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EDITAL

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTARIA:


10. Orçamento Público: conceitos e princípios. Orçamento-programa: fundamentos
e técnicas. O orçamento na Constituição de 1988. Processo de planejamento
orçamentário: plano plurianual, lei de diretrizes orçamentárias e lei orçamentária
anual. Leis de créditos adicionais; 11. Ciclo orçamentário: elaboração, discussão,
votação, aprovação, execução e avaliação; 12. Classificações orçamentárias:
conceituação, classificação e estágios da receita e da despesa públicas; 13.
Execução orçamentária e financeira. Programação de desembolso e mecanismos
retificadores do orçamento; 14. Dívida ativa. Regime de adiantamento (suprimento
de fundo). Restos a pagar. Despesas de exercícios anteriores. Dívida pública.
ORÇAMENTO PÚBLICO:
Princípios orçamentários; Diretrizes orçamentárias; Processo orçamentário;
Métodos, técnicas e instrumentos do orçamento público; normas legais aplicáveis;
SIDOR e SIAFI;
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
AFO
RETA FINAL
DNIT
ANALISTA
Prof. Leandro Ravyelle
1. FGV TCM-PA
O Plano Plurianual (PPA) é um dos instrumentos de planejamento e gestão pública do país,
em formato de Lei, que segue um processo de elaboração e aprovação com características
específicas.
A respeito desse processo, é correto afirmar que:
a) o PPA é encaminhado ao Congresso Nacional até 31 de janeiro do primeiro ano do
mandato presidencial;
b) a tramitação ocorre na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que irá examinar e emitir
parecer sobre o PPA, além de exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária;
c) um grupo de parlamentares é designado como relator do PPA na Comissão Mista de
Planos e Orçamentos Públicos (CMO) e deverá emitir Parecer Preliminar;
d) o Parecer Preliminar é submetido à deliberação, em separado, primeiro na Câmara dos
Deputados e depois no Senado Federal;
e) os Congressistas podem solicitar destaque para a votação em separado de emendas, com
o objetivo de modificar os pareceres aprovados na CMO.
GABARITO: E
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
REGIMENTO COMUM CN
“Art. 106-D. Até o início da Ordem do Dia, poderá ser apresentado destaque de
dispositivos individuais ou conexos para apreciação no painel eletrônico, a
requerimento de líderes, que independerá de aprovação pelo Plenário (...)”

DESTAQUE
Instrumento regimental que permite a apreciação posterior de parte de
proposição, de emenda ou de subemenda mediante requerimento aprovado pelo
Plenário ou por comissão.

Destaque para Votação em Separado (DVS)


Destaque que visa a votar separadamente parte do texto da proposição principal.

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
2. FGV MPE-SC CONTADOR 2022
Uma das funções da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é estabelecer parâmetros para
alocação dos recursos no orçamento anual, de forma a possibilitar a realização das metas e
objetivos contemplados no Plano Plurianual (PPA). O trecho a seguir foi extraído da LDO da União
para o exercício de 2020:
“As prioridades e as metas da administração pública federal para o exercício de 2020, atendidas as
despesas obrigatórias e as de funcionamento dos órgãos e das entidades que integram os Orçamentos
Fiscal e da Seguridade Social, serão estabelecidas no Anexo VIII e na Lei do Plano Plurianual 2020-2023”.
À luz dos objetivos e dos conteúdos a serem definidos na LDO, o trecho destacado evidencia que:
a) a ênfase da LDO se restringe ao acompanhamento de metas e limites fiscais;
b) a LDO não tem cumprido a função de ser instrumento de integração entre planejamento e
orçamento;
c) as metas e prioridades da administração pública para cada exercício financeiro não devem ser
definidas na LDO;
d) há discrepância no ciclo orçamentário que impacta a elaboração da LDO com base no PPA;
e) o conteúdo a ser apresentado na LDO de cada exercício varia, conforme o que for definido no
PPA.
GABARITO: D AFO
Prof. Leandro Ravyelle
3. FGV SENADO 2022 CONSULTOR
O Orçamento da Seguridade Social é caracterizado, entre outros aspectos, por
a) conter parcela do orçamento que abrange todas as dotações de ações de saúde,
previdência e assistência social, restritas às entidades e órgãos da administração direta e
fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.
b) ser financiado no âmbito federal por receitas da União e das contribuições sociais,
incluindo a receita de loterias após o repasse do percentual ao agente operador.
c) respeitar a meta de déficit primário definido na Lei de Diretrizes Orçamentárias, em
conjunto com o Orçamento Fiscal.
d) incluir os investimentos (aquisição de bens componentes do ativo imobilizado) das
empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com
direito a voto.
e) ter como prioridades e metas para o exercício de 2022, a agenda para a primeira infância,
o Programa Nacional de Imunização – PNI e os investimentos plurianuais em andamento.
GABARITO: C

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
4. FGV CM RECIFE CONSULTOR 2014
No Brasil o orçamento tem caráter legal e precisa cumprir uma série de
formalidades nas fases de planejamento, aprovação, execução e
controle. Porém, em termos práticos, o orçamento propriamente dito é
constituído por quadros com detalhamento da previsão de ingressos e
fixação de dispêndios, organizados por diferentes critérios. O conjunto
de categorias classificatórias e contas que especificam as ações e
operações autorizadas pela Lei Orçamentária é:
a) o crédito orçamentário;
b) o crédito suplementar;
c) a dotação orçamentária;
d) a programação financeira;
e) o orçamento analítico.
AFO
GABARITO: A Prof. Leandro Ravyelle
DEFINIÇÕES DA CD

Autorização de despesas expressa em valores monetários pela


Crédito
LOA para atender a uma determinada programação orçamentária.
Orçamentário
Sinônimo: Dotação Orçamentária .
Dotação orçamentária cujos valores são significativamente
Janela inferiores aos custos da implementação da ação governamental
Orçamentária pretendida, motivo pelo qual necessita de futuras
suplementações.
serão identificadas no Projeto de Lei Orçamentária de 2023, na
respectiva Lei e nos créditos adicionais, por programas, projetos,
Categorias de
atividades ou operações especiais e respectivos subtítulos, com
Programação
indicação, quando for o caso, do produto, da unidade de medida e
da meta física. [LDO 2023 Art. 5º § 1º]
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
5. FGV TJ-SC ANALISTA JUDICIÁRIO 2018
Após solicitação do Presidente da República, o Congresso Nacional editou decreto legislativo
delegando, ao referido agente, competência para editar a lei orçamentária anual, cujo teor
seria o mais adequado à superação da situação de crise econômica, devendo observar os
balizamentos estabelecidos pela lei de diretrizes orçamentárias.
Considerando os balizamentos a serem observados no processo legislativo, a referida narrativa:
a) apresenta irregularidades, pois, apesar de a delegação de competência ser possível, ela
deve ser feita mediante resolução e não pode ter por objeto o orçamento;
b) não apresenta irregularidades, já que o Congresso Nacional pode delegar suas
competências legislativas, excetuando apenas aquelas reservadas à lei complementar;
c) apresenta uma única irregularidade, pois, apesar de a delegação ser possível, ela não pode
ser feita mediante decreto legislativo;
d) apresenta uma única irregularidade, pois, apesar de a delegação ser possível, ela não pode
ter por objeto o orçamento;
e) apresenta uma irregularidade estrutural, já que o Congresso Nacional não pode delegar a
sua competência legislativa.
GABARITO: A
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que
deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional.
§ 1º Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso
Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado
Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre:
I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia
de seus membros;
II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais;
III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.
§ 2º A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução do
Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício.
§ 3º Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional,
este a fará em votação única, vedada qualquer emenda.
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
6. FGV AUDITOR TCU 2022
Apesar dos esforços que têm aperfeiçoado o processo de planejamento orçamentário na
administração pública brasileira, há previsão da realização de alterações orçamentárias ao
longo do exercício financeiro. Tais alterações são limitadas, entre outros fatores, por
imposições legais e restrições de recursos.
Um desafio para o controle externo analisar o montante e o impacto da abertura de créditos
adicionais no orçamento é a:
a) falta de controle da edição de medidas provisórias com abertura de créditos
extraordinários;
b) impossibilidade de alterar um atributo de um crédito orçamentário, tal como modalidade de
aplicação;
c) ocorrência de reabertura de créditos adicionais do exercício anterior no orçamento vigente;
d) possibilidade de alterações orçamentárias não incluídas no limite de créditos suplementares;
e) recorrência de situações emergenciais que flexibilizam as regras de alterações
orçamentárias.
GABARITO: D
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
7. FGV TJ-PI ANALISTA 2015
A abertura de créditos adicionais suplementares e especiais requer a
indicação de fonte de recursos para cobertura das despesas. As
fontes possíveis podem ter origem, entre outras, na anulação total ou
parcial de dotações orçamentárias. Um item que pode ser
considerado passível de anulação é:
a) crédito adicional reaberto;
b) operação de crédito;
c) reserva de contingência;
d) restos a pagar cancelados;
e) superávit financeiro.
GABARITO: C
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
8. FGV TJ-PI ANALISTA 2015
Analise as informações extraídas de uma Entidade Pública, apresentadas a seguir.
I. Superávit financeiro de 2010 = $ 2 milhões.
II. Superávit financeiro de 2011 = $ 1 milhão.
III. Anulação parcial de dotação orçamentária em 2012 = $ 3 milhões.
IV. Previsão da receita para 2012 = $ 120 milhões.
V. Arrecadação até 30 de novembro de 2012 = $ 120 milhões.
VI. Arrecadação do ano de 2011 foi de R$ 110 milhões, sendo arrecadado, até o mês de novembro, R$
100 milhões.
VII. Nenhum crédito adicional foi aberto até 30 de novembro de 2012.
O valor possível para abertura de crédito adicional suplementar no final do ano de 2012, utilizando a
taxa de incremento da arrecadação e as demais fontes de recursos disponíveis, será de
a) $ 6 milhões.
b) $ 10 milhões.
c) $ 12 milhões.
d) $ 14 milhões.
e) $ 16 milhões.
GABARITO: E
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
9. FGV TCM-PA
Na administração pública brasileira contrair empréstimos e adquirir
um veículo são respectivamente uma receita e uma despesa pública.
Esses fatos atendem ao princípio orçamentário denominado:
a) equilíbrio.
b) exclusividade.
c) universalidade.
d) unidade.
e) orçamento bruto.
GABARITO: B

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
LEGALIDADE
Apresenta o mesmo fundamento do princípio da legalidade aplicado
à administração pública, segundo o qual cabe ao Poder Público fazer
ou deixar de fazer somente aquilo que a lei expressamente autorizar,
ou seja, subordina-se aos ditames da lei. A Constituição Federal de
1988, no art. 37, estabelece os princípios explícitos da administração
pública, dentre os quais o da legalidade e, no seu art. 165, estabelece
a necessidade de formalização legal das leis orçamentárias:
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
PUBLICIDADE
Princípio básico da atividade da Administração
Pública no regime democrático, está previsto
no caput do art. 37 da Magna Carta de 1988.
Justifica-se especialmente pelo fato de o
orçamento ser fixado em lei, sendo esta a
que autoriza aos Poderes a execução de suas
despesas.
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
10. FGV CM Recife/2014
“As receitas públicas representam ingressos de recursos financeiros nos cofres
públicos que, dependendo das suas características, são classificadas como ingressos
orçamentários ou extraorçamentários .”
Com base no Texto, analise as afirmativas relativas às receitas extraorçamentárias.
I) Constituem passivos exigíveis;
II) São recursos financeiros de caráter transitório e devolutivo;
III) São contabilizadas em contas patrimoniais não financeiras;
IV) Em alguns casos, sua arrecadação depende de autorização legislativa.
É correto apenas o que se afirma em:
a) I e II;
b) II e III;
c) II e IV;
d) I, II e III;
e) I, II e IV.
AFO
GABARITO: E Prof. Leandro Ravyelle
11. FGV SUDENE/Área 6/2013
A respeito da Receita Pública, analise as afirmativas a seguir.
I. Todo ingresso de recursos nos cofres públicos, como na hipótese de depósitos ou
empréstimos, é receita pública.
II. As compensações financeiras são receitas derivadas recebidas pelos Estados pela
exploração de recursos naturais em seu território.
III. As receitas públicas são ingressos permanentes no patrimônio estatal, não sujeitos à
devolução ou baixa patrimonial.
IV. Doações, legados e indenizações são receitas públicas de caráter extraordinário, não
integrando permanentemente o orçamento.
Assinale:
a) se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas.
b) se somente as afirmativas III e IV estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
e) se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas.
GABARITO: B AFO
Prof. Leandro Ravyelle
12. FGV ALEMA CONTADOR 2023
As receitas do Governo Federal podem ser divididas em primárias e
financeiras.
Assinale a opção que indica, respectivamente, uma receita primária e uma
receita financeira.
a) Receitas de juros e transferências de capital.
b) Receitas provenientes de doações e transferências de capital.
c) Receitas decorrentes de tributos e dos dividendos recebidos pela União.
d) Receitas decorrentes de alienação de bens e de aplicações financeiras da
União.
e) Receitas decorrentes das privatizações e da amortização de empréstimos
concedidos.
GABARITO: D
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
INDICADOR DE RESULTADO PRIMÁRIO
O identificador de resultado primário, de caráter indicativo, tem
como finalidade auxiliar a apuração do resultado primário
previsto na LDO, devendo constar no PLOA e na respectiva Lei
em todos os GNDs, identificando, de acordo com a metodologia
de cálculo das necessidades de financiamento do governo
central, cujo demonstrativo constará anexo à LOA. De acordo
com o estabelecido na LDO, nenhuma ação conterá,
simultaneamente, dotações destinadas a despesas financeiras
e primárias, ressalvada a Reserva de Contingência.

AFO
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INDICADOR DE RESULTADO PRIMÁRIO

AFO
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13. FGV CGU AUDITOR FEDERAL 2022
A tabela a seguir apresenta a execução de despesas orçamentárias da União em diversos
exercícios (2016 a 2020), fazendo, ainda, um comparativo com os estágios do ciclo
orçamentário de 2021, que inclui o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) encaminhado
pelo presidente da República, as consequentes alterações promovidas pelo Congresso
Nacional (autógrafo) e, finalmente, a aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) após os
vetos ao projeto de lei e posteriores contingenciamentos efetuados, por meio de decreto,
pelo chefe do Poder Executivo.

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
13. FGV CGU AUDITOR FEDERAL 2022
Considerando os dados apresentados na tabela acima, é correto afirmar que:
a) a baixa execução orçamentária das despesas discricionárias ao longo dos exercícios pode
conduzir a um risco elevado de ocorrer “shutdown” e prejuízos à execução de políticas públicas
essenciais;
b) os identificadores RP 8 e RP 9, referentes a emendas de comissão e emendas de relator-geral,
não poderiam ter sido vetados ou contingenciados pelo chefe do Poder Executivo, por se tratar de
dotações de execução obrigatória;
c) a ausência de vetos e contingenciamentos aos indicadores RP 6 e RP 7 (emendas individuais e
de bancada) traduz um privilégio injustificável, considerando as disposições constitucionais e
legais relativas a esses tipos de dotação;
d) o Congresso Nacional, ao alterar o PLOA encaminhado pelo chefe do Poder Executivo no
exercício de 2021, ultrapassou os limites percentuais máximos permitidos pelo ordenamento
jurídico;
e) a denominada “emenda de relator- geral” está expressamente prevista na Constituição da
República de 1988, tendo em vista recente aprovação de emenda à Constituição que promoveu a
sua inclusão.
GABARITO: A AFO
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14. FGV ALEMA CONTADOR 2023
No Balanço Orçamentário de uma entidade do setor público, no quadro
principal, são apresentados créditos adicionais autorizados nos últimos
quatro meses do exercício anterior ao de referência e reabertos no
exercício de referência.
Tais créditos devem ser classificados, no Balanço Orçamentário, como
A) Refinanciamento.
B) Receitas Correntes.
C) Receitas de Capital.
D) Operações de Crédito.
E) Saldos de Exercícios Anteriores.
GABARITO: E

AFO
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BALANÇO ORÇAMENTÁRIO (MCASP)
O Balanço Orçamentário é composto por:

✓ Quadro Principal;

✓ Quadro da Execução dos Restos a Pagar Não


Processados;

✓ Quadro da Execução dos Restos a Pagar Processados.

AFO
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BALANÇO ORÇAMENTÁRIO (MCASP)
O Balanço Orçamentário demonstrará as receitas detalhadas por categoria econômica e
origem, especificando a previsão inicial, a previsão atualizada para o exercício, a receita
realizada e o saldo, que corresponde ao excesso ou insuficiência de arrecadação.
Demonstrará, também, as despesas por categoria econômica e grupo de natureza da
despesa, discriminando a dotação inicial, a dotação atualizada para o exercício, as despesas
empenhadas, as despesas liquidadas, as despesas pagas e o saldo da dotação. É importante
destacar que em decorrência da utilização do superávit financeiro de exercícios anteriores
para abertura de créditos adicionais, apurado no Balanço Patrimonial do exercício anterior
ao de referência, o Balanço Orçamentário demonstrará uma situação de desequilíbrio entre
a previsão atualizada da receita e a dotação atualizada. Essa situação também pode ser
causada pela reabertura de créditos adicionais, especificamente os créditos especiais e
extraordinários que tiveram o ato de autorização promulgado nos últimos quatro meses do
ano anterior, caso em que esses créditos serão reabertos nos limites de seus saldos e
incorporados ao orçamento do exercício financeiro em referência.

AFO
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BALANÇO ORÇAMENTÁRIO (MCASP)
Esse desequilíbrio ocorre porque o superávit financeiro de exercícios anteriores,
quando utilizado como fonte de recursos para abertura de créditos adicionais, não
pode ser demonstrado como parte da receita orçamentária do Balanço
Orçamentário que integra o cálculo do resultado orçamentário. O superávit
financeiro não é receita do exercício de referência, pois já o foi em exercício
anterior, mas constitui disponibilidade para utilização no exercício de referência.
Por outro lado, as despesas executadas à conta do superávit financeiro são
despesas do exercício de referência, por força legal, visto que não foram
empenhadas no exercício anterior. Esse desequilíbrio também ocorre pela
reabertura de créditos adicionais porque aumentam a despesa fixada sem
necessidade de nova arrecadação. Tanto o superávit financeiro utilizado quanto a
reabertura de créditos adicionais estão detalhados no campo Saldo de Exercícios
Anteriores, do Balanço Orçamentário.
AFO
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DEFINIÇÕES – MDF 13ª Ed.
Identifica os valores da previsão inicial das receitas, constantes na Lei Orçamentária
PREVISÃO Anual. Os valores registrados nessa coluna permanecerão inalterados durante todo o
INICIAL exercício, pois deverão refletir a posição inicial do orçamento constante da Lei
Orçamentária Anual
Identifica os valores da previsão atualizada das receitas para o exercício de referência,
que deverão refletir a parcela da reestimativa da receita utilizada para abertura de
PREVISÃO créditos adicionais, as novas naturezas de receita não previstas na LOA e o
ATUALIZADA remanejamento entre naturezas de receita, ou ainda as
atualizações monetárias autorizadas por lei, efetuadas após a data da publicação da
LOA.
Identifica as receitas realizadas no período. Consideram-se realizadas as receitas
RECEITAS
arrecadadas diretamente pelo órgão, ou por meio de outras instituições como, por
REALIZADAS
exemplo, a rede bancária.
Identifica as receitas a realizar, representadas pela diferença entre a previsão
SALDO
atualizada (coluna “a”) e a realizada até o final do bimestre de referência (coluna “c”)

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
DEFINIÇÕES – MDF 13ª Ed.
DOTAÇÃO
Identifica o valor dos créditos iniciais constantes da Lei Orçamentária Anual.
INICIAL
Identifica o valor da dotação inicial mais os créditos adicionais abertos ou
reabertos durante o exercício, deduzidas as anulações/cancelamentos
DOTAÇÃO
correspondentes.
ATUALIZADA
A limitação de empenho, se ocorrer, não afetará a dotação autorizada, mas
apenas restringirá a emissão de empenho.
DESPESAS Identifica os valores das despesas empenhadas no bimestre e as acumuladas até o
EMPENHADAS bimestre de referência.
Identifica a dotação que não foi empenhada, representada pela diferença entre a
SALDO dotação atualizada (coluna “e”) e as despesas empenhadas até o bimestre (coluna
“f”).

AFO
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15. FGV ALEMA CONTADOR 2023
O projeto de Lei Orçamentária Anual é enviado ao
Presidente da República para sanção e publicação no Diário
Oficial da União após a seguinte fase do ciclo orçamentário:
A) Controle.
B) Execução.
C) Avaliação.
D) Aprovação.
E) Planejamento.
GABARITO: D
AFO
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16. FGV ALEMA CONTADOR 2023
Em uma entidade do setor público, as despesas
orçamentárias com o pagamento de diárias, auxílio-
alimentação e auxílio-transporte são classificadas como
A) Investimentos.
B) Inversões Financeiras.
C) Pessoal e Encargos Sociais.
D) Outras Despesas Correntes.
E) Auxílios para Inversões Financeiras.
GABARITO: D
AFO
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OUTRAS DESPESAS CORRENTES

AFO
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OUTRAS DESPESAS CORRENTES

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
OUTRAS DESPESAS CORRENTES

AFO
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17. FGV ALEMA CONTADOR 2023
Não devem ser reconhecidos como receita orçamentária os recursos
financeiros oriundos de
A) superávit financeiro e cancelamento de despesas inscritas em restos a
pagar.
B) ressarcimento e restituição de despesas pagas em exercícios anteriores.
C) operações de crédito e ressarcimento de despesas pagas em exercícios
anteriores.
D) superávit financeiro e restituição de despesas pagas em exercícios
anteriores.
E) cancelamento de despesas inscritas em restos a pagar e operações de
crédito.
GABARITO: A
AFO
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NÃO SE RECONHECE COMO RECEITA

RECONHECIDOS COMO RECEITA


a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo
financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos
adicionais transferidos e as operações de créditos neles
NÃO DEVEM SER

Superávit Financeiro vinculadas. Portanto, trata-se de saldo financeiro e não de nova


receita a ser registrada. O superávit financeiro pode ser
utilizado como fonte para abertura de créditos suplementares
e especiais

consiste na baixa da obrigação constituída em exercícios


anteriores, portanto, trata-se de restabelecimento de saldo de
disponibilidade comprometida, originária de receitas
Cancelamento de Despesas arrecadadas em exercícios anteriores e não de uma nova
receita a ser registrada. O cancelamento de restos a pagar não
Inscritas em Restos a Pagar se confunde com o recebimento de recursos provenientes do
ressarcimento ou da restituição de despesas pagas em
exercícios anteriores que devem ser reconhecidos como receita
orçamentária do exercício.

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
18. FGV ALEMA CONTADOR 2023
Nos termos da Lei de Diretrizes Orçamentárias, assinale a afirmativa correta
em relação ao dever da administração em executar as programações
orçamentárias, adotando os meios e as medidas necessários, com o
propósito de garantir a efetiva entrega de bens e serviços à sociedade.
A) É restrito ao início do exercício social vigente.
B) Aplica-se exclusivamente às despesas primárias discricionárias.
C) Impede o cancelamento necessário à abertura de créditos adicionais.
D) Aplica-se aos casos de impedimento de ordem técnica, independente de
justificativas.
E) Não é subordinado ao cumprimento de dispositivos constitucionais e
legais que estabelecem metas fiscais ou limites de despesas
GABARITO: B
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 165
§ 10. A administração tem o dever de executar as programações orçamentárias,
adotando os meios e as medidas necessários, com o propósito de garantir a efetiva
entrega de bens e serviços à sociedade.
§ 11. O disposto no § 10 deste artigo, nos termos da lei de diretrizes
orçamentárias:
I - subordina-se ao cumprimento de dispositivos constitucionais e legais que
estabeleçam metas fiscais ou limites de despesas e não impede o cancelamento
necessário à abertura de créditos adicionais;
II - não se aplica nos casos de impedimentos de ordem técnica devidamente
justificados;
III - aplica-se exclusivamente às despesas primárias discricionárias.

AFO
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19. FGV ALEMA CONTADOR 2023
Assinale a opção que indica corretamente o princípio orçamentário e sua respectiva
explicação.
A) Orçamento Bruto: determina que o orçamento de cada ente deverá conter todas as suas
receitas e despesas.
B) Legalidade: estabelece que todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento
pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções.
C) Universalidade: estabelece que a Lei Orçamentária Anual, com algumas ressalvas, não
deverá contar dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa.
D) Exclusividade: estabelece que cabe ao Poder Público fazer ou deixar de fazer somente
aquilo que a lei expressamente autorizar, ou seja, subordina-se aos ditames da lei.
E) Unidade: determina existência de orçamento único para cada um dos entes federados,
com a finalidade de se evitarem múltiplos orçamentos paralelos dentro da mesma pessoa
política.
GABARITO: E

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
PRINCÍPIO DA UNIDADE
"Trata-se, com efeito, de um princípio orçamentário concebido em um contexto
anterior à Constituição Federal de 1988, como, aliás, ocorre com boa parte dos
princípios orçamentários clássicos. Todavia, com as novas disposições trazidas pela
CF/1988, o princípio da unidade poderá também ser entendido numa outra
concepção. A rigor, considerando a previsão das três leis orçamentárias (PPA, LDO e
LOA – art. 165) e dos três suborçamentos (OF, OI e OSS) que formam a Lei
Orçamentária Anual (§ 5o), confeccionadas em diferentes documentos legais, o
princípio da unidade orçamentária, diante desse novo panorama constitucional,
também pode ser entendido como a necessidade de haver harmonia
(compatibilidade) entre a LOA, a LDO e o PPA (ver arts. 165, I, II e III, §§ 2o, 7o, 166,
§§ 3o, I, e 4o, da CF)."
Pascoal, Valdecir. Série Provas & Concursos - Direito Financeiro e Controle Externo. (10th edição). Grupo GEN, 2019.

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
PRINCÍPIO DA UNIDADE
Ricardo Lobo Torres, apud Marcus Abraham (Curso de
Direito Financeiro Brasileiro, 5ª edição – pág. 316) esclarece
que “o princípio da unidade já não significa a existência de
um único documento, mas a integração finalística e a
harmonização entre os diversos orçamentos”.

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
20. FGV TJ-RN ANALISTA 2023
O orçamento de um dado ente federativo dava autorização para o início de um
programa de manutenção e expansão das instalações físicas da rede pública de
educação básica.
À luz das orientações do Manual Técnico de Orçamento (MTO), para a classificação
programática da despesa:
a) todas as ações do programa serão classificadas como um projeto;
b) se parte das ações do projeto forem custeadas com recursos de operações de
crédito, será uma operação especial;
c) por se tratar de um programa autorizado na lei orçamentária do ente, os
recursos do tesouro são a única fonte;
d) não é permitida a existência de um mesmo projeto em mais de uma esfera
orçamentária ou em programas diferentes;
e) os recursos serão destinados às ações do programa na modalidade aplicação
direta.
AFO
GABARITO: D Prof. Leandro Ravyelle
CLASSIFICAÇÃO PROGRAMÁTICA
Programa
é o instrumento de organização da atuação governamental que articula um
conjunto de ações que concorrem para a concretização de um objetivo comum
preestabelecido, visando à solução de um problema ou ao atendimento de
determinada necessidade ou demanda da sociedade. O orçamento Federal está
organizado em programas, a partir dos quais são relacionadas às ações sob a
forma de atividades, projetos ou operações especiais, especificando os
respectivos valores e metas e as unidades orçamentárias responsáveis pela
realização da ação. A cada projeto ou atividade só poderá estar associado um
produto, que, quantificado por sua unidade de medida, dará origem à meta. As
informações mais detalhadas sobre os programas da União constam no Plano
Plurianual.
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
CLASSIFICAÇÃO PROGRAMÁTICA
AÇÕES ORÇAMENTÁRIAS
Conjunto de operações das quais resultam produtos (bens ou
serviços) que contribuem para atender ao objetivo de um
programa. Incluem-se também no conceito de ação as
transferências obrigatórias ou voluntárias a outros entes da
Federação e a pessoas físicas e jurídicas, na forma de subsídios,
subvenções, auxílios, contribuições, entre outros, os
financiamentos e as reservas de contingência. As ações
orçamentárias podem ser tipificadas como “projetos”,
“atividades” ou “operações especiais”. AFO
Prof. Leandro Ravyelle
CLASSIFICAÇÃO PROGRAMÁTICA
PROJETO
Instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo
um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre
para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de governo no âmbito da União. As ações do
tipo Projeto expandem a produção pública ou criam infraestrutura para novas atividades, ou,
ainda, implementam ações inéditas num prazo determinado.
Ressalta-se que não é permitida a existência de um mesmo projeto em mais de uma esfera
orçamentária ou em programas diferentes, ou seja, o projeto deve constar de uma única
esfera orçamentária, sob um único programa.
Para uma ação ser classificada como Projeto, deve atender, cumulativamente, os seguintes
critérios:
❑ Suas operações são delimitadas no tempo; e
❑ Sua produção incorpora ao patrimônio da União ou aperfeiçoa ou expande a ação de
governo no âmbito da União. AFO
Prof. Leandro Ravyelle
CLASSIFICAÇÃO PROGRAMÁTICA
ATIVIDADE
Instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo
de um programa, envolvendo um conjunto de operações que
se realizam de modo contínuo e permanente, das quais
resulta um produto ou serviço necessário à manutenção da
ação de Governo. Logo, as ações do tipo atividade mantêm o
nível da produção pública, ou seja, sua produção não
incorpora ao patrimônio da União nem contribui para o
aperfeiçoamento da ação de governo no âmbito da União,
como as ações do tipo projeto. AFO
Prof. Leandro Ravyelle
CLASSIFICAÇÃO PROGRAMÁTICA
OPERAÇÕES ESPECIAIS
As operações especiais caracterizam-se por não retratar a
atividade produtiva no âmbito da União, podendo,
entretanto, contribuir para a produção de bens ou serviços à
sociedade, quando caracterizada por transferências a outros
entes. Ações de fomento ou apoio da União a projetos de
outros entes, por exemplo, são característicos das operações
especiais.

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
CLASSIFICAÇÃO PROGRAMÁTICA

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
CLASSIFICAÇÃO PROGRAMÁTICA

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
21. FGV ISS-RJ 2023
No segundo ano do seu mandato, conforme compromisso assumido em sua
plataforma de campanha, o governador de um Estado da federação obteve
aprovação legislativa para a criação de uma empresa pública para promoção do
turismo no território do Estado, que conta com grande riqueza natural e
cultural.
Os gastos necessários para a criação da referida empresa, incluindo a
constituição do seu capital, devem ser classificados no grupo de natureza da
despesa:
a) investimentos;
b) inversões financeiras;
c) transferências de capital;
d) transferências intragovernamentais;
e) transferências setoriais.
GABARITO: B AFO
Prof. Leandro Ravyelle
NA LEI Nº 4.320/64
DESPESAS CORRENTES DESPESAS DE CAPITAL

DESPESAS DE CUSTEIO INVESTIMENTOS INVERSÕES FINANCEIRAS


pessoa civil
obras públicas aquisição de imóveis
participação em constituição ou aumento de
serviços em regime de programação especial capital de empresas ou entidades comerciais ou
pessoal militar financeiras

equipamentos e instalações aquisição de títulos representativos de capital de


material de consumo empresa em funcionamento

serviços de terceiros material permanente


constituição de fundos rotativos
participação em constituição ou aumento de concessão de empréstimos
capital de empresas ou entidades industriais ou
encargos diversos agrícolas diversas inversões financeiras

TRANSFERÊNCIAS CORRENTES TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL


subvenções sociais amortização da dívida pública
subvenções econômicas auxílios para obras públicas
auxílios para equipamentos e instalações
inativos
auxílios para inversões financeiras
pensionistas
salário família e abono familiar
juros da dívida pública outras contribuições.
Reta Final TJBA
contribuições
Prof. Leandro Ravyelle de previdência social
diversas transferências correntes.
CLASSIFICAÇÃO POR NATUREZA
AQUISIÇÃO DE TÍTULOS
CONSTITUIÇÃO/
LEI 4.320/64 QUE NÃO IMPORTEM
AUMENTO DE CAPITAL DE EMPRESAS
AUMENTO DE CAPITAL

COM CARÁTER COMERCIAL


INVERSÃO FINANCEIRA INVERSÃO FINANCEIRA
OU FINANCEIRO

SEM CARÁTER COMERCIAL


INVERSÃO FINANCEIRA INVESTIMENTOS
OU FINANCEIRO

MCASP 9ª ED. INVERSÕES - Despesas orçamentárias com a aquisição de imóveis ou


bens de capital já em utilização; aquisição de títulos representativos do capital de
empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não
importe aumento do capital; e com a constituição ou aumento do capital de empresas,
além de outras despesas classificáveis neste grupo. AFO
Prof. Leandro Ravyelle
GRUPO DE NATUREZA DE DESPESA
CÓDIGO GRUPO DE NATUREZA DA DESPESA

1 PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS

2 JUROS E ENCARGOS DA DÍVIDA

3 OUTRAS DESPESAS CORRENTES

4 INVESTIMENTOS

5 INVERSÕES FINANCEIRAS

6 AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA

9 RESERVA DE CONTINGÊNCIA

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
22. FGV ISS-RJ 2023
Um Município iniciou um projeto de requalificação de suas áreas urbanas,
parte por investimentos próprios e parte em regime de concessão à iniciativa
privada.
Há uma série de externalidades geradas por programas dessa natureza, e a
classificação da despesa pública indica o efeito econômico da aplicação desses
recursos por meio da análise das categorias que envolvem:
a) a descrição dos objetos do gasto;
b) o detalhamento dos grupos de natureza de despesa;
c) as fontes de recursos para custeio do programa;
d) a forma de aplicação dos recursos;
e) os montantes de despesas correntes e de capital.
GABARITO: E

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
23. FGV TCU AUDITOR 2022
A classificação da despesa pública é estruturada para atender às exigências de informação
demandadas por todos os interessados nas questões de finanças públicas, tais como os
poderes públicos, as organizações públicas e privadas e a sociedade em geral.
A classificação da despesa por identificador de resultado primário é de caráter indicativo e
tem como finalidade auxiliar a apuração do resultado primário, pelo confronto com as
receitas primárias.
Ao avaliar a meta de resultado primário e o resultado alcançado ao final de um exercício,
deve-se considerar que:
a) é facultada a vinculação com a meta de resultado nominal;
b) as despesas discricionárias não devem afetar o resultado primário;
c) todas as despesas primárias devem ser incluídas na meta de resultado primário;
d) as despesas que devem ser incluídas no resultado primário são de caráter obrigatório;
e) há classificação específica para despesas decorrentes de emendas parlamentares
impositivas.
GABARITO: E
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
24. FGV CGU AUDITOR 2022
No arcabouço conceitual-normativo do orçamento público há muitos conceitos
associados à contabilidade. Quando se fala de despesa contábil, por exemplo, tem-
se a ideia de consumo de recursos, com consequente redução patrimonial. Porém,
no orçamento público, a concepção de despesa tem uma perspectiva diversa.
Esse entendimento é importante principalmente para a avaliação do impacto e dos
desdobramentos da execução de despesas no patrimônio público.
Uma despesa orçamentária cujo reconhecimento diverge do conceito contábil de
despesa pode ser ilustrada por:
a) amortização da dívida;
b) arrendamento mercantil;
c) concessão de benefícios sociais;
d) juros e encargos da dívida;
e) subvenções econômicas.
GABARITO: A
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
25. FGV SEFAZ-AM 2022
De acordo com o Manual Técnico de Orçamento, o orçamento
público está organizado em programas de trabalho, que contêm
informações qualitativas e quantitativas, sejam físicas ou financeiras.
Em relação à classificação quantitativa, a dimensão física busca
responder à seguinte pergunta:
a) De que forma serão aplicados os recursos?
b) Quais insumos se pretende utilizar ou adquirir?
c) Em qual classe de gasto será realizada a despesa?
d) Qual o efeito econômico da realização da despesa?
e) Quanto se pretende entregar no exercício?
GABARITO: E
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
ESTRUTURA DA PROGRAMAÇÃO
Classificação por esfera orçamentária
PROGRAMAÇÃO QUALITATIVA
o programa de trabalho define
Classificação institucional
qualitativamente a programação
Classificação funcional
orçamentária e deve responder, de
Estrutura programática
maneira clara e objetiva, às perguntas
Ação, descrição,
clássicas que caracterizam o ato de
Informações sobre os forma de
orçar, sendo, do ponto de vista
programas, iniciativas, implementação,
operacional, composto dos seguintes
ações e subtítulos produto, unidade de
blocos de informação
medida e subtítulo.
❑ A programação física define quanto se pretende desenvolver do produto por meio da
PROGRAMAÇÃO

meta física, que corresponde à quantidade de produto a ser ofertado por ação, de
QUANTITATIVA

forma regionalizada, se for o caso, num determinado período e instituída para cada ano.
❑ Já a programação financeira define o que adquirir e com quais recursos, por meio da
natureza da despesa, identificador de uso, fonte de recursos, identificador de operações
de crédito, identificador de resultado primário, dotação e justificativa.
ESTRUTURA DA PROGRAMAÇÃO
26. FGV TJDFT 2022
O elemento de despesa orçamentária é uma categoria classificatória que tem por
finalidade identificar os objetos de gasto.
Ao analisar um relatório analítico de despesas com o nível de detalhamento por
elemento de despesa, um servidor deve considerar que:
a) cada elemento de despesa deve ser associado a uma modalidade de aplicação;
b) despesas inscritas em restos a pagar serão executadas como elemento próprio
de despesas de exercícios anteriores;
c) é facultado a cada ente o desdobramento dos elementos de despesa, conforme
necessidade;
d) elementos típicos de despesa corrente não podem ser associados a um grupo de
despesa de capital;
e) juros e encargos da dívida representam um elemento considerado na apuração
do resultado primário.
GABARITO: C
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
27. FGV TJDFT 2022
Ao tratar da classificação da despesa pública, o Manual Técnico de Orçamento
(MTO) destaca as abordagens qualitativa e quantitativa das categorias de
programação orçamentária. A primeira está mais associada à definição do
programa de trabalho e a segunda foca as dimensões física e financeira da
programação orçamentária, e ambas contribuem com elementos analíticos do
processo de alocação de recursos.
Das categorias classificatórias da despesa abaixo, a que apresenta um item
qualitativo e um quantitativo, respectivamente, é:
a) despesas primárias; modalidade de aplicação;
b) categoria econômica; unidade orçamentária;
c) despesa de capital; elemento de despesa;
d) função; grupo de natureza da despesa;
e) despesa corrente; programa.
GABARITO: D
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
28. FGV TCE-TO 2022
O processo de programação da despesa orçamentária está estruturado na realização
sequencial de etapas qualitativas e quantitativas que resultam na especificação dos
programas de trabalho constantes da Lei Orçamentária Anual.
Nesse sentido, identificam-se as seguintes classificações que devem ser consideradas pelos
técnicos da área de planejamento e orçamento da Prefeitura de Beta do Sul:
a) qualitativas: institucional, funcional, programática e operação especial; quantitativas:
Iduso, natureza da despesa e ação;
b) qualitativas: institucional, funcional e programática; quantitativas: Iduso, grupo e
especificação da destinação de recursos, natureza da despesa;
c) qualitativas: institucional, funcional e grupo de natureza; quantitativas: Iduso, grupo e
especificação da destinação de recursos;
d) qualitativas: institucional, funcional e programática; quantitativas: grupo e especificação
da destinação de recursos, projeto/atividade;
e) qualitativas: Iduso, grupo e especificação da destinação de recursos; quantitativas:
institucional, funcional e programática.
GABARITO: B AFO
Prof. Leandro Ravyelle
29. FGV TCE-TO 2022
O governador do Estado Alfa foi cientificado de que o Município Beta, situado
em seu território, não pagava, há três anos, a dívida decorrente de contratos de
financiamento com instituições financeiras governamentais, que tinham por
objetivo viabilizar a realização de obras públicas. A ausência de pagamento não
decorria de força maior, mas, sim, de opção política do prefeito municipal.
Considerando a narrativa, essa espécie de dívida é considerada:
a) flutuante e pode ensejar a decretação da intervenção espontânea;
b) fundada e pode ensejar a decretação da intervenção espontânea;
c) fundada e somente pode ensejar a decretação da intervenção provocada;
d) flutuante e somente pode ensejar a decretação da intervenção provocada;
e) mobiliária e somente pode ensejar a decretação da intervenção provocada.
GABARITO: B

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
INTERVENÇÃO NA CF
Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios
localizados em Território Federal, exceto quando:
I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a
dívida fundada; (INTERVENÇÃO ESPONTÂNEA)
II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei; (INTERVENÇÃO
ESPONTÂNEA)
III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na
manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de
saúde; (INTERVENÇÃO ESPONTÂNEA)
IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a
observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a
execução de lei, de ordem ou de decisão judicial. (INTERVENÇÃO PROVOCADA)
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
INTERVENÇÃO ESPONTÊNEA
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal,
exceto para:
I – manter a integridade nacional;
II – repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em
outra;
III – pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
V – reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos
consecutivos, salvo motivo de força maior;
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta
Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei;
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
30. FGV 2018
O Quadro apresenta os valores, em milhares de reais, extraídos dos registros
contábeis de uma entidade pública municipal ao final de um exercício.
De acordo com o Quadro 2, a dívida flutuante da entidade ao final do exercício,
conforme definido pela Lei nº 4.320/1964, representa, em milhares de reais:
a) 5.230,00;
b) 6.305,00;
c) 13.460,00;
d) 13.850,00;
e) 14.535,00.
GABARITO: B
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
31. FGV 2018
O Quadro apresenta os valores, em milhares de reais, extraídos dos registros contábeis de
uma entidade pública municipal ao final de um exercício.
Considerando os dados do Quadro, e que não havia disponibilidades de caixa, aplicações
financeiras nem outros haveres financeiros, para que a entidade não ultrapassasse o limite
máximo da Dívida Consolidada Líquida no período, a Receita Corrente Líquida não poderia
ser inferior a:
a) 4.115,00;
b) 6.858,33;
c) 7.267,50;
d) 11.216,67;
e) 12.112,50.
GABARITO: B
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
ENDIVIDAMENTO
CONGRESSO montante da dívida mobiliária federal
NACIONAL

limites globais para o montante da dívida


consolidada da União, estados e municípios

limites globais e condições para as operações de


SENADO crédito externa e interna de todos os entes da
FEDERAL Federação, e ainda, autarquias e entidades
controladas pela União
limites globais e condições para a dívida
mobiliária dos estados, do Distrito Federal e dos
municípios.
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
ENDIVIDAMENTO

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
DÍVIDA CONSOLIDADA LÍQUIDA
O Demonstrativo da Dívida Consolidada Líquida – DCL
compõe apenas o Relatório de Gestão Fiscal do Poder
Executivo e abrange todos os Poderes da União, dos Estados,
Distrito Federal e dos Municípios. O Demonstrativo contém
informações sobre a Dívida Consolidada (detalhada em Dívida
Mobiliária, Dívida Contratual, Precatórios Posteriores a
05/05/2000 e Outras Dívidas), as Deduções (detalhadas em
Disponibilidade de Caixa e Demais Haveres Financeiros), a
Dívida Consolidada Líquida e o percentual apurado com base
na Receita Corrente Líquida.
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
ENDIVIDAMENTO
“Ressalte-se que os limites das dívidas Consolidada Líquida e
Mobiliária para a União ainda não foram regulamentados
pelo Senado Federal e Congresso Nacional, respectivamente,
estando em tramitação o Projeto de Resolução do Senado nº
84/2007 e o Projeto de Lei nº 3.431/2000 (PLC nº 54/2009),
que tratam da matéria. Na ausência desse limite legal, o TCU
vem considerando como limite indicativo o referencial de
350% da RCL para a Dívida Consolidada Líquida da União e
de 650% da RCL para a Dívida Mobiliária, conforme proposto
pelo Poder Executivo.”Orientação CGU

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
DÍVIDA CONSOLIDADA LÍQUIDA

Reta Final ISS-RJ (APO)


Prof. Leandro Ravyelle
DÍVIDA CONSOLIDADA LÍQUIDA
Para efeito de apuração da Dívida Consolidada Líquida, não serão considerados como haveres
financeiros:
❑ Os créditos tributários e não-tributários (exceto os empréstimos e financiamentos concedidos)
reconhecidos segundo o princípio da competência, por meio de variações ativas;
❑ Os valores inscritos em Dívida Ativa;
❑ Outros valores que não representem créditos a receber, tais como Estoques e contas do Ativo
Imobilizado;
❑ Os adiantamentos concedidos a fornecedores de bens e serviços, a pessoal e a terceiros;
❑ Depósitos restituíveis e valores vinculados;
❑ Participações permanentes da unidade em outras entidades em forma de ações ou cotas.

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
32. FGV 2017
Os dados apresentados no quadro a seguir foram retirados do Relatório de Gestão Fiscal de
um ente estadual relativo ao segundo quadrimestre de 2016 e estão expressos em milhares
de reais. De acordo com as disposições da LRF quanto à dívida consolidada líquida (DCL), é
correto afirmar que, no quadrimestre:
a) a DCL do ente é de 95,5 bilhões de reais;
b) a DCL ultrapassou o limite máximo em menos de 2%;
c) a DCL ultrapassou o limite máximo em mais de 10%;
d) a DCL está abaixo do limite prudencial;
e) a DCL está 4,4% abaixo do limite máximo.
GABARITO: B

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
33. FGV CÂMARA TÉC/MAT&PAT. 2023
Os Princípios Orçamentários são aplicáveis aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário em
todos os níveis de governo – União, estados, Distrito Federal e municípios – sendo definidos
e regulados por meio de normas presentes na Constituição, leis complementares e pela
doutrina. Relacione os Princípios Orçamentários às respectivas definições.
Assinale a opção que indica a relação correta, segundo a ordem
apresentada.
(A) 1 – 3 – 2 – 4.
(B) 1 – 4 – 2 – 3.
(C) 4 – 2 – 3 – 1.
(D) 2 – 4 – 3 – 1.
(E) 4 – 3 – 2 – 1.
GABARITO: D

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS OU SETORIAIS
Garantem efetividade e legitimidade ao orçamento público.

Legalidade
Anualidade Unidade Universalidade
Orçamentária*
Exclusividade Programação Não-vinculação Limitação
Tecnicidade
❑ Uniformidade
Publicidade* Discriminação Transparência
❑ Clareza
❑ especificação
Sinceridade Sustentabilidade Equidade
Equilíbrio Fiscal
Orçamentária Orçamentária Intergeracional

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
PRINCÍPIO DA LIMITAÇÃO
❑ Condiciona a realização de despesas e a utilização de créditos ao montante previsto no orçamento,
não podendo excedê-los;
❑ CF Art. 167 São Vedados
❑ II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos
orçamentários ou adicionais;
❑ Relaciona-se também com a Regra de Ouro [III - a realização de operações de créditos que excedam
o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou
especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta];
❑ Art. 167, V a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem
indicação dos recursos correspondentes;
❑ Art. 167, VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados;
❑ Art. 167, VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal
e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos,
inclusive dos mencionados no art. 165, § 5º;
❑ VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de
programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
PRINCÍPIO DA TECNICIDADE
❑ Impõe ao orçamento características que permitam ao usuário sua ampla
compreensão, resumindo-se em:
❑ Uniformidade ou padronização na apresentação dos dados
❑ Clareza ou Inteligibilidade na evidenciação do seu conteúdo
❑ Especificação na classificação e na designação das informações
❑ Materializa-se, sobretudo, a partir da adoção de normas estabelecidas pela
contabilidade pública. Através dela, podem-se identificar com clareza, para fins de
acompanhamento e controle, os registros de receitas e de despesas estimadas e as
efetivamente realizadas, bem como as dotações disponíveis para a respectiva
execução (contabilidade orçamentária), as movimentações de ingressos (receitas) e
dispêndios (despesas) de recursos financeiros (contabilidade financeira) e os bens,
direitos e obrigações pertencentes aos entes públicos (contabilidade patrimonial).

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
PRINCÍPIO DA SINCERIDADE ORÇAMENTÁRIA
❑ visa coibir os orçamentos considerados “peças de ficção”, que acabam sendo realizados em desacordo com
a realidade econômica e social, com base em receitas “superinfladas” e despesas subestimadas ou
inexecutáveis;
❑ Este postulado pode ser considerado também como princípio orçamentário da exatidão; [REALISMO
ORÇAMENTÁRIO]
❑ Funda-se nos princípios da moralidade, legalidade, transparência e do planejamento, no ideal de boa-fé
daqueles que elaboram, aprovam e executam o orçamento público para com a sociedade, a qual acaba
tendo suas expectativas frustradas diante de promessas orçamentárias não realizadas;
❑ baseia-se na elaboração do orçamento, considerando um diagnóstico que apresente uma exata dimensão
da situação existente, bem como indique a solução dos problemas identificados. No momento de
diagnosticar a situação, o gestor, deverá utilizar uma base realística, sem superestimar os recursos, nem
tampouco subavaliar os gastos necessários para atendimento dos objetivos previamente fixados;
❑ As estimativas orçamentárias devem ser tão exatas quanto possível, dotando o Orçamento da consistência
necessária para que esse possa ser empregado como instrumento de gerência, de programação e de
controle.

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO FORMAL
❑ Art 4º-, inciso I, alínea a, da LRF que determina que a LDO disporá sobre
o equilíbrio entre receita e despesa (equilíbrio formal);
❑ A finalidade desse princípio é deter o crescimento desordenado dos
gastos governamentais e impedir o déficit orçamentário;
❑ Relacionado também à regra de ouro;
❑ O fato de um orçamento ser publicado de forma equilibrada não implica
o equilíbrio das contas públicas;
❑ A exigência de que, no orçamento público, haja equilíbrio entre receitas
e despesas totais, ainda que sejam obtidas operações de crédito para
financiar parte das despesas públicas decorre também do equilíbrio
formal;
❑ As despesas não podem superar as receitas;
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO MATERIAL
❑ O “equilíbrio material” está mais ligado à execução equilibrada do orçamento do que à sua
publicação com montantes iguais de receita e despesa.
❑ Para garantir o equilíbrio material, o governo busca a manutenção de metas de superávit,
contingenciamentos e limitações de empenho e movimentação financeira, créditos adicionais
com recursos já arrecadados e respeitados os limites das despesas primárias, etc.
❑ O equilíbrio material (ou real) está mais ligado à execução equilibrada do orçamento do que à
sua publicação com montantes iguais de receita e despesa.
❑ A vedação da aprovação de emendas ao projeto de LOA sem a indicação dos recursos
necessários, admitindo os provenientes de anulação de despesas, reforça o princípio do
equilíbrio;
❑ A maneira como a legislação observa o princípio do equilíbrio orçamentário é útil para a
compreensão dos instrumentos de intervenção econômica disponíveis ao governo,
principalmente no tocante à geração de déficits. Na abordagem desse princípio, a CF, ao
limitar as possíveis razões de endividamento do governo, interferiu na questão do déficit das
operações correntes.
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO FISCAL
❑ Recomenda que para toda despesa haja uma receita a financiá-la, a fim
de evitar o surgimento de déficits orçamentários crescentes ou
descontrolados, que possam prejudicar as contas públicas presentes e
futuras;
❑ Apresenta a verdadeira estabilidade financeira e é um dos pilares do
crescimento sustentado do Estado;
❑ Antes de ser uma mera igualdade numérica entre receitas e despesas, o
princípio deve ser encarado como um conjunto de parâmetros que
confiram às contas públicas a necessária e indispensável estabilidade, a
fim de permitir ao Estado a realização das suas finalidades;
❑ Não previsto na CF;
❑ Previsto nas legislações infraconstitucionais;
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
PRINCÍPIO DA SUSTENTABILIDADE ORÇAMENTÁRIA
❑ derivado do ideal de equilíbrio fiscal em uma gestão responsável, recomenda
que para toda despesa haja uma receita suficientemente bastante para
financiá-la, a fim de evitar o surgimento de déficits orçamentários crescentes ou
descontrolados, que possam prejudicar as contas públicas presentes e futuras.
❑ Através dele almeja-se alcançar resultados eficientes que permitam a protração
no tempo de um equilíbrio de modo estável ou sustentável para a presente e as
futuras gerações, com a gestão racional e prudente da dívida pública, numa
noção de solidariedade e equidade intergeracional.
❑ Significa a capacidade de o Estado manter a sua solvabilidade;
❑ Capacidade de satisfazer atuais necessidades sem comprometer a satisfação
das necessidades futuras;
❑ Possibilidade de manutenção das políticas públicas atuais.

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
PRINCÍPIO DA EQUIDADE FISCAL INTERGERACIONAL

❑ Como desdobramento da sustentabilidade financeira, que revela


a capacidade financeira de uma nação satisfazer necessidades
atuais sem comprometer as futuras.
❑ Pretende-se garantir que não se imporá às gerações futuras o ônus
financeiro da dívida pública contraída no passado, de maneira que
haja uma justa e proporcional distribuição entre diferentes
gerações dos benefícios obtidos com a atividade estatal e os custos
para o seu financiamento.
❑ Ex: LC 159/2017 – regime de Recuperação Fiscal para os estados
em grave desequilíbrio financeiro.
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
PRINCÍPIO DA ECONOMICIDADE
❑Princípio que objetiva a minimização dos gastos
públicos, sem comprometimento dos padrões de
qualidade. Refere-se à capacidade de uma
instituição gerir adequadamente os recursos
financeiros colocados à sua disposição.
❑CF, art. 70.

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
PRINCÍPIO DO ORÇAMENTO IMPOSITIVO
❑ Trata-se de princípio novo que define o dever de execução das programações
orçamentárias, o que supera o antigo debate acerca da natureza jurídica da lei
orçamentária, ou seja, se as programações representavam mera autorização para a
execução (modelo autorizativo) ou se, diante do sistema de planejamento e orçamento
da Constituição de 1988, poder-se-ia extrair o caráter vinculante da lei orçamentária, o
que acabou prevalecendo.
❑ O dever de execução é um vínculo imposto ao gestor, no interesse da sociedade, que o
impele a tomar todas as medidas necessárias (empenho, contratação, liquidação,
pagamento) para viabilizar a entrega de bens e serviços correspondente às
programações da lei orçamentária. A própria Constituição esclarece que o dever de
execução não se aplica nos casos em que impedimentos de ordem técnica ou legal, na
medida em que representam óbice intransponível para o gestor. É o caso, por exemplo,
da necessidade legal de cumprir metas fiscais, o que requer contingenciamento das
despesas.
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
PRINCÍPIO DO ORÇAMENTO IMPOSITIVO
❑O caráter impositivo da execução do orçamento importa
apenas para as chamadas despesas discricionárias (não
obrigatórias). Isso porque a execução das despesas
“obrigatórias” - aquelas cujo orçamentação, empenho e
pagamento decorrem da existência de legislação
anterior, que cria vínculos obrigacionais - define-se pela
própria norma substantiva, e não pelo fato de constar da
lei orçamentária.

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
PRINCÍPIO DA REGIONALIZAÇÃO
❑ O princípio da regionalização do gasto público tem como propósito atender à
necessidade de se verificar, na elaboração e na execução da lei orçamentária, o
cumprimento do art. 3º, inciso III, da Constituição. Esse dispositivo elege, como um dos
objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, a redução das desigualdades
sociais e regionais.
❑ Essa disposição repercute nas normas constitucionais que regem as leis do ciclo
orçamentário. Seu cumprimento é objeto de atenção legislativa e de conflitos
federativos quando da apreciação do projeto de lei orçamentária. O § 7º do art. 165 da
CF determina que os orçamentos fiscal e das estatais, compatibilizados com o plano
plurianual (que também é regionalizado, a teor do § 1º do mesmo artigo), terão entre
suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.
❑ Ou seja, a distribuição dos recursos no PPA e na LOA deve estar orientada de modo a
reduzir as desigualdades regionais. Do que decorre a necessidade de especificar o local
onde as ações serão promovidas, notadamente os investimentos públicos.
AFO
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34. FGV CÂMARA TÉC/MAT&PAT. 2023
Ao longo do século XX houve um constante processo de reformulação conceitual do
orçamento público, com impactos significativos nas práticas e nos procedimentos. No Brasil,
assim como em outros países da América Latina, a concepção do orçamento moderno foi e,
de certa forma, ainda é refletida no conceito de Orçamento-programa, que consiste em um
conjunto de ideias e diretrizes técnicas originalmente sistematizadas pela Organização das
Nações Unidas (ONU). Relacione os elementos essenciais do Orçamento-programa, listados a
seguir às respectivas definições. Assinale a opção que indica a relação correta, segundo a
ordem
apresentada.
(A) 1 – 3 – 2 – 4.
(B) 1 – 4 – 2 – 3.
(C) 4 – 2 – 3 – 1.
(D) 2 – 4 – 3 – 1.
(E) 4 – 3 – 2 – 1.
GABARITO: E
AFO
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ORÇAMENTO-PROGRAMA
OBJETIVOS E perseguidos pela instituição e para cuja execução
PROPÓSITOS são utilizados os recursos orçamentários
instrumento de integração dos esforços
PROGRAMAS governamentais com o intuito de concretizar os
objetivos
OS CUSTOS DOS meios e insumos necessários para a obtenção dos
PROGRAMAS resultados
MEDIDAS DE medir as realizações (produto final) e os esforços
DESEMPENHO despendidos na execução dos programas

AFO
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35. FGV CÂMARA TÉC/MAT&PAT. 2023
A necessidade de que os objetivos governamentais sejam claramente definidos é a primeira
condição para a adoção do Orçamento-programa. Nos planos nacionais, geralmente os objetivos
são explicitados em termos de taxas de crescimento para os principais indicadores de atividade
econômica do país. Sobre a definição dos objetivos, analise as afirmativas a seguir.
I. “Construir n quilômetros de rodovias asfaltadas” não é a forma adequada de expressar os
objetivos de um Programa Rodoviário.
II. “Construir x escolas” é a forma adequada de expressar os objetivos de um Programa de
Construção de Escolas.
III. Um Programa de Desenvolvimento Agrícola evidencia conflitos entre objetivos econômicos e
sociais.
Está correto o que se afirma em
(A) I, II e III.
(B) I e II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II e III apenas.
(E) III, apenas.
GABARITO: C AFO
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36. FGV CÂMARA TÉC/MAT&PAT. 2023
Os Princípios Orçamentários têm a finalidade de estabelecer diretrizes
essenciais que visam a garantir racionalidade, eficiência e transparência aos
procedimentos relacionados à criação, à implementação e à fiscalização do
orçamento público. O Princípio Orçamentário que determina que todas as
receitas previstas e despesas fixadas, durante cada exercício financeiro,
devem estar reunidas em um único instrumento legal em cada nível de governo
éo
(A) da universalidade.
(B) da totalidade.
(C) da anualidade.
(D) do orçamento bruto.
(E) da exclusividade.
GABARITO: B
AFO
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37. FGV CÂMARA TÉC/MAT&PAT. 2023
O critério geral aplicado ao registro da receita orçamentária é o da entrada de
disponibilidades. A menos que haja uma exigência legal específica para contabilizar certos
eventos como despesas orçamentárias, a dedução da receita orçamentária é o
procedimento padrão a ser seguido em três circunstâncias.
Analise se os itens a seguir configuram casos passíveis de dedução de receita orçamentária.
I. Recursos que o ente tenha a competência de arrecadar, mas que pertencem a outro ente.
II. Restituição de receitas indevidamente.
III. Renúncia de receita orçamentária.
Está correto o que se afirma em
(A) I, II e III.
(B) I e II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II e III apenas.
(E) I, apenas.
GABARITO: A
AFO
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DEDUÇÕES DA RECEITA
No âmbito da administração pública, a dedução de receita
orçamentária é o procedimento padrão a ser utilizado para as
situações abaixo elencadas, salvo a existência de determinação legal
expressa de se contabilizar fatos dessa natureza como despesa
orçamentária:
✓ Recursos que o ente tenha a competência de arrecadar, mas que
pertencem a outro ente, de acordo com a legislação vigente
(transferências constitucionais ou legais);
✓ Restituição de tributos recebidos a maior ou indevidamente; e.
✓ Renúncia de receita orçamentária;
AFO
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NÃO SE RECONHECE COMO RECEITA
RECONHECIDOS COMO RECEITA
a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro,
conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as
Superávit operações de créditos neles vinculadas. Portanto, trata-se de saldo
Financeiro financeiro e não de nova receita a ser registrada. O superávit financeiro
NÃO DEVEM SER

pode ser utilizado como fonte para abertura de créditos suplementares e


especiais

consiste na baixa da obrigação constituída em exercícios anteriores,


portanto, trata-se de restabelecimento de saldo de disponibilidade
Cancelamento de comprometida, originária de receitas arrecadadas em exercícios anteriores e
Despesas Inscritas não de uma nova receita a ser registrada. O cancelamento de restos a pagar
em Restos a Pagar não se confunde com o recebimento de recursos provenientes do
ressarcimento ou da restituição de despesas pagas em exercícios anteriores
que devem ser reconhecidos como receita orçamentária do exercício.

AFO
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REGISTROS DAS TRANSFERÊNCIAS
INTERGOVERNAMENTAIS
✓ As transferências intergovernamentais constitucionais ou legais podem ser
contabilizadas pelo ente transferidor como uma despesa ou como dedução de
receita, dependendo da forma como foi elaborado o orçamento do ente.
✓ Se as receitas arrecadadas constarem no orçamento do ente transferidor a
transferência deverá ser registrada como despesa orçamentária. Por outro lado,
se as receitas não constarem será registrada como dedução da receita. No
entanto, em se tratando de transferências voluntárias, a contabilização deve
ser como despesa, visto que não há uma determinação legal para a
transferência, sendo necessário haver, de acordo com o disposto no art. 25 da
LRF, existência de dotação específica que permita a transferência.
✓ Para contabilização no ente recebedor, faz-se necessário distinguir os dois tipos
de transferências: as constitucionais e legais e as voluntárias.
AFO
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38. FGV CÂMARA TÉC/MAT&PAT. 2023
Despesa orçamentária é toda transação que depende de autorização
legislativa, na forma de consignação de dotação orçamentária, para
ser efetivada. Relacione os conceitos a seguir às respectivas
definições Assinale a opção que indica a relação correta, segundo a
ordem apresentada.
(A) 1 – 3 – 2 – 4.
(B) 1 – 4 – 2 – 3.
(C) 4 – 2 – 3 – 1.
(D) 2 – 4 – 3 – 1.
(E) 4 – 3 – 2 – 1.
GABARITO: B
AFO
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ESTRUTURA DA PROGRAMAÇÃO
CLASSIFICAÇÃO POR ESFERA ORÇAMENTÁRIA
PROGRAMAÇÃO QUALITATIVA

CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL
o programa de trabalho define qualitativamente
a programação orçamentária e deve responder, CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL
de maneira clara e objetiva, às perguntas ESTRUTURA PROGRAMÁTICA
clássicas que caracterizam o ato de orçar, sendo,
do ponto de vista operacional, composto dos INFORMAÇÕES SOBRE OS PROGRAMAS, Ação, descrição, forma de
implementação, produto, unidade
seguintes blocos de informação INICIATIVAS, AÇÕES E SUBTÍTULOS
de medida e subtítulo.

❑ A programação física define quanto se pretende desenvolver do produto por meio da meta física, que
PROGRAMAÇÃO

corresponde à quantidade de produto a ser ofertado por ação, de forma regionalizada, se for o caso, num
QUANTITATIVA

determinado período e instituída para cada ano.

❑ Já a programação financeira define o que adquirir e com quais recursos, por meio da natureza da despesa,
identificador de uso, fonte de recursos, identificador de operações de crédito, identificador de resultado
primário, dotação e justificativa.

AFO
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ESTRUTURA DA PROGRAMAÇÃO

AFO
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ESTRUTURA DA PROGRAMAÇÃO
BLOCOS DA ESTRUTURA ITEM DA ESTRUTURA PERGUNTA A SER RESPONDIDA
Classificação por Esfera Esfera Orçamentária Em qual Orçamento?
Órgão
Classificação Institucional Quem é o responsável por fazer?
Unidade Orçamentária
Função Em que áreas de despesa a ação governamental será
Classificação Funcional
Subfunção realizada?

O que se pretende alcançar com a implementação da


Estrutura Programática Programa
Política Pública?
O que será desenvolvido para alcançar o objetivo do
Ação
programa?
Descrição O que é feito? Para que é feito?
Forma de Implementação Como é feito?

Informações Principais da Ação Produto O que será produzido ou prestado?


Unidade de Medida Como é mensurado?
Onde é feito?
Subtítulo
Onde está o beneficiário do gasto?

AFO
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AÇÕES ORÇAMENTÁRIAS

AFO
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PROGRAMAÇÃO QUANTITATIVA

AFO
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39. FGV CÂMARA TÉC/MAT&PAT. 2023
O Grupo de Natureza de Despesa (GND) é um agregador de
elementos de despesa orçamentária com as mesmas características
quanto ao objeto de gasto. Com relação ao GND, avalie as afirmativas
a seguir e assinale (V) para a verdadeira e (F) para a falsa.

( ) O GND 3 representa “Outras Despesas Correntes”, despesas


orçamentárias com aquisição de material de consumo, pagamento de
diárias, contribuições, subvenções, auxílio-alimentação, auxílio-
transporte, além de outras despesas da categoria econômica
"Despesas Correntes" não classificáveis nos demais grupos de
natureza de despesa.
AFO
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39. FGV CÂMARA TÉC/MAT&PAT. 2023
( ) O GND 3 representa “Investimentos”, despesas orçamentárias com softwares e com o
planejamento e a execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados
necessários à realização destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e
material permanente.
( ) O GND 6 representa “Inversões Financeiras”, despesas orçamentárias com a aquisição de
imóveis ou bens de capital já em utilização; aquisição de títulos representativos do capital de
empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe
aumento do capital; e com a constituição ou aumento do capital de empresas, além de
outras despesas classificáveis neste grupo.
As afirmativas são, respectivamente,
(A) F – V – F.
(B) F – V – V.
(C) V – F – F.
(D) V – V – F.
(E) V – F – V.
GABARITO: C AFO
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NA LEI Nº 4.320/64
DESPESAS CORRENTES DESPESAS DE CAPITAL

DESPESAS DE CUSTEIO INVESTIMENTOS INVERSÕES FINANCEIRAS


pessoa civil
obras públicas aquisição de imóveis
participação em constituição ou aumento de
serviços em regime de programação especial capital de empresas ou entidades comerciais ou
pessoal militar financeiras

equipamentos e instalações aquisição de títulos representativos de capital de


material de consumo empresa em funcionamento

serviços de terceiros material permanente


constituição de fundos rotativos
participação em constituição ou aumento de concessão de empréstimos
capital de empresas ou entidades industriais ou
encargos diversos agrícolas diversas inversões financeiras

TRANSFERÊNCIAS CORRENTES TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL


subvenções sociais amortização da dívida pública
subvenções econômicas auxílios para obras públicas
auxílios para equipamentos e instalações
inativos
auxílios para inversões financeiras
pensionistas
salário família e abono familiar
juros da dívida pública outras contribuições.
Reta Final TJBA
contribuições de previdência social
Prof. Leandro Ravyelle
diversas transferências correntes.
CLASSIFICAÇÃO POR NATUREZA
AQUISIÇÃO DE TÍTULOS
CONSTITUIÇÃO/
LEI 4.320/64 QUE NÃO IMPORTEM
AUMENTO DE CAPITAL DE EMPRESAS
AUMENTO DE CAPITAL

COM CARÁTER COMERCIAL


INVERSÃO FINANCEIRA INVERSÃO FINANCEIRA
OU FINANCEIRO

SEM CARÁTER COMERCIAL


INVERSÃO FINANCEIRA INVESTIMENTOS
OU FINANCEIRO

MCASP 9ª ED. INVERSÕES - Despesas orçamentárias com a aquisição de imóveis ou


bens de capital já em utilização; aquisição de títulos representativos do capital de
empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não
importe aumento do capital; e com a constituição ou aumento do capital de empresas,
AFO
Prof. Leandro Ravyelle além de outras despesas classificáveis neste grupo.
GRUPO DE NATUREZA DE DESPESA
CÓDIGO GRUPO DE NATUREZA DA DESPESA

1 PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS

2 JUROS E ENCARGOS DA DÍVIDA

3 OUTRAS DESPESAS CORRENTES

4 INVESTIMENTOS

5 INVERSÕES FINANCEIRAS

6 AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA

9 RESERVA DE CONTINGÊNCIA
AFO
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SUBVENÇÕES
as que se destinem a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa.
Fundamentalmente e nos limites das possibilidades financeiras, a concessão de subvenções sociais visará à prestação
SUBVENÇÕES
SOCIAIS

de serviços essenciais de assistência social, médica e educacional, sempre que a suplementação de recursos de origem
privada aplicados a esses objetivos revelar-se mais econômica. O valor das subvenções, sempre que possível, será
calculado com base em unidades de serviços efetivamente prestados ou postos à disposição dos interessados
obedecidos os padrões mínimos de eficiência previamente fixados. Somente à instituição cujas condições de
funcionamento forem julgadas satisfatórias pelos órgãos oficiais de fiscalização serão concedidas subvenções.
as que se destinem a empresas públicas ou privadas de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril. A cobertura
dos déficits de manutenção das empresas públicas, de natureza autárquica ou não, far-se-á mediante subvenções
SUBVENÇÕES ECONÔMICAS

econômicas expressamente incluídas nas despesas correntes do orçamento da União, dos estados, dos municípios ou
do Distrito Federal. Consideram-se, igualmente, como subvenções econômicas: as dotações destinadas a cobrir a
diferença entre os preços de mercado e os preços de revenda, pelo Governo, de gêneros alimentícios ou outros
materiais; e as dotações destinadas ao pagamento de bonificações a produtores de determinados gêneros ou
materiais.
Art. 18. A cobertura dos déficits de manutenção das empresas públicas, de natureza autárquica ou não, far-se-á
mediante subvenções econômicas expressamente incluídas nas despesas correntes do orçamento da União, do
Estado, do Município ou do Distrito Federal.
Art. 19. A Lei de Orçamento não consignará ajuda financeira, a qualquer título, a empresa de fins lucrativos, salvo
quando se tratar de subvenções cuja concessão tenha sido expressamente autorizada em lei especial.

AFO
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40. FGV CÂM. DEPUTADOS CONTADOR 2023
O orçamento-programa, atualmente adotado no Brasil, consagrou a
integração entre o planejamento e o orçamento público, pois surgiu
justamente da necessidade de se planejar as ações, antes da
execução orçamentária. Em relação ao orçamento-programa, analise
as afirmativas a seguir.
I. No orçamento-programa estão embutidos dois princípios
fundamentais: o princípio da programação e o da especificação ou
discriminação.
II. O orçamento-programa visa a tornar-se elemento de integração
entre o planejamento e a execução da ação governamental,
classificando e sistematizando informações que permitam a análise
de custo. AFO
Prof. Leandro Ravyelle
40. FGV CÂM. DEPUTADOS CONTADOR 2023
III. Seus elementos essenciais são quatro: os objetivos da instituição em cuja
consecução são utilizados os recursos orçamentários; os programas, como
instrumentos de integração dos esforços governamentais para a concretização
desses objetivos; os custos, medidos por meio de identificação dos meios e
insumos necessários para a obtenção dos resultados; e as medidas de
desempenho das realizações e dos esforços despendidos na execução dos
programas.
Está correto o que se afirma em
(A) I, apenas.
(B) I e II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.
GABARITO: E AFO
Prof. Leandro Ravyelle
ORÇAMENTO-PROGRAMA
OBJETIVOS E perseguidos pela instituição e para cuja execução são
PROPÓSITOS utilizados os recursos orçamentários

instrumento de integração dos esforços governamentais


PROGRAMAS com o intuito de concretizar os objetivos

OS CUSTOS DOS meios e insumos necessários para a obtenção dos


PROGRAMAS resultados

MEDIDAS DE medir as realizações (produto final) e os esforços


DESEMPENHO despendidos na execução dos programas

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
ORÇAMENTO-PROGRAMA
o orçamento é o elo entre o planejamento e o orçamento
a alocação de recursos visa à consecução de objetivos e metas
as decisões orçamentárias são tomadas com base em avaliações e análises
técnicas de alternativas possíveis
na elaboração do orçamento são considerados todos os custos dos programas,
inclusive os que extrapolam o exercício
a estrutura do orçamento está voltada para os aspectos administrativos e de
planejamento
o principal critério de classificação é o funcional- programático
utilização sistemática de indicadores e padrões de medição do trabalho e de
resultados
o controle visa avaliar a eficiência, a eficácia e a efetividade das ações
governamentais
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
42. FGV CÂM. DEPUTADOS CONTADOR 2023
O Elemento de Despesa Orçamentária tem por finalidade identificar os objetos
de gasto, tais como vencimentos e vantagens fixas, juros, diárias, material de
consumo, serviços de terceiros prestados sob qualquer forma, subvenções
sociais, obras e instalações, equipamentos e material permanente, auxílios,
amortização e outros que a administração pública utiliza para a consecução de
seus fins. Relacione os elementos de despesa a seguir aos respectivos
exemplos. Assinale a opção que indica a relação correta na ordem
apresentada.
(A) 1 – 3 – 2 – 4.
(B) 1 – 4 – 2 – 3.
(C) 4 – 2 – 3 – 1.
(D) 2 – 4 – 3 – 1.
(E) 4 – 3 – 2 – 1.
GABARITO: D AFO
Prof. Leandro Ravyelle
43. FGV CÂM. DEPUTADOS INFORMÁTICA LEG. 2023
Na análise das matérias orçamentárias, os membros das casas Legislativas
desempenham uma gama de atividades que incluem estudos, avaliações, debates e
consultas, bem como a busca de informações e a participação em audiências
públicas com autoridades e especialistas. A Constituição Federal de 1988 restaurou
o poder do legislador de emendar o projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA),
especialmente no que se refere ao aumento ou à criação de novas despesas.
As emendas ao projeto de LOA ou aos projetos que o modifiquem podem ser
aprovadas caso
(A) indiquem um aumento de despesa global ou de cada órgão, fundo, projeto ou
programa.
(B) indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de
anulação de despesa, excluídas as que incidem sobre dotações para pessoal e seus
encargos, serviço da dívida e transferências tributárias constitucionais para
Estados, Municípios e Distrito Federal.
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
43. FGV CÂM. DEPUTADOS INFORMÁTICA LEG. 2023
(C) anulem dotações que envolvam gastos com pessoal e encargos,
serviço da dívida e transferências tributárias intergovernamentais.
(D) sejam compatíveis com o plano plurianual ou com a lei de
diretrizes orçamentárias.
(E) indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os
provenientes de anulação de despesa, incluídas as que incidem sobre
dotações para pessoal e seus encargos, serviço da dívida e
transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e
Distrito Federal.
GABARITO: B

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
APROVAÇÃO, DISCUSSÃO E VOTAÇÃO
Seguindo os preceitos da CF, as EMENDAS ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias NÃO
poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o PPA. As emendas ao projeto de lei de
diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano
plurianual As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o
modifiquem somente podem ser aprovadas caso:
sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias
indiquem os recursos dotações para pessoal e seus encargos
necessários, admitidos apenas serviço da dívida
os provenientes de anulação de
despesa, excluídas as que transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e
incidam sobre Distrito Federal

sejam relacionadas com a correção de erros ou omissões


com os dispositivos do texto do projeto de lei
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
44. FGV CÂM. DEPUTADOS INFORMÁTICA LEG. 2023
O ciclo orçamentário abrange as seguintes etapas: elaboração da
proposta, apreciação legislativa, execução, controle e avaliação.
Refere-se ao intervalo de tempo durante o qual ocorrem as
atividades características do orçamento público, desde sua
concepção até a avaliação final.
Acerca do ciclo orçamentário, avalie as afirmativas a seguir e assinale
(V) para a verdadeira e (F) para a falsa.
( ) A elaboração da proposta orçamentária envolve a consolidação
pelo Poder Legislativo do projeto da lei orçamentária anual,
abrangendo as propostas orçamentárias dos demais Poderes, seguida
do envio ao Poder Executivo para apreciação.
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
44. FGV CÂM. DEPUTADOS INFORMÁTICA LEG. 2023
( ) A execução orçamentária compreende a utilização dos créditos consignados no
Orçamento Geral da União, visando à realização das ações atribuídas às unidades
orçamentárias. Envolve os três estágios da receita: empenho, liquidação e pagamento.
( ) A avaliação orçamentária consiste na avaliação do cumprimento das metas previstas
na LOA e da execução dos programas de governo e dos orçamentos da União,
abrangendo também a avaliação dos resultados, quanto à eficácia e eficiência, da
gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração
federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado.
As afirmativas são, respectivamente,
(A) F – F – F.
(B) V – V – F.
(C) V – F – V.
(D) F – V – V.
(E) V – V – V.
GABARITO: A AFO
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CONTROLE NA CF/88
Art. 74 Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de
forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:
✓ avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a
execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;
✓ comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e
eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos
órgãos e entidades da administração federal, bem como da
aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
✓ exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias,
bem como dos direitos e haveres da União;
✓ apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
AFO
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45. FGV CÂM. DEPUTADOS INFORMÁTICA LEG. 2023

A receita pública denomina os ingressos de recursos


financeiros nos cofres do Estado, que se desdobram em
receitas orçamentárias e extraorçamentárias. Dois são os
critérios classificatórios na natureza da receita pública: as
categorias econômicas e as origens da receita. Relacione
cada item a seguir à respectiva definição.
1. Natureza de receita.
2. Receitas correntes.
3. Origens da receita.
4. Receitas de capital.
AFO
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45. FGV CÂM. DEPUTADOS INFORMÁTICA LEG. 2023
( ) receitas arrecadadas no exercício financeiro que aumentam as disponibilidades
financeiras do Estado, em geral com efeito positivo sobre o Patrimônio Líquido.
( ) receitas que aumentam as disponibilidades financeiras do Estado e não provocam
efeito sobre o Patrimônio Líquido.
( ) constitui a classificação básica para as análises econômico-financeiras sobre o
financiamento das ações governamentais.
( ) estrutura-se em cinco níveis de desdobramento, cujo código visa ao conhecimento e à
análise da origem dos recursos.
A relação correta, na ordem apresentada, é:
(A) 1 – 3 – 2 – 4.
(B) 1 – 4 – 2 – 3.
(C) 4 – 2 – 3 – 1.
(D) 2 – 4 – 3 – 1.
(E) 4 – 3 – 2 – 1.
GABARITO: D AFO
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46. FGV CÂM. DEPUTADOS INFORMÁTICA LEG. 2023
Restos a pagar são despesas empenhadas, mas não pagas até o dia 31 de
dezembro, distinguindo-se as processadas (despesas empenhadas e liquidadas)
das não processadas (despesas apenas empenhadas e aguardando a
liquidação).
Assinale a opção que indica a diretriz a ser adotada nos Restos a pagar.
(A) A obrigatoriedade de o gestor público, no último ano do seu mandato,
contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente
dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem
que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito.
(B) A vedação de o gestor público, no último ano do seu mandato, contrair
obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele,
ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja
suficiente disponibilidade de caixa para este efeito.
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
46. FGV CÂM. DEPUTADOS INFORMÁTICA LEG. 2023
(C) A vedação de o gestor público estabelecer limites para inscrição em
restos a pagar de despesas não pagas até 31 de dezembro.
(D) A obrigatoriedade de o gestor público, nos últimos dois quadrimestres
do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida
integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no
exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para
este efeito.
(E) A vedação de o gestor público, nos últimos dois quadrimestres do seu
mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida
integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no
exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para
este efeito.
GABARITO: E AFO
Prof. Leandro Ravyelle
LRF

Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão


referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres
do seu mandato, contrair obrigação de despesa que
não possa ser cumprida integralmente dentro dele,
ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício
seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de
caixa para este efeito.

AFO
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47. FGV CÂM. DEPUTADOS INFORMÁTICA LEG. 2023
O regime de adiantamento (suprimento de fundo) envolve a entrega de numerário ao
servidor para é um adiantamento concedido ao servidor para pagamento de despesas, com
prazo certo para utilização e comprovação de gastos. Em relação ao regime de
adiantamento, avalie as afirmativas a seguir e assinale (V) para a verdadeira e (F) para a
falsa.
( ) A concessão do benefício ocorre por meio do Cartão de Pagamento do Governo Federal.
( ) O regime de adiantamento aplica-se a despesas recorrentes.
( ) O Portal da Transparência do Governo Federal apresenta as transações de “Saque” e de
“Compra” presentes nas faturas.
As afirmativas são, respectivamente,
(A) F – V – F.
(B) F – V – V.
(C) V – F – F.
(D) V – V – F.
(E) V – F – V.
GABARITO: D* AFO
Prof. Leandro Ravyelle
SUPRIMENTO DE FUNDOS

Cartão de Pagamento do Governo Federal - Portal da transparência (portaldatransparencia.gov.br)

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
OBRIGADO!
Prof. Leandro Ravyelle
USP Analista
Prof. Leandro Ravyelle

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