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ESCOLA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

Disciplina: Moral

Classe: 9ª

Turma: B

Tema:

São Agostinho

Nomes:

 Júlia Pinto nº 31
 Kaivan Lemos nº 32
 Kaway Maloa nº 33
 Laura Liasse nº 34
 Nelita Jasinto nº 35
 Mamadu nº 36
 Manuel Joaquim nº 37
 Manuela Marques nº 38
 Marcelino Miclass nº 39
 Marcelo Dalito nº 40

Professor:

Timóteo

Beira

2024
Índice
Introdução....................................................................................................................................3

Santo Agostinho...........................................................................................................................4

Breves Considerações do Conceito..............................................................................................4

Definição......................................................................................................................................4

Objeto de Estudo..........................................................................................................................5

Importância..................................................................................................................................5

Vida..............................................................................................................................................5

Escritos.........................................................................................................................................6

Cartas...........................................................................................................................................6

Agostinho e os Judeus..................................................................................................................8

Influência como teólogo e pensador............................................................................................8

A Vida e as Obras........................................................................................................................9

O Pensamento: A Gnosiologia...................................................................................................11

Conclusão...................................................................................................................................12

Referências Bibliográficas.........................................................................................................13

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Introdução

Santo Agostinho, também conhecido como Agostinho de Hipona, foi um dos mais influentes
pensadores da era cristã primitiva. Nascido no norte da África em 354 d.C., Agostinho viveu em
uma época marcada por profundas mudanças culturais, políticas e religiosas. Sua vida e obra
refletem não apenas os desafios e dilemas de sua própria época, mas também questões universais
sobre a natureza da fé, do conhecimento e da existência humana.

Este trabalho visa explorar a vida, o pensamento e o legado de Santo Agostinho. Examina-se a
sua trajetória desde uma juventude hedonista e cética até a sua conversão ao cristianismo e
posterior desenvolvimento de uma teologia rica e complexa. Além disso, serão abordadas
algumas das suas principais contribuições para áreas como a filosofia, a teologia, a ética e a
política, destacando a sua influência duradoura no pensamento ocidental.

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Santo Agostinho

Santo Agostinho, também conhecido como Agostinho de Hipona, foi um dos mais importantes
teólogos e filósofos cristãos da antiguidade tardia. Suas obras influenciaram profundamente o
pensamento cristão e filosófico ocidental e continuam a ser estudadas e debatidas até os dias de
hoje.

Breves Considerações do Conceito

Agostinho é conhecido por sua síntese entre a filosofia platônica e o pensamento cristão. Ele
procurou reconciliar a fé cristã com a razão filosófica, abordando temas como a natureza do mal,
a liberdade da vontade, a graça divina e a relação entre Deus e o tempo.

Definição

Santo Agostinho foi um bispo africano, nascido em 354 d.C. em Tagaste, na província romana da
Numídia (atual Argélia), e faleceu em 430 d.C. em Hipona, na província romana da Numídia
(também na atual Argélia). Ele é reconhecido por suas numerosas obras escritas, incluindo
"Confissões" e "A Cidade de Deus", que são amplamente consideradas como algumas das mais
importantes obras da literatura cristã e filosófica.

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Objeto de Estudo

O estudo de Agostinho abrange uma ampla gama de temas, incluindo teologia, filosofia, ética,
metafísica, epistemologia e psicologia. Suas obras exploram questões fundamentais sobre a
natureza de Deus, a natureza do homem, a relação entre o bem e o mal, a natureza da alma e a
busca pela verdade.

Importância

A importância de Santo Agostinho reside no impacto duradouro de suas ideias e ensinamentos.


Ele teve um papel fundamental na formação da teologia cristã ocidental e suas obras continuam a
influenciar o pensamento filosófico e teológico até os dias atuais. Sua abordagem inovadora para
reconciliar a fé cristã com a razão filosófica estabeleceu o padrão para o pensamento cristão
medieval e além. Além disso, suas reflexões sobre temas como a liberdade da vontade e a
natureza do tempo ainda são objeto de debate e estudo entre filósofos e teólogos. Agostinho
também é reverenciado como um santo pela Igreja Católica e é celebrado em muitas tradições
cristãs como um dos maiores pensadores e teólogos da história.

Vida

Santo Agostinho cresceu no norte da África colonizado por Roma, educado em Cartago. Foi
professor de retórica em Milão em 383. Seguiu o Maniqueísmo nos seus dias de estudante e se
converteu ao cristianismo pela pregação de Ambrósio de Milão. Foi batizado na Páscoa de 387 e
retornou ao norte da África, estabelecendo em Tagaste uma fundação monástica junto com
alguns amigos. Em 391 foi ordenado sacerdote em Hipona. Tornou-se um pregador famoso (há
mais de 350 sermões dele preservados, e crê-se que são autênticos) e notado pelo seu combate à
heresia do Maniqueísmo. Defendeu também o uso de força contra os Donatistas, perguntando
"Por que (...) a Igreja não deveria usar de força para compelir seus filhos perdidos a retornar, se
os filhos perdidos compelem outros à sua própria destruição?" (A Correção dos Donatistas, 22-
24)
Em 396 foi nomeado bispo assistente de Hipona (com o direito de sucessão em caso de morte do
bispo corrente), e permaneceu como bispo de Hipona até sua morte em 430. Deixou seu
monastério, mas manteve vida monástica em sua residência episcopal. Deixou a Regula para seu

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monastério que o levou a ser designado o "santo Patrono do Clero Regular", que é uma paróquia
de clérigos que vivem sob uma regra monástica.
Agostinho morreu em 430 durante o cerco de Hipona pelos Vândalos. Diz-se que ele encorajou
seus cidadãos a resistirem aos ataques, principalmente porque os Vândalos haviam aderido ao
arianismo, que Agostinho considerava uma heresia.

Escritos

• Da Doutrina Cristã, 397-426


• Confissões , 397-398
• A Cidade de Deus, iniciado c. de 413, terminado 426.
• Da Trindade, 400-416
• Enquirídio
• Retratações • De Magistro

Cartas

Santo Agostinho de Hipona


 Da Catequese dos não instruídos
 Da Fé e do Credo
 Fé concernente às coisas que não se vêem
 Do benefício da crença
 Do Credo: Um sermão para catecúmenos
 Da continência
 Da bondade do casamento
 Da Santa Virgindade
 Da bondade da viuvez
 Da mentira
 Para Consêncio: Contra a mentira
 Do trabalho dos monges
 Da paciência
 Do cuidado de ser tido pelos mortos
 Da Moral da Igreja Católica

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 Da Moral dos Maniqueístas
 Das duas almas, contra os Maniqueístas
 Atos ou disputa contra Fortunato, o Maniqueísta
 Contra a Epístola de Maniqueu chamada Fundamental
 Resposta a Fausto o Maniqueísta
 Concernente à Natureza de Deus, contra os Maniqueístas
 Do Batismo, contra os Donatistas
 Resposta às cartas de Petiliano, bispo de Cirta
 A correção dos Donatistas
 Méritos e remissão do pecado e batismo de crianças
 Do Espírito e da carta
 Da Natureza e Graça
 Da perfeição e retidão do homem
 Dos procedimentos de Pelágio
 Da graça de Cristo, e do pecado original
 Do casamento e concupiscência
 Da alma e sua origem
 Contra duas cartas dos Pelagianos
 Da graça e livre arbítrio
 Da repreensão e graça
 A predestinação dos santos/Dom de perseverança
 O Sermão do Monte de Nosso Senhor
 A harmonia dos Evangelhos
 Sermões sobre lições selecionadas do Novo Testamento
 Tratados sobre o Evangelho de João
 Sermões sobre a Primeira Epístola de João
 Solilóquios
 As enarrações, ou exposições, dos Salmos

Agostinho foi um autor prolífico em muitos gêneros -- tratados teológicos, sermões, comentários
da escritura, e autobiografia. Suas Confissões são geralmente consideradas como a primeira
autobiografia; Agostinho descreve sua vida desde sua concepção até sua então (com cerca de
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cinqüenta anos) relação com Deus, e termina com um longo excurso sobre o livro de Gênesis, no
qual ele demonstra como interpretar a escritura. A consciência psicológica e auto-revelação da
obra ainda impressionam leitores. No fim de sua vida (426-428?) Agostinho revisitou seus
trabalhos anteriores em ordem cronológica e sugeriu que teria falado de forma diferente numa
obra intitulada Retrações, que nos daria uma imagem considerável do desenvolvimento de um
escritor e seus pensamentos finais, além de se arrepender de ter utilizado demais de filósofos
pagãos.

Agostinho e os Judeus

Agostinho escreveu no Livro 18, Capítulo 46, da Cidade de Deus, "Os Judeus que O
assassinaram, e não criam nEle, porque coube a Ele morrer e viver novamente, foram ainda mais
miseravelmente assolados pelos romanos, e completamente expulsos de seu reino, onde
estrangeiros já tinham dominado sobre eles, e foram dispersos pelas terras (tanto que não há
lugar onde eles não estejam), e são assim, por suas próprias Escrituras, um testemunho para nós
de que não forjamos as profecias a respeito de Cristo." 1. Escreveu também uma das principais
obras que apóia a crença na Trindade. Agostinho considerou a dispersão importante porque ele
acreditava que isto era um cumprimento de certas profecias, provando assim que Jesus era o
Messias. Isto se deve ao fato de Agostinho crer que os judeus que foram dispersados eram
inimigos da Igreja Cristã. Ele também cita parte da mesma profecia que diz "Não os mates, para
que meu povo não se esqueça; espalha-os pelo teu poder". Algumas pessoas usaram as palavras
de Agostinho para atacar os judeus, enquanto outros as usaram para atacar cristãos. Veja
cristianismo e anti-semitismo.

Influência como teólogo e pensador

na história do pensamento ocidental. Sendo muito influenciado pelo platonismo e neoplatonismo,


particularmente por Plotino, Agostinho foi importante para o batismo do pensamento grego e sua
entrada na tradição cristã, e posteriormente na tradição intelectual européia. Também
importantes foram seus adiantados escritos influenciadores sobre a vontade humana, um tópico
central na ética, e que se tornaram um foco para filósofos posteriores, como Schopenhauer e
Nietzsche.

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É largamente devido à influência de Agostinho que o cristianismo ocidental concorda com a
doutrina do pecado original, e a Igreja Católica Romana sustenta que batismo e ordenações feitos
fora dela podem ser válidos (a Igreja Católica Romana reconhece ordenações feitas na Igreja
Ortodoxa Oriental e Ocidental, mas não nas igrejas protestantes, e reconhece batismos de quase
todas as igrejas cristãs). Os teólogos católicos geralmente concordam com a crença de Agostinho
de que Deus existe fora do tempo e no "presente eterno"; o tempo só existe dentro do universo
criado.
O pensamento de Agostinho foi também basilar em orientar a visão do homem medieval sobre a
relação entre a fé cristã e o estudo da natureza. Ele reconhecia a importância do conhecimento,
mas entendia que a fé em cristo vinha a restaurar a condição decaída da razão humana, sendo
portanto mais importante. Agostinho afirmava que a interpretação das escrituras deveria ser feita
de acordo com os conhecimentos disponíveis, em cada época, sobre o mundo natural. Escritos
como sua interpretação do livro bíblico do gênesis como o que chamariamos hoje de um "texto
alegórico", vão influenciar fortemente a Igreja medieval, que terá uma visão mais interpretativa e
menos literal dos textos sagrados.
São Tomás de Aquino tomou muito de Agostinho para criar sua própria síntese do pensamento
grego e cristão. Dois teólogos posteriores que admitiram influência especial de Agostinho foram
João Calvino e Cornelius Jansen. O calvinismo se desenvolveu como parte da teologia da
Reforma, enquanto o Jansenismo foi um movimento dentro da Igreja Católica; alguns jansenistas
entraram em divisão e formaram sua própria igreja.
Agostinho foi canonizado por reconhecimento popular e reconhecido como um doutor da Igreja.
Seu dia é 28 de agosto, o dia no qual ele supostamente morreu. Ele é considerado o santo
padroeiro dos cervejeiros, impressores, teólogos, e de um grande número de cidades e dioceses.

A Vida e as Obras

Aurélio Agostinho destaca-se entre os Padres como Tomás de Aquino se destaca entre os
Escolásticos.
E como Tomás de Aquino se inspira na filosofia de Aristóteles, e será o maior vulto da filosofia
metafísica cristã, Agostinho inspira-se em Platão, ou melhor, no neoplatonismo. Agostinho, pela
profundidade do seu sentir e pelo seu gênio compreensivo, fundiu em si mesmo o caráter
especulativo da patrística grega com o caráter prático da patrística latina, ainda que os problemas

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que fundamentalmente o preocupam sejam sempre os problemas práticos e morais: o mal, a
liberdade, a graça, a predestinação.

Aurélio Agostinho nasceu em Tagasta, cidade da Numídia, de uma família burguesa, a 13 de


novembro do ano 354. Seu pai, Patrício, era pagão, recebido o batismo pouco antes de morrer;
sua mãe, Mônica, pelo contrário, era uma cristã fervorosa, e exercia sobre o filho uma notável
influência religiosa. Indo para Cartago, a fim de aperfeiçoar seus estudos, começados na pátria,
desviou-se moralmente. Caiu em uma profunda sensualidade, que, segundo ele, é uma das
maiores conseqüências do pecado original; dominou-o longamente, moral e intelectualmente,
fazendo com que aderisse ao maniqueísmo, que atribuía realidade substancial tanto ao bem como
ao mal, julgando achar neste dualismo maniqueu a solução do problema do mal e, por
conseqüência, uma justificação da sua vida. Tendo terminado os estudos, abriu uma escola em
Cartago, donde partiu para Roma e, em seguida, para Milão. Afastou-se definitivamente do
ensino em 386, aos trinta e dois anos, por razões de saúde e, mais ainda, por razões de ordem
espiritual.

Entrementes - depois de maduro exame crítico - abandonara o maniqueísmo, abraçando a


filosofia neoplatônica que lhe ensinou a espiritualidade de Deus e a negatividade do mal.
Destarte chegara a uma concepção cristã da vida - no começo do ano 386. Entretanto a
conversão moral demorou ainda, por razões de luxúria. Finalmente, como por uma fulguração
do céu, sobreveio a conversão moral e absoluta, no mês de setembro do ano 386. Agostinho
renuncia inteiramente ao mundo, à carreira, ao matrimônio; retira-se, durante alguns meses, para
a solidão e o recolhimento, em companhia da mãe, do filho e dalguns discípulos, perto de Milão.
Aí escreveu seus diálogos filosóficos, e, na Páscoa do ano 387, juntamente com o filho
Adeodato e o amigo Alípio, recebeu o batismo em Milão das mãos de Santo Ambrósio, cuja
doutrina e eloqüência muito contribuíram para a sua conversão. Tinha trinta e três anos de idade.
Após a sua conversão, Agostinho dedicou-se inteiramente ao estudo da Sagrada Escritura, da
teologia revelada, e à redação de suas obras, entre as quais têm lugar de destaque as filosóficas.
As obras de Agostinho que apresentam interesse filosófico são, sobretudo, os diálogos
filosóficos: Contra os acadêmicos, Da vida beata, Os solilóquios, Sobre a imortalidade da alma,
Sobre a quantidade da alma, Sobre o mestre, Sobre a música. Interessam também à filosofia os

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escritos contra os maniqueus: Sobre os costumes, Do livre arbítrio, Sobre as duas almas, Da
natureza do bem.

Dada, porém, a mentalidade agostiniana, em que a filosofia e a teologia andam juntas,


compreende-se que interessam à filosofia também as obras teológicas e religiosas,
especialmente: Da Verdadeira Religião, As Confissões, A Cidade de Deus, Da Trindade, Da
Mentira.

O Pensamento: A Gnosiologia

Agostinho considera a filosofia praticamente, platonicamente, como solucionadora do problema


da vida, ao qual só o cristianismo pode dar uma solução integral. Todo o seu interesse central
está portanto, circunscrito aos problemas de Deus e da alma, visto serem os mais importantes e
os mais imediatos para a solução integral do problema da vida.

O problema gnosiológico é profundamente sentido por Agostinho, que o resolve, superando o


ceticismo acadêmico mediante o iluminismo platônico. Inicialmente, ele conquista uma certeza:
a certeza da própria existência espiritual; daí tira uma verdade superior, imutável, condição e
origem de toda verdade particular. Embora desvalorizando, platonicamente, o conhecimento
sensível em relação ao conhecimento intelectual, admite Agostinho que os sentidos, como o
intelecto, são fontes de conhecimento. E como para a visão sensível além do olho e da coisa, é
necessária a luz física, do mesmo modo, para o conhecimento intelectual, seria necessária uma
luz espiritual. Esta vem de Deus, é a Verdade de Deus, o Verbo de Deus, para o qual são
transferidas as idéias platônicas.

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Conclusão

Em suma, Santo Agostinho emerge como uma figura de imensa importância não apenas para a
história do cristianismo, mas também para a história da filosofia e do pensamento ocidental em
geral. Sua busca incessante pela verdade, sua luta com questões existenciais e sua profunda
reflexão sobre temas como a liberdade, o tempo e a natureza do mal continuam a ressoar nos
debates contemporâneos. Seu legado perdura não apenas em suas obras escritas, mas também na
influência que exerceu sobre pensadores posteriores e nas diversas tradições intelectuais que
foram moldadas por suas ideias.

Em um mundo cada vez mais complexo e pluralista, as reflexões de Santo Agostinho sobre a
natureza da fé, da razão e da comunidade humana continuam a oferecer insights valiosos e
provocativos. Sua vida e obra permanecem como um convite para a busca da verdade, a
exploração do significado da existência e o compromisso com uma vida de virtude e amor.

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Referências Bibliográficas

Agostinho de Hipona. "Confissões".

Agostinho de Hipona. "A Cidade de Deus".

Brown, Peter. "Agostinho de Hipona: Um Biografia". São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

O'Daly, Gerard. "Agostinho: Suas Vidas e Suas Obras". São Paulo: Paulus Editora, 2001.

Rist, John M. "Agostinho: A Filosofia do Pensamento". São Paulo: Edições Loyola, 2005.

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