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Maceió, Al
2024
LETÍCIA DE OLIVEIRA MENDES
Maceió, Al
2024
1º O governador eleito de determinado Estado-membro, com o objetivo de
desconcentrar as atividades do Poder Executivo, decidiu implementar, no primeiro
exercício financeiro do seu mandato, secretarias regionais, criando estruturas que
transferiram da capital para o interior, parte do poder de decisão do poder Executivo.
Para funcionar, as secretarias regionais precisariam de uma estrutura mínima
composta por secretário, secretário-adjunto, assessores, consultores e gerentes. A
criação de secretarias regionais não estava prevista na época de elaboração do
orçamento feito pelo seu antecessor e aprovado pela assembleia legislativa, para vigorar
no primeiro ano do mandato do novo governador; portanto, não existia dotação
orçamentária. Considerando a situação, como a despesa poderia ser realizada? De onde
viriam os recursos? E, se houvesse a dotação, mas fosse insuficiente, como ficaria a
situação? Existe algum princípio que justifique esse ajuste na execução orçamentária?
Qual? É possível alterar a lei orçamentária durante a sua execução?
Seria possível através de créditos extraordinários, que são despesas, criadas através
de decretos do poder executivo ou medida provísória, com imediato conhecimento do Poder
Legislativo, face a situações urgentes e imprevisíveis, tal como guerra externa, calamidade
pública e comoção interna, que não se submete à anterioridade nonagesimal ou anual.
Os recursos podem ser realocados de qualquer despesa, devendo observar as
limitações constitucionais (pagamento de pessoal, da dívida pública e transferências
obrigatórias).
No entanto, diante da abertura de créditos extraordinários, deve-se deduzir essa
despesa dos recursos provenientes do excesso de arrecadação para o fim de apurar os recursos
utilizados (art. 43, §4º).
3º Qual será a vigência dos créditos? Como devem ser apurados os recursos
utilizáveis provenientes de excesso de arrecadação?
Só o Executivo faz contingenciamento, porque seu orçamento tem como base aquilo
que foi arrecadado, enquanto os demais Poderes fundamentam o seu orçamento com base em
uma estimativa.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 4320, de 17 de março de 1964. Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro
para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios
e do Distrito Federal. Lei 4320, Brasília, 17 mar. 1964. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4320.htm. Acesso em: 19 jan. 2024.
RAMOS FILHO, Carlos Alberto de Moraes. Curso de Direito Financeiro. São Paulo :
Saraiva, 2012.