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1. Introdução ............................................................................................................................ 3
1.1. Objectivos............................................................................................................................. 4
3. Conclusão........................................................................................................................... 10
A Historiografia, cujos sentidos são múltiplos, neste trabalho será entendida como o resultado da
trajetória percorrida pelos estudos históricos, pois elas anunciam certas intervenções que envolvem
o historiador, a reflexão histórica, o trabalho com os documentos, a forma de construção das
narrativas e o próprio passado. Este trabalho pretende mostrar a trajetória do pensamento
geográfico, com fins a compreender o pensamento histórico durante a Idade Média.
Grande parte da má fama da idade média deve se aos humanistas/iluministas que cunharam o termo
Idade das Trevas uma crítica ao poderio absoluto da Igreja e sua interferência em um mundo que
já havia adentrado na Era Moderna.
Estruturalmente, o trabalho tem três partes a saber: primeira de introdução constituído por;
objectivos e metodologia, segunda parte da revisão da literatura (marco teórico) discussão das
questões relacionadas ao estudo da arte da área da pesquisa e última parte que traz conclusão da
pesquisa bem com as referências bibliográficas dos autores citados ao longo da pesquisa,
obedecendo as normas da UCM.
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1.1. Objectivos
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2. O pensamento histórico durante a Idade Média.
2.1. Historiografia medieval
A palavra historiografia possui múltiplos sentidos, desde “a arte de escrever a história” até a um
campo específico destinado à análise de textos históricos, isto é, aquilo que chamamos de história
da historiografia (Schmitt, 2014, p. 11-12).
Portanto, quando fala se de uma historiografia medieval, mim leva a pensar as obras voltadas à
produção e representação do passado gestadas em um determinado período histórico, ou a um
conjunto de escritos contemporâneos acerca da Idade Média.
Na minha visão, Idade Média, para o homem moderno, significa aquilo que está entre a
Antiguidade e a Modernidade; ela faz transmissão da tradição ocidental e prepara a atmosfera em
que surge a modernidade.
Barros (2004, p. 115) a “Idade Média foi um longo período da história que se estendeu do século
V ao século XV. Seu início foi marcado pela queda do Império Romano do Ocidente, em 476, e o
fim, pela tomada de Constantinopla pelos turcos em 1453”.
“Os humanistas do século XV e XVI chamavam a Idade Média de Idade das Trevas. Afirmavam
que havia ocorrido na Europa, um retrocesso artístico, intelectual, filosófico e institucional, em
relação à produção da Antiguidade Clássica” (Avila, Nicolazzi & Turin, 2019, p. 69).
Na minha visão, tenho que concordar com os humanistas pois, homem é livre de crer o que bem
quiser, a ciência não se adequa a questão de sorte ou algo invisível como Deus, assim para mim
não é o centro do universo, e sim, o Homem, porque é visível as acções e bem sustentadas as ideias
dos homens, no meu intender a questão Deus envolve mitologia, uma forma de fazer com que as
pessoas acreditem numa crença e a apeguem, isso ajuda a moldar o homem no meio social, fazendo
com que o mesmo não roube, mate ou cometa algo que põem em causa o meio social.
Segundo Barros (2013, p. 10) o período medieval foi dividido em duas partes: a Alta Idade Média e
a Baixa Idade Média e as principais características de cada período são:
O Reino Cristão dos Francos – o reino dos francos constituíram o reino mais poderoso da
Europa Ocidental;
A Igreja e o Sacro Império – A Igreja Medieval teve importante papel na sociedade. Foi
nessa época que começou a organizar-se, com o objetivo de zelar pela homogeneidade dos
princípios da religião cristã e promover a conversão dos pagãos.
Crise do feudalismo
A cultura medieval.
Durante a Baixa Idade Média, com a expansão dos turcos-otomanos no século XIV, tomando os
Bálcãs e a Ásia Menor, o Império Bizantino acabou reduzido à cidade de Constantinopla.
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Segundo os autores Avila, Nicolazzi e Turin, (2019), aqueda em 1453, foi um facto histórico que
marcou o fim da Idade Média na Europa. A conquista da capital bizantina pelo Império
Otomano sob o comando do sultão Maomé II, marcou o fim do Império Romano no Ocidente”
(p.78).
Do ponto de vista historiográfico, esse período é visto como um retrocesso para evolução da
ciência, a falta de liberdade de pensar além sem colocar o divino troce consigo pensadores menos
visionários comparativamente a antiguidade.
De acordo com Meno (s/d, p. 29), na Idade Média a historiografia apresenta relações teológicas
que lhe imprimem um carácter providencialista, apocalíptico e pessimista. Deus está no centro das
preocupações humanas. É o Teocentrismo.
Para Meno (s/d) no “contexto ideológico era sustentado pelo facto de se pensar que Deus estava
no centro das atenções. Deus era o ser que dominava a história. A evolução do pensamento
histórico dependia única e simplesmente de Deus” (p.29)
De acordo com Schmitt (2014) o teocentrismo “é a doutrina onde Deus e seus ensinamentos estão
no fundamento da sociedade. Esse pensamento vigorou durante a Idade Média” (p.14).
A palavra vem do grego e significa: theos “Deus” e kentron “centro”. Literalmente "Deus como
centro do mundo" (Barros, 2004, p. 121).
Portanto, teocentrismo representou a relação entre o divino (religião) e os seres humanos medievo,
onde haveria a existência de uma única verdade, inspirada em Cristo e nos preceitos da Bíblia.
Neste contexto o teocentrismo, o ser humano, para se realizar, deve se submeter à vontade divina,
mesmo que isso vá contra os seus desejos. Um exemplo seria a guerra que foi submetida a uma
série de regras, como a proibição de lutar aos domingos e dias santos.
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De acordo com Barros (2004, p. 127), também a “economia se vê afetada pelo pensamento
teocêntrico na medida que o trabalho é organizado de acordo com os preceitos católicos. A usura
(lucro excessivo), por exemplo, era condenada, assim como o empréstimo a juros”.
Segundo Meno (s/d) além, disso, neste período a “Igreja Católica tinha o controle de todo a
sociedade. Note-se por exemplo, que se defendia a ideia de que extra ecclesia, nulla salius, ou
seja, fora da igreja não há salvação. A preocupação do historiador devia ser a justificação da
vinda do filho de Deus ao Mundo, e depois desse evento, analisar as suas repercussões” (p.30).
De acordo com Schmitt (2014, p. 16) os principais pensadores da idade média são: Maimônides,
Nahmanides, Yeudah ben Levi (judeus), Avicena, Averróis, Alfarabi e Algazáli (árabes),
Abelardo, Duns Scoto, Escoto Erígena, Santo Anselmo, Santo Tomás de Aquino, Santo Alberto
Magno, Guilherme de Ockham, Roger Bacon e São Boaventura são considerados
os principais nomes da Filosofia medieval. No presente trabalho destaca-se Santo Agostinho e São
Tomás de Aquino.
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perspectiva religiosa. Esta história, de que são exemplos Beda, o venerável (“História
Ecclesiástica Gentis Anglorum”, século VIII) ou Isidoro de Sevilha (“Etimologias” e
“História Gothorum”), é providencialista, de inspiração agostiniana, e circunscreve as
acções dos homens nos desígnios de Deus. É preciso esperar até ao século XIV para que
os cronistas se interessem pelo povo, o grande ausente da produção deste período, como
por exemplo, a do francês Jean Froissart ou do florentino Matteo Villani (p. 30).
Para Barros (2013), Santo Agostinho com A Cidade de Deus foi quem preconizou e popularizou
a chamada história providencialista, dando um sentido novo e revolucionário à concepção
histórica” (p.12). Segundo Philippe Ariès, Santo Agostinho inova porque se compromete com o
tempo, com a duração das coisas, diferente do que havia até então na literatura histórica grega,
indiferente às cronologias. O pensamento agostiniano “abrange todo o conjunto do devir humano,
para explicar por meio de algumas concepções filosóficas gerais sobre a acção de Deus no mundo
através da sua Providência” (Ariès, 1992, p. 79).
Por outro lado, houve considerável avanço na historiografia islâmica e hebraica tendo a primeira
como grande expoente Ibn Khaldun, que estabeleceu um rigor metodológico que só atingiria o
ocidente tempos depois.
Analisando as ideias de Santo Agostinho e São Tomas de Aquino percebo que esses pensadores
foram menos racionais, como diz actualmente quadrados nas suas abordagens divinas, pois erra só
seguir a maior que sua ideia estava ser apoiada neste período, mostrando assim serem pensador
com uma única forma de ver, sem benefício de dúvida, assim qualquer um outro pensador se
quisesse ser mais famoso neste período tinha apenas de tudo que pensasse colocar deus, em tempos
actuais isso é só visto na religião por aqueles que são mais fiéis que acreditam no invisível.
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3. Conclusão
A chegada da Idade Média, a historiografia sofreu um retrocesso em relação do que se havia
avançado, sobretudo ao que se refere ao espírito de exaltação nacional que se construiu no mundo
romano, uma vez que essa ideia havia se rompido com o fim desse Império, e passou a mostrar
relações teológicas que lhe transmitiram uma característica apocalíptica, e de providencialismo
divino, carregado de um relativo pessimismo. Deus passou a ser o centro das reflexões do homem.
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4. Referências Bibliográficas
Aries, P. (1992). O Tempo da História. Tradução de Miguel Serras Pereira. Lisboa: Antropos.
Avila, A. L.; Nicolazzi, F. & Turin, R. (2019). A História (in). Disciplinada. Vitória: Editora
Milfontes.
Gil, A. C. (2014). Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. (6ª.ed.). São Paulo: Atlas
Marconi, M. & Lakatos, E. M. (2013). Metodológica do trabalho cientifico. (7ª ed.). São Paulo:
Atlas
Vergara, S. C. (2013). Projetos e relatórios de pesquisa em administração. (5ª ed.). Rio de Janeiro:
Atlas.
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