Plano de Aula Filosofia Da Ciencia Intervencao

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TOLEDO
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

COLEGIADO DE FILOSOFIA
COORDENAÇÃO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM FILOSOFIA
PLANO DE AULA DE ÉTICA I
IDENTIFICAÇÃO E ESPECIFICAÇÃO
Disciplina: Filosofia da Ciência
Carga horária: 1 hora de aula
DOCENTE/Estagiário(a): LUCAS SARTORETTO
Série: 3º A
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Filosofia da Ciência
TEMÁTICA/CONTEÚDO DA AULA:
Apresentação do filósofo Thomas Kuhn e a discussão de dois dos seus conceitos, que
são, paradigma e revolução.
OBJETIVO
Esta aula tem como objetivo apresentar aos alunos o filósofo Thomas Kuhn e seus
conceitos de paradigma e revolução na filosofia da ciência
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A tentativa de explicação do universo é tão antiga quanto a história do ser humano.

Desde a antiguidade os seres humanos através de lendas e mitos tentaram explicar o universo.
Todos os grupos humanos e suas etnias se depararam com este problema e formularam suas
respostas, surgindo assim os mitos de criação do universo em todas as culturas humanas.
No entanto, foi na Grécia no século VI a.C. que foi desenvolvido o conceito de razão
conhecido hoje pelas ciências e pela filosofia. No começo, assim como nas demais culturas a
explicação sobre a origem do universo se constituiu com os mitos fundadores da assim
chamada cultura helênica.
Os filósofos fundadores da tradição ocidental foram os Pré-socráticos que buscavam a
arché da natureza. Portanto, eles procuravam responder a pergunta fundamental o que é a
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natureza, ou melhor, a physis. Neste sentido, foram os primeiros dentro do princípio racional a
oferecerem respostas a essa pergunta.
Só mais tarde com a morte do grande filósofo Sócrates é que se formaram as escolas de
filosofias propriamente ditas. O percussor foi Platão com a fundação da Academia. Seu
sucessor e aluno, que se chamava Aristóteles também criou uma escola de filosofia o Liceu.
Aristóteles é considerado um dos maiores filósofos da antiguidade e talvez seja o
maior. Seus estudos se deram em várias áreas, desde a metafísica, a lógica, a arte, a biologia e
também sobre a natureza. Foi através das observações de Aristóteles que encontram no livro
da Geração e Corrupção que ele desenvolve sua teoria sobre o universo e sobre qual a posição
da terra no cosmos.
Aristóteles desenvolveu o modelo geocêntrico. Este modelo afirmava que a terra era o
centro do universo. Seu método utilizado para isso era a observação através dos sentidos.
Portanto, parecia lógico que através das observações realizadas pelos sentidos, na qual
poderíamos ver o nascer do sol, seu movimento e consequentemente o pôr do sol, que se
chegasse a essa conclusão.
Neste modelo geocêntrico a terra estava no centro do universo e os planetas giravam
em círculos perfeitos ao seu redor. Esse modelo perdurou durante muito tempo e foi adotado
pela a igreja católica se tronando assim, a visão oficial. Neste período não houve mudanças
significativas no desenvolvimento de técnicas que pudessem contradizer esta visão. Foi só
mais tarde que a teoria de Aristóteles, ou seja, seu modelo Geocêntrico foi contestada.
Nicolau Copérnico que foi um Astrônomo e matemático Polonês, que foi o principal
adversário de Aristóteles. Copérnico desenvolveu a teoria do heliocentrismo, no qual o sol
passava a ocupar o lugar de centro do universo e a terra é apenas mais um planeta. Esta teoria
foi capaz até mesmo de prever as mudanças de estações.
Thomas Kuhn nasceu na cidade de Cincinnati nos Estados Unidos no dia 18 de julho
de 1922 e faleceu em Cambridge no dia 17 de junho de 1996. Era físico de formação, mas foi
como professor de história da ciência em Harvard e em Berkeley, ambas universidades
americanas, que desenvolveu o que hoje se denomina de enfoque historicista em filosofia da
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ciência. Também há similaridades de sua filosofia da ciência com a sociologia da ciência

devido ao seu enfoque historicista.
Thomas Kuhn desenvolve sua filosofia da ciência que podemos chamar de historicista
e estruturalista. A ideia é que a filosofia da ciência deve levar em consideração a história na
qual as “teorias científicas” hoje descartadas tiveram sua importância reconhecidas em outras
épocas. Nesse sentido se faz necessário considerar o contexto histórico dos assim
denominados paradigmas científicos e a adesão pela comunidade de pesquisa.
Além de ser historicista sua filosofia da ciência também é denominada de
estruturalista, pois ele compreende que existe uma estrutura analítica na história das ciências.
Este modelo estrutural é dividido em seis categorias que são: o período pré-paradigmático que
se caracteriza pela formação de escolas de pesquisa; o período paradigmático que se
caracteriza pela formação de um paradigma; o período da ciência normal que é caracterizado
pelo desenvolvimento da ciência; o período de crise que se caracteriza pela tentativa de
resolução de anomalias; o período de ciência revolucionária que se caracteriza pela hegemonia
de um novo paradigma e o período de ciência normal que se caracteriza pela consolidação do
paradigma.
O que acontece dentro da história das ciências é segundo Thomas Kuhn uma sucessão
de revoluções cientificas. No entanto, existem dois conceitos que são como que basilares na
compreensão de sua filosofia. Estes conceitos são o paradigma e a revolução. Paradigma e
revolução podem ser entendidos como conceitos complementares.
Paradigma se refere a consolidação de uma teoria dentro do campo das ciências. A
consolidação só ocorre se esta teoria é eficiente em resolver problemas e serve de
fundamentação para desenvolver pesquisas dentro de determinado campo científico. Assim,
esta teoria é aceita dentro da comunidade de pesquisa até quando seu modus operandi começa
a falhar.
Toda ciência é uma construção social e histórica, por isso podemos considerar que o
que existem são construções de modelos de ciência. Esses modelos são chamados de
paradigma por Thomas Kuhn. Durante a história da ciência, ela já construiu e superou diversos
modelos, ou paradigmas com o passar do tempo.
3
Já o conceito de revolução não é tão técnico, ele é mais histórico. Este conceito é
definido quando um modelo de explicação da realidade entra em crise, seja pelo surgimentos
de anomalias dentro da teoria, seja pelo falta de capacidade explicativa de novos fenômenos
que então o velho paradigma se depara.
Podemos considerar que dentro da história das ciências o modelo geocêntrico
desenvolvido por Aristóteles foi um paradigma que aceito por muito tempo e consolidado pela
sua autoridade científica e pelo poder da igreja. Este é um exemplo de paradigma.
O exemplo de revolução pode ser analisado quando o modelo geocêntrico
desenvolvido por Aristóteles entra em crise não podendo mais explicar os novos fenômenos
que estavam ocorrendo como por exemplo, as estações do ano. Entrando em crise, surge um
novo modelo que revoluciona o que até então se entendida por universo, este modelo de
explicação do universo é o modelo heliocêntrico desenvolvido por Copérnico. Este novo
modelo desenvolvido por Copérnico cria um novo paradigma, e até que venha outro modelo
propor uma nova concepção do universo este se mantém dominante durante o período.
Assim podemos compreender o desenvolvimento da ciência que de acordo com
Thomas Kuhn se dá por revoluções de paradigmas. Estas revoluções sempre estão
acompanhadas de novas visões de mundo e não podem ser comparadas aos antigos
paradigmas. No entanto, a passagem de um paradigma à outro não significa necessariamente
que haja um progresso científico, significa apenas uma mudança na concepção de mundo.
DESCRIÇÃO DAS AULAS

PROCEDIMENTO METODOLÓGICO E RECURSOS DIDÁTICOS
Está intervenção que faremos na aula de filosofia será feita através do desenvolvimento
de dois temas/problemas, que serão o conceito de paradigma e o de revolução na filosofia da
ciência de Thomas Kuhn. Utilizaremos o projetor da escolas com os slides preparados
anteriormente.
A sensibilização será feita mostrando os modelos desenvolvidos primeiro por
Aristóteles que é o modelo geocêntrico e logo depois para compreender os conceitos de
revolução e paradigma mostraremos o modelo heliocêntrico desenvolvido por Copérnico.
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AVALIAÇÃO
REFERÊNCIAS
BASSANI, A, D. BENVENHO, M, C. WELTER, K, N. (ORG). Pibid na escola

III. Oficinas didáticas de filosofia. Ed. Indicto. Toledo, 2018.
KUHN, S. T. A estrutura das revoluções científicas. Ed. Perspectiva. São Paulo,

1998.
ANEXOS e APÊNDICES
Modelo Aristotélico geocêntrico
INCLUDEPICTURE "http://www.brasilescola.com/upload/e/geocentrismo(1).jpg" \* MERGEFORMATINET

5
Modelo copernicano heliocêntrico
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A tentativa de explicação do universo é tão antiga quanto a história do ser humano.

ciência. Também há similaridades de sua filosofia da ciência com a sociologia da ciência

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BASSANI, A, D. BENVENHO, M, C. WELTER, K, N. (ORG). Pibid na escola

KUHN, S. T. A estrutura das revoluções científicas. Ed. Perspectiva. São Paulo,

Modelo Aristotélico geocêntrico

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Modelo copernicano heliocêntrico

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