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“Em síntese, tendo por base essas considerações teóricas, quero dizer que
compreendo ´representações sociais` como padrões inconscientes de conduta,
que formam nosso modo ser, agir e pensar sobre determinados fenômenos ou
experiências da vida prática. Esse modo de ser refere-se tanto a um padrão
com uma configuração predominante do passado como àquele que se
configura numa articulação dialética entre os elementos do passado e os do
presente.” (LUCKESI,2002)
Após traçar a trajetória científica através do conceito das representações sociais Luckesi
direciona sua análise para a ideia de que os profissionais de Educação tem uma percepção
deturpada da avaliação da aprendizagem, relacionando-a ao ato de atribuir nota e aos exames
escolares “[..]cotidianamente, confundimos instrumentos de coleta de dados com instrumentos
de avaliação, o que dificulta ainda mais as tentativas de superação do equívoco de praticar
exames e chamá-los de avaliação”(LUCKESI, 2002), essa deturpação seria proveniente de
modelos inconscientes coletivos ao invés de uma ação consciente do educador. O autor define
o ato de avaliar como “Avaliar é o ato de diagnosticar uma experiência, tendo em vista
reorientá-la para produzir o melhor resultado possível; por isso, não é classificatória nem
seletiva, ao contrário, é diagnóstica e inclusiva”. Os exames escolares, as provas entre outras
ferramentas utilizadas para classificar o estudante através das notas, por outro lado, teriam um
caráter classificatório e, muitas vezes, excludentes. Contudo, esses dois atos são comumente
confundidos pelos educadores, confusão essa a qual Luckesi busca suas raízes históricas no
modelo de exames escolares sistematizado no decorrer do século XVI “A sistematização das
pedagogias produzidas pelos católicos (Companhia de Jesus) e pelos protestantes (John Amós
Comênio) deram forma aos atuais exames escolares.” (LUCKESI, 2002).
Outro ponto analisado pelo autor é o fato de toda avaliação ter um caráter qualitativo ao
invés de quantitativo, trata-se, portanto, de uma crítica a deturpação da ideia trazida pela Lei
5692/71, quando trata do tema da aferição do aproveitamento escolar, Luckesi traz um exemplo
para ilustrar melhor a relação entre avaliação, qualidade e quantidade:
Ao final do artigo Cipriano Carlos Luckesi propõe que seria necessário romper com o
campo mórfico estabelecido, responsável por distorcer a compreensão crítica das experiências,
para se dar origem a um novo padrão de conduta consciente ligada à avaliação propriamente
dita.
Disciplina: Avaliação da Aprendizagem
Docente: Prof. Dr. Adjair Alves
Período: 6°
Curso: Licenciatura em História
Discente: Maria Sthefanie Lima Ferreira