Você está na página 1de 8

CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

ALUNO: Leonardo de Oliveira Silva (RA1803372)

TEORIAS DO CURRÍCULO
As Teorias do Currículo ao longo dos séculos XX e XI e
suas transformações conceituais

Orientador:: Prof. Marcos Garcia Neira

CAÇAPAVA – SÃO PAULO


2018
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 3

OBJETIVOS ..................................................................................................................... 4

AS TEORIAS DO CURRÍCULO DO SÉCULO


........................................................ 5
XX E DO INÍCIO DO SÉCULO XXI

AS TRANSFORMAÇÕES CONCEITUAIS .................................................................. 6

CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 7

BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................. 8
INTRODUÇÃO

Existem muitas definições para currículo, e todas elas se encaixam em um


determinado contexto social, político e econômico, e/ou numa determinada época e/ou região.

De maneira bastante simplória, poderíamos dizer que currículo é apenas um conjunto


de conteúdos e metodologias que norteiam o trabalho dos educadores, porém, muito além
disso, o currículo gerencia todos os processos que envolvem os saberes escolares e a formação
dos educandos, influenciando todo contexto social, político e econômico de uma região,
podendo causar uma transformação social ou servir como uma ferramenta de manutenção do
sistema social vigente.

Ao longo do século XX e do início do século XXI, na medida em que os estudos sobre


currículo ganharam força, as teorias tradicionais, críticas e pós-críticas, influenciaram e
influenciam a maneira como pensamos a respeito do currículo e do grande poder que está
relacionado a ele.
OBJETIVOS
Apesar das teorias em torno do currículo terem surgido antes do século XX, o presente
trabalho tem por objetivo apresentar um breve resumo dessas teorias no século XX e início do
século XXI, expondo as mudanças conceituais que ocorreram ao longo desse período, não
deixando dúvidas que no campo do currículo, tudo depende do contexto social, político,
econômico e dos relacionamentos de poder que cercam uma determinada região, e que
currículo é uma ferramenta de transformação social ou de manutenção do sistema social
vigente.
AS TEORIAS DO CURRÍCULO NO SÉCULO XX E INÍCIO DO
SÉCULO XXI

Ao longo do século XX houve transformações significativas no campo do currículo,


ocasionadas não só pela evolução do conhecimento e da maneira de pensar, mas pelas
transformações políticas, sociais e econômicas em todo o globo. Tivemos a consolidação dos
saberes acadêmicos e a transposição didática das disciplinas para as matérias escolares, a
distribuição desigual dos saberes (acadêmicos, técnicos e básico) conforme a classe e a função
social do indivíduo, que prevaleceram até meados dos anos trinta, tivemos ainda, maior
influência das teorias críticas e pós-críticas no desenvolvimento curricular de meados do
século mencionado até o inicio do século XXI, apresentando o currículo não só como um
sistema organizacional da metodologia do ensino, neutro e cientifico, mas como uma forma
de controle social e de manutenção do capitalismo, apresentando uma proposta de mudança
dessa condição com o liberalismo nas práticas educacionais e no inventivo ao pensamento
livre.
As teorias tradicionais, como as apresentadas por Bobbit e Tayler, que propunham
basicamente a organização escolar como se fosse uma empresa comercial ou industrial, e até
mesmo as de menos destaque como as apresentadas por John Dewey, que apresentava a
proposta de uma educação democrática que levasse em consideração o contexto dos jovens,
prevalecerem na área curricular até a primeira metade do século XX, e tem fortíssima
influência até os dias atuais. Essas teorias tradicionais tem no seu âmago a neutralidade,
focada na ciência, na organização didática e na aquisição de habilidades intelectuais através
de práticas de memorização, sendo tendenciosamente conservadoras.
As teorias críticas surgiram por volta de 1960 e são um questionamento as teorias
tradicionais, trazendo a visão de que o currículo não é neutro, mas baseia-se nas relações de
poder e é utilizado para perpetuação das classes sociais dominantes no topo da pirâmide
social. Tiveram influência de diversos estudiosos, e de maneira sucinta podemos dizer que
para teoria crítica o currículo é resultado de uma construção histórica social. Essas teorias
propõe a superação da condição de classe dominada através do ensino e do conhecimento.
As teorias pós-críticas também questionam as teorias tradicionais e além de afirmar
que o currículo está relacionado diretamente com as relações poder, incluem e evidenciam os
processos de dominação centrados na raça, na etnia, e na sexualidade, questiona o sistema
patriarcal conservador incentivado pelas teorias tradicionais e critica justamente a
desvalorização de pequenos grupos, criticam ainda os conceitos modernos de razão e ciência.

5
AS TRANSFORMAÇÕES CONCEITUAIS

Ao longo da história verificamos diversas transformações conceituais no que diz


respeito a currículo, que trouxeram uma visão mais ampla do assunto e evoluíram as
definições da finalidade das teorias do currículo existentes.
Currículo deixou de ser apenas um conjunto de regras, normas, diretrizes e conteúdos
e passou ser uma ferramenta uma transformação social, visto que, após a revolução industrial,
período em que a função social da família se modificou com a demanda do trabalho e os
processos de formação educacional passaram a ser mais fortemente exercidos pela escola,
havia cada dia mais a necessidade de pessoas com capacidade e conhecimento para exercer as
atividades da indústria em ascensão.
Por influência das teorias críticas e pós-críticas, e das demandas tecnológicas e
econômicas sociais, currículo passou a carregar a necessidade da formação intelectual
completa do indivíduo como um ser crítico, criativo e capaz de questionar sua condição e se
superar, expondo a necessidade de uma atenção dedicada nos processos que envolvem a
condução dos trabalhos na formação dos jovens.

6
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Todas as teorias do currículo possuem ferramentas excelentes de trabalho e


influenciam pensadores e formadores nos processos que envolvem o ensino como um todo.
Por fim, cabe afirmar que o Currículo é como uma trilha e não um trilho, pois um trilho segue
sempre o mesmo caminho já estabelecido da linha férrea, já uma trilha possui uma direção de
destino, um objetivo, porém, ao longo do caminho pode-se fazer as adaptações necessárias
para melhor percorrer o caminho até o objetivo final, que é fazer com que o aluno de fato
aprenda se torne um ser intelectualmente capaz de superar as próprias expectativas e da
sociedade.
.

7
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- Conteúdo disponível no Ambiente Virtual de Aprendizado da UNIVESP.


- PAULA, D. H. L., PAULA R. M., Currículo na escola e currículo da escola: reflexões e
proposições, Intersaberes, 2016.
- MOREIRA, Antônio Flávio Barbosa. Currículos e Programas no Brasil. Campinas: -
Papirus, 1990.
- MOREIRA (org.) Antônio Flávio Barbosa. Currículo: Políticas e práticas. Campinas:
Papirus, 1999.
- SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de Identidade; uma introdução às teorias do
currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 1999.
- GESSER, Verônica, artigo acadêmico A Evolução Histórica do Currículo: dos
primórdios à atualidade. Contra Pontos, Itajaí, 2002.

Você também pode gostar