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A primeira fase teria sido a de 1822, de Francisco

Manuel da Silva, que, para não disputar a


atenção com a composição de dom Pedro I (que
é hoje nosso Hino da Independência), Francisco
achou melhor apresentar sua criação à nação
em outra oportunidade.
Em 1831, a música foi executada publicamente
pela primeira vez, na despedida de dom Pedro I.
Ele voltava para Portugal, deixando o trono para
o filho. A letra celebrava a liberdade do Brasil.
Foi rebatizada como Hino ao Sete
de Abril – data da abdicação do imperador. Essa
cerimônia, porém, aconteceu
em 13 de abril, que por isso mesmo hoje é
considerado o Dia do Hino Nacional.
Em 1841, quando dom Pedro 2o foi coroado,
outra letra veio a público, exaltando o novo
imperador. Essa versão foi chamada de Hino da
Coroação de Dom Pedro 2o. Durante o restante
do período imperial, o hino existiu sem letra,
carinhosamente conhecida como “Ta-ra-ta-ta-
tchin”, devido às notas tocadas em sua
introdução.
Com a Proclamação da República, em 1889, era preciso
readequar o hino.
Em 1890, foi realizado um concurso, mas a canção vencedora
não agradou nem ao marechal Deodoro da Fonseca. Então, ele
manteve o antigo hino, ainda sem letra, por sua popularidade.
Por alguns meses, a Marselhesa (base do hino francês) foi
tocada em eventos oficiais por simbolizar os ideais
republicanos.
Finalmente, em 1909, um novo
concurso para escolher a letra
consagrou o poema de Joaquim
Osório Duque Estrada. Ele ainda fez
11 modificações emsua ideia original
até que, em 6 de setembro de 1922,
o ppresidente Epitácio Pessoa
oficializou o Hino Nacional que
conhecemos hoje. Com esse
concurso, Duque Estrada ganhou 5
contos de réis (equivalente à metade
de um carro, na época) e entrou para
a Academia Brasileira de Letras.
1906-Maestro Alberto
Nepomuceno
1909-Joaquim Osório
Duque Estrada
Centenário da Independência
Decreto 15.671/1922
HYMNO NACIONAL BRASILEIRO Gigante pela propria natureza.
ESCRIPTO POR JOAQUIM OSORIO E's bello, és forte, impavido colosso,
DUQUE ESTRADA E o teu futuro espelha essa
Ouviram do Ypiranga as margens grandeza.
placidas Terra adorada
De um povo heroico e brado Entre outras mil,
retumbante E's tu, Brasil,
E o sol da liberdade, em raios O' Patria amada!
fulgidos, Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Brilhou no céo da Patria nesse Patria amada,
instante. Brasil;
Si o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço
forte,
Em teu seio, ó liberdade,
Desafia o nosso peito a propria
morte!
O' Patria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio
vivido
De amor o de esperança á terra
desce
Si em teu formoso céo, risonho e
limpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.
“Ouviram do Ipiranga as margens Esse trecho faz referência à
plácidas Independência do Brasil, em 7 de
De um povo heroico o brado setembro de 1822. Nessa data,
retumbante, Dom Pedro I teria gritado
E o sol da liberdade, em raios “Independência ou morte” nas
fúlgidos, margens do rio Ipiranga, em São
Brilhou no céu da pátria nesse Paulo.
instante.”
“Brasil, um sonho intenso, um raio Nessa estrofe, Joaquim Osório
vívido Duque Estrada idolatra o país,
De amor e de esperança à terra lembrando que a constelação
desce, Cruzeiro do Sul pode ser vista
Se em teu formoso céu, risonho e daqui, uma vez que ela só é
límpido, visível no hemisfério Sul.
A imagem do Cruzeiro resplandece.”
“Do que a terra, mais garrida, Nesse trecho, o Brasil é mais
Teus risonhos, lindos campos têm uma vez enaltecido, com
mais flores; menções à Canção do Exílio, de
‘Nossos bosques têm mais vida’, Gonçalves Dias: “Nosso céu tem
‘Nossa vida’ no teu seio ‘mais mais estrelas / Nossas várzeas
amores’.” têm mais flores / Nossos
bosques têm mais vida / Nossa
vida mais amores”.
Espera o Brasil que todos cumprais com o vosso dever
Eia! Avante, brasileiros! Sempre avante
Gravai com buril nos pátrios anais o vosso poder
Eia! Avante, brasileiros! Sempre avante
Servi o Brasil sem esmorecer, com ânimo audaz
Cumpri o dever na guerra e na paz
À sombra da lei, à brisa gentil
O lábaro erguei do belo Brasil
Eia! Sus, oh, sus! (*2)
Compreender o Hino Nacional
brasileiro realmente não é tarefa
fácil! Isso porque a letra do hino foi
escrita em uma linguagem
extremamente culta, muito distante
da que usamos no dia a dia.
• Plácidas: tranquilas, calmas, serenas.
• Brado Retumbante: grito forte que se espalha com barulho.
• Fúlgidos: brilhante, cintilante.
• Penhor: garantia segurança de que haverá liberdade.
• Vívido: que tem vivacidade, intenso.
• Cruzeiro: constelação do Cruzeiro do Sul.
• Impávido: destemido, valente, corajoso.
• Fulguras: Reluzir, brilhar; despontar com importância.
• Florão: flor de ouro.
• Garrida: enfeitada com flores, florida, enfeitada.
• Lábaro: bandeira.
• Flâmula: bandeira.
• Clava: um grande porrete, arma primitiva de guerra

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