execução financeira é feito pela Secretaria do
Tesouro Nacional (STN) do Ministério da Fazenda.
Segundo o art. 8 da LRF, a execução se inicia após o estabelecimento da programação financeira e do
cronograma de execução mensal de desembolso que ocorrerá por meio de um decreto executivo.
Art. 8º - Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes
orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4º, o Poder Executivo estabelecerá a
programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.
5) Controle – é a verificação da execução física e financeira das ações, que objetiva preservar a probidade do
gestor e a eficiência da gestão. Existe o controle interno administrativo, a cargo do gestor, o Sistema de Controle
Interno, de responsabilidade da Controladoria Geral da União, da Presidência da Republica, por meio da
Secretaria Federal de Controle Interno, e o controle externo, função do Congresso Nacional diretamente por meio
da CMO ou com auxílio do Tribunal de Contas da União (TCU). É importante citar que, apesar de ser
normalmente citado como uma das últimas fazes do ciclo orçamentário, o controle deve acontecer
concomitantemente à execução, principalmente no que se refere ao controle interno;
6) Avaliação – diagnóstico e analise dos resultados e da efetividade da execução das ações de governo, em
processo coordenado pela Secretaria de Planejamento e Investimento Estratégico do Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) também participa desta etapa, no que
concerne à avaliação das políticas públicas, avaliação que exige período de tempo mais tempo que um exercício
financeiro.
Assim, o ciclo orçamentário é mais amplo que a execução do orçamento em si, envolvendo toda faze de
planejamento e a depender da abrangência que se queira enfatizar.
A questão está em se determinar didaticamente quantas fazes se divide esse ciclo, o que traz diversas
configurações conforme o autor.
Vejamos alguns exemplos de cilclos em sentifo amplo.
Uma representação estática do processo integrado de planejamento e orçamento é apresentada por Giacomoni
(2007, p. 209) em que o autor adiciona os planos nacionais, regionais e setoriais dos artigos 21, IX e 165, § 4, da
Constituição Federal à estrutura do sistema PPA/LDO/LOA.

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Segundo Deusvaldo Carvalho, o processo orçamentário se realiza com as seguintes fazes.

Para Vander Gontijo (Instrumentos de Planejamento e Orçamento - http://www2.camara.gov.br/atividade-


legislativa/orcamentobrasil/cidadao/entenda/cursopo/planejamento.html) em trabalho publicado do site da Câmara
dos Deputados, o ciclo integrado de planejamento e orçamento é como se segue:

Para Osvaldo Maldonado Sanches (2007, p.191), o ciclo orçamentário – dadas as amarrações articuladas pelo
texto constitucional, em especial no seu art. 166, § 3o, I e § 4o –, passa a desdobrar-se em oito fases, quais sejam:

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1) Formulação do planejamento plurianual, pelo Executivo;
2) Apreciação e adequação do plano, pelo Legislativo;
3) Proposição de metas e prioridades para a administração e da política de alocação de recursos pelo Executivo;
4) Apreciação e adequação da LDO, pelo Legislativo;
5) Elaboração da proposta de orçamento, pelo Executivo;
6) Apreciação, adequação e autorização legislativa;
7) Execução dos orçamentos aprovados;
8) Avaliação da execução e julgamento das contas.
Para o autor, tais fases são insuscetíveis de aglutinação, dado que cada uma possui ritmo próprio, finalidade
distinta e periodicidade definida.
Segue como exemplo essa questão da fundação Carlos chagas que pede exatamente o posicionamento desse
autor:
(FCC - 2009 - PGE-RJ - Técnico Superior Administrador) Segundo especialistas, o ciclo orçamentário compreende
um conjunto de oito grandes fases, cuja materialização se estende por um período de vários anos. A terceira fase
compreende a:
a) execução dos orçamentos aprovados.
b) elaboração da proposta de orçamento pelo Executivo.
c) formulação do Plano Plurianual pelo Executivo.
d) apreciação e adequação do Plano Plurianual pelo Legislativo.
e) proposição de metas e prioridades para a administração e a política de alocação de recursos pelo
Executivo.

IV. SISTEMAS DE INFORMAÇÕES DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO


 Sistema Integrado de Dados Orçamentários - SIDOR
O SIDOR é um sistema informatizado de informações corporativas sobre a estrutura orçamentária no âmbito da
União. É operacionalizado pela Secretaria de Orçamento Federal e viabilizava a elaboração e discussão do
orçamento por meio de uma estrutura de processamento de dados. Este sistema foi substituído por outro mais
moderno o SIOP, Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento.
Seu objetivo foi dotar o processo orçamentário de uma estrutura de processamento de dados consoante às
modernas ferramentas da tecnologia de informação, consubstanciadas na implementação de um conjunto de
processos informatizados e estruturas de dados que davam suporte às atividades do Sistema Orçamentário Federal.
Subsidiava a Secretaria de Orçamento Federal (SOF) nas gestões relacionadas à elaboração do Orçamento Geral
da União, onde era utilizado, em um primeiro momento, pelas Unidades Orçamentárias nos processos de analise e
inserção desses dados. As unidades orçamentárias cadastravam no SIDOR as suas ações orçamentárias, seus
programas de trabalho e os valores referentes que formavam a sua proposta parcial. Após, tudo era enviado por meio
do SIDOR para as setoriais que consolidavam os dados das suas unidades orçamentárias e enviava tais dados para
a SOF que mais tarde compunham a Proposta do Orçamento Geral da União.
Ao Poder Legislativo, Judiciário, Ministério Público da União, Tribunal de Contas da União cabia remeter,
obrigatoriamente até as datas estipuladas na LDO, por meio do SIDOR, os dados, já consolidados, da proposta
parcial orçamentária do respectivo poder ao Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão (Secretaria de
Orçamento Federal), órgão central do Sistema de Planejamento Federal e Orçamento. Deviam mandar ainda as
solicitações de crédito adicional direcionando. Essa atribuição era desenvolvida pelas setoriais orçamentárias.
Recebidos, analisados e consolidados, os dados, após a chancela do Chefe do Poder Executivo, por meio do
SIDOR, eram disponibilizados para a comissão mista pertencente do Congresso Nacional para examinarem e
emitirem parecer.

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Com relação aos papéis dos envolvidos no processo orçamentários não houve mudanças, o que mudou foi a
ferramenta utilizada no processo que agora é o SIOP.
O SIDOR tem vários tipos de procedimentos, composto de vários subsistemas (destes, dois estão disponíveis:
Tabelas de Apoio, e Elaborar Proposta e Cadastro de Atividades e Projetos, que se dividem em tipos, funções e
subfunções;
a) Tabelas de Apoio, no subsistema apresenta os códigos e nomes utilizados no processo, e permite consulta de
dados dos orçamentos de forma codificada;
b) Elaborar Proposta processa os dados (receitas e despesas) que comporão os orçamentos da União;
c) Cadastro de Atividades e Projetos armazena informações que permitam responder às indagações sobre as
ações de governo programadas nos orçamentos da União.
A partir da proposta para 2005, a captação das programações quantitativas do Plano Plurianual e dos Orçamentos
da União passou a se dar por meio do SIDORNet. O sistema com acesso pela internet era a porta de entrada
para que os agentes corporativos, tomadores de recursos da união, ingressassem com os dados físicos e financeiros
de suas propostas orçamentárias bem como lhes era permitido obter informações que apoiavam o processo de
remessa desses dados aos respectivos órgãos centrais, uma vez que reunia, num único ambiente, informações
qualitativas e quantitativas sobre o processo de elaboração.
 Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento - SIOP
Com o objetivo de integrar os atuais sistemas utilizados no gerenciamento do Plano Plurianual, o SIGPLAN (mais
abrangente instrumento para o acompanhamento e o controle da execução física dos gastos orçamentários do
Governo Federal, cuja função era extrair informações relativas à execução física, apresentando informações
orçamentárias e financeiras dos órgãos e entidades da Administração Pública Federal num formato gerencial) e
elaboração do Orçamento da União (SIDOR), a Secretaria de Orçamento Federal, em parceria com a Secretaria de
Planejamento e Investimento (SPI) e o Departamento de Empresas Estatais (DEST), desenvolveu e colocou em
operação em 2009 o novo Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento - SIOP.
Fiquem atentos porque que o SIOP também vem para substituir o SIEST, Sistema de Informações das Estatais,
porém o material didático disponível até o momento não deixa isso claro.
O SIOP é o resultado da iniciativa de integração dos sistemas e processos de planejamento e orçamento federais,
que visa otimizar procedimentos, reduzir custos, integrando e oferecendo informações para a gestão pública. Com o
SIOP, os órgãos setoriais e as unidades orçamentárias do Governo Federal passam a ter um único sistema para
alimentar o cadastro de programas e ações. O SIOP ainda se integrará a outros sistemas de informação
governamentais para subsidiar e ser subsidiado com dados que sejam pertinentes à gestão pública.
O novo sistema começou a operar para as setoriais no dia 7 de maio de 2009 sendo posteriormente
disponibilizado para os usuários da Secretaria de Orçamento Federal (SOF), da SPI e do Departamento de
Coordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST).
A substituição está sendo gradual e quando completa serão disponibilizados módulos para acesso pelo cidadão e
outros órgãos, como o Congresso Nacional e o Tribunal de Contas da União. Já para a elaboração da proposta
orçamentária para 2012, o sistema de informação utilizado foi o SIOP.
Objetivo Geral do desenvolvimento do SIOP é integrar e substituir os sistemas de suporte ao Planejamento e
Orçamento Federais evoluindo em:
 Confiabilidade nos dados;
 Simplicidade na utilização;
 Integração e transparência.
 Visões diferenciadas da informação para níveis Estratégicos e Tático/Operacional;
Até a presente data não existe material didático disponível sobre o SIOP, mas já é possível saber que ele foi
desenvolvido totalmente em software livre, destacando-se a linguagem Java e o banco de dados Postgresql e sua
hospedagem é feita em servidores que utilizam sistema operacional Linux, servidor de aplicações JBOSS e servidor
Web Apache. Sua arquitetura é baseada em código aberto (software livre), simplicidade, escalabilida de
desempenho, facilidade de instalação, disponibilidade, reusabilidade, segurança e manutenibilidade.

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É formado por subsistemas divididos em:
 Núcleo Básico
1) Subsistema de Cadastro de Programas e Ações;
2) Subsistema de Administração
3) Subsistema de Interface de Sistemas
4) Subsistema de Visualização e Ativação de Funções
 Subsistemas específicos
1) Subsistema de Planejamento;
2) Subsistema de Orçamento e Programação;
3) Subsistema de Gestão de Estatais

Visão geral do posicionamento do SIOP em relação a usuários e outros sistemas

Até maio de 2010, já havia sido desenvolvidos os seguintes módulos:


 Módulos de Cadastros de:
 Programas;
 Indicadores;
 Ações;
 Módulos de Elaboração da Lei Orçamentária Anual - LOA:
 Fase Qualitativa;
 Fase Quantitativa;
 Formalização do PLOA

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 Módulos de Revisão PPA – (PAC2):
 Programas;
 Ações
 Encontravam em desenvolvimento:
 Módulos de Elaboração PPA
 Módulos de Monitoramento
 Relatórios Orçamentários
 Gestão de Alterações Orçamentárias (CRÉDITOS)
 Papel dos agentes do Sistema de Planejamento e Orçamento Federal
O papel dos envolvidos nas atividades de elaboração do orçamento não mudou muito, o que mudou foi o meio
pelo qual as informações são cadastradas e envidas, vejamos o papel de cada um.
SOF
O trabalho desenvolvido pela SOF, no cumprimento de sua missão institucional, tem sido norteado por um
conjunto de competências, descritas no art. 17 do Anexo I do Decreto no 7.063, de 13 de janeiro de 2010, e
amparado no art. 8o da Lei no 10.180, de 2001.
Art. 17 - À Secretaria de Orçamento Federal compete:
I. coordenar, consolidar e supervisionar a elaboração da lei de diretrizes orçamentárias e da proposta
orçamentária da União, compreendendo os orçamentos fiscal e da seguridade social;
II. estabelecer as normas necessárias à elaboração e à implementação dos orçamentos federais sob sua
responsabilidade;
III. proceder, sem prejuízo da competência atribuída a outros órgãos, ao acompanhamento da execução
orçamentária;
IV. realizar estudos e pesquisas concernentes ao desenvolvimento e ao aperfeiçoamento do processo orçamentário
federal;
V. orientar, coordenar e supervisionar tecnicamente os órgãos setoriais de orçamento;
VI. exercer a supervisão da Carreira de Analista de Planejamento e Orçamento, em articulação com a Secretaria de
Planejamento e Investimentos Estratégicos, observadas as diretrizes emanadas do Comitê de Gestão das
Carreiras do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão;
VII. estabelecer as classificações orçamentárias da receita e da despesa; e
VIII. acompanhar e avaliar o comportamento da despesa pública e de suas fontes de financiamento, bem como
desenvolver e participar de estudos econômico-fiscais, voltados ao aperfeiçoamento do processo de alocação de
recursos.
Essa missão pressupõe uma constante articulação com os agentes envolvidos na tarefa de elaboração das
propostas orçamentárias setoriais das diversas instâncias da Administração Pública Federal e dos demais Poderes
da União.
 Órgão Setorial
O órgão setorial desempenha o papel de articulador no âmbito da sua estrutura, coordenando o processo
decisório no nível subsetorial (UO). Sua atuação no processo orçamentário envolve:
 Estabelecimento de diretrizes setoriais para elaboração e alterações orçamentárias;
 Definição e divulgação de instruções, normas e procedimentos a serem observados no âmbito do órgão
durante o processo de elaboração e alteração orçamentária;
 Avaliação da adequação da estrutura programática e mapeamento das alterações necessárias;
 Coordenação do processo de atualização e aperfeiçoamento das informações constantes do cadastro de
programas e ações;

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 Fixação, de acordo com as prioridades setoriais, dos referenciais monetários para apresentação das
propostas orçamentárias e dos limites de movimentação e empenho e de pagamento de suas respectivas
UO;
 Análise e validação das propostas e das alterações orçamentárias de suas UOs; e
 Consolidação e formalização da proposta e das alterações orçamentárias do órgão.
 Unidade Orçamentária (UO)
A UO desempenha o papel de coordenação do processo de elaboração da proposta orçamentária no seu âmbito
de atuação, integrando e articulando o trabalho das suas unidades administrativas, tendo em vista a consistência da
programação do órgão.
As UOs são responsáveis pela apresentação da programação orçamentária detalhada da despesa por programa,
ação e subtítulo. Sua atuação no processo orçamentário compreende:
 Estabelecimento de diretrizes no âmbito da UO para elaboração da proposta e alterações orçamentárias;
 Estudos de adequação da estrutura programática;
 Formalização, ao órgão setorial, da proposta de alteração da estrutura programática sob a responsabilidade
de suas unidades administrativas;
 Coordenação do processo de atualização e aperfeiçoamento das informações constantes do cadastro de
ações orçamentárias;
 Fixação dos referenciais monetários para apresentação das propostas orçamentárias e dos limites de
movimentação e empenho e de pagamento de suas respectivas unidades administrativas;
 Análise e validação das propostas orçamentárias das unidades administrativas; e
 Consolidação e formalização de sua proposta orçamentária.

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 Elaboração da proposta orçamentária
A captação da proposta setorial para 2012 foi aberta segundo o cronograma no SIOP, por UO e por tipo de
detalhamento, e apresentará as seguintes particularidades:
 A proposta das UOs foi feita no SIOP e encaminhada aos seus respectivos órgãos setoriais para análise,
revisão e ajustes. Tanto no momento das UOs, quanto no dos órgãos setoriais, a proposta é elaborada por
tipo de detalhamento orçamentário;
 As fontes/destinações de recursos serão indicadas na fase da elaboração da proposta;

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 O encaminhamento das propostas dos órgãos setoriais à SOF será feito para o conjunto das UOs e por tipo
de detalhamento; e
 Será realizada uma verificação, pelo SIOP, da compatibilidade das propostas encaminhadas pelos órgãos
setoriais, com os limites orçamentários estabelecidos, condição básica para se iniciar a fase de análise no
âmbito da SOF. Caso sejam constatadas incompatibilidades, o próprio SIOP não permitirá que a proposta
elaborada seja encaminhada, requerendo, assim, ajustes nos valores informados.
 Estrutura da programação orçamentária
A compreensão do orçamento exige o conhecimento de sua estrutura e organização, as quais são implementadas
por meio de um sistema de classificação estruturado. Esse sistema tem o propósito de atender às exigências de
informação demandadas por todos os interessados nas questões de finanças públicas, como os poderes públicos, as
organizações públicas e privadas e a sociedade em geral.
Na estrutura atual do orçamento público, as programações orçamentárias estão organizadas em programas de
trabalho, que contêm informações qualitativas e quantitativas, sejam físicas ou financeiras.
Programação qualitativa
O programa de trabalho, que define qualitativamente a programação orçamentária, deve responder, de maneira
clara e objetiva, às perguntas clássicas que caracterizam o ato de orçar, sendo, do ponto de vista operacional,
composto dos seguintes blocos de informação: classificação por esfera, classificação institucional, classificação
funcional e estrutura programática.
Programação quantitativa
A programação física define quanto se pretende desenvolver do produto e a programação financeira define o que
adquirir e com quais recursos.

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I. CONTINUAÇÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÕES DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO
 Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal - SIAFI
HISTÓRICO
Até o exercício de 1986, o Governo Federal convivia com uma série de problemas de natureza administrativa que
dificultavam a adequada gestão dos recursos públicos tais como:
 Emprego de métodos rudimentares e inadequados de trabalho, onde, na maioria dos casos, os controles de
disponibilidades orçamentárias e financeiras eram exercidos sobre registros manuais;
 Falta de informações gerenciais em todos os níveis da Administração Pública e utilização da Contabilidade como
mero instrumento de registros formais;
 Defasagem na escrituração contábil de pelo menos, 45 dias entre o encerramento do mês e o levantamento das
demonstrações Orçamentárias, Financeiras e Patrimoniais, inviabilizando o uso das informações para fins
gerenciais;
 Inconsistência dos dados utilizados em razão da diversidade de fontes de informações e das várias
interpretações sobre cada conceito, comprometendo o processo de tomada de decisões;
 Despreparo técnico de parte do funcionalismo público, que desconhecia técnicas mais modernas de
administração financeira e ainda concebia a Contabilidade como mera ferramenta para o atendimento de
aspectos formais da gestão dos recursos públicos;
 Inexistência de mecanismos eficientes que pudessem evitar o desvio de recursos públicos e permitissem a
atribuição de responsabilidades aos maus gestores;
 Estoque ocioso de moeda dificultando a administração de caixa, decorrente da existência de inúmeras contas
bancárias, no âmbito do Governo Federal. Em cada Unidade havia uma conta bancária para cada despesa.
Exemplo: Conta Bancária para Material Permanente, Conta bancária para Pessoal, conta bancária para Material
de Consumo, etc.
A solução desses problemas representava um verdadeiro desafio à época para o Governo Federal e o primeiro
passo foi dado com a criação da Secretaria do Tesouro Nacional - STN, em 10 de março de 1986, para auxiliar o
Ministério da Fazenda na execução de um orçamento unificado a partir do exercício seguinte.
A STN, por sua vez, identificou a necessidade de informações que permitissem aos gestores agilizar o processo
decisório, tendo sido essas informações qualificadas, à época, de gerenciais. Dessa forma, optou-se pelo
desenvolvimento e implantação de um sistema informatizado, que integrasse os sistemas de programação financeira,
de execução orçamentária e de controle interno do Poder Executivo e que pudesse fornecer informações gerenciais,
confiáveis e precisas para todos os níveis da Administração.
Desse modo, a STN definiu e desenvolveu em menos de um ano, em conjunto com o SERPRO, o Sistema
Integrado de Administração Financeira do Governo Federal – SIAFI, implantando-o em janeiro de 1987, para suprir o
Governo Federal de um instrumento moderno e eficaz no controle e acompanhamento dos gastos públicos.
Com o SIAFI, os problemas de administração dos recursos públicos que apontamos acima ficaram solucionados.
Hoje o Governo Federal tem uma Conta Única para gerir, de onde todas as saídas de recursos ocorrem com o
registro de sua aplicação e do servidor público que a efetuou. Trata-se de uma ferramenta poderosa para executar,
acompanhar e controlar com eficiência e eficácia a correta utilização dos recursos da União.
Resumindo, o Sistema integrado de administração financeira do governo federal é uma ferramenta informatizada
de administração orçamentária e financeira dos recursos da União, que centraliza e processa eletronicamente os
dados oferecidos como suporte aos órgãos centrais, setoriais e executores, da gestão pública, tornando segura a
Contabilidade da União sob supervisão do Tesouro Nacional.

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OBJETIVOS
O SIAFI é o principal instrumento utilizado para registro, acompanhamento e controle da execução orçamentária,
financeira e patrimonial do Governo Federal. Desde sua criação, o SIAFI tem alcançado satisfatoriamente seus
principais objetivos:
1) Prover mecanismos adequados ao controle diário da execução orçamentária, financeira e patrimonial aos
órgãos da Administração Pública;
2) Fornecer meios para agilizar a programação financeira, otimizando a utilização dos recursos do Tesouro
Nacional, através da unificação dos recursos de caixa do Governo Federal;
3) Permitir que a Contabilidade pública seja fonte segura e tempestiva de informações gerenciais destinadas a
todos os níveis da Administração Pública Federal;
4) Padronizar métodos e rotinas de trabalho relativas à gestão dos recursos públicos, sem implicar rigidez ou
restrição a essa atividade, uma vez que ele permanece sob total controle do ordenador de despesa de cada
unidade gestora;
5) Permitir o registro contábil dos balancetes dos estados e municípios e de suas supervisionadas;
6) Permitir o controle da dívida interna e externa, bem como o das transferências negociadas;
7) Integrar e compatibilizar as informações no âmbito do Governo Federal;
8) Permitir o acompanhamento e a avaliação do uso dos recursos públicos; e
9) Proporcionar a transparência dos gastos do Governo Federal.
VANTAGENS
O SIAFI representou tão grande avanço para a Contabilidade pública da União que ele é hoje reconhecido no
mundo inteiro e recomendado inclusive pelo Fundo Monetário Internacional. Sua performance transcendeu de tal
forma as fronteiras brasileiras e despertou a atenção no cenário internacional, tanto que vários países, além de
alguns organismos internacionais, têm enviado delegações à Secretaria do Tesouro Nacional, com o propósito de
absorver tecnologia para a implantação de sistemas similares.
Veja os ganhos que a implantação do SIAFI trouxe para a Administração Pública Federal:
 Contabilidade: o gestor ganha tempestividade na informação, qualidade e precisão em seu trabalho, além da
possibilidade de a qualquer tempo poder levantar demonstrativos contábeis;
 Finanças: agilização da programação financeira, otimizando a utilização dos recursos do Tesouro Nacional, por
meio da unificação dos recursos de caixa do Governo Federal na Conta Única no Banco Central;
 Orçamento: a execução orçamentária passou a ser realizada tempestivamente e com transparência,
completamente integrada a execução patrimonial e financeira;
 Visão clara de quantos e quais são os gestores que executam o orçamento: os números da época da
implantação do SIAFI indicavam a existência de aproximadamente 1.800 gestores que na verdade, eram mais de
4.000.
 Desconto na fonte de impostos: hoje, no momento do pagamento, já é recolhido o imposto devido;
 Auditoria: facilidade na apuração de irregularidades com o dinheiro público;
 Transparência: poucas pessoas tinham acesso às informações sobre as despesas do Governo Federal antes do
advento do SIAFI. A prática da época era tratar essas despesas como “assunto sigiloso”. Hoje a história é outra,
pois na democracia o cidadão é o grande acionista do estado;
 Fim da multiplicidade de contas bancárias: os números da época indicavam 3.700 contas bancárias e o
registro de aproximadamente 9.000 documentos por dia. Com a implantação do SIAFI, constatou-se que existiam
em torno de 12.000 contas bancárias e se registravam em média 33.000 documentos diariamente. Hoje, 98% dos
pagamentos são identificados de modo instantâneo na Conta Única e 2% deles com uma defasagem de, no
máximo, cinco dias.

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comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Alfa Concursos Públicos Online.
Além de tudo isso, o SIAFI apresenta inúmeras outras características que se apresentam também como vantagem:
 Sistema disponível 100% do tempo e on-line;
 Sistema centralizado, o que permite a padronização de métodos e rotinas de trabalho;
 Interligação em todo o território nacional;
 Utilização por todos os órgãos da Administração Direta (poderes Executivo, Legislativo e Judiciário);
 Utilização por grande parte da Administração Indireta; e
 Integração periódica dos saldos contábeis das entidades que ainda não utilizam o SIAFI, para efeito de
consolidação das informações econômico-financeiras do Governo Federal - à exceção das Sociedades de
Economia Mista, que têm registradas apenas a participação acionária do Governo - e para proporcionar
transparência sobre o total dos recursos movimentados.
PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES
O SIAFI é um sistema informatizado que processa e controla, por meio de terminais instalados em todo o território
nacional, a execução orçamentária, financeira, patrimonial e contábil dos órgãos da Administração Pública Direta
federal, das autarquias, fundações e empresas públicas federais e das sociedades de economia mista que estiverem
contempladas no Orçamento Fiscal e/ou no Orçamento da Seguridade Social da União (empresas estatais
dependentes, como CONAB, Radiobras, Embrapa, etc.), sendo estas obrigadas pelas últimas LDOs a utilizarem na
modalidade total. A contra senso, a única exceção na obrigatoriedade de utilizar o SIAFI são a empresas estatais
independentes.
O sistema pode ser utilizado pelas Entidades Estaduais e Municipais apenas para receberem, pela Conta Única
do Governo Federal, suas receitas (taxas de água, energia elétrica, telefone, etc) dos Órgãos que utilizam o sistema.
Entidades de caráter privado também podem utilizar o SIAFI, desde que autorizadas pela STN. No entanto, essa
utilização depende da celebração de convênio ou assinatura de termo de cooperação técnica entre os interessados e
a STN, que é o órgão gestor do SIAFI.
Muitos são as facilidades que o SIAFI oferece a toda Administração Pública que dele faz uso, mas podemos dizer,
a título de simplificação, que essas facilidades foram desenvolvidas para registrar as informações pertinentes às três
tarefas básicas da gestão pública federal dos recursos arrecadados legalmente da sociedade:
 Execução Orçamentária;
 Execução Financeira; e
 Elaboração das Demonstrações Contábeis, consolidadas no Balanço Geral da União.
ESTRUTURA
O SIAFI é um sistema de informações centralizado em Brasília, ligado por teleprocessamento aos Órgãos do
Governo Federal distribuídos no país e no exterior. Essa ligação, que é feita pela rede de telecomunicações do
SERPRO e também pela conexão a outras inúmeras redes externas, o que garante, por meio de terminais em cada
unidade, o acesso ao sistema às mais de 29.000 Unidades Gestoras ativas no SIAFI, aquela unidade orçamentária
ou administrativa investida do poder de gerir recursos orçamentários e financeiros, próprios ou sob descentralização.

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FIGURA

Para facilitar o trabalho de todas essas Unidades Gestoras, o SIAFI foi concebido para se estruturar por
exercícios: cada ano equivale a um sistema diferente, ou seja, a regra de formação do nome do sistema é a sigla
SIAFI acrescida de quatro dígitos referentes ao ano do sistema que se deseja acessar: SIAFI2009, SIAFI2010,
SIAFI2011, etc.
Por sua vez, cada sistema está organizado por subsistemas - atualmente são 21 - e estes, por módulos. Dentro
de cada módulo estão agregadas inúmeras transações, que guardam entre si características em comum. Nesse nível
de transação é que são efetivamente executadas as diversas operações do SIAFI, desde entrada de dados até
consultas.

Cada subsistema tem uma função própria e bem delimitada no SIAFI. Podemos organizá-los informalmente em
cinco grupos principais:
Controle de Haveres e Obrigações:
 Dívida Pública – DIVIDA
 Haveres – HAVERES
 Controle de Obrigações – OBRIGACAO
 Operações Oficiais de Crédito - O2C
Administração do Sistema:
 Administração do Sistema – ADMINISTRA
 Auditoria – AUDITORIA
 Centro de Informação - CI
 Conformidade – CONFORM
 Manual - MANUALMF

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Execução Orçamentária e Financeira:
 Contábil – CONTABIL
 Documentos do SIAFI – DOCUMENTO
 Orçamentário e Financeiro - ORCFIN
Organização de Tabelas:
 Tabelas administrativas – TABADM
 Tabelas de apoio – TABAPOIO
 Tabelas do cadastro de obrigações – TABOBRIG
 Tabelas orçamentárias –TABORC
 Tabelas de receitas orçamentárias - TABRECEITA
Recursos Complementares com Aplicação Específica:
 Programação orçamentária – PROGORCAM
 Convênios – CONVENIOS
 Contas a pagar e a receber – CPR
 Estados e Municípios - ESTMUN.
PRINCIPAIS DOCUMENTOS
Já pudemos perceber que a atividade orçamentária na esfera pública é extremamente complexa e da maior
responsabilidade. Sendo assim, um programa criado para o gerenciamento da execução e controle dessa atividade
naturalmente também será complexo e seu desenvolvimento envolverá grande preocupação com a segurança.
Porém, apesar de tanta responsabilidade, o que não se poderia perder de vista era necessidade de se criar uma
ferramenta que permitisse sua operação por um servidor público “normal”, ou seja, sem necessidade de grande
conhecimento específico e treinamento, pois, se assim fosse, inviabilizaria sua efetiva implementação.
Para vencer essas barreiras, a forma escolhida por seus idealizadores para operar o SIAFI, alimentando-o com as
informações necessárias, foi a padronização de documentos elaborados dentro do próprio sistema.
Por meio desses documentos foi possível estabelecer rotinas que são seguidas por todos os operadores.
Utilizando como ferramenta códigos de eventos, os fatos contábeis são escriturados e ficam registrados no sistema.
Do SIAFI é possível extrair os documentos referentes às ações nele realizadas, o que permite ao gestor manter
um suporte documental sobre as atividades desenvolvidas durante sua gestão.
Orçamentários:
 Nota de Dotação (ND): Registro de desdobramento, por plano interno e/ou fonte, quando detalhada, dos créditos
previstos na Lei Orçamentária Anual, bem como a inclusão dos créditos nela não considerados. Esse documento
é utilizado no registro das informações produzidas pela SOF relacionadas aos créditos previstos no Orçamento
Geral da União (OGU) e as alterações por créditos adicionais.
 Nota de Empenho (NE): Registro de eventos vinculados ao comprometimento da despesa, na base do
empenho. É o documento que representa o registro das operações que envolvem despesas orçamentárias, a sua
emissão relaciona-se à primeira fase da execução da despesa pública. É utilizado também no reforço de
empenho e no estorno e anulação, contendo nele todos os dados referentes à operação, como o nome do
credor, a especificação e o valor da despesa, bem como a dedução desse valor do saldo da dotação própria.
 Nota de Pré-empenho (PE): como veremos em breve, a execução da despesa pública é um procedimento em
regra complexo que, para se concretizar, envolve diversas regras (estar prevista no orçamento, por exemplo),
estágios (empenho, liquidação e pagamento) e procedimento (licitatório, por exemplo)

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Assim, com o objetivo de garantir uma melhor programação financeira e, consequentemente, organização do
dispêndio público, atualmente se encontra em aplicação a sistemática do Pré-empenho antecedendo aos estágios da
execução da despesa, já que, após o recebimento do crédito orçamentário e antes do seu comprometimento para a
realização da despesa, existe uma fase geralmente demorada de licitação obrigatória junto a fornecedores de bens e
serviços que impõe a necessidade de se assegurar o crédito até o término do processo licitatório. Não é considerada
uma faze formal da receita, porém algumas bancas podem incluir como tal.
 Nota de Lançamento (NL): documento utilizado para registro da apropriação/liquidação de receitas e despesas,
bem como de outros eventos, inclusive os relativos a entidades supervisionadas. A utilização desse documento
está associada a eventos não vinculados a documentos específicos.
 Nota de Sistema (NS): A Nota de Sistema – NS e a Nota de Lançamento – NL serão utilizadas para registro no
SIAFI dos movimentos financeiros efetuados pelo Banco Central do Brasil na Conta Única, mediante autorização
da Secretaria do Tesouro Nacional.
 Nota de Movimentação de Crédito (NC): Registro dos eventos vinculados à transferência de créditos entre
Unidades Gestoras dentro da mesma esfera de governo, tais como destaque (descentralizações externas),
provisão (descentralizações Internas), anulação de provisão e anulação de destaque.
É importante não confundir movimentação de créditos, que tem cunho orçamentário e feito por NC, e recursos
financeiros, de naturezas financeira que se processa por Ordem Bancária (OB).
 Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF): destina-se à arrecadação de receitas tributárias
federais por meio eletrônico de processamento.
 Guia da Previdência Social (GPS): é o documento hábil para o recolhimento das contribuições sociais a ser
utilizada pela empresa, contribuinte individual, facultativo, empregador doméstico e segurado especial. Em sua
versão eletrônica o recolhimento da contribuição individual poderá ser efetuado através de débito em conta,
comandado por meio da rede Internet ou por aplicativos eletrônicos disponibilizados pelos bancos. O próprio
contribuinte fará a digitação dos campos obrigatórios, sendo gerado comprovante de recolhimento com layout
estabelecido pelos bancos, que conterá requisitos de informação.
 Guia de Recolhimento da União (GRU): documento padronizado para registrar os ingressos de valores na
Conta Única. Deverão ser recolhidas por GRU as taxas (custas judiciais, emissão de passaporte etc.), aluguéis
de imóveis públicos, serviços administrativos e educacionais (inscrição de vestibular/concursos, expedição de
certificados), receitas de multas (da Polícia Rodoviária Federal, do Código Eleitoral, do Serviço Militar etc.) e
outras.
Excetuam-se do recolhimento por meio da GRU as receitas do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS,
recolhidas mediante a Guia de Previdência Social – GPS, e as receitas administradas pela Secretaria da Receita
Federal do Brasil – RFB e pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional - PGFN, recolhidas por meio do Documento
de Arrecadação de Receitas Federais - DARF.
 Nota de Programação Financeira (PF): destina ao registro da proposta de programação financeira e da
programação financeira aprovada, pelas unidades gestoras executoras, pelas unidades gestoras setoriais de
programação financeira e pelo órgão central de programação financeira (COFIN/STN).
 Ordem Bancária (OB): Destina-se ao pagamento de compromissos, bem como a transferência de recursos entre
as Unidades Gestoras, tais como liberação de recursos para fins de adiantamento, suprimento de fundos, cota,
repasse, sub-repasse e afins. A Ordem Bancária é portanto o único documento de transferência de recursos
financeiros.
Segundo o Art. 4º da Instrução Normativa STN Nº 4, de 31 de julho de 1998, existem diversos modalidades de
Ordem Bancária.
Art. 4º - A Ordem Bancária - OB, poderá ser emitida nas seguintes modalidades:
I. Ordem Bancária de Crédito - OBC, utilizada para pagamentos por meio de crédito em conta corrente do
favorecido na rede bancária e para saque de recursos em conta bancária, para crédito na Conta Única da
Unidade Gestora;

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II. Ordem Bancária de Pagamento - OBP, utilizada para pagamentos diretamente ao credor, em espécie, junto à
agência de domicílio bancário da Unidade Gestora, quando for comprovada a inexistência de domicílio bancário
do credor ou quando for necessária a disponibilização imediata dos recursos correspondentes.
III. Ordem Bancária para Banco - OBB, utilizada para pagamentos a diversos credores, por meio de lista eletrônica,
para pagamento de documentos em que o Agente Financeiro deva dar quitação ou para pagamento da folha de
pessoal.
IV. Ordem Bancária de Sistema – OBS, utilizada para cancelamento de OB pelo agente financeiro com devolução
dos recursos correspondentes, bem como pela STN para regularização das remessas não efetivadas.
V. Ordem Bancária de Aplicação – OBA, utilizada pelos órgãos autorizados para aplicações financeiras de recursos
disponíveis na Conta Única ou Institucional.
VI. Ordem Bancária de Câmbio - utilizada para pagamentos de operações de contratação de câmbio, no mesmo dia
de sua emissão. Terá como destinatário o Banco do Brasil S.A. (IN 07/99)
VII. Ordem Bancária para pagamentos da STN - OBSTN utilizada pelas Unidades Gestoras da Secretaria do
Tesouro Nacional para pagamentos específicos de responsabilidade do Tesouro Nacional, no mesmo dia de sua
emissão. Terá como destinatário o Banco do 3rasil S.A. (IN 07/99)
VIII. Ordem Bancária Avulsa - OB - Avulsa-- utilizada em situação extraordinárias, a critério da Secretaria do Tesouro
Nacional. (IN 07/99)
IX. Ordem Bancária Judicial – OBJ, utilizada para pagamentos na mesma data de sua emissão, decorrentes de
determinações judiciais específicas; (IN03/2000)
X. Ordem Bancária para Crédito de Reservas Bancárias – OBR, utilizada pelas Unidades Gestoras autorizadas
pela Secretaria do Tesouro Nacional, para pagamentos por meio de crédito às contas de Reservas Bancárias
dos bancos, bem como outras contas mantidas no Banco Central do Brasil. O crédito da OBR será efetuado no
dia seguinte à emissão da ordem bancária, após autorizações do ordenador de despesa e do gestor financeiro,
por meio da transação ATU-REMOBR. As OBR para crédito de contas de provisões no Banco Central do Brasil
terão os seus créditos efetuados no mesmo da emissão; após autorizações do ordenador de despesa e do
gestor financeiro. (IN03/2000)
Segundo a Instrução Normativa STN nº 4/98 que dispõe sobre a conta única do Tesouro Nacional estabelece que
a movimentação de recursos será efetuada através de Ordem Bancária - OB, DARF-Eletrônico - DF, GRPS –
Eletrônica, Nota de Sistema - NS ou Nota de Lançamento - NL, de acordo com as respectivas finalidades.
Por fim, o art. 3º da mesma IN estabelece que a movimentação de recursos da Conta Única será efetuada através
de Ordem Bancária - OB, DARF-Eletrônico - DF, GRPS – Eletrônica, Nota de Sistema - NS ou Nota de Lançamento -
NL, de acordo com as respectivas finalidades.
IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO DE DADOS
O processo BT consiste no envio ao Serpro de arquivos contendo documentos que serão processados no período
noturno. É uma alternativa para os usuários que registram grande quantidade de documentos na modalidade online,
ou seja, que geram documentos utilizando as transações OB, NL, NE, etc.
Para o uso deste processo é necessário habilitação específica pelo cadastrador do órgão. Uma vez habilitado o
usuário deve consultar o layout do arquivo a ser enviado ao Serpro utilizando a transação CONARQBT. Para cada
documento há um layout especifico. Uma vez gerado o arquivo, conforme o layout, o mesmo deve receber um nome
de acordo com as seguintes regras:
XXUUUUUU.AAV,
Onde XX = Código do documento
UUUUUU = Código da UG
AA = Ano
V = Versão, de 0 a 9 (identifica arquivos que possuem mesmo código de documento, mesmo código da ug e mesmo
ano, enviado num mesmo dia)

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O próximo passo é o envio do arquivo ao Serpro, este é feito utilizando-se o STA (Sistema de Transferência de
Arquivos), via Portal SIAFI (http://www.tesouro.fazenda.gov.br/siafi). Informar login (CPF) e senha do SIAFI, digitar o
código de acesso, escolher transação UPLOAD e confirmar, selecionar o arquivo que se deseja enviar ao SERPRO e
concluir o envio.
Feita a transferência o usuário necessita comandar o processamento do arquivo, se não comandar o arquivo não
será processado. Para comandar o processamento utiliza-se a transação GERABT no SIAFI. O arquivo será então
processado a noite e no dia útil seguinte pode ser consultado o resultado do processamento, pela transação
CONPROCBT. O arquivo poderá ter sido recusado ou aceito, se aceito pode haver registros inconsistentes, que
poderão ser corrigidos no modo online na própria transação CONPROCBT.
Extrator de dados
O Extrator de dados é uma ferramenta que permite obter os dados que fazem parte do SIAFI num arquivo
magnético em formato texto. Para utilizá-lo o usuário deve estar habilitado no perfil EXTRATOR, perfil este que deve
ser solicitado ao cadastrados do seu órgão.
O usuário irá informar o nome do arquivo do qual deseja extrair os dados, os campos necessários e os critérios de
seleção dos registros, uma vez executada a extração o usuário deve, preferencialmente, apontar para o destino
Portal. O arquivo resultado poderá ser acessado pelo usuário via Sistema de Transferência de Arquivos - STA, no
Portal SIAFI.
SEGURANÇA
O SIAFI apresenta uma série de métodos e procedimentos para disciplinar o acesso e assegurar a manutenção
da integridade dos dados e do próprio sistema. Esta proteção se dá tanto contra utilizações indevidas ou
desautorizadas como eventuais danos que pudessem ser causados aos dados. Assegura-se portanto a
confiabilidade dos dados no sistema, sua responsável utilização e a responsabilização dos gestores e usuários que
delas dispõe. A segurança do Sistema tem por base os seguintes princípios e instrumentos:
1) Senha
2) Conformidade Contábil
3) Conformidade de Operadores
4) Conformidade de Registro de Gestão
5) Inalterabilidade dos Documentos
6) Identificação das Operações do Usuário
7) Integridade e Fidedignidade dos Dados
 Senha
Para utilizar o SIAFI, os usuários são habilitados formalmente por meio do cadastramento de uma SENHA,
quando são especificados os perfis e níveis de acesso de cada usuário. Perfil é o conjunto de determinadas
transações atribuídos a cada Operador, para atender às necessidades de execução e consulta ao Sistema. Enquanto
o nível de acesso determina o grau de inclusão de dados e a abrangência das consultas feitas pelo usuário no
sistema SIAFI.
Cabe sempre lembrar que o usuário responde integralmente pelo uso do sistema sob a sua senha e obriga-se a
cumprir os requisitos de segurança instituídos pela STN, sujeitando-se ás consequências das sanções penais ou
administrativas cabíveis em decorrência do mau uso.
Estas Habilitações são regidas pelos seguintes instrumentos legais:
 NORMA DE EXECUÇÃO Nº 01 DE 13 DE JUNHO DE 2001,
 INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 03 DE 23 DE MAIO DE 2001
 INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 06 DE 31 DE OUTUBRO DE 2007

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 Conformidade Contábil
A Conformidade Contábil é a conferência efetuada no mínimo mensalmente pelas Unidades Setoriais Contábeis
de UG e de Órgão tendo como objetivo assegurar o fiel e tempestivo registro dos dados contábeis registrados pelas
UG no SIAFI, relativos aos atos e fatos de sua gestão financeira, orçamentária e patrimonial, de acordo com a
documentação. Essa verificação somente poderá ser feita por servidor contador registrado em um CRC.
 Conformidade de Operadores
A Conformidade de Operadores ou Circularização de Senhas tem por objetivo automatizar a rotina periódica de
confirmação ou desativação de usuário pela própria Unidade Gestora (UG), através de seu operador habilitado a
proceder a confirmação. A não execução da Conformidade de Operadores no mês, implica na suspensão dos
usuários da UG. Esse procedimento deve ser realizado no mínimo mensalmente. O sistema apresenta ainda outros
mecanismos para a proteção da senha, como o a troca periódica e automática, transcorrido determinado tempo, e o
bloqueio automático em caso de ociosidade, ou seja, se o usuário permanecer por um determinado período sem
realizar acessos.
 Conformidade de Registro de Gestão
A Conformidade dos Registros de Gestão consiste na certificação dos registros dos atos e fatos de execução
orçamentária, financeira e patrimonial incluídos no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo
Federal - SIAFI e da existência de documentos hábeis que comprovem as operações.
Tal procedimento por ser realizado por qualquer servidor, desde que formalmente designado para tal função que,
por sua vez, não poderá desempenhar as atividades que certificará (princípio da segregação de funções). Se não
houver servidor que possa desempenha tal função, ela ficará a cargo do ordenador de despesas. A periodicidade
dessa verificação é de no mínimo três dias.
 Inalterabilidade dos Documentos
Uma vez incluídos os dados de um documento no SIAFI e após sua contabilização, se qualquer irregularidade for
constatada nesses dados, somente será possível corrigi-la por meio da emissão de um novo documento que efetue o
acerto do irregular.
 Identificação das Operações do Usuário
Quando o usuário entra no sistema, automaticamente são registrados o seu CPF, a hora e de qual terminal foi
feito o acesso. Esta medida tem o objetivo de monitorar as ações danosas ou fraudulentas executadas utilizando-se o
sistema. Da mesma forma, a inclusão ou modificação de dados no sistema também é registrada com a identificação
do CPF, a hora e o nome do autor da operação.
 Integridade e Fidedignidade dos Dados
Uma vez registrado um documento no sistema, não é permitida a sua alteração. A imutabilidade dos documentos
permite que sejam acompanhadas todas as modificações nos dados do sistema e para a correção ou anulação de
um documento já registrado é necessário que seja incluído um novo documento de forma a retificar o anterior.
FORMAS DE CONEXÃO
Para uso do SIAFI, cinco alternativas de acesso à Rede Serpro são possíveis:
 Acesso à Intranet do Serpro;
 Acesso VPN (Virtual Private Network – Rede Privada Virtual);
 Acesso ExtraNet
 Acesso seguro pela INTERNET;
 Acesso discado seguro.
MODALIDADE DE USO
As modalidades de uso do Sistema são caracterizadas da seguinte forma:

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Modalidade Total:
Nessa modalidade todos os Órgãos da Administração Direta e grande parte dos Órgãos da Administração Indireta
utilizam o SIAFI nessa modalidade, que compreende:
 O processamento de todos os atos e fatos de determinada Unidade pelo SIAFI, incluindo-se eventos de
receitas próprias;
 A integração de todas as disponibilidades financeiras da Unidade no saldo de Conta Única;
 O processamento da Contabilidade da Unidade pelo SIAFI;
 A utilização plena dos procedimentos orçamentários e financeiros da Unidade no tratamento padrão do
SIAFI, incluindo o uso do Plano de Contas da Administração Federal.
 Os registros no SIAFI valem como informação contábil financeira e patrimonial para todos os efeitos,
inclusive os legais, pois substituem os registros próprios do ente.
Modalidade Parcial:
Nessa modalidade parte dos entes da Administração Indireta utilizam o SIAFI apenas para controle financeiro dos
recursos destinados às Unidades pelo OGU, assim caracterizada:
 É limitada aos recursos previstos no OGU;
 Não permite o registro de atos e fatos que envolvam recursos próprios da entidade;
 As informações sobre os eventos realizados são tratadas em arquivos orçamentários e contábeis destinados
exclusivamente ao registro desses eventos;
 Pode substituir a Contabilidade da Unidade, sendo necessário para tanto, o envio de balancetes e balanços
para integração pelas Unidades Setoriais do Sistema;
 Permite optar, a critério do Ministério ou órgão respectivo, se suas Unidades devem ou não ficar sujeitas aos
limites específicos do OGU na realização de suas despesas.
FORMAS DE ACESSO
É a maneira como os entes acessam o sistema, se diretamente, por uma rede de comunicação, ou indiretamente,
por intermédio de uma unidade diretamente ligada, denominada Unidade polo.
É a STN quem determina quais unidades devem acessar por determinada forma, se on-line ou off-line, com
anuência do Ministério a qual esta é subordinada ou vinculada.
As formas de acesso ao Sistema são conceituadas da seguinte maneira:
On-line:
Permite o acesso direto ao Sistema por via teleprocessamento para execução das operações diárias, tanto de
entrada quanto a consulta de dados. Nessa situação todos os documentos são emitidos pelo sistema e os seus
saldos orçamentários compõem a Conta Única do Tesouro Nacional.
Off-line:
É o acesso indireto ao Sistema por UGs que não possuem ligação com o SIAF. Essa unidade têm seus registros
efetuados por outras UG on-line às quais, somente nesse aspecto, são subordinadas, chamadas UG Polo de
Digitação. Nessa situação, a unidade gestora emite todos os documentos antes da inserção dos dados no sistema e
seus saldos não Compõem a Conta Única do Tesouro Nacional, sendo individualizados em contas bancárias
distintas.
As UG Polo SIAFI (de Digitação) são unidades ON-LINE responsáveis pelo processamento e fornecimento das
informações enviadas pelas UG OFF-LINE de sua jurisdição, devendo, portanto disponibilizar todos procedimentos
no que se refere a:
 Formulários - As UGs Polo de Digitação deverão encaminhar as UG off-line, de sua jurisdição, todos os
formulários utilizados por estas unidades na forma impressa, contendo todas as instruções de
preenchimento, campo a campo;

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 Fonte - As UGs Polo de Digitação deverão padronizar tais formulários de acordo com os modelos utilizados
nos manuais, bem como as instruções de preenchimento contidas nos assuntos das transações
correspondentes.
PERFIS E NÍVEIS DE ACESSO
Para utilizar o SIAFI, os usuários são habilitados formalmente por meio do cadastramento de uma senha, quando
são especificados os perfis e níveis de acesso de cada usuário. Perfil é o conjunto de determinadas transações
atribuídos a cada Operador, para atender às necessidades de execução e consulta ao Sistema.
O Nível de acesso determina o grau de inclusão de dados e a abrangência das consultas feitas pelo usuário no
sistema SIAFI. Cabe sempre lembrar que o usuário responde integralmente pelo uso do sistema sob a sua senha e
obriga-se a cumprir os requisitos de segurança instituídos pela STN, sujeitando-se ás consequências das sanções
penais ou administrativas cabíveis em decorrência do mau uso.
Para utilizar o SIAFI o usuário deve estar devidamente cadastrado, habilitado no sistema e de posse da sua senha
pessoal é intransferível.
O perfil determinará o que o usuário poderá fazer e o nível de acesso define o grau de consultas do usuário no
Sistema, até onde ele pode ir.
 Nível 1 – Acessa dados da unidade na qual está cadastrado.
 Nível 2 – Acessa dados da unidade na qual está cadastrado, e da UG “off-line” pelas quais realize entrada de
dados.
 Nível 3 – Acessa dados de qualquer UG que pertença ao mesmo Ministério, Órgão ou Entidade daquela em
que está cadastrado.
 Nível 4 – Acessa dados de qualquer UG das quais a UG do operador seja setorial de Contabilidade, auditoria
ou orçamento.
 Nível 5 – Acessa dados de qualquer UG que pertença ao mesmo Ministério, acessa ainda os dados de
qualquer UG que pertença às Entidades vinculadas a este Ministério.
 Nível 6 – Acessa dados de qualquer UG que pertença a mesma UF da UG do usuário.
 Nível 7 – Acessa dados das UG que estão na tabela de vinculação da UG do usuário.
 Nível 8 – Acessa dados de um determinado Estado da Federação.
 Nível 9 – Acessa dados de qualquer UG, Ministério, Órgão ou Entidade.
GLOSSÁRIO DE TERMOS ORÇAMENTÁRIOS
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/servicos/glossario/glossario_u.asp

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Alfa Concursos Públicos Online.
I. EXERCÍCIOS RELATIVOS AO ENCONTRO
1. O Sr. Beltrano, prefeito da cidade de Piracema do Norte, obteve a aprovação do Plano Plurianual de sua gestão
no primeiro ano de seu mandato.
No mês de julho do segundo ano de seu mandato, verificou a existência de disponibilidade financeira no caixa da
prefeitura, tendo em vista o crescimento da arrecadação e o corte de despesas previstas no orçamento do município.
Após uma reunião com o Secretário da Fazenda e o Secretário de Esportes, decidiram iniciar a construção de um
parque municipal, cuja obra não constava dos Instrumentos de Planejamento e Orçamento do município (Plano
Plurianual PPA, Lei de Diretrizes Orçamentárias LDO e Lei Orçamentária Anual LOA), Visando propiciar aos
munícipes uma área para o lazer e a prática de esportes.
A previsão é que as obras demorariam 24 meses para serem concluídas. Ao ser consultado, o procurador jurídico
do município informou que o Edital para Licitação da obra não pode ser publicado, tendo em vista que antes de iniciar
o processo licitatório, o prefeito deve:
a) emitir um decreto autorizando a inclusão de gastos com a construção do parque municipal, com recursos
advindos de sobras de recursos e cancelamento de despesas autorizadas.
b) propor uma Lei que autorize a inclusão da despesa no PPA, na LDO e na LOA e encaminhar à Câmara dos
Vereadores para discussão e aprovação.
c) propor uma Lei que autorize a inclusão da despesa na LOA do município e encaminhar à Câmara dos
Vereadores para discussão e aprovação, sem a necessidade de alterar o PPA e a LDO.
d) emitir um decreto autorizando a inclusão de gastos com a construção do parque municipal, com recursos
advindos de sobras de recursos e cancelamento de despesas autorizadas, e dar ciência à Câmara dos
Vereadores.
e) propor uma Lei que autorize a inclusão da despesa na LDO e na LOA e encaminhar à Câmara dos Vereadores
para discussão e aprovação, não necessitando alterar o PPA.
2. Ao longo do exercício financeiro, o Governo do Estado precisou instituir novo programa de assistência ao
educando. Para tanto, valeu-se de um:
a) crédito adicional suplementar.
b) crédito adicional especial.
c) crédito financeiro.
d) crédito extra orçamentário.
e) crédito orçamentário.
3. No mês de setembro, o secretário de planejamento do município "B" certificou-se da necessidade de alterar o
orçamento para a inclusão de despesas com reforma das escolas municipais que não haviam sido previstas, mas
que naquele momento seria possível realizá-las, haja vista a existência de excesso de arrecadação devido ao
crescimento econômico vivenciado pelo país durante o exercício financeiro. Neste caso, o Poder Executivo
deveria:
a) obter autorização legislativa e, em seguida, abrir créditos extraordinários, cuja vigência seria até o final do
exercício seguinte desde que reabertos pelo seu saldo.
b) obter autorização legislativa e, em seguida, abrir créditos especiais, cuja vigência seria até o final do exercício
seguinte desde que reabertos pelo seu saldo.
c) abrir créditos suplementares em conformidade com autorização na Lei Orçamentária Anual, os quais teriam
vigência até o final do exercício em que foram abertos.
d) abrir créditos extraordinários e, em seguida, dar conhecimento ao Poder Legislativo, os quais teriam vigência até
o final do exercício em que foram abertos.
e) abrir créditos especiais e, em seguida, obter autorização legislativa, tais créditos teriam vigência até o final do
exercício em que foram abertos.

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4. Quanto ao orçamento público, dispõe a Constituição Federal que:
a) compete ao Senado Federal apreciar os projetos de lei relativos ao plano plurianual e às diretrizes orçamentárias
e à Câmara Federal a apreciação dos projetos relativos ao orçamento anual e aos créditos adicionais.
b) o Poder Executivo publicará, até quarenta e cinco dias após o encerramento de cada trimestre, relatório
detalhado da execução orçamentária.
c) os planos e programas nacionais, regionais e setoriais serão elaborados em consonância com as diretrizes
orçamentárias e apreciados pelo Senado Federal.
d) nenhum investimento cuja execução ultrapasse o exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no
plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.
e) os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro subsequente ao da autorização,
salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos três meses daquele exercício.
Julgue os itens a seguir, a respeito de créditos orçamentários.
5. Os créditos orçamentários suplementares são destinados ao reforço de dotações orçamentárias com despesas
urgentes e imprevistas, como em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública, sendo autorizados
por lei e abertos por decreto.
Segundo a Lei n.º 4.320/1964, são créditos adicionais as autorizações de despesa não computadas ou
insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento, classificadas como créditos suplementares, créditos especiais e
créditos extraordinários. Com relação à abertura do crédito extraordinário, julgue o próximo item.
6. Como nos demais créditos especiais, o crédito extraordinário depende da existência de recursos disponíveis para
ocorrer a despesa, que deverá ser precedida de exposição com justificativa.
Julgue os itens seguintes, referentes ao ciclo orçamentário, composto por três leis: a lei de diretrizes orçamentárias
(LDO), a lei orçamentária anual (LOA) e o plano plurianual (PPA).
7. O ciclo orçamentário dos governos estaduais inicia-se com a aprovação da LDO, que estabelece as metas e
prioridades para a elaboração do PPA. O PPA demonstra todas as receitas e despesas do orçamento público por
um período de quatro anos, sendo reavaliado anualmente, junto com o orçamento público, pelas assembleias
legislativas.
8. É de responsabilidade do governador do Espírito Santo o envio, ao Congresso Nacional, de mensagem para
propor modificações nas dotações orçamentárias destinadas ao estado, desde que não tenha sido iniciada a
votação do orçamento na Comissão Mista do Orçamento.
Da análise desse esquema, que indica o Ciclo Orçamentário, pode-se concluir:

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9. O Poder Executivo é responsável pelas etapas (1), de elaboração, e (3), de execução do orçamento.
10. As etapas (2), de aprovação, e (4), de controle, são de responsabilidade do Poder Legislativo.
11. O ciclo orçamentário não se confunde com o exercício financeiro, pois as fases (1) e (2) precedem esse exercício
financeiro e a (4) o ultrapassa.
12. Em relação ao ciclo orçamentário, é correto afirmar que:
a) a iniciativa de apresentação do projeto da Lei Orçamentária Anual cabe ao Congresso Nacional.
b) é assegurada ao Poder Judiciário autonomia administrativa e financeira.
c) não é possível fazer-se emendas ao projeto da Lei Orçamentária Anual.
d) o órgão responsável pela consolidação do projeto da Lei Orçamentária Anual é o Ministério da Fazenda, através
da Secretaria do Tesouro Nacional.
e) a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial dos entes públicos será executada
pelo Poder Judiciário, através do Tribunal de Contas respectivo.
A Guia de Recolhimento da União (GRU) será, obrigatoriamente, o documento utilizado pelas unidades do
governo federal para a arrecadação de suas receitas, via rede bancária ou diretamente no Sistema Integrado de
Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI), quando o recolhedor for uma unidade gestora. Com relação
aos aspectos operacionais da GRU, julgue os próximos itens.
13. Deverão ser recolhidas mediante GRU as receitas do Instituto Nacional do Seguro Social e as receitas
administradas pela Secretaria da Receita Federal e pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional.
O SIAFI apresenta uma série de métodos e procedimentos para disciplinar o acesso e assegurar a manutenção
da integridade dos dados e do próprio sistema. Essa proteção se dá contra utilizações
indevidas ou desautorizadas e contra eventuais danos que possam ser causados aos dados. Acerca da integridade e
fidedignidade dos dados inseridos no SIAFI, julgue o item seguinte.
14. A alteração de um documento registrado no SIAFI é permitida mediante a identificação do CPF, da hora e do
nome do autor da operação.
Acerca dos objetivos e finalidades do Sistema Integrado de Dados Orçamentários (SIDOR) e do Sistema
Integrado de Administração Financeira (SIAFI) do Governo Federal, julgue os itens seguintes.
15. No ciclo orçamentário anual, o alcance do SIDOR restringe-se à etapa que precede a apreciação legislativa.
Considerando as características, os princípios, as técnicas e as normas próprias da administração financeira e
orçamentária do setor público federal brasileiro, julgue os itens subsequentes.
16. A elaboração e a execução orçamentárias são processadas em um mesmo sistema informatizado, o que garante
celeridade e uniformidade.
GABARITO
1-B 9 - CORRETO
2-B 10 - CORRETO
3-B 11 - CORRETO
4-D 12 - B
5 - ERRADO 13 - ERRADO
6 - ERRADO 14 - ERRADO
7 - ERRADO 15 - ERRADO
8 - ERRADO 16 - ERRADO

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