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Ponto dos Concursos

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA EM EXERCÍCIOS P/ TCU
PROFESSOR DEUSVALDO CARVALHO

AULA 05: EXERCÍCIOS DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E


ORÇAMENTÁRIA

Colega concursando!

Atenção! No fim desta nota de aula estamos apresentando a lista com


todos os exercícios nela comentados, para que o aluno, a seu critério,
os resolva antes de ver o gabarito e ler os comentários
correspondentes.

Vamos continuar o nosso estudo com a animação de sempre e


“garantir” alguns preciosos pontos na prova do TCU?

Lembrete! Antes de iniciar a resolução dos exercícios deixe ao seu


alcance o material de consulta: livros, notas de aula, normas etc.

Você deve ter percebido nos concursos realizados que muitas


questões são repetitivas, ou seja, semelhantes, no caso de AFO e
Contabilidade Pública não fogem a essa regra.
É por isso a assertiva teoria do Willian Douglas de que concurso não
se faz para passar, mas até passar.

Repito o que mencionei na aula anterior! Evite realizar bateria de


exercícios desanimado, cansado ou com pressa. Lembre-se de que
duas horas de estudo descansado valem mais do que quatro ou seis
cansado.

Reflexão!
Toda conquista é determinada a partir da autoconfiança. Quando temos
consciência das nossas habilidades, do nosso potencial, nos tornamos mais
confiantes e percebemos que somos capazes de crescer.

Bom estudo!

1. (CESPE – TRT/16.ª Região - Contabilidade - 2005) Déficit


financeiro é a diferença negativa entre o ativo e o passivo financeiros
no balanço patrimonial, e, segundo a legislação orçamentária, deve
ser deduzido dos recursos disponíveis para a abertura de créditos
suplementares e especiais.

Resolução
Essa questão trata do déficit financeiro que é apurado no balanço
patrimonial e ainda da utilização desse como fonte de recursos para a
abertura de créditos adicionais.

O déficit ou o superávit financeiro realmente é apurado no balanço


patrimonial, porém o que é utilizado como fonte de recursos para a

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abertura de créditos adicionais é o SUPERÁVIT FINANCEIRO apurado


no BP de encerramento do exercício anterior.
O superávit ou déficit financeiro é a diferença entre o ativo financeiro
e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos
adicionais transferidos e as operações de credito a eles vinculadas.
Exemplo:
BALANÇO PATRIMONIAL EM 31/12/2006 – ÓRGÃO X
ATIVO PASSIVO

Ativo financeiro Passivo financeiro


Caixa 3.000 Restos a pagar 5.000
Bancos 10.000 Depósitos 2.000
Aplicações financeiras 7.000 Impostos a recolher 3.000
Ativo Permanente Passivo permanente
Imóveis 10.000 Dívida fundada 15.000
5.000
Saldo patrimonial
Total do ativo 30.000 Total do passivo 30.000
Cálculo do superávit financeiro:
Total do Ativo financeiro 20.000
(-) Total do passivo financeiro (10.000)
= Superávit financeiro em 31/12/2006 10.000
Comentários:
1. O superávit ou déficit financeiro é apurado no Balanço Patrimonial.
Cuidado nº 1! As bancas de concursos tentam “pegar” os candidatos
desavisados ou “afoitos”, informando que esse superávit ou o déficit é
apurado no balanço financeiro.
2. Esse superávit apurado no BP de encerramento do exercício
anterior é considerado uma fonte de recursos para a abertura
créditos suplementares e especiais.
Cuidado nº 2! O superávit considerado como fonte de recursos é o
apurado no balanço patrimonial de encerramento do exercício
anterior, em 31/12.

3. O superávit financeiro evidencia a liquidez financeira ou a sobra de


caixa apurada no exercício anterior, geralmente essa sobra é
proveniente das despesas não pagas e que foram inscritas em restos
a pagar ou dos créditos especiais ou extraordinários abertos nos
últimos 4 meses do exercício financeiro que não foram totalmente
utilizados ou ainda de juros de aplicações financeiras.
Portanto, déficit financeiro não é fonte de recursos para a abertura de
créditos adicionais e também não pode ser deduzido dos recursos
disponíveis para a abertura de créditos suplementares e especiais.

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Item ERRADO.

Pretendendo-se abrir um crédito especial, constatou-se que


• havia um excesso de arrecadação, até a metade do exercício
financeiro, de R$ 300.000,00, devendo manter-se a mesma tendência
até o final do exercício;
• R$ 100.000,00 de uma dotação eram passíveis de anulação;
• até o mês anterior, já haviam sido abertos outros créditos
especiais, no valor de R$ 200.000,00, mediante a autorização de
novas operações de crédito.

Com base nessas informações, julgue o item que se segue.

2. (CESPE – TRT/16.ª Região - Contabilidade - 2005) Seria possível


abrir o novo crédito especial, no limite de R$ 500.000,00.

Resolução
Cálculo dos recursos disponíveis para fins de abertura de créditos
adicionais suplementares ou especiais:
Excesso de arrecadação de R$ 300.000,00
Anulação de dotação R$ 100.000,00
Recursos disponíveis para Abertura de CA R$ 400.000,00

Comentários:
1. Os créditos especiais abertos não são dedutíveis, porém, caso o
enunciado da questão tivesse mencionado que havia sido aberto
créditos EXTRAORDINÁRIOS, aí sim, deveria ser deduzido do cálculo
os abertos durante o exercício (art. 43, § 4º - Lei 4.320/64);
2. A tendência do exercício foi informada no comando da questão
através da expressão: “devendo manter-se a mesma tendência até
o final do exercício”. Significa que o excesso de arrecadação de R$
300.000,00 será mantido até o final do exercício, ou seja, NÃO existe
tendência de haver mais excesso de arrecadação até o final do
exercício (art. 43, § 3º, parte final – Lei 4.320/64);
3. Anulação total ou parcial de dotação de despesa é fonte de
recursos para a abertura de créditos adicionais (art.43, § 1º, III, –
Lei 4.320/64).
Item ERRADO.

Com referência a aspectos diversos envolvendo matéria


orçamentária, julgue os itens seguintes.

3. (CESPE – TRT/16.ª Região - Contabilidade - 2005) A inclusão, no


orçamento de um órgão, das receitas de seu fundo próprio e dos
convênios que firmar, além de outras receitas próprias, está em
consonância com o princípio da unidade.

Resolução

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-
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Como sempre, o CESPE tenta confundir o candidato informando


inicialmente acerca do princípio da universalidade e no final conclui
afirmando tratar-se do princípio da unidade.
Princípio da universalidade: estabelece que todas as receitas e
despesas, de qualquer natureza, procedência ou destino, inclusive a
dos fundos, dos empréstimos e dos subsídios, devem estar contidas
na lei orçamentária anual, ou seja, nenhuma receita ou despesa pode
fugir ao controle do Legislativo.
O art. 6º da Lei 4.320/64 corrobora com esse princípio ao estabelecer
que todas as receitas e despesas constem na lei de orçamento pelos
seus totais, vedadas quaisquer deduções.
Em outras palavras, todas as receitas previstas para serem
arrecadadas no ano seguinte e também as despesas públicas fixadas
devem estar inseridas na lei orçamentária anual.
A referência ano seguinte é porque o orçamento é elaborado em um
ano para ser executado em outro, ou seja, o orçamento elaborado em
2006 está sendo executado em 2007.
Assim sendo, o orçamento que está sendo executado nesse
momento, em 2007, foi elaborado no ano de 2006.

Atenção! A parte final do art. 6º da Lei 4.320/64, ao mencionar:


“pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções” é doutrinariamente
reconhecido como o princípio do orçamento bruto.
Princípio da unidade: estabelece que todas as receitas e despesas
devem estar contidas numa só lei orçamentária.
Item ERRADO.

4. (CESPE – TRT/16.ª Região - Contabilidade - 2005) Os órgãos do


Poder Executivo enviam suas propostas orçamentárias à Secretaria
de Orçamento Federal, enquanto os órgãos dos demais poderes as
enviam diretamente à Comissão Mista de Planos, Orçamentos
Públicos e Fiscalização, no Congresso Nacional, que consolida as
referidas propostas.

Resolução
Todas as propostas orçamentárias dos órgãos e entidades integrantes
da administração direta e indireta e ainda a dos Poderes serão
encaminhadas ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão –
MPOG – Secretaria de Orçamento Federal – SOF. Cabe a esse órgão
central de planejamento consolidar as propostas em um só projeto de
lei da LOA.
O Encaminhamento do projeto de lei orçamentária anual, ao
Legislativo, é de competência exclusiva do Chefe do Poder Executivo.
Deverá ser encaminhado até quatro meses antes do encerramento do
exercício financeiro (31 de agosto) e devolvido para sanção até o

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encerramento da sessão legislativa – 22 de dezembro (art. 35, § 2º,


inciso III, do ADCT – CF).
A LOA tem sua vigência limitada a um exercício financeiro, o qual, via
de regra, coincide com o ano civil (de 1º de janeiro a 31 de
dezembro).
Portanto, as leis que aprovam os três instrumentos de planejamento
da administração pública - PPA, LDO e LOA possuem vigência
temporária, ou seja, a LOA e a LDO são para o período de um ano e o
PPA será para quatro anos.

Os procedimentos e os prazos de envio e devolução dos projetos de


lei de orçamento entre os Poderes Executivo e Legislativo estão
demonstrados no quadro abaixo:

Envio: Chefe do PE ao PL. Devolução: do PL ao PE.

Parâmetro para envio: até o Parâmetro para


Projeto de Lei término do exercício financeiro devolução: até o termino
31/12. da sessão ou período
legislativo.

Até 4 meses antes do Até o término da sessão


encerramento do primeiro legislativa – 22 de
Plano Plurianual
exercício financeiro do mandato dezembro (EC nº 50/06).
do chefe do PE – 31 de agosto.

Até 8 meses e ½ ates do Até o término do primeiro


Lei de Diretrizes
encerramento do exercício período legislativo – 17 de
Orçamentárias
financeiro – 15 de abril. julho (EC nº 50/06).

Até 4 meses antes do Até o término da sessão


Lei Orçamentária
encerramento do exercício legislativa – 22 de
Anual
financeiro – 31 de agosto. dezembro (EC nº 50/06).

PE = Poder Executivo. PL = Poder Legislativo.

Observe que os prazos da LOA e do PPA são coincidentes!


Item ERRADO.

O projeto de lei orçamentária de um ente contemplava a autorização


das seguintes despesas:

• pessoal: R$ 200.000,00;
• juros: R$ 300.000,00;
• investimentos: R$ 150.000,00;
• inversões financeiras: R$ 80.000,00.
Considerando os dados acima e as limitações constitucionais, julgue o
próximo item.

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5. (CESPE – TRT/16.ª Região - Contabilidade - 2005) O teto para


novas operações de crédito, a ser utilizado como fonte de recursos
por este ente, é de R$ 150.000,00.

Resolução
Essa questão está cobrando conhecimento acerca da REGRA de OURO
prevista na CF e na LRF.
A regra proíbe a realização de operações de créditos que excedam o
montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas
mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa,
aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta (art. 167,
inciso III, da CF).
A LRF estabelece que o montante previsto para as receitas de
operações de crédito não poderá ser superior ao das despesas de
capital constantes do projeto de lei orçamentária (art. 12, § 2º, da
LRF).
A aplicação dessa regra prevista no parágrafo 2º da LRF foi suspensa
liminarmente pelo STF por meio de uma Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADIN nº. 2.238). Porém, a aplicabilidade da
regra de ouro ainda é obrigatória, haja vista que essa previsão
encontra-se também inserida na Constituição Federal (art. 167, inciso
III da CF).

Portanto, embora o Supremo Tribunal Federal - STF tenha deferido,


por unanimidade, medida acauteladora pela suspensão da eficácia do
§ 2º do artigo 12 da LRF, ainda persiste a exigência do inciso III, art.
167, da CF.
Exemplificando a regra de ouro:
Lei Orçamentária Anual para 2007 – em milhares.

Receitas Previstas $ Despesas fixadas $


Corrente Correntes
Tributária 10.000 Pessoal e encargos sociais 15.000
Patrimonial 1.000 Material de consumo 3.000
De serviços 4.000 De Capital
De Capital Investimentos 2.000

Operações de crédito 5.000 Inversões financeiras 1.000


Alienação de bens 1.000 Amortização da dívida 2.000
Amortização de empréstimos 2.000
Total 23.000 Total 23.000
Comentários:

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1. A regra fala em receitas de operações de crédito (apenas uma das


origens das receitas de capital). Portanto, não são todas as receitas
de capital.
2. Quanto às despesas, a regra fala em todas as despesas de capital.
3. A situação hipotética acima demonstra o limite máximo que o
órgão poderia realizar de receitas de operações de crédito ($ 5.000).
Isso porque o total das despesas de capital soma $ 5.000.
4. A finalidade dessa regra é evitar o endividamento do Estado.
5. Existe exceção a essa regra. As receitas de operações de crédito
poderiam ser superiores às despesas de capital, desde que fossem
autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com
finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria
absoluta.
Observe essa questão!
(ESAF/MPOG – Analista de Planejamento e Orçamento/2002) No
tocante à Lei de Responsabilidade Fiscal, identifique a chamada
“Regra de Ouro”.
a) A transparência na gestão fiscal é o principal instrumento para o
controle social.
b) As penalidades alcançam todos os responsáveis dos Três Poderes
da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, e todo cidadão será
parte legítima para denunciar.
c) A Lei de Responsabilidade Fiscal é importante para o país, porque
representa um enorme avanço na forma de administrar os recursos
públicos.
d) A contratação de operações de crédito em cada exercício fica
limitada ao montante da despesa de capital.
e) Nenhum ato que provoque aumento da despesa de pessoal, nos
Poderes Legislativo e Executivo, poderá ser editado nos 180 dias
anteriores ao final da legislatura ou mandato dos chefes do Poder
Executivo.
Comentários:
A questão ficou fácil porque não “entrou” em detalhes, nas exceções.
O comando da questão pede para identificar apenas o item que se
refere à regra de ouro. Quem não a conhecia, “dançou”. A opção
correta é a letra “d”. Veja novamente o exemplo da regra de ouro
acima.
Regra de ouro prevista na LRF
O § 2º do art. 12 da LRF estabelece que o montante previsto para as
receitas de operações de crédito não poderá ser superior ao das
despesas de capital constantes do projeto de lei orçamentária.

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Conforme se observa a LRF tentou impor mais restrições do que a


Constituição Federal, haja vista que a CF/88, no inciso III do artigo
167 prevê que são vedados a realização de operações de crédito que
excedam as despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante
créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa,
aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta.
Item ERRADO.

6. (CESPE – TCM/GO - 2007) Com base na Lei nº. 4.320/1964, que


estatui as normas gerais de direito financeiro, assinale a opção
correta.
A) O superávit do orçamento corrente é classificado como receita
corrente.
B) Os créditos destinados a reforço de dotação orçamentária são
denominados créditos adicionais extraordinários.
C) A concessão de subvenções sociais será pertinente sempre que a
prestação de serviços essenciais de assistência social revelar-se mais
econômica por intermédio da suplementação de recursos de origem
privada aplicados a esses objetivos.
D) As despesas de custeio são classificadas como despesas de capital.

Resolução
A) ERRADO. A Lei 4.320, de 17 de março de 1964, em seu art. 11, §
3º determina que o superávit do Orçamento Corrente resultante do
balanceamento dos totais das receitas e despesas correntes não
constituirá item de receita orçamentária.

Já o § 2º do mesmo artigo assim dispõe: São Receitas de Capital


as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de
constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos;
os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado,
destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital
e, ainda, o superávit do Orçamento Corrente.

B) ERRADO. A Lei 4320, de 17 de março de 1964, traz em seu art. 40


o conceito de créditos adicionais e no art. 41 as suas espécies.
Art. 40. São créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou
insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento.
Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:
I - suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;
II - especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação
orçamentária específica;
III - extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de
guerra, comoção intestina ou calamidade pública.
Logo, os créditos destinados a reforço de dotação orçamentária são
denominados créditos adicionais suplementares.
C) CERTO. É o que normatiza o art. 16 da Lei 4320/64:
Fundamentalmente e nos limites das possibilidades financeiras a
concessão de subvenções sociais visa à prestação de serviços

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essenciais de assistência social, médica e educacional, sempre que a


suplementação de recursos de origem privada aplicados a
esses objetivos, revelar-se mais econômica.
D) ERRADO. A Lei 4320/64 informa o conceito de despesa de custeio
em seu art. 11, § 1º: Classificam-se como Despesas de Custeio as
dotações para manutenção de serviços anteriormente criados,
inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação
de bens imóveis.

7. (CESPE – TCM/GO - 2007) Considerando a disciplina prevista na


LRF relativa às operações de crédito realizadas por ente da
Federação, assinale a opção correta.
A) Dois entes da Federação podem celebrar operações de crédito
entre si na forma de postergação de dívida anteriormente contraída.
B) Uma entidade da administração indireta de determinado ente da
Federação poderá contratar operação de crédito com instituição
financeira estatal que se destine a financiar diretamente despesas de
capital.
C) É permitida a celebração de contrato de mútuo entre instituição
financeira estatal e o ente da Federação que a controle, na qualidade
de beneficiário do mútuo.
D) É vedado às instituições financeiras controladas adquirirem, no
mercado, títulos da dívida pública para atender a investimentos de
seus clientes.

Resolução
A) ERRADO. A Lei Complementar nº. 101, de 4 de maio de 2000, em
seu art. 35, dispõe que é vedada a realização de operação de crédito
entre um ente da Federação, diretamente ou por intermédio de
fundo, autarquia, fundação ou empresa estatal dependente, e outro,
inclusive suas entidades da administração indireta, ainda que sob a
forma de novação, refinanciamento ou postergação de dívida
contraída anteriormente.
B) CERTO. O art. 35 da LRF estabelece que é vedada a realização de
operação de crédito entre um Ente da Federação, diretamente ou por
intermédio de fundo, autarquia, fundação ou empresa estatal
dependente, e outro, inclusive suas entidades da administração
indireta, ainda que sob a forma de novação, refinanciamento ou
postergação de dívida contraída anteriormente.
Porém o parágrafo primeiro desse artigo excetua da vedação as
operações entre instituição financeira estatal e outro ente da
Federação, inclusive suas entidades da administração indireta,
que não se destinem a:
I - financiar, direta ou indiretamente, despesas correntes;
II - refinanciar dívidas não contraídas junto à própria instituição concedente.
§ 2o O disposto no caput não impede Estados e Municípios de
comprar títulos da dívida da União como aplicação de suas
disponibilidades.

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A vedação é específica para financiar despesas correntes e refinanciar


dívidas não contraídas junto a própria instituição concedente.
C) ERRADO. A LRF traz algumas definições básicas acerca dessa
questão em seu art. 29, conforme transcrito abaixo:
Art. 29. Para os efeitos desta Lei Complementar, são adotadas as seguintes
definições:
I - dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem
duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em
virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de
crédito, para amortização em prazo superior a doze meses;
II - dívida pública mobiliária: dívida pública representada por títulos emitidos pela
União, inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios;
III - operação de crédito: compromisso financeiro assumido em razão de
mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de
bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e
serviços, arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, inclusive com
o uso de derivativos financeiros;
IV - concessão de garantia: compromisso de adimplência de obrigação financeira
ou contratual assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada;
V - refinanciamento da dívida mobiliária: emissão de títulos para pagamento do
principal acrescido da atualização monetária.
§ 1o Equipara-se a operação de crédito a assunção, o reconhecimento ou a
confissão de dívidas pelo ente da Federação, sem prejuízo do cumprimento das
exigências dos arts. 15 e 16.
§ 2o Será incluída na dívida pública consolidada da União a relativa à emissão de
títulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil.
§ 3o Também integram a dívida pública consolidada as operações de crédito de
prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham constado do orçamento.
§ 4o O refinanciamento do principal da dívida mobiliária não excederá, ao término
de cada exercício financeiro, o montante do final do exercício anterior, somado ao
das operações de crédito autorizadas no orçamento para este efeito e efetivamente
realizadas, acrescido de atualização monetária.
Conforme se observa, a operação de mútuo está classificada como
operação de crédito.
Portanto, é proibida a celebração de contrato de mútuo entre
instituição financeira estatal e o ente da Federação que a controle, na
qualidade de beneficiário do mútuo.
É o que determina o art. 36 da LRF:
Art. 36. É proibida a operação de crédito entre uma instituição financeira
estatal e o ente da Federação que a controle, na qualidade de beneficiário do
empréstimo.
Parágrafo único. O disposto no caput não proíbe instituição financeira controlada
de adquirir, no mercado, títulos da dívida pública para atender investimento de
seus clientes, ou títulos da dívida de emissão da União para aplicação de recursos
próprios.
D) ERRADO. Na verdade, é permitido às instituições financeiras
controladas adquirirem, no mercado, títulos da dívida pública para
atender a investimentos de seus clientes, conforme art. 36, parágrafo
único da Lei nº. 101/00, acima transcrito.

8. (CESPE – TCM/GO - 2007) Determinado município brasileiro, ao


final do primeiro quadrimestre do exercício, providenciou a

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elaboração de seu relatório de gestão fiscal. Todavia, em virtude de


problemas técnicos, o referido relatório somente foi concluído 45 dias
após o término do aludido quadrimestre, sendo sua publicação
realizada somente no 60.º dia.

Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta.

A) A publicação do relatório deveria ter ocorrido até o 30.º dia do


término do quadrimestre. Nesse caso, o referido município ficou
impedido de receber transferências voluntárias até a regularização da
situação, que se deu no 60.º dia.
B) No relatório de gestão fiscal emitido pelo Poder Executivo, não é
necessária a elaboração de comparativos com os limites das dívidas
consolidadas e mobiliárias.
C) No que concerne à consolidação das contas, nacional e por esfera
de governo, o descumprimento do prazo previsto na LRF não enseja a
aplicação de nenhuma sanção.
D) Além do relatório de gestão fiscal, deverá o município elaborar o
relatório resumido da execução orçamentária, como forma de facilitar
a consulta ao primeiro. O relatório resumido é de elaboração
obrigatória somente aos estados e municípios.

Resolução
A) CERTO. O art. 54 da LRF determina que ao final de cada
quadrimestre seja emitido pelos titulares dos Poderes e órgãos o
Relatório de Gestão Fiscal.
B) ERRADO. O que o art. 55, inciso I, alínea a, determina que no
relatório de gestão fiscal emitido pelo Poder Executivo é necessária
a elaboração de comparativos com os limites das dívidas consolidadas
e mobiliárias. Aliás, a obrigatoriedade de demonstração de
comparativos e limites de dívidas é sempre do Poder Executivo, haja
vista que a matéria endividamento do Ente Federado é da
competência do Executivo, ou seja, somente o Executivo tem
competência para realizar empréstimos em nome do Estado.
Observe o dispositivo abaixo transcrito:
Art. 55. O relatório de gestão Fiscal conterá:
I - comparativo com os limites de que trata esta Lei Complementar, dos seguintes
montantes:
a) despesa total com pessoal, distinguindo a com inativos e pensionistas;
b) dívidas consolidada e mobiliária;
c) concessão de garantias;
d) operações de crédito, inclusive por antecipação de receita;
e) despesas de que trata o inciso II do art. 4o;
II - indicação das medidas corretivas adotadas ou a adotar, se ultrapassado
qualquer dos limites;
III - demonstrativos, no último quadrimestre:
a) do montante das disponibilidades de caixa em trinta e um de dezembro;
b) da inscrição em Restos a Pagar, das despesas:
1) liquidadas;
2) empenhadas e não liquidadas, inscritas por atenderem a uma das condições do

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inciso II do art. 41;


3) empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite do saldo da disponibilidade
de caixa;
4) não inscritas por falta de disponibilidade de caixa e cujos empenhos foram
cancelados;
c) do cumprimento do disposto no inciso II e na alínea b do inciso IV do art. 38.
§ 1o O relatório dos titulares dos órgãos mencionados nos incisos II, III e IV do
art. 54 conterá apenas as informações relativas à alínea a do inciso I, e os
documentos referidos nos incisos II e III.
§ 2o O relatório será publicado até trinta dias após o encerramento do período a
que corresponder, com amplo acesso ao público, inclusive por meio eletrônico.
§ 3o O descumprimento do prazo a que se refere o § 2o sujeita o ente à sanção
prevista no § 2o do art. 51.
§ 4o Os relatórios referidos nos arts. 52 e 54 deverão ser elaborados de forma
padronizada, segundo modelos que poderão ser atualizados pelo conselho de que
trata o art. 67.
C) ERRADO. A sanção está prevista no art. 51, § 2º, da Lei
Complementar nº. 101/00.
Art. 51. O Poder Executivo da União promoverá, até o dia trinta de junho, a
consolidação, nacional e por esfera de governo, das contas dos entes da Federação
relativas ao exercício anterior, e a sua divulgação, inclusive por meio eletrônico de
acesso público.
§ 1o Os Estados e os Municípios encaminharão suas contas ao Poder Executivo da
União nos seguintes prazos:
I - Municípios, com cópia para o Poder Executivo do respectivo Estado, até trinta
de abril;
II - Estados, até trinta e um de maio.
§ 2o O descumprimento dos prazos previstos neste artigo impedirá, até que a
situação seja regularizada, que o ente da Federação receba transferências
voluntárias e contrate operações de crédito, exceto as destinadas ao
refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária.
D) ERRADO. O art. 52 da LRF dispõe que o relatório resumido da
execução orçamentária abrangerá todos os Poderes e o Ministério
Público, será publicado até trinta dias após o encerramento de cada
bimestre.
O RREO não é emitido como forma de facilitar a consulta ao RGF,
ambos possuem informações independentes e específicas. O relatório
resumido da execução orçamentária é de elaboração obrigatória para
todos os Entes Federados (União, Estados/DF e Municípios).

Com base na legislação e nas práticas orçamentárias, julgue os itens


a seguir.

9. (CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade – TRT/10.ª Região-


2004) A norma constitucional que veda a inclusão, na lei
orçamentária anual, de dispositivo estranho à previsão da receita e à
fixação da despesa está em consonância com o princípio da
especialização ou discriminação.

Resolução
O Princípio da exclusividade estabelece que a lei orçamentária
anual não poderá conter dispositivos estranhos à fixação das

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despesas e previsão das receitas, ressalvada a autorização para a


abertura de créditos suplementares e contratação de operações de
crédito, ainda que por antecipação da receita.

Esse princípio está consagrado no § 8º do art. 165 da Constituição


Federal, da seguinte forma: A lei orçamentária anual não conterá
dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não
se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por
antecipação de receita, nos termos da lei.

A Lei 4.320/64 também consagra esse princípio e estabelece


exceções ao prevê que:
A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para:
Abrir créditos suplementares até determinada importância obedecidas as
disposições do artigo 43;
Realizar em qualquer mês do exercício financeiro, operações de crédito por
antecipação da receita, para atender a insuficiências de caixa.
Essa autorização na lei orçamentária é realizada pelo Legislativo, no
momento da discussão e aprovação da LOA.
O Princípio da discriminação ou especialização impõe a
classificação e designação dos itens que devem constar na LOA.
Essa regra opõe-se à inclusão de valores globais, de forma genérica,
ilimitados e sem discriminação e ainda, o início de programas ou
projetos não incluídos na LOA e a realização de despesas ou assunção
de obrigações que excedam os créditos orçamentários ou adicionais
(art. 167, incisos I, II e VI da CF).
Esse princípio também está consagrado no § 1º do art. 15 da Lei nº.
4.320/64 a seguir descrito:
Art. 15. Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no mínimo por
elementos.
§ 1º. Entende-se por elementos o desdobramento da despesa com pessoal,
material, serviços, obras e outros meios de que se serve a administração pública
para consecução dos seus fins.
O que são valores globais? Na lei orçamentária anual poderá conter
determinada quantidade de recursos não especificamente destinada a
determinado órgão, unidade orçamentária, programa ou categoria
econômica. Esses recursos serão utilizados para abertura de créditos
adicionais ou a realização de determinados gastos.
Poderíamos considerar como exceções ao princípio da
especificação:
A reserva de contingência, prevista no art. 91 do Decreto-Lei nº. 200/67 e no
artigo 5º, inciso III da LRF;
Os investimentos em regime de execução especial, estabelecido no art. 20 da Lei
nº. 4.320/64.
Essas duas exceções são exemplos de dotações globais que podem
ser inseridas na LOA.

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O princípio da especialização abrange tanto os aspectos qualitativo


quanto os quantitativos dos créditos orçamentários, vedando, assim,
a concessão de créditos ilimitados.

Diante do exposto, a norma constitucional que veda a inclusão, na lei


orçamentária anual, de dispositivo estranho à previsão da receita e à
fixação da despesa está em consonância com o princípio da
exclusividade e não com o da especialização ou discriminação.
Item ERRADO.

10. (CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade – TRT/10ª Região-


2004) Dada a adoção do regime de caixa para a receita, faz-se a
inscrição da dívida ativa, mas o reconhecimento da receita depende
do seu recebimento.

Resolução
Verdadeira pegadinha essa questão. A inscrição da dívida ativa é uma
das exceções ao regime de caixa para a receita. Assim sendo, é no
momento da inscrição do crédito tributário ou não-tributário que se
reconhece a receita. Assim sendo, no recebimento da dívida ativa
ocorre mutação da receita, mutação passiva em virtude da
desincorporação de um direto a receber que se encontrava
classificado no ativo e concomitante registro do recurso recebido no
caixa único.
Item ERRADO.

11. (CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade – TRT/10ª Região-


2004) O empenho da despesa não será anulado, em 31 de dezembro,
quando o serviço contratado estiver em andamento e o prazo para a
sua execução não estiver expirado.

Resolução
O artigo 35 do Decreto nº. 93.872, de 23 de dezembro de 1986, que
dispõe sobre a unificação dos recursos de caixa do Tesouro Nacional,
dispõe sobre o tema nos termos seguintes:
Art. 35. O empenho de despesa não liquidada será considerado anulado em
31 de dezembro, para todos os fins, salvo quando:
I - vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor,
nele estabelecida;
II - vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em cursos a
liquidação da despesa, ou seja de interesse da Administração exigir o
cumprimento da obrigação assumida pelo credor;
III - se destinar a atender transferências a instituições públicas ou
privadas;
IV - corresponder a compromissos assumido no exterior.
Exemplo do item I: A administração pública formaliza contrato de
fornecimento de gêneros alimentícios em 25 de julho, por seis meses,
para entrega mensal, todo dia 20 de cada mês. A última entrega

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(liquidação da obrigação) deverá ocorrer em 20 de janeiro do ano


seguinte.
A administração pública poderá empenhar, em dezembro, o valor da
entrega (liquidação) que ocorrerá em 20 de janeiro, poderá ser
empenhado e inscrito em restos a pagar não processados.
Exemplo do item II: Suponha-se que na contratação de uma obra
pela administração pública, o contrato estabelece que o prazo de
entrega será em 20 de dezembro. Vencido esse prazo, o prestador de
serviço não concluiu totalmente a obra e se comprometeu a entregar
em até 31 de janeiro do ano subseqüente. Restando parcela a ser
paga em 31/12, pode-se empenhar o valor e inscrever em restos a
pagar não processados.
Exemplo do item III: Transferência financeira da União para um
Município. Essa transferência gera uma despesa para a União e uma
Receita para o Município. Assim, a União empenha a despesa a favor
do município e fica aguardando a ultimação dos procedimentos legais.
No encerramento do exercício financeiro, em 31/12, caso o recurso
ainda não tenha sido transferido deve-se inscrever a despesa em
restos a pagar não processados.
Exemplo do item IV: Despesa empenhada pela União a favor de
uma Embaixada brasileira na Alemanha. Pode-se empenhar a
despesa, não liquidar e inscrevê-la em restos a pagar.
Item CERTO.

12. (CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade – TRT/10ª Região-


2004) Despesas de exercícios anteriores são aquelas que não
puderam ser pagas no exercício em que o orçamento consignava a
respectiva dotação, em razão da insuficiência de saldo financeiro para
atendê-las.

Resolução
Esse assunto já foi estudo neste curso. Vamos citar apenas o
dispositivo leal.
Lei 4320/64, art. 37, determina que as despesas de exercícios
encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava
crédito próprio, com saldo suficiente para atender as
despesas, que não se tenham processado na época própria, bem
como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os
compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício
correspondente poderão ser pagos à conta de dotação específica
consignada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida,
sempre que possível, a ordem cronológica.

Portanto, a despesas de exercícios anteriores são aquelas para as


quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com

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PROFESSOR DEUSVALDO CARVALHO

saldo suficiente para atender as despesas, e não por


insuficiência de saldo.
Item ERRADO.

13. (CESPE – TCE/AC - Ciências Contábeis – 2006) Considere que,


para as despesas de uma obra, não haja categoria de programação
orçamentária específica na lei orçamentária anual vigente. Nesse
caso, visando atender a objetivo não previsto no orçamento, há
necessidade da aprovação legislativa de crédito especial, cujo projeto
de lei deverá ser de iniciativa do governador do estado.

Resolução
Créditos adicionais especiais são destinados a atender despesas
para as quais não haja dotação ou categoria de programação
orçamentária específica na LOA (art. 41, inciso II, da Lei nº.
4.320/64).
Visam a atender despesas novas, não previstas na lei orçamentária
anual, mas que surgiram durante a execução do orçamento. Essa
situação ocorre em função de erros de planejamento (não inclusão da
despesa na LOA) ou de novas despesas surgidas durante a execução
orçamentária.
Portanto, o crédito especial cria novo item de despesa e se destina a
atender um objetivo não previsto quando da elaboração da proposta
orçamentária.
Item CERTO.

14. (CESPE – TCE/AC - Ciências Contábeis – 2006) A câmara


municipal não gastará mais de 60% de sua receita com folha de
pagamento, excluído o gasto com o subsídio de seus vereadores. O
desrespeito a esse preceito constitui crime do presidente da câmara
municipal, sujeitando-o a pena de quatro a oito anos de prisão.

Resolução
O § 1º do art. 29 da CF/88 dispõe que a Câmara Municipal não
gastará mais de 70% (setenta por cento) de sua receita com folha de
pagamento, incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº. 25, de 2000). Ainda, a
CF/88, em seu art. 29, § 3º, dispõe que constitui crime de
responsabilidade do Presidente da Câmara Municipal o desrespeito ao
§ 1o deste artigo.
Item ERRADO.

15. (CESPE – TCE/AC - Ciências Contábeis – 2006) A resolução a


seguir está em desacordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, pois
a autoridade que pratica o ato não é competente para aprovar o
Relatório de Gestão Fiscal, mas, sim, apenas o Relatório Resumido da
Execução Orçamentária do Órgão que presidia.

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Resolução nº. 1, de 26 de janeiro de 2006

Aprova o Relatório de Gestão Fiscal exigido pela Lei Complementar n.º 101, de
4/5/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal).

O PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, usando da atribuição que lhe é


conferida pelo art. 21, inciso XX, do Regimento Interno, ad referendum do
Conselho de Administração, em atendimento ao disposto no art. 54, da Lei
Complementar n.º 101, de 4/5/2000, resolve:

Art. 1.º Aprovar o Relatório de Gestão Fiscal referente ao 3.º quadrimestre do


exercício financeiro de 2005, na forma do anexo, bem como autorizar sua
publicação e disponibilização por meio da Internet, consoante previsto no § 2.º, art.
55 da referida lei.

Art. 2.º Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Resolução
A LRF em seu art. 52 estabelece que o relatório resumido da
execução orçamentária abrangerá todos os Poderes e o Ministério
Público e será publicado até 30 (trinta) dias após o encerramento de
cada bimestre.
A CF/88 em seu art. 165, § 3º prevê que o Poder Executivo
publicará, até 30 (trinta) dias após o encerramento de cada
bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.
Art. 54. Ao final de cada quadrimestre será emitido pelos titulares dos Poderes e
órgãos referidos no art. 20 Relatório de Gestão Fiscal, assinado pelo:
I - Chefe do Poder Executivo;
II - Presidente e demais membros da Mesa Diretora ou órgão decisório
equivalente, conforme regimentos internos dos órgãos do Poder Legislativo;
III - Presidente de Tribunal e demais membros de Conselho de Administração
ou órgão decisório equivalente, conforme regimentos internos dos órgãos do Poder
Judiciário;
IV - Chefe do Ministério Público, da União e dos Estados.
Parágrafo único. O relatório também será assinado pelas autoridades responsáveis
pela administração financeira e pelo controle interno, bem como por outras
definidas por ato próprio de cada Poder ou órgão referido no art. 20.
A resolução está de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal,
pois a autoridade que pratica o ato é competente para aprovar o
Relatório de Gestão Fiscal.
Item ERRADO.

16. (CESPE – TCE/AC - Ciências Contábeis – 2006) O ciclo


orçamentário é o espaço de tempo compreendido entre o primeiro dia
de janeiro e o dia 31 de dezembro de cada ano, no qual se
promovem a execução orçamentária e os demais fatos relacionados
com as variações qualitativas e quantitativas que afetam os
elementos patrimoniais dos órgãos e entidades do setor público.

Resolução
O ciclo ou processo orçamentário pode ser definido como uma série
de procedimentos, contínuos, dinâmicos e flexíveis, por meio dos

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quais se elabora, a prova, executa, controla e avalia a execução


orçamentária.
Portanto, o ciclo orçamentário corresponde ao período de tempo em
que se processam as atividades típicas do orçamento público, desde
sua concepção até a apreciação final (prestação de contas e avaliação
de desvios em relação ao planejado).
O ciclo orçamentário desenvolve-se basicamente nas sete etapas
seguintes:
Elaboração e revisão do PPA;
Elaboração e revisão de outros planos;
Elaboração do projeto da LDO;
Elaboração do projeto de lei da LOA;
Apreciação, aprovação, sanção e publicação da LOA;
Execução;
Controle e avaliação.
Portanto, o espaço de tempo a que se refere o comando da questão
compreende um exercício financeiro, período de execução do
orçamento.
Item ERRADO.

17. (CESPE – ACE – TCU 2007) O princípio da unidade orçamentária,


mais recentemente, foi relativamente esvaziado, passando-se a
admitir a existência de orçamentos setoriais, que, afinal, podem ser
consolidados em um único documento que permita a visão geral do
conjunto das finanças públicas. Diante de tal mudança, hoje já é
possível falar-se em um princípio da totalidade.

Resolução
O princípio orçamentário da unidade informa que o orçamento anual
(LOA) de todos os órgãos e Poderes é um todo, ou seja, único,
constituído em apenas um documento denominado de lei
orçamentária anual.
A Constituição Federal estabeleceu em seu art. 165, § 4º que o poder
público deverá elaborar planos e programas nacionais, regionais
e setoriais em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo
Congresso Nacional (art. 165, § 4º, da CF).
Assim sendo, a CF/88 passou a admitir, além dos instrumentos de
planejamento obrigatórios (PPA, LDO e LOA), planos e programas
nacionais, regionais e setoriais.
A existência de orçamentos setoriais, a exemplo do Plano de
Aceleração do Crescimento – PAC/2007, tem esvaziado ou atenuado
o princípio da unidade.
Tendo em vista a existência dos planos e programas regionais e
setoriais e ainda em virtude da consolidação desses planos,
incorporando-os ao orçamento anual, a doutrina passou a denominar
o princípio da unidade de TOTALIDADE.

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Conforme determinação constitucional os planos e programas


nacionais, regionais e setoriais devem estar em consonância com o
plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional.
Diante dessa regra constitucional o Poder público deve consolidar
esses planos em um único documento (LOA).

Atenção! O gabarito preliminar apresentou esse item como CERTO.


Porém, apresentei proposta de recurso aos alunos do Ponto dos
Concursos porque o comando da questão menciona: “O princípio da
unidade orçamentária, mais recentemente, foi relativamente
esvaziado, passando-se a admitir a existência de orçamentos
setoriais, que, afinal, podem ser consolidados em um único
documento que permita a visão geral do conjunto das finanças
públicas”.
Entendo que o verbo foi empregado equivocadamente, haja vista que
o poder público DEVE consolidar em um único documento os planos
supramencionados.
Felizmente a banca considerou o recurso e anulou o item. Portanto,
entendo que o item foi anulado em virtude do emprego equivocado
do verbo mencionado, posto que todo o restante do comando da
questão está CERTO.

18. (CESPE – ACE – TCU 2007) A Lei nº. 101/2000, conhecida como
Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), estabeleceu normas de finanças
públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal,
estabelecendo, entre outras, normas para execução orçamentária e
cumprimento de metas. Considerando que haja limitação de
empenho, julgue o item que se segue, quanto ao restabelecimento da
receita prevista.
A recomposição das dotações cujos empenhos foram limitados dar-
se-á de forma proporcional às reduções efetivadas.

Resolução
O art. 9o da LRF estabelece que se verificado, ao final de um
bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o
cumprimento das metas de resultado primário ou nominal
estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério
Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários,
nos trinta dias subseqüentes, limitação de empenho e movimentação
financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes
orçamentárias.

O § 1o desse mesmo artigo prevê que no caso de restabelecimento da


receita prevista, ainda que parcial, a recomposição das dotações
cujos empenhos foram limitados dar-se-á de forma proporcional às
reduções efetivadas.

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Essa regra responde perfeitamente ao questionamento do CESPE, ou


seja, caso tenha havido limitação de empenho (limitação de
despesas), em virtude de frustração de receita (arrecadação inferior
ao planejado), o restabelecimento da arrecadação de receitas
importará na realização de despesas de forma proporcional às
reduções efetivadas.
Item CERTO.

A Lei nº. 101/2000, conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal


(LRF), estabeleceu normas de finanças públicas voltadas para a
responsabilidade na gestão fiscal, como as normas para execução
orçamentária e cumprimento de metas. Segundo a LRF, os recursos
legalmente vinculados a finalidade específica

19. (CESPE – ACE – TCU 2007) deverão ser utilizados exclusivamente


para atender ao objeto de sua vinculação e somente no exercício em
que ocorrer o ingresso.

Resolução
Essa questão está diretamente relacionada ao princípio da não-
afetação ou não-vinculação da receita.
Tal princípio possui regramento constitucional, onde estabelece que a
receita orçamentária de impostos não pode ser vinculada a órgãos
ou fundos, ressalvados os casos permitidos pela própria Constituição
Federal.
O princípio da não afetação de receitas determina que na sua
arrecadação, as oriundas dos impostos não sejam previamente
vinculadas a determinadas despesas, a fim de que estejam livres
para sua alocação racional, no momento oportuno, conforme as
prioridades públicas.
Previsão do princípio na CF/88:
Art. 67. São vedados:
----------------
“a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a
repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158
e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para
manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da
administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, §
2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por
antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º
deste artigo” (art. 167, inciso IV).

Analisando o texto acima pode-se verificar que a CF de 1988,


restringiu a aplicação do princípio da não-afetação ou não-
vinculação da receita aos impostos, observadas as ressalvas
indicadas na Constituição.

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Porém, em 2003, a Emenda Constitucional nº. 42 estendeu a


restrição contemplando a vinculação da receita de tributos
(impostos, taxas, contribuições de melhoria e contribuições sociais e
econômicas) a determinados investimentos, conforme demonstrado
no quadro abaixo.
Importante! Somente a Constituição Federal pode excepcionar a
aplicação desse princípio relativamente aos impostos. Assim, não é
permitida a sua ampliação mediante quaisquer outros instrumentos
normativos, a exemplo de uma lei ordinária ou complementar.
Entretanto, uma lei ordinária ou complementar poderá vincular
receitas a determinadas despesas, desde que não seja de impostos.

Receitas de impostos que podem ser vinculadas, conforme a


CF:
(Fundo de participação dos municípios – FPM – art. 159, inciso I, b)
Fundo de participação dos estados - FPE - art. 159, inciso I, a)
Recursos destinados para as ações e serviços públicos de saúde – art. 198, § 2º,
incisos I, II e III
Recursos destinados para a manutenção e desenvolvimento do ensino fundamental
– FUNDEF – art. 212, parágrafos 1º, 2º e 3º
Recursos destinados às atividades da administração tributária, (art. 37, XXII, da CF
– EC 42/03)
Recursos destinados à prestação de garantia às operações de crédito por
antecipação da receita – ARO, previsto no parágrafo 8º do art. 165, da CF – art.
167, IV
Recursos destinados à prestação de contragarantia à União e para pagamento de
débitos para com esta - art. 167, § 4º, CF

Vinculação de receita de tributos (impostos, taxas,


contribuições sociais e contribuições de melhoria etc.):
Recursos destinados a programa de apoio à inclusão e promoção social, extensivos
somente a Estados e ao Distrito Federal – até cinco décimos por cento de sua
receita tributária líquida (art. 204, parágrafo único – EC 42/03).
Recursos destinados ao fundo estadual de fomento à cultura, para o financiamento
de programas e projetos culturais, extensivos somente a Estados e o Distrito
Federal – até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida (art. 216,
§ 6º, CF – EC 42/03).
Recursos destinados à seguridade social – contribuições sociais. Art.195, I, a e II
da CF
Atenção! Observe que nas situações acima se refere à vinculação da
receita de tributos.
Exemplos de vinculações orçamentárias:
Quarenta e oito por cento (48%) da arrecadação do imposto de renda e proventos
de qualquer natureza e do imposto sobre produtos industrializados serão

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destinados:
21,5% ao fundo de participação dos estados - FPE;
22,5% ao fundo de participação dos municípios - FPM;
3,0% para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das
Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, através de suas instituições financeiras de
caráter regional, de acordo com os planos regionais de desenvolvimento, ficando
assegurada ao semi-árido do Nordeste a metade dos recursos destinados à Região;
Um por cento ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no
primeiro decêndio do mês de dezembro de cada ano (EC nº. 55/2007)
A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de
impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e
desenvolvimento do ensino (art. 212, CF).
O parágrafo único do art. 8º da LRF regulamentando a regra
constitucional do art. 167 da CF estabeleceu que os recursos
legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados
exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que
em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso.

Portanto, os recursos legalmente vinculados à finalidade específica


deverão ser utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua
vinculação, mesmo que em exercício financeiro diverso daquele em
que efetivamente ocorreu o ingresso.

Exemplo: Suponha-se que um Município tenha recebido, em “X1”,


R$ 200.000,00 de recursos da União destinados ao FUNDEB e tenha
aplicado, nesse exercício (“X1”), apenas R$ 150.000.000,00. Assim
sendo, o restante, R$ 150.000.000,00 deverão ser aplicados, em
“X2”, exclusivamente no FUNDEB.
Item ERRADO.

20. (CESPE – TRE/PA – Analista Judiciário – Contabilidade – 2005) De


modo geral, receita pública é qualquer entrada de recursos feita aos
cofres públicos, seja por arrecadação decorrente de leis e contratos
ou como depositário de valores que não pertencem à administração
pública. Com referência à receita pública, julgue os itens que se
seguem.
I É classificada como receita derivada aquela proveniente de bens
pertencentes ao patrimônio do Estado em que os recursos financeiros
são obtidos mediante a cobrança de um valor pela venda de bens ou
pela prestação de serviço.
II Os recursos recebidos de laudêmios são classificados como receitas
patrimoniais.
III Denomina-se previsão o ato realizado pela repartição a quem
compete verificar tanto a procedência do crédito fiscal como a pessoa
que lhe é devedora e inscrever o débito desta.

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IV Recursos oriundos de alienação de bens provocam variação ativa


orçamentária por meio da receita e, também, uma mutação passiva
orçamentária pela redução do ativo.
V As operações de crédito por antecipação de receita são classificadas
como receitas orçamentárias sob rubricas próprias.
Estão certos apenas os itens
A I e II.
B I e III.
C II e IV.
D III e V.
E IV e V.

Resolução
I. Incorreta. Receita derivada NÃO é proveniente de bens
pertencentes ao patrimônio do Estado, ou seja, não são receitas
arrecadadas mediante a obtenção de recursos financeiros obtidos da
cobrança de valores pela venda de bens ou pela prestação de serviço.
II. Correta. Laudêmio é um valor exigido pelo poder público. Esse
valor correspondente a cinco por cento do valor atualizado do
domínio pleno do terreno da União e das benfeitorias nele existentes
e será calculado pelo próprio alienante. Portanto, essa arrecadação é
uma receita corrente patrimonial.
III. Incorreta. Previsão de receita é um ato administrativo de
inclusão, na LOA, das receitas serem arrecadadas no ano
subseqüente. O enunciado dessa opção se refere ao lançamento de
receita.
IV. Correta. Recursos oriundos de alienação de bens (receitas de
capital) provocam variação ativa orçamentária por meio da receita e,
também, uma mutação passiva orçamentária pela redução do ativo
(saída do bem).
V. Incorreta. As operações de crédito por antecipação de receita -
AROs são classificadas como receitas extra-orçamentárias.
Conclusão: opção correta “c”.

21. (ESAF – MPOG – Administrador – 2006) Assinale a opção correta


em relação ao controle contábil da realização da receita
orçamentária.
a) Afeta somente o sistema orçamentário.
b) O controle orçamentário da execução da receita é realizado em
contas do subgrupo passivo compensado.
c) O registro afeta pelo menos os sistemas financeiro e orçamentário.
d) O sistema patrimonial nunca é afetado na realização da receita
orçamentária.
e) A conta de variações ativas afetada pertence à classe 6 (seis) do
Plano de Contas.

Resolução

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A arrecadação de receitas orçamentárias requer registro nos


seguintes sistemas de contas:
Ativo e passivo compensados;
Só os sistemas orçamentário e financeiro quando não implicar
receitas de alienação de bens móveis ou imóveis registrados no ativo
permanente do balanço patrimonial;
Só nos sistemas orçamentário, financeiro e de compensação (ativo e
passivo compensados);
O sistema patrimonial é afetado quando a receita for proveniente da
alienação de bens móveis ou imóveis.
A arrecadação de receitas causa variação ativa e afeta a classe 4
(receita).
O plano de contas da administração pública federal está estruturado
da seguinte forma:
O primeiro nível do plano de contas representa a classificação
máxima na agregação das contas nas seguintes classes e dígitos:
Dígito (1) Ativo Representa contas patrimoniais
Dígito (2) Passivo Representa contas patrimoniais
Dígito (3) Despesa Representa contas de resultado
Dígito (4) Receita Representa contas de resultado
Dígito (5) Resultado diminutivo do exercício Representa contas de resultado
Dígito (6) Resultado aumentativo do Representa contas de resultado
exercício
Os números acima apresentados, de 1 a 6 representam as classes
dentro do plano de contas.
Observação! Os números ímpares são destinados às contas
devedoras e os números pares às contas credoras. São duas classes
de contas patrimoniais (números 1 e 2) e quatro de resultado
(números 3, 4, 5 e 6).
Importante! As contas de resultado têm função precípua de controle e
estão relacionadas a situações que, embora não estejam
compreendidas no patrimônio (balanço patrimonial), podem vir a
afetá-lo, direta ou indiretamente.
Analisando as opções da questão pode-se verificar que a “C”
menciona que a arrecadação de receitas afeta PELO MENOS os
sistemas financeiro e orçamentário. Isso é verdade, no mínimo esses
dois sistemas são afetados.
A opção “B” não está correta porque o controle orçamentário da
execução da receita é realizado em contas do subgrupo ATIVO E
PASSIVO compensados
Opção “C”.

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22. (CESPE – TRE/PA – Analista Judiciário – Contabilidade 2005) Para


realizar suas atividades, a administração pública adquire bens e
contrata serviços de diversas naturezas por meio de empenho.
Quanto ao empenho da despesa, assinale a opção correta.
(A) Quando as despesas estão sujeitas a parcelamento, o empenho é
realizado por estimativa.
(B) Se uma despesa empenhada em 2004 com a finalidade de
atender transferências a instituições públicas não tiver sido liquidada
no mesmo exercício, esse empenho deverá ter sido anulado em 31 de
dezembro daquele ano.
(C) As despesas relativas a convênios de vigência plurianual serão
empenhadas pelo seu valor total no ano em que for estabelecido o
convênio.
(D) O número e a data da nota de empenho devem ser mencionados
em cláusula de contrato, quando os recursos financeiros indicados
para pagamento do objeto contratado forem de natureza
orçamentária.
(E) Se uma despesa for anulada no mesmo exercício no qual foi
empenhada, o valor anulado deverá ser revertido como receita
daquele exercício.

Resolução
(A) Incorreta. Quando as despesas estão sujeitas a parcelamento o
empenho a ser utilizado é o global. Portanto, para despesas
parceladas utiliza-se o empenho GLOBAL.
(B) Incorreta. Se uma despesa foi empenhada em 2004 com a
finalidade de atender transferências a instituições públicas não tiver
sido liquidada no mesmo exercício, esse empenho deverá ser anulado
SOMENTE em 31 de dezembro de 2005. Assim, pode-se inscrever em
restos a pagar despesa de transferência liquidada e não paga. Para
fins de consolidação das contas públicas, a entidade recebedora dos
recursos classifica como receita no momento da liquidação pelo órgão
transferidor (exceção ao regime de caixa).
(C) Incorreta. As despesas relativas a convênios de vigência
plurianual, ou seja, em mais de um exercício financeiro, serão
empenhadas pelo valor realizado a cada ano. Nessa situação
geralmente se utiliza o tipo de empenho global.
(D) Correta. O número e a data da nota de empenho devem ser
mencionados em cláusula de contrato, quando os recursos financeiros
indicados para pagamento do objeto contratado forem de natureza
orçamentária. Atualmente, pela sistemática do SIAFI, essas
informações devem constar inclusive na ordem bancária.
(E) Incorreta. Se uma despesa for anulada no mesmo exercício no
qual foi empenhada, o valor anulado não gera receita, apenas reverte
à dotação. Porém, se o cancelamento da despesa ocorrer no ano
seguinte, classifica-se como receita (exceção ao regime de caixa).

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O estágio da receita orçamentária é cada passo identificado que


evidencia o comportamento da receita e facilita o conhecimento e a
gestão dos ingressos de recursos. Com relação à cronologia dos
estágios da receita, julgue os itens a seguir.

23. (CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade – TST/2008) O


lançamento, em que é verificada a ocorrência do fato gerador,
precede todos os outros estágios da receita.

Resolução
Estágio da receita orçamentária é cada passo percorrido que
evidencia o comportamento da receita e facilita o conhecimento e a
gestão dos ingressos de recursos.

O comportamento dos estágios da receita orçamentária é


dependente da ordem de ocorrência dos fenômenos
econômicos e obedecem obrigatoriamente à seguinte ordem:
Previsão;
Lançamento;
Arrecadação;
Recolhimento.

Esses estágios são estabelecidos levando-se em consideração um


modelo de orçamento existente em nosso país e a tecnologia
orçamentária utilizada (orçamento-programa). Dessa forma, a ordem
sistemática inicia-se com a previsão e termina com o
recolhimento.

Atenção! Novidade! Até a 3ª Edição do Manual de Procedimentos da


Receita Pública, o estágio do lançamento estava inserido dentro do
estágio da previsão, considerado segunda fase deste. Porém, na 4ª
Edição foi revisto esse posicionamento e os estágios da receita
passaram a ser considerados os quatro acima mencionados: Previsão,
Lançamento, arrecadação e recolhimento.

Observe o posicionamento anterior da STN:


Previsão – estimativa de arrecadação da receita, constante da Lei Orçamentária
Anual – LOA, compreendida em fases distintas:
1) A primeira fase consiste na organização e no estabelecimento da metodologia de
elaboração da estimativa;
2) A segunda fase consiste no lançamento, que é tratado pela Lei nº 4.320/64,
nos seus artigos 51 e 53. É o assentamento dos débitos futuros dos contribuintes
de impostos diretos, cotas ou contribuições prefixadas ou decorrentes de outras
fontes de recursos, efetuados pelos órgãos competentes que verificam a
procedência do crédito, a natureza da pessoa do contribuinte, quer seja física ou
jurídica, e o valor correspondente à respectiva estimativa. O lançamento é a
legalização da receita pela sua instituição e a respectiva inclusão no orçamento.
Portanto, conforme a 4ª Edição do Manual de Procedimentos da
Receita Pública, Portaria Conjunta STN/SOF nº. 2/07, os estágios da

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receita orçamentária passaram a ser os mesmos elencados na Lei nº.


4.320/64 e considerados pela doutrina: Previsão, lançamento,
arrecadação e recolhimento.

A previsão da receita é denominada normalmente de receita orçada


e representa a estimativa de quanto se espera arrecadar durante o
exercício financeiro (art. 51, da lei 4.320/64).

O lançamento consiste no procedimento administrativo onde se


verifica a procedência do crédito fiscal, quem e quando se deve pagar
e inscreve a débito do contribuinte. Geralmente ocorre numa
repartição pública (art. 53, da lei nº 4.320/64).

A arrecadação consiste na entrega realizada pelos contribuintes ou


devedores aos agentes arrecadadores ou bancos autorizados pelo
ente, dos recursos devidos ao Tesouro Nacional.
Assim sendo, a arrecadação consiste na entrega do recurso ao agente
ou banco arrecadador pelo contribuinte ou devedor.

O recolhimento da receita consiste na transferência dos valores


arrecadados à conta específica do Tesouro responsável pela
administração e controle da arrecadação e programação financeira,
observando-se o Princípio da Unidade de Caixa, representado pelo
controle centralizado dos recursos arrecadados em cada Ente
Federado.
Portanto, o estágio do recolhimento consiste no depósito em conta do
Tesouro, aberta especificamente para esse fim, pelos caixas ou
bancos arrecadadores.

O recolhimento de receitas ao Tesouro Nacional é realizado somente


em instituições financeiras, denominadas de bancos arrecadadores.
No nível federal esse estágio é bastante visível, posto que é efetivado
no momento em que a instituição financeira recolhe a receita
arrecadada ao Caixa Único do Tesouro Nacional.

Nos outros Entes Federados, caso a arrecadação seja realizada


também por agentes do Tesouro, o recolhimento pode ser realizado
pelos bancos ou caixas avançados do próprio ente.

Enfim, o estágio do lançamento, em que é verificada a ocorrência do


fato gerador, NÃO precede todos os outros estágios da receita, haja
vista que primeiramente a receita é PREVISTA na LOA.
Cuidado com a palavra PRECEDE em concurso! Significa o primeiro ou
anterior.
Item Errado.

24. (CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade – TST/2008) No


estágio da arrecadação, é feita a transferência dos valores à conta

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específica do Tesouro, responsável pela administração e pelo controle


da programação financeira.

Resolução
A arrecadação ocorre no exato momento em que o contribuinte
paga seus tributos ou outras receitas junto à instituição financeira
arrecadadora.
Em outras palavras, consiste na entrega realizada pelos contribuintes
ou devedores aos agentes arrecadadores ou bancos autorizados pelo
ente, dos recursos devidos ao Tesouro Nacional.

Assim sendo, a arrecadação consiste na entrega do recurso ao agente


ou banco arrecadador pelo contribuinte ou devedor.

Já o recolhimento da receita ocorre no exato momento em que os


bancos ou agentes financeiros transferem os recursos arrecadados ao
Caixa Único do Tesouro.
Consiste na transferência dos valores arrecadados à conta específica
do Tesouro responsável pela administração e controle da arrecadação
e programação financeira, observando-se o Princípio da Unidade
de Caixa, representado pelo controle centralizado dos recursos
arrecadados em cada Ente Federado.
Item Errado.

LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA


1. (CESPE – TRT/16.ª Região - Contabilidade - 2005) Déficit
financeiro é a diferença negativa entre o ativo e o passivo financeiros
no balanço patrimonial, e, segundo a legislação orçamentária, deve
ser deduzido dos recursos disponíveis para a abertura de créditos
suplementares e especiais.

Pretendendo-se abrir um crédito especial, constatou-se que


• havia um excesso de arrecadação, até a metade do exercício
financeiro, de R$ 300.000,00, devendo manter-se a mesma tendência
até o final do exercício;
• R$ 100.000,00 de uma dotação eram passíveis de anulação;
• até o mês anterior, já haviam sido abertos outros créditos
especiais, no valor de R$ 200.000,00, mediante a autorização de
novas operações de crédito.

Com base nessas informações, julgue o item que se segue.

2. (CESPE – TRT/16.ª Região - Contabilidade - 2005) Seria possível


abrir o novo crédito especial, no limite de R$ 500.000,00.

Com referência a aspectos diversos envolvendo matéria


orçamentária, julgue os itens seguintes.

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3. (CESPE – TRT/16.ª Região - Contabilidade - 2005) A inclusão, no


orçamento de um órgão, das receitas de seu fundo próprio e dos
convênios que firmar, além de outras receitas próprias, está em
consonância com o princípio da unidade.

4. (CESPE – TRT/16.ª Região - Contabilidade - 2005) Os órgãos do


Poder Executivo enviam suas propostas orçamentárias à Secretaria
de Orçamento Federal, enquanto os órgãos dos demais poderes as
enviam diretamente à Comissão Mista de Planos, Orçamentos
Públicos e Fiscalização, no Congresso Nacional, que consolida as
referidas propostas.

O projeto de lei orçamentária de um ente contemplava a autorização


das seguintes despesas:

• pessoal: R$ 200.000,00;
• juros: R$ 300.000,00;
• investimentos: R$ 150.000,00;
• inversões financeiras: R$ 80.000,00.
Considerando os dados acima e as limitações constitucionais, julgue o
próximo item.

5. (CESPE – TRT/16.ª Região - Contabilidade - 2005) O teto para


novas operações de crédito, a ser utilizado como fonte de recursos
por este ente, é de R$ 150.000,00.

6. (CESPE – TCM/GO - 2007) Com base na Lei nº. 4.320/1964, que


estatui as normas gerais de direito financeiro, assinale a opção
correta.
A) O superávit do orçamento corrente é classificado como receita
corrente.
B) Os créditos destinados a reforço de dotação orçamentária são
denominados créditos adicionais extraordinários.
C) A concessão de subvenções sociais será pertinente sempre que a
prestação de serviços essenciais de assistência social revelar-se mais
econômica por intermédio da suplementação de recursos de origem
privada aplicados a esses objetivos.
D) As despesas de custeio são classificadas como despesas de capital.

7. (CESPE – TCM/GO - 2007) Considerando a disciplina prevista na


LRF relativa às operações de crédito realizadas por ente da
Federação, assinale a opção correta.
A) Dois entes da Federação podem celebrar operações de crédito
entre si na forma de postergação de dívida anteriormente contraída.
B) Uma entidade da administração indireta de determinado ente da
Federação poderá contratar operação de crédito com instituição

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financeira estatal que se destine a financiar diretamente despesas de


capital.
C) É permitida a celebração de contrato de mútuo entre instituição
financeira estatal e o ente da Federação que a controle, na qualidade
de beneficiário do mútuo.
D) É vedado às instituições financeiras controladas adquirirem, no
mercado, títulos da dívida pública para atender a investimentos de
seus clientes.

8. (CESPE – TCM/GO - 2007) Determinado município brasileiro, ao


final do primeiro quadrimestre do exercício, providenciou a
elaboração de seu relatório de gestão fiscal. Todavia, em virtude de
problemas técnicos, o referido relatório somente foi concluído 45 dias
após o término do aludido quadrimestre, sendo sua publicação
realizada somente no 60.º dia.

Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta.

A) A publicação do relatório deveria ter ocorrido até o 30.º dia do


término do quadrimestre. Nesse caso, o referido município ficou
impedido de receber transferências voluntárias até a regularização da
situação, que se deu no 60.º dia.
B) No relatório de gestão fiscal emitido pelo Poder Executivo, não é
necessária a elaboração de comparativos com os limites das dívidas
consolidadas e mobiliárias.
C) No que concerne à consolidação das contas, nacional e por esfera
de governo, o descumprimento do prazo previsto na LRF não enseja a
aplicação de nenhuma sanção.
D) Além do relatório de gestão fiscal, deverá o município elaborar o
relatório resumido da execução orçamentária, como forma de facilitar
a consulta ao primeiro. O relatório resumido é de elaboração
obrigatória somente aos estados e municípios.

Com base na legislação e nas práticas orçamentárias, julgue os itens


a seguir.

9. (CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade – TRT/10.ª Região-


2004) A norma constitucional que veda a inclusão, na lei
orçamentária anual, de dispositivo estranho à previsão da receita e à
fixação da despesa está em consonância com o princípio da
especialização ou discriminação.

10. (CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade – TRT/10ª Região-


2004) Dada a adoção do regime de caixa para a receita, faz-se a
inscrição da dívida ativa, mas o reconhecimento da receita depende
do seu recebimento.

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11. (CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade – TRT/10ª Região-


2004) O empenho da despesa não será anulado, em 31 de dezembro,
quando o serviço contratado estiver em andamento e o prazo para a
sua execução não estiver expirado.

12. (CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade – TRT/10ª Região-


2004) Despesas de exercícios anteriores são aquelas que não
puderam ser pagas no exercício em que o orçamento consignava a
respectiva dotação, em razão da insuficiência de saldo financeiro para
atendê-las.

13. (CESPE – TCE/AC - Ciências Contábeis – 2006) Considere que,


para as despesas de uma obra, não haja categoria de programação
orçamentária específica na lei orçamentária anual vigente. Nesse
caso, visando atender a objetivo não previsto no orçamento, há
necessidade da aprovação legislativa de crédito especial, cujo projeto
de lei deverá ser de iniciativa do governador do estado.

14. (CESPE – TCE/AC - Ciências Contábeis – 2006) A câmara


municipal não gastará mais de 60% de sua receita com folha de
pagamento, excluído o gasto com o subsídio de seus vereadores. O
desrespeito a esse preceito constitui crime do presidente da câmara
municipal, sujeitando-o a pena de quatro a oito anos de prisão.

15. (CESPE – TCE/AC - Ciências Contábeis – 2006) A resolução a


seguir está em desacordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, pois
a autoridade que pratica o ato não é competente para aprovar o
Relatório de Gestão Fiscal, mas, sim, apenas o Relatório Resumido da
Execução Orçamentária do Órgão que presidia.

Resolução nº. 1, de 26 de janeiro de 2006

Aprova o Relatório de Gestão Fiscal exigido pela Lei Complementar


n.º 101, de 4/5/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal).

O PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, usando da


atribuição que lhe é conferida pelo art. 21, inciso XX, do Regimento
Interno, ad referendum do Conselho de Administração, em
atendimento ao disposto no art. 54, da Lei Complementar n.º 101, de
4/5/2000, resolve:

Art. 1.º Aprovar o Relatório de Gestão Fiscal referente ao 3.º


quadrimestre do exercício financeiro de 2005, na forma do anexo,
bem como autorizar sua publicação e disponibilização por meio da
Internet, consoante previsto no § 2.º, art. 55 da referida lei.

Art. 2.º Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.

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16. (CESPE – TCE/AC - Ciências Contábeis – 2006) O ciclo


orçamentário é o espaço de tempo compreendido entre o primeiro dia
de janeiro e o dia 31 de dezembro de cada ano, no qual se
promovem a execução orçamentária e os demais fatos relacionados
com as variações qualitativas e quantitativas que afetam os
elementos patrimoniais dos órgãos e entidades do setor público.

17. (CESPE – ACE – TCU 2007) O princípio da unidade orçamentária,


mais recentemente, foi relativamente esvaziado, passando-se a
admitir a existência de orçamentos setoriais, que, afinal, podem ser
consolidados em um único documento que permita a visão geral do
conjunto das finanças públicas. Diante de tal mudança, hoje já é
possível falar-se em um princípio da totalidade.

18. (CESPE – ACE – TCU 2007) A Lei nº. 101/2000, conhecida como
Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), estabeleceu normas de finanças
públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal,
estabelecendo, entre outras, normas para execução orçamentária e
cumprimento de metas. Considerando que haja limitação de
empenho, julgue o item que se segue, quanto ao restabelecimento da
receita prevista.
A recomposição das dotações cujos empenhos foram limitados dar-
se-á de forma proporcional às reduções efetivadas.

A Lei nº. 101/2000, conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal


(LRF), estabeleceu normas de finanças públicas voltadas para a
responsabilidade na gestão fiscal, como as normas para execução
orçamentária e cumprimento de metas. Segundo a LRF, os recursos
legalmente vinculados a finalidade específica

19. (CESPE – ACE – TCU 2007) deverão ser utilizados exclusivamente


para atender ao objeto de sua vinculação e somente no exercício em
que ocorrer o ingresso.

20. (CESPE – TRE/PA – Analista Judiciário – Contabilidade – 2005) De


modo geral, receita pública é qualquer entrada de recursos feita aos
cofres públicos, seja por arrecadação decorrente de leis e contratos
ou como depositário de valores que não pertencem à administração
pública. Com referência à receita pública, julgue os itens que se
seguem.
I É classificada como receita derivada aquela proveniente de bens
pertencentes ao patrimônio do Estado em que os recursos financeiros
são obtidos mediante a cobrança de um valor pela venda de bens ou
pela prestação de serviço.
II Os recursos recebidos de laudêmios são classificados como receitas
patrimoniais.

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III Denomina-se previsão o ato realizado pela repartição a quem


compete verificar tanto a procedência do crédito fiscal como a pessoa
que lhe é devedora e inscrever o débito desta.
IV Recursos oriundos de alienação de bens provocam variação ativa
orçamentária por meio da receita e, também, uma mutação passiva
orçamentária pela redução do ativo.
V As operações de crédito por antecipação de receita são classificadas
como receitas orçamentárias sob rubricas próprias.
Estão certos apenas os itens
A I e II.
B I e III.
C II e IV.
D III e V.
E IV e V.

21. (ESAF – MPOG – Administrador – 2006) Assinale a opção correta


em relação ao controle contábil da realização da receita
orçamentária.
a) Afeta somente o sistema orçamentário.
b) O controle orçamentário da execução da receita é realizado em
contas do subgrupo passivo compensado.
c) O registro afeta pelo menos os sistemas financeiro e orçamentário.
d) O sistema patrimonial nunca é afetado na realização da receita
orçamentária.
e) A conta de variações ativas afetada pertence à classe 6 (seis) do
Plano de Contas.

22. (CESPE – TRE/PA – Analista Judiciário – Contabilidade 2005) Para


realizar suas atividades, a administração pública adquire bens e
contrata serviços de diversas naturezas por meio de empenho.
Quanto ao empenho da despesa, assinale a opção correta.
(A) Quando as despesas estão sujeitas a parcelamento, o empenho é
realizado por estimativa.
(B) Se uma despesa empenhada em 2004 com a finalidade de
atender transferências a instituições públicas não tiver sido liquidada
no mesmo exercício, esse empenho deverá ter sido anulado em 31 de
dezembro daquele ano.
(C) As despesas relativas a convênios de vigência plurianual serão
empenhadas pelo seu valor total no ano em que for estabelecido o
convênio.
(D) O número e a data da nota de empenho devem ser mencionados
em cláusula de contrato, quando os recursos financeiros indicados
para pagamento do objeto contratado forem de natureza
orçamentária.
(E) Se uma despesa for anulada no mesmo exercício no qual foi
empenhada, o valor anulado deverá ser revertido como receita
daquele exercício.

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O estágio da receita orçamentária é cada passo identificado que


evidencia o comportamento da receita e facilita o conhecimento e a
gestão dos ingressos de recursos. Com relação à cronologia dos
estágios da receita, julgue os itens a seguir.

23. (CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade – TST/2008) O


lançamento, em que é verificada a ocorrência do fato gerador,
precede todos os outros estágios da receita.

24. (CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade – TST/2008) No


estágio da arrecadação, é feita a transferência dos valores à conta
específica do Tesouro, responsável pela administração e pelo controle
da programação financeira.

Gabarito:
1E 2E 3E 4E 5E 6C 7B 8A 9E 10E 11C 12E 13C 14E 15E 16E 17C 18C
19E 20C 21C 22D 23E 24E

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