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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

O DESENVOLVIMENTO HISTORIAL DA FILOSOFIA DESDE DA ANTIGUIDADE


ATÉ NA ACTUALIDADE

Nome do Estudante: Cornélia Joaquim Mulota


Código do Estudante: 708224450

Curso: Licenciatura em Ensino de História


Cadeira: Introdução a Filosofia
Ano de frequência: 2º ano, Turma: E

Nampula, Abril
2024
Universidade Católica de Moçambique
Instituto de Educação à Distância

Nome do Estudante: Cornélia Joaquim Mulota


Código do Estudante: 708224450

Trabalho da cadeira de Introdução a Filosofia, com tema,


O Desenvolvimento Historial da Filosofia desde da
Antiguidade até na Actualidade, 2º ano, Turma: E, curso
de Licenciatura em Ensino de História, da Universidade
Católica de Moçambique. Leccionada pelo:

Tutor: Mcs. Abú Bacar Abdula

Nampula, Abril
2024

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Índice
Introdução........................................................................................................................................4

Objectivo Geral................................................................................................................................4

Objetivos Específicos:.....................................................................................................................4

Metodologia Utilizada.....................................................................................................................4

O Desenvolvimento Historial da Filosofia desde da Antiguidade até na Actualidade....................5

Fases históricas da filosofia.............................................................................................................5

Filosofia antiga................................................................................................................................6

Filosofia medieval...........................................................................................................................6

Filosofía renacentista.......................................................................................................................7

Filosofia moderna............................................................................................................................8

Filosofia do século XIX...................................................................................................................8

Filosofia contemporânea..................................................................................................................9

Conclusão......................................................................................................................................10

Referência bibliográfica.................................................................................................................11

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Introdução
A filosofia é uma disciplina que ao longo da história da humanidade tem suas raízes
profundamente entrelaçadas. Atravessando séculos e continentes, da Grécia antiga aos debates
contemporâneos, a filosofia sempre tentou buscar o que está por trás do conhecimento, da
existência humana e da colectividade. O presente trabalho consiste no desenvolvimento da
filosofia no âmbito histórico, desde a sua base até os desafios enfrentados nos tempos atuais.

Objectivo Geral
 Traçar uma linha do tempo do desenvolvimento da filosofia desde a antiguidade até a
contemporaneidade, examinando as mudanças de paradigmas, os debates intelectuais e as
influências culturais que moldaram o pensamento filosófico ao longo dos séculos.

Objetivos Específicos:
 Analisar as principais escolas filosóficas da antiguidade, como o pensamento pré-
socrático, a filosofia clássica grega e a tradição filosófica romana.

 Explorar o período medieval, destacando o papel da filosofia na teologia cristã, islâmica e


judaica, bem como o renascimento do pensamento clássico na Europa.

 Investigar o surgimento da modernidade e as revoluções intelectuais que marcaram esse


período, incluindo o racionalismo, o empirismo e o iluminismo.

Metodologia Utilizada
Este estudo utilizará uma abordagem histórico-filosófica, combinando análise textual,
contextualização histórica e interpretação crítica de fontes primárias e secundárias. Serão
consultados textos filosóficos originais, obras históricas, artigos académicos e outras fontes
confiáveis para contextualizar o pensamento filosófico em seu contexto histórico e cultural.
Além disso, serão empregadas técnicas de pesquisa bibliográfica e análise comparativa para
identificar padrões, influências e transformações ao longo da história da filosofia.

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O Desenvolvimento Historial da Filosofia desde da Antiguidade até na Actualidade
A história da filosofia é uma jornada fascinante que se estende desde a Antiguidade até os dias
de hoje. Ao longo dos séculos, houve uma série de mudanças, debates e avanços significativos
em diferentes épocas e tradições filosóficas. Podemos pensar nessa história como uma linha do
tempo que abrange os períodos da filosofia antiga, medieval, moderna e contemporânea.

Cada período é definido por critérios como eventos históricos, contextos políticos e influências
culturais. É interessante observar como a filosofia evoluiu ao longo do tempo e como diferentes
correntes de pensamento surgiram em cada época.

Por exemplo, na filosofia antiga, temos pensadores como Sócrates, Platão e Aristóteles, cujas
ideias sobre ética, política e metafísica ainda são estudadas e discutidas hoje em dia. Na filosofia
medieval, filósofos como Santo Agostinho e Tomás de Aquino exploraram questões relacionadas
à fé e à razão.

Na filosofia moderna, nomes como René Descartes e Immanuel Kant trouxeram novas
perspectivas sobre a natureza do conhecimento e a relação entre mente e corpo. Já na filosofia
contemporânea, filósofos como Ludwig Wittgenstein e Michel Foucault desafiaram conceitos
estabelecidos e trouxeram novas abordagens para temas como linguagem e poder.

Ao estudar a história da filosofia, podemos compreender melhor como as ideias evoluíram ao


longo do tempo e como elas continuam a influenciar nosso pensamento e compreensão do
mundo. É uma jornada intelectual emocionante que nos permite refletir sobre questões
fundamentais da existência humana.

Fases históricas da filosofia


A filosofia, como a conhecemos, teve suas raízes na Grécia Antiga. Ela é uma disciplina ampla,
complexa e em constante evolução. Para entendermos a filosofia, podemos olhar para a sua
história, que é dividida em diferentes períodos. Embora haja discordância entre os estudiosos
sobre o início e o fim de cada período, geralmente concordamos com a divisão em quatro
grandes blocos: filosofia antiga, filosofia medieval, filosofia moderna e filosofia contemporânea.

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Essa é a forma clássica de periodizar a filosofia, que abrange aproximadamente dois mil anos,
desde suas origens até os dias atuais.

Filosofia antiga
Desde os tempos antigos, a filosofia tem sido uma prática comum entre os gregos e outras
civilizações mediterrâneas. Começando com os pré-socráticos, que viveram e pensaram antes de
Sócrates, esses filósofos foram responsáveis por dar um passo importante na forma como
entendemos o mundo. Eles abandonaram as explicações baseadas em mitos e passaram a buscar
explicações racionais, observando a natureza ao seu redor.

Entre os pré-socráticos, temos figuras como Tales de Mileto, Anaximandro, Anaxímenes,


Xenófanes, Heráclito, Pitágoras, Parmênides, Zeno, Anaxímenes, Empédocles e Demócrito. Eles
abriram caminho para o período clássico grego, que começou com Sócrates e os sofistas, que
eram mestres na arte da retórica. Sócrates foi o mestre de Platão, que, por sua vez, ensinou
Aristóteles. Esses três filósofos são considerados os mais importantes da antiguidade e são
conhecidos como os "grandes socráticos". Suas obras ainda são estudadas e discutidas até hoje.

Após o período clássico, veio o período helenístico, que ocorreu após a morte de Alexandre, o
Grande, e durou até a invasão romana da Macedônia. Durante esse período, as escolas de
Sócrates e Platão continuaram a existir e foram seguidas por muitos de seus discípulos.

A filosofia antiga chegou ao fim com o surgimento dos pensadores da Antiguidade Tardia, como
os epicuristas, os estóicos, os cépticos e, posteriormente, os neoplatônicos. O neoplatonismo é
objecto de discussão entre os historiadores da filosofia, pois pode ser considerado uma escola de
transição entre a Antiguidade e a era medieval.

Filosofia medieval
A filosofia medieval surgiu entre os séculos V e VI, com a queda do Império Romano em 476, e
o século VI d.C., com o surgimento do Renascimento. Sua principal característica é a inclusão de
ideias clássicas nos dogmas das grandes religiões monoteístas (cristianismo, judaísmo e
islamismo).

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Esta tentativa de conciliar filosofia e religião se desenvolveu em um período de quase mil anos.
Após o aparecimento de Jesus de Nazaré no século I e a posterior evangelização do mundo
ocidental por seus discípulos, o cristianismo se tornou a religião oficial do Império Romano. Isto
significou que a filosofia foi forçada a ficar em segundo plano em relação à teologia: as
ferramentas filosóficas estavam à disposição das preocupações teológicas e religiosas.

Os primeiros séculos foram palco dos esforços feitos pelos padres da Igreja Católica, cuja
doutrina foi chamada de “patrística”. O mais famoso deles foi Agostinho de Hipona (354–430),
mais conhecido como Santo Agostinho, que incorporou muitas das ideias delineadas pelos
neoplatónicos, que trouxeram para o Império Romano as obras recuperadas de Platão.

A obra de Aristóteles, por sua vez, ainda era desconhecida pela maior parte do mundo ocidental.
Aqueles que chegaram a lê-lo o fizeram por meio das traduções latinas de Boécio (477–524), que
traduziu as Categorias de Aristóteles, e Isagoge, que é o comentário de Porfírio às Categorias.

Após o decreto de Carlos Magno em 787, que estabeleceu escolas em todos os mosteiros de seu
império, surgiu no mundo medieval o que é conhecido como “escolástica”. O maior
representante desse período foi João Escoto Eriúgena (815–877), que traduziu a obra de Pseudo-
ionismo.

A escolástica, que teve seu apogeu entre os séculos XIII e XIV, surgiu oficialmente após
Eriugena, com o trabalho de Anselmo de Canterbury (1033–1109). Santo Anselmo é conhecido
por ter escrito o primeiro argumento ontológico (baseado no ser) para a existência de Deus.

No apogeu da escolástica, as principais universidades europeias foram estabelecidas nas grandes


cidades. Foram fundadas também as ordens franciscana e dominicana. Destas ordens religiosas
surge a figura de Tomás de Aquino (1225–1274), conhecido como São Tomás, que foi o maior
conciliador entre a doutrina cristã e a racionalidade grega, e deu origem ao que hoje é conhecido
como “filosofia católica”.

Filosofía renacentista
A filosofia renascentista ou do Renascimento é aquela que se desenvolveu entre os séculos XV e
XVI. Durante este período, colocou-se a maior ênfase nas problemáticas relativas à filosofia
natural, ao humanismo e à filosofia política.
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Seus principais pensadores foram Nicolau Maquiavel, Erasmo de Roterdã, Tomás Moro, Michel
de Montaigne, Giordano Bruno, Nicolau de Cusa e Francisco Suárez, entre outros.

Este período é considerado um período de transição porque está localizado entre a Idade Média e
a Idade Moderna. Estes períodos tiveram não apenas uma extensão maior no tempo, mas também
uma maior radicalidade no que diz respeito às problemáticas discutidas e à maneira como foram
tratadas.

Filosofia moderna
A filosofia moderna foi caracterizada por um período em que seus pensadores trabalharam de
forma autónoma em relação aos poderes políticos e religiosos. Figuras como Hume e Descartes
procuraram dar respostas a muitas questões separando-se dos critérios científicos e filosóficos da
maior parte da Igreja.

O pensamento moderno se desenvolveu entre os séculos XVII e XX. Ainda que haja algumas
controvérsias a esse respeito, considera-se quase unanimemente que a filosofia moderna começa
com o pensamento de René Descartes (1596–1650), o pai da modernidade e do racionalismo,
uma das principais correntes modernas de pensamento. Nesta tendência também se encontram
filósofos do porte de Baruch Espinosa e Gottfried Leibniz, entre outros.

O racionalismo se opôs à corrente britânica do empirismo. Suas principais figuras foram John
Locke, David Hume e George Berkeley (embora esse último também seja considerado um
racionalista). Diferentemente do racionalismo, que defendia uma explicação racional do mundo,
o empirismo explicava a realidade a partir dos sentidos e das sensações que obtemos ao
encontrar os objectos.

Ambas as correntes, além de suas diferenças, eram caracterizadas por tentar encontrar um
critério de verdade diferente do teológico, que era dado pela revelação divina ou pela opinião das
autoridades da Igreja.

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Filosofia do século XIX
A filosofia do século XIX, assim como a do Renascimento, é difícil de classificar. Com ela surge
o pensamento de Immanuel Kant, que conciliou o racionalismo com o empirismo, e também o
pensamento de Georg Wilhelm Friedrich Hegel, o pai do idealismo alemão.

Tanto as obras de Kant quanto as de Hegel revolucionaram absolutamente a maneira como a


filosofia era feita. A Crítica da Razão Pura, de Kant, e a Fenomenologia do Espírito, de Hegel,
são obras que ainda hoje são exaustivamente estudadas, e nelas se encontram novas formas de
pensar não apenas sobre como conhecemos a realidade, mas sobre o que ela é em si mesma.

O século XIX também deu origem às obras de filósofos como Fichte e Schelling, idealistas
alemães, ou Arthur Schopenhauer, um pensador radical que promulgou a ideia do mundo como
um jogo inútil de imagens e desejos. Neste período também surgiram Friedrich Engels, Karl
Marx, John Stuart Mill, Kierkegaard e Edmund Husserl, entre outros.

O século XIX, prolífico em pensadores e ideias revolucionárias em mais de um sentido, foi


também o século em que Friedrich Nietzsche viveu, pensou e escreveu. A figura de Nietzsche,
desde sua aparição, tem sido altamente controversa e conseguiu dividir a filosofia em grandes
grupos, de acordo com o fato de alguém ser seu detractor ou defensor.

Filosofia contemporânea
A filosofia contemporânea teve início no século XX e continua até hoje. Por essa razão, e por ser
um pensamento vivo e em desenvolvimento, é difícil traçar seus limites ou suas características
próprias. Entretanto, há alguns elementos que podem ser mencionados.

O século XX foi o palco do surgimento das tradições filosóficas mais significativas da filosofia
contemporânea: a filosofia analítica e a filosofia continental. A primeira se desenvolveu
principalmente no mundo anglo-saxão, enquanto a segunda, na Europa continental. Ambas as
correntes foram contemporâneas do surgimento do positivismo lógico, da fenomenologia, do
existencialismo, do pós-estruturalismo e do materialismo filosófico.

Todas essas correntes foram partícipes do que é conhecido como o “giro linguístico”, que
consistiu em uma importante discussão sobre a relação entre linguagem e filosofia. Ao mesmo
tempo, este giro ocorreu paralelamente à publicação das obras de Martin Heidegger, na tradição
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continental, e Ludwig Wittgenstein, que se situa ao lado da tradição analítica. A figura de
Heidegger gerou muita controvérsia no mundo filosófico por causa de sua aparente e suspeita
adesão ao nazismo hitlerista na Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial.

Conclusão
Apos ter realizado o presente estudo é de ressaltar que a história da filosofia é um campo
interdisciplinar que oferece uma visão panorâmica da evolução do pensamento filosófico ao
longo dos séculos. A história da filosofia é uma disciplina que se encontra em constante
evolução, reflectindo as mudanças e desafios do mundo contemporâneo.

Portanto, a importância da história da filosofia na justificação da filosofia deriva de que a


filosofia é histórica, não apenas no sentido de um produto histórico configurado nas teorias que
se sucedem, mas principalmente no sentido de que a filosofia é a elaboração histórica da
presença do espírito objectivo a si mesmo.

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Referência bibliográfica
FERNANDES, S. L. de C. Filosofia e consciência. RJ. Areté, 1995.

NOGUEIRA Jr., R. O fundamento da moral: Schopenhauer crítico de Kant. Dissertação de


Mestrado. Departamento de Filosofia. UFSCar, 2000.

ZIMMER, H. Filosofias da Índia. SP: Palas Atena, 1986.

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