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Modernidade
Curso de licenciatura em Ensino de Matemática com Habilitações em Ensino de Física
Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2021
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Modernidade
Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2021
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Índice
1. Introdução...............................................................................................................3
1.1. Objectivos...........................................................................................................3
2. O surgimento da Modernidade...............................................................................4
3. Criticas à Modernidade...........................................................................................7
Conclusão.......................................................................................................................9
Referência Bibliográfica..............................................................................................10
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1. Introdução
2. O surgimento da Modernidade
Zygmunt Bauman e de Max Weber para traçar uma linha que nos guie pelas mudanças do
pensamento humano e sua conexão com a realidade histórica das pessoas que fizeram parte
desse processo.
É comum escutarmos ou nos referirmos à nossa realidade como moderna. O termo já é tão
naturalizado em nossa língua que passou a ter o mesmo contexto de contemporâneo — o que
coexiste em um mesmo período de tempo.
René Descartes foi uma das figuras mais proeminentes desse período. Suas obras são vistas
como fonte de inspiração e base de construção da filosofia moderna. Em sua principal obra,
Discurso do método, Descartes apresenta o que foi chamado de método cartesiano, o ápice de
sua filosofia, que estipulava o caminho a ser tomado para a construção do conhecimento
científico: a evidência, a análise, a síntese e a enumeração.
europeia passava por uma série de mudanças motivadas por grandes conflitos bélicos e
ideológicos. As guerras napoleónicas estimularam a corrida armamentista, o que elevou a
exigência por uma produção de bens materiais em maior escala. Os processos de cerceamento,
em que as terras de uso comunal passaram a ser privatizadas, empurraram os camponeses para
os grandes centros urbanos. A ligação directa com a terra e o trabalho rural, pelo qual o
camponês produzia seu sustento, foi cortada. As populações agrárias acumularam-se nas
cidades e passaram a ter de vender sua força de trabalho nas grandes fábricas que se erguiam.
Nesse ponto, vemos que toda a estrutura social que havia existido até então se modificara. As
relações entre indivíduos tornaram-se diferentes na medida em que sua realidade tornava-se
distinta. Costumes que antes se justificavam em um mundo agrário e rural foram esquecidos
ou se modificaram no meio urbano. Novos conflitos surgiram diante de uma nova
configuração de relações trabalhistas e influenciados pelo capitalismo emergente, que foi o
ponto principal da nova organização do mundo.
Os Estados modernos, tais como os conhecemos, foram formados a partir dessa lógica de
exclusão e inclusão. A busca pela ordem, determinando o que nos é comum e o que não é,
tomou forma na segregação estamental de territórios dos países que temos hoje espalhados
pelo mundo e espalhou-se por todos os redutos das sociedades modernas. Os conflitos entre
ideias socialmente aceitas e tudo o que é diferente foram a marca das sociedades modernas.
O ato nomeador a que Bauman se refere é o princípio da determinação de uma ordem. Ao
excluirmos o que não faz parte de uma organização, estabelecemos simultaneamente o que faz
parte dela. Como exemplo mais claro, temos as fronteiras de países que delimitam de forma
precisa a extensão de um território e ainda servem como uma barreira invisível para os
“estrangeiros” ou aqueles que não fazem parte dessa ordem. De maneira particular, essa
separação fortaleceu-se de forma colossal durante o século XX e as guerras de escala global
que se seguiram, como a Primeira e a Segunda Guerra Mundial.
3. Criticas à Modernidade
Em sua obra Ensaios de sociologia, Max Weber buscou compreender a Modernidade com a
idéia de desilusão ou desencanto do mundo e extinção das formas tradicionais de autoridade e
saber. No mundo da Modernidade, segundo Weber, os laços da racionalidade tornam-se cada
vez mais apertados, aprisionando - nos numa gaiola de rotina burocrática.
Em Nietzsche, as críticas tiveram um dos mais importantes inspiradores. Na obra, Humano,
demasiadamente humano, a Modernidade é apresentada como uma época da superação, da
novidade que envelhece e é logo substituída por uma novidade mais nova, num movimento
irrefreável. Se assim é, então não se poderá sair da Modernidade pensando-se superá-la. Na
obra Genealogia da moral,
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Conclusão
Depois de várias consultas e análise crítica das obras podemos concluir que a modernidade é
inerentemente globalizante, e as consequências desestabilizadoras deste fenómeno se
combinam com a circularidade de seu carácter reflexivo para formar um universo de eventos
onde o risco e o acaso assumem um novo carácter. As tendências globalizantes da
modernidade são simultaneamente extensionais e intencionais — elas vinculam os indivíduos
a sistemas de grande escala como parte da dialéctica complexa de mudança nos pólos local e
global. Muitos dos fenómenos frequentemente rotulados como pós-modernos na verdade
dizem respeito à experiência de viver num mundo em que presença e ausência se combinam
de maneiras historicamente novas. O progresso se torna esvaziado de conteúdo conforme a
circularidade da modernidade se firma, e, num nível lateral, a quantidade de informação que
flui diariamente para dentro, envolvida no fato de se viver em "um mundo", pode às vezes ser
assoberbaste. E no entanto isto não é primordialmente uma expressão de fragmentação
cultural ou da dissolução do sujeito num "mundo de signos" sem centro.
Trata-se de um processo simultâneo de transformação da subjetividade e da organização
social global, contra um pano de fundo perturbador de riscos de alta-conseqüência.
Portanto, a modernidade é inerentemente orientada para o futuro, de modo que o "futuro" tem
o status de modelador contrafatual. Embora haja outras razões para isto, este é um fator sobre
o qual fundamento a noção de realismo utópico. Antecipações do futuro tornam-se parte do
presente, ricocheteando assim sobre como o futuro na realidade se desenvolve; o realismo
utópico combina a "abertura de janelas" sobre o futuro com a análise das correntes
institucionais em andamento pelas quais os futuros políticos estão imanentes no presente.
Retornamos aqui ao tema do tempo com o qual o livro se abriu.
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Referência Bibliográfica
BAUMAN, Zygmunt; Modernidade e ambivalência / tradução Marcus Penchel. — Rio de
Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1999