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Analise e Interpretação da Canção do Expedicionario

No ano de 1939, iniciou-se a 2º Guerra Mundial, tendo como protagonistas os pais do então
denominado Eixo – Alemanha, italia e japao – contra os países aliados – dentre eles Inglaterra,
frança e posteriormente os estados unidos – onde o brasil, por ter relações comerciais com
alguns dos países de ambos os lados, permaneceu neutro até cerca de 1942, quando o brasil
cedeu aos norte americanos, bases aéreas na região nordeste para uso americano, o que, por
consequência, desagradou os alemães, que em retaliação, iniciaram ataques com submarinos
a navios mercantes brasileiros, o que comoveu a opinião publica na época, e em 1944, o brasil
rompeu com a posição de neutralidade no conflito e iniciou-se o envio de tropas até a italia,
sob o nome de força expedicionária brasileira, a FEB.

Culturalmente, hinos e canções são escritas a fim de exaltar países os símbolos, bem como
motivar pessoas, sejam civis ou militares, e sob esse cenário, surge a canção do expedicionário,
escrita por Guilherme de almeida e musica composta por spartaco de almeida que ficou
conhecida como o hino oficial da força expedicionária brasileira.

Há de se ressaltar que a canção do expedicionário é bem extensa, contendo 16 estrofes, onde


são ressaltados as lembranças da terra de onde os combatentes vieram, bem como descreve
os diversos lugares que os militares vieram. Em seu poema cita também figuras femininas,
através de seus braços e lábios, remetendo a momentos de carinho entre os militares e suas
esposas mães e filhas, trazendo um alento e uma fonte de esperança, vontade e motivação
para retornar a terra amada.

É importantíssimo destacar também que no refrão da canção é possível perceber todo o tom
de esperança de retornar a então terra querida, o brasil, ressaltando todas as dificuldades a
serem superadas, todos os percalços que os militares poderiam se deparar, mesmo assim
mantendo toda força para a tão sonhada “vitória final”.

Um fato interessante a ser destacado nessa canção é que ela traz em sua letra algumas
referencias ao hino nacional brasileiro, além de menções a canções muito populares, como
meu limão, meu limoeiro, luar do sertão, casinha pequenina, entre outras. Outra questão a ser
destacado é que, há relatos dando conta que a canção foi mais popular em solo brasileiro do
que junto aos militares que estavam na FEB, tendo em vista a sua extensa letra de difícil
memorização.

Interessante citar que em 1964, durante o período que ficou conhecido como regime militar
no brasil, houveram manifestações populares em que estiveram presentes em cartazes os
versos “por mais terra que eu percorra / não permita Deus que eu morra / sem que volte para
lá”, fazendo uma alusão direta às pessoas que naquele momento se encontravam exiladas por
diversos motivos de cunho politico.

Tendo em vista todo o apanhado histórico trazido pela canção, toda a importância de sua
letra, principalmente na época em que ela foi escrita - um período de intensos conflitos
armados no mundo, que dizimaram milhões de pessoas – e, como citado no inicio, que
canções militares tem como um de seus objetivos motivar pessoas, há de se concluir que esse
objetivo foi concluído com êxito, visto que, ainda hoje, mais de 70 anos depois do termino do
conflito armado, diversas instituições militares ainda entoam essa canção em seus pátios,
exaltando toda gloria e a conquista dos bravos guerreiros brasileiros que combateram em
terras estrangeiras e conquistaram diversas e notórias vitorias e, como diz a letra,
conquistaram a sua “vitória final” e puderam regressar para os “braços de moema”, felizes e
aliviados após o período de conflito.

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